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A aparência da imagem na ressonância magnética por difusão é um fator preditivo independente da gravidade do acidente vascular encefálico?

RESUMO DE ARTIGO

A aparência da imagem na ressonância magnética por difusão é um fator preditivo independente da gravidade do acidente vascular encefálico?

Carlos Henrique Malheiro Máximo

Médico Pós-graduando do Departamento de Radiologia da UFF

Wardlaw JM, Keir SL, Bastin ME, Armitage PA, Ranay AK. Is diffusion imaging appearance an independent predictor of outcome after ischemic stroke? Neurology 2002;59:1381–7.

INTRODUÇÃO: A imagem na ressonância magnética por difusão no acidente vascular encefálico isquêmico pode ser quantificada pelo cálculo do coeficiente de difusão aparente (CDA) ou pelo volume da lesão. Com isso torna-se possível determinar de forma objetiva o grau do dano tecidual.

OBJETIVO: Avaliar a associação entre os parâmetros da lesão na ressonância magnética por difusão com a gravidade clínica do acidente vascular encefálico no momento do diagnóstico e a relação com o prognóstico.

MÉTODOS: Os pacientes foram classificados de acordo com o tipo (Oxford Community Stroke Project Classification [OCSP]) e a gravidade (Canadian Neurologic Scale [CN]) do acidente vascular encefálico antes da realização da ressonância magnética por difusão. Foi calculada a razão entre o traçado da difusão aparente na área isquêmica e na área correspondente do hemisfério contralateral (<CDA>r). O volume da lesão visível na ressonância magnética por difusão foi medido. Qualquer lesão encontrada nas imagens pesadas em T2 foi avaliada. Após seis meses foi realizado um "score" baseado em parâmetros clínicos (Rankin "score") para a avaliação do prognóstico. Análises de múltiplas variáveis foram realizadas a fim de determinar se há associação independente entre os achados na ressonância magnética por difusão e o prognóstico.

RESULTADOS: Dos 108 pacientes, aqueles que apresentavam <CDA>r menor tinham acidentes vasculares mais graves de acordo com as classificações da CN e OCSP, lesão maior na ressonância magnética por difusão, lesão visível em T2 e pior prognóstico após seis meses. No entanto, por meio das análises de múltiplas variáveis, nem a <CDA>r nem o volume da lesão na ressonância magnética por difusão se mostraram preditores independentes do prognóstico, visto que a idade e a gravidade do acidente vascular encefálico também influenciam no desfecho do quadro.

CONCLUSÃO: A <CDA>r apresenta relação com o prognóstico e isto se deve ao fato de tanto a <CDA>r como o volume da lesão na ressonância magnética por difusão estarem associados à gravidade do acidente vascular encefálico.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Nov 2003
  • Data do Fascículo
    Out 2003
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