Per Musihttps://www.scielo.br/journal/pm/feed/2024-03-01T19:22:47.914000ZNo. 35 - 2016WerkzeugEditorial de Per Musi n.3510.1590/permusi201635002024-03-01T19:22:47.914000Z2020-08-09T06:48:48.813000ZBorém, FaustoTomás, Lia
<em>Borém, Fausto</em>;
<em>Tomás, Lia</em>;
<br/><br/>
As "visões" de Tirésias: arte, música e compreensão10.1590/permusi201635012024-03-01T19:22:47.914000Z2020-08-09T06:48:48.813000ZTrombetta, Gerson Luís
<em>Trombetta, Gerson Luís</em>;
<br/><br/>
Resumo: O artigo analisa as relações possíveis entre os sistemas simbólicos da arte e da ciência. Ainda que existam especificidades em cada uma dessas expressões do pensamento humano, ambas são experiências de compreensão do mundo e portadoras de conteúdos de verdade. O artigo segue a posição construtivista de Nelson Goodman, que recusa qualquer hierarquia entre as formas de conhecimento. Os traços gerais de sua epistemologia demonstram o valor cognitivo da arte e da música, recusando a noção de que experiências com elas sejam apenas prática de "habilidades" ou ocasiões "emocionais".Ritmo e música no pensamento de poetas e filósofos: de Hölderlin a Rilke e Heidegger10.1590/permusi201635022024-03-01T19:22:47.914000Z2020-08-09T06:48:48.813000ZRosenfield, Kathrin
<em>Rosenfield, Kathrin</em>;
<br/><br/>
Resumo: Desde o pré-romantismo alemão, a música mantém relações cada vez mais íntimas com a poesia e a literatura. Rastreamos aqui alguns dos modos de aproximação destas duas formas diversas de expressão artística, mostrando como a literatura explora a alteridade da música para intensificar as dimensões afetivas e reflexivas da poesia. Trata-se de uma tradição poderosa que se estende de românticos como Hölderlin e Tieck até Rilke e além, ocupando um lugar de destaque no pensamento de Schopenhauer, Nietzsche, Heidegger. As reflexões de Rilke recebem um lugar de destaque neste artigo, mediante a tradução de suas anotações de leitura do famoso ensaio de Nietzsche, O nascimento da tragédia a partir do espírito da música.Música como fisiologia aplicada: considerações a partir do Nietzsche tardio10.1590/permusi201635032024-03-01T19:22:47.914000Z2020-08-09T06:48:48.813000ZRajobac, Raimundo
<em>Rajobac, Raimundo</em>;
<br/><br/>
Resumo: O trabalho tem como objetivo apresentar a interdependente relação entre música e fisiologia no Nietzsche tardio. A produtividade de tal pretensão reside em investigar o estatuto da fisiologia enquanto categoria filosófica fundante da experiência da arte e, em nosso caso específico, da música. Nos deteremos na reconstrução interpretativa de alguns problemas apresentados em Nietzsche contra Wagner e, a partir de um esforço hermenêutico, apontaremos para os desdobramentos filosóficos daí resultantes, capazes de contribuir com a tese central que perpassa este ensaio: a de que música é fisiologia aplicada no Nietzsche tardio, e que tal primado se estabelece como categoria para a crítica à música de Wagner, e integra a lógica mais ampla da crítica à modernidade e metafísica tradicional.Adorno, Hanslick e a questão da autonomia estética da música10.1590/permusi201635042024-03-01T19:22:47.914000Z2020-08-09T06:48:48.813000ZVideira, Mário
<em>Videira, Mário</em>;
<br/><br/>
Resumo: No semestre de inverno de 1932/33, Theodor Adorno ministrou na Universidade de Frankfurt um curso sobre o ensaio Do Belo Musical. Num artigo publicado alguns anos mais tarde, Adorno enfatizava a importância desse livro, uma vez que ele fixava o elemento da lógica imanente da composição musical, contra os autores que defendiam a música programática. Com efeito, um dos principais objetivos do ensaio de Hanslick era o estabelecimento da autonomia da obra musical. De acordo com ele, o belo na música é algo especificamente musical consistindo apenas e tão somente nos próprios sons e em sua combinação artística. Embora as referências diretas a Hanslick sejam relativamente raras e esparsas nos textos de Adorno, não devemos subestimar suas ressonâncias no pensamento desse autor. O objetivo desse artigo é investigar em que medida as ideias de Hanslick acerca da autonomia estética da música poderiam ter influenciado o conceito adorniano de material musical, bem como a sua abordagem da análise musical.Música em tempos sombrios: apontamentos sobre a estética musical no III Reich10.1590/permusi201635052024-03-01T19:22:47.914000Z2020-08-09T06:48:48.813000ZTomás, Lia
<em>Tomás, Lia</em>;
<br/><br/>
Resumo: No Terceiro Reich, a música ocupou um papel de destaque entre as artes, pois foi maciçamente utilizada como instrumento ideológico. As diretivas estéticas propostas por Goebbels em 1938 tomavam por base um ideário já apontado em Quantz e Wagner, mas cuja reatualização distanciava-se do contexto original para cumprir outros fins. A partir de análises dos textos dos autores citados, o artigo visa demonstrar a apropriação das ideias centrais e suas transformações, bem como a criação de uma outra categoria de música, a saber, os monumentos musicais.Johann Mattheson e o ideal do Músico Perfeito10.1590/permusi201635062024-03-01T19:22:47.914000Z2020-08-09T06:48:48.813000ZLucas, Mônica
<em>Lucas, Mônica</em>;
<br/><br/>
Resumo: O Der Vollkommene Capellmeister ("O mestre-de-capela Perfeito") é o último escrito musical de Johann Mattheson (1671-1764) e, sem dúvida, sua obra mais ambiciosa. Ela representa o mais importante dos escritos pertencentes ao gênero de preceptivas musicais conhecidas como Musica Poetica - um conjunto de tratados surgidos entre os sécs. XVI e XVIII que faz uso sistemático de conceitos oriundos da instituição oratória para descrever os elementos da composição e da actio musical. Neste texto discorrer-se-á sobre a noção do músico-orador perfeito. Inicialmente, será examinada a maneira como Mattheson se representa em sua autobiografia, não como sujeito individual, mas como tipo cortesão humanista, cristão, luterano, propondo uma leitura da mesma a partir do universo poético-retórico. Nesta parte, será possível definir também o tipo constituído pelos destinatários da obra. Com isto, será possível evidenciar como o autor alemão emula lugares-comuns já apresentados em retóricas latinas, em especial o De Oratore ciceroniano e a Institutio Oratoria, de Quintiliano ao definir o mestre-de-capela perfeito. Finalmente, serão examinados lugares-comuns diretamente ligados à ideia do músico perfeito: a possibilidade de se atingir a perfeição, os requisitos para alcançá-la, assim como a contribuição da natureza e da arte para esta tarefa e a importância de conhecimentos extrínsecos à técnica musical para se atingir este ideal.Luzes sobre a música a partir da filosofia da linguagem10.1590/permusi201635072024-03-01T19:22:47.914000Z2020-08-09T06:48:48.813000ZBarbeitas, Flavio
<em>Barbeitas, Flavio</em>;
<br/><br/>
Resumo: Já se falou que a finalidade da musicologia compreenderia a descoberta do que a "linguagem musical" nos ensina do ser humano que seja diferente daquilo que a linguagem falada e outras manifestações e instituições primordiais dele nos ensinam. Nesses termos, parece óbvio que tal tarefa depende muito do que se entende por "linguagem". Não obstante o paradigma da linguagem ter sido um bordão na concepção musical ocidental, a comparação tendeu mais a enfatizar certas "carências" e "lacunas" da música, apresentando-a inequivocamente como inferior e mais limitada quanto, por exemplo, a uma eventual função cognitiva. O presente artigo pretende rediscutir essa questão à luz de contribuições contemporâneas do pensamento sobre a linguagem, notadamente na obra de alguns filósofos italianos, como Giorgio Agamben, Paolo Virno e Adriana Cavarero.Elgar: o enigma das variações 10.1590/permusi201635082024-03-01T19:22:47.914000Z2020-08-09T06:48:48.813000ZAugusto, Paulo Roberto Peloso
<em>Augusto, Paulo Roberto Peloso</em>;
<br/><br/>
Resumo: Reflexões analíticas sobre como as Variações Enigma de Edward Elgar inserem-se no epicentro de uma das técnicas mais instigantes da composição musical. A partir de uma abordagem plural, discutem-se aspectos importantes de harmonia, análise, história da música e história da arte. No âmbito do gênero das variações com caráter de desenvolvimento, o criptograma manifesto pelo próprio compositor recebe aqui uma sugestão inédita para sua solução.