RESUMO
Objetivos:
Avaliar o bem-estar espiritual dos enfermeiros; verificar a opinião dos enfermeiros sobre a importância de oferecer ao paciente uma assistência espiritual e verificar se os enfermeiros obtiveram ou não, durante a sua formação profissional, algum tipo de preparo para prestar uma assistência espiritual ao paciente.
Métodos:
Trata-se de um estudo de caráter exploratório e descritivo realizado com uma amostra de 30 enfermeiros que atuavam na Unidade Semi-Intensiva e na Unidade de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, sendo aplicados a escala de bem-estar espiritual (SWBS) e um questionário elaborado pelos autores.
Resultados:
Na escala de bem-estar espiritual, 76,6% dos enfermeiros apresentaram escores positivos. Na subescala de bem-estar existencial, 80% apresentaram escores positivos e na de bem-estar religioso 76,6% obtiveram escores positivos. Na escala de bem-estar espiritual, a média geral foi 107,26, e para as subescalas de bem-estar existencial e religioso as médias foram de 54,4 e 53,2, respectivamente. A grande maioria respondeu afirmativamente sobre a importância de oferecer ao paciente uma assistência espiritual, e 40% dos enfermeiros ofereceram como justificativa “para proporcionar bem-estar e conforto ao paciente”. A maioria dos enfermeiros referiu não ter recebido uma formação profissional para prestar uma assistência espiritual ao paciente em nenhum dos cursos de Enfermagem que concluíram.
Conclusões:
Os resultados apontam para a necessidade de que nos cursos de formação profissional e/ou de educação continuada da Enfermagem se amplie o espaço de reflexão e discussão acerca da espiritualidade e da assistência espiritual ao paciente.
Descritores:
Terapias espirituais/enfermagem; Terapias espirituais/educação; Religião; Enfermagem holística; Enfermagem holística/educação; Enfermagem holística/ética; Assistência ao paciente/métodos