O tema deste trabalho é a estruturação da experiência cultural empreendida pela Ordem Jesuíta na região de Moxos, nos séculos XVII e XVIII, nas planícies e bosques amazônicos da Audiência de Charcas, atual Bolívia. Desejamos mostrar que essa experiência de ocupação do território se definiu a partir da combinação de dois critérios de organização do espaço: um critério simbólico, que estabeleceu uma série de referências arquitetônicas distribuídas em um marco urbano próprio do barroco, e um critério produtivo, que estendeu e converteu as reduções em grandes estabelecimentos industriais e agropecuários. Como conseqüência dessa perspectiva dual, os jesuítas, junto aos indígenas, construíram povoados novos em todos os sentidos: social, tecnológico, estético, espacial, tanto a nível urbano como regional.
Barroco; missões; jesuítas