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O abolicionismo como movimento social1 [1] Este artigo resume minha tese de livre-docência, Flores, votos e balas: o movimento pela abolição da escravidão no Brasil, defendida na FFLCH-USP, em dezembro de 2012, e em vias de publicação (Companhia das Letras, no prelo). Agradeço aos comentários de Angela de Castro Gomes, Antonio Sergio Guimarães, Brasílio Sallum Jr., José Murilo de Carvalho e Luiz Werneck Vianna, da banca arguidora, e às sugestões de colegas, quando da apresentação de versões preliminares deste texto nos seminários Sociologia, Política e História (PPGS- USP), em 2012, e no Seminário da Casa do Cebrap, em 2014. Sou grata ainda às observações de Fernando Limongi e à assistência na pesquisa e no tratamento dos dados de Ana Carolina Andrada, Viviane Brito de Souza e Roger Cavalheiro.

O artigo analisa o fenômeno da abolição da escravidão no Brasil a partir de uma sociologia política relacional. De um lado, o abolicionismo é analisado como parte de uma dinâmica que envolvia instituições políticas, espaço público e clandestinidade, arenas nas quais se travou o jogo entre movimento, Estado e contramovimento escravista. De outro lado, a análise insere o movimento em seu contexto internacional, apontando a apropriação do repertório de experiências abolicionistas estrangeiras por ativistas brasileiros. O objetivo é evidenciar a modernidade e a relevância do movimento abolicionista nacional para o processo político de abolição da escravidão.

movimento abolicionista; repertório de confronto; contramovimento social


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