Resumo
No artigo apresento uma reflexão etnográfica sobre o processo de formação de cães-guia, uma tecnologia assistiva animal desenvolvida para facilitar a mobilidade da pessoa com deficiência visual. Focando especialmente na fase de treinamento, procuro compreender a trajetória das transformações, o desenrolar dos eventos e as mudanças de movimento que vão tornando certos cães aptos a se “graduarem” como guias. Seguindo uma perspectiva maussiana, a técnica de guiar é aqui entendida como resultado de uma certa relação entre movimentos e coisas, abarcando ferramentas, corpos humanos e caninos e seus deslocamentos em diferentes ambientes.
Palavras-chave:
relações humano-animais; técnicas; movimento; corporalidade; cegueira