Acessibilidade / Reportar erro

Uso da alga Lithothamnium calcareum como fonte alternativa de cálcio nas rações de frangos de corte

Use of algae Lithothamnium calcareum as alternative source of calcium in diets for broiler chickens

Resumos

Objetivou-se, com este trabalho, avaliar o uso da alga Lithothamnium calcareum (Pallas) Areschoug nas rações para frangos de corte de 1 a 21 e 21 a 42 dias de idade, em substituição à fonte de cálcio tradicional (calcário calcítico). Para isso, foram utilizados 300 pintos machos, da linhagem Cobb®, que receberam rações contendo o calcário calcítico e a alga Lithothamnium calcareum (colhida de inteira e na forma de areia biodentrítica) como fontes de cálcio. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com três tratamentos e cinco repetições de 20 aves cada. As variáveis analisadas foram: ganho de peso (g/ave), consumo de ração (g/ave) e conversão alimentar (g/g). No final do experimento foram avaliados os parâmetros ósseos: peso da tíbia (g), comprimento da tíbia (mm), diâmetro da tíbia (mm) e teor de cinzas na tíbia (%). Na fase inicial (1 a 21 dias) houve efeito (P<0,05) entre os tratamentos para o ganho de peso e conversão alimentar, sendo que o tratamento controle apresentou melhores resultados. Para a fase de crescimento (21 a 42 dias) e período total (1 a 42 dias) não houve efeito entre os tratamentos estudados. A utilização da alga Lithothamnium calcareum (independente da forma de colheita) em substituição à fonte de cálcio tradicional (calcário calcítico) pode ser recomendada para as rações de frangos de corte, sem prejudicar o desempenho zootécnico. Porém, deve-se levar em consideração a viabilidade econômica do uso dessa fonte alternativa nas rações.

Algas calcárias; calcário; tíbia; Lithothamnium calcareum


The objective of this study was to evaluate the use of the algae Lithothamnium calcareum (Pallas) Areschoug in diets for broiler chickens from 1 to 21 and 21 to 42 days, to replace the traditional source of calcium (limestone). 300 male chicks from Cobb® strain, which received diets containing limestone and Lithothamnium calcareum algae (as a whole and as sand biodentritic) were used as sources of calcium. The experimental design was completely randomized, with three treatments and five replicates of 20 birds each. The variables analyzed were: weight gain (g / bird), feed intake (g / bird), feed per again (g / g). At the end of the experiment the bone parameters: weight of the tibia (g), tibia length (mm), diameter of the tibia (mm) and ash content in the tibia (%). Were evaluated in the initial phase (1 to 21 days) there was an effect (P <0.05) between treatments for weight gain and feed per again, and the control treatment showed better results. For the growing phase (21 to 42 days) and total period (1 to 42 days) there was no effect among the treatments studied. The use of the algae Lithothamnium calcareum (independently of the harvest) to replace the traditional source of calcium (limestone) can be recommended for diets of broilers without affecting the growth performance. However, one should take into consideration the economic feasibility of using this alternative source in the diets.

Calcareous algae; limestone; tibia; Lithothamnium calcareum


ZOOTECNIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Uso da alga Lithothamnium calcareum como fonte alternativa de cálcio nas rações de frangos de corte1 1 Trabalho de conclusão de curso do primeiro autor, apresentado à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/FCAV – Unesp – Jaboticabal, SP

Use of algae Lithothamnium calcareum as alternative source of calcium in diets for broiler chickens

André Carreira CarlosI; Nilva Kazue SakomuraI; Sandra Regina Freitas PinheiroII; Fernando Marcelo Micai ToledanoIII; Renato GiacomettiIV; José Walter da Silva JúniorV

IUniversidade Estadual Paulista/UNESP – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/FCAV – Jaboticabal, SP

IIUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM – Campus JK – Rodovia MGT 367 – Km 583 – nº 5000 – Alto da Jacuba – 39100-000 – Diamantina, MG – sandrazoot@yahoo.com.br

IIIJ.Rettenmaier Latinoamericana Ltda – Diadema, SP

IVImeve Medicamentos Veterinários – Jaboticabal, SP

VOurofino Agronegócio – Cravinhos, SP

RESUMO

Objetivou-se, com este trabalho, avaliar o uso da alga Lithothamnium calcareum (Pallas) Areschoug nas rações para frangos de corte de 1 a 21 e 21 a 42 dias de idade, em substituição à fonte de cálcio tradicional (calcário calcítico). Para isso, foram utilizados 300 pintos machos, da linhagem Cobb®, que receberam rações contendo o calcário calcítico e a alga Lithothamnium calcareum (colhida de inteira e na forma de areia biodentrítica) como fontes de cálcio. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com três tratamentos e cinco repetições de 20 aves cada. As variáveis analisadas foram: ganho de peso (g/ave), consumo de ração (g/ave) e conversão alimentar (g/g). No final do experimento foram avaliados os parâmetros ósseos: peso da tíbia (g), comprimento da tíbia (mm), diâmetro da tíbia (mm) e teor de cinzas na tíbia (%). Na fase inicial (1 a 21 dias) houve efeito (P<0,05) entre os tratamentos para o ganho de peso e conversão alimentar, sendo que o tratamento controle apresentou melhores resultados. Para a fase de crescimento (21 a 42 dias) e período total (1 a 42 dias) não houve efeito entre os tratamentos estudados. A utilização da alga Lithothamnium calcareum (independente da forma de colheita) em substituição à fonte de cálcio tradicional (calcário calcítico) pode ser recomendada para as rações de frangos de corte, sem prejudicar o desempenho zootécnico. Porém, deve-se levar em consideração a viabilidade econômica do uso dessa fonte alternativa nas rações.

Termos para indexação: Algas calcárias, calcário, tíbia, Lithothamnium calcareum.

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the use of the algae Lithothamnium calcareum (Pallas) Areschoug in diets for broiler chickens from 1 to 21 and 21 to 42 days, to replace the traditional source of calcium (limestone). 300 male chicks from Cobb® strain, which received diets containing limestone and Lithothamnium calcareum algae (as a whole and as sand biodentritic) were used as sources of calcium. The experimental design was completely randomized, with three treatments and five replicates of 20 birds each. The variables analyzed were: weight gain (g / bird), feed intake (g / bird), feed per again (g / g). At the end of the experiment the bone parameters: weight of the tibia (g), tibia length (mm), diameter of the tibia (mm) and ash content in the tibia (%). Were evaluated in the initial phase (1 to 21 days) there was an effect (P <0.05) between treatments for weight gain and feed per again, and the control treatment showed better results. For the growing phase (21 to 42 days) and total period (1 to 42 days) there was no effect among the treatments studied. The use of the algae Lithothamnium calcareum (independently of the harvest) to replace the traditional source of calcium (limestone) can be recommended for diets of broilers without affecting the growth performance. However, one should take into consideration the economic feasibility of using this alternative source in the diets.

Index terms: Calcareous algae, limestone, tibia, Lithothamnium calcareum.

INTRODUÇÃO

Na criação de frangos de corte, a alimentação representa a maior parcela dos custos de produção, podendo chegar até 70% do custo total. Em decorrência desse fato, bastante representativo, é que as empresas ligadas ao ramo de nutrição animal estão buscando novas fontes alternativas de alimentos, objetivando a redução nos custos de produção. De acordo com Damasceno et al. (2010) uma série de fatores foram fundamentais para que a avicultura de corte se apresente como uma das mais importantes fontes de proteína animal e dentre estes fatores, temos a aquisição de novos conhecimentos específicos na área de nutrição, genética, manejo e bem-estar das aves. Nesse sentido, algumas pesquisas têm sido desenvolvidas para avaliar a utilização da alga Lithothamnium calcareum (Pallas) Areschoug nas rações animais, podendo ser utilizada como fonte alternativa de cálcio, por apresentar alta concentração desse nutriente.

A alga Lithothamnium calcareum pertence ao grupo das algas vermelhas ou rodofíceas, da família das Coralineacea, sendo de aspecto calcário, pois absorve o carbonato de cálcio e o magnésio (MELO; MOURA, 2009). São plantas que crescem naturalmente no meio marinho e se desenvolvem em grandes profundidades onde existe a presença de luz (DIAS, 2000; MELO; MOURA, 2009). Sua renovação é permanente, contanto que haja incidência de luz natural, tornando assim uma fonte renovável de macro e microminerais, sendo extraídas de forma manual por meio de redes de pesca ou por mergulhadores, ou ainda, colhidas de forma mecânica (navio aspirador) pela sucção da alga em pó, acumuladas em "ilhas de areia biodentritica". São utilizadas em seu estado natural, após passarem por processo de lavagem, desidratação e moagem.

O calcário produzido pela extração da alga Lithothamnium é muitas vezes denominado como calcário biogênico ou biodentrítico marinho e pode ser usado na correção e fertilização do solo, nutrição animal e humana e empregado na indústria de cosméticos (GOETZ, 2008; COSTA NETO et al., 2010).

Segundo Feitosa e Bastos (2007), a estrutura básica dos recifes biogênicos é formada a partir do acúmulo do esqueleto de calcário dos corais, porém, para sua formação é necessária a atuação conjunta de uma infinidade de organismos, formando uma complexa teia de associações e de eventos em sucessão.

A formação do calcário biogênico ocorre pela precipitação da calcite que é consequência das atividades dos seres vivos (GOETZ, 2008). Isso pode acontecer com a redução da tensão de CO2 em razão da atividade fotossintética de algas marinhas e do fitoplâncton, fator que cria condição para que ocorra a precipitação da calcite.

Dias (2000) relatou que a alga Lithothamnium calcareum é composta basicamente de carbonato de cálcio e magnésio, além de conter mais de 20 oligoelementos, tais como ferro, manganês, boro, níquel, cobre, zinco, molibdênio, selênio e estrôncio.

Nos países europeus, França, Irlanda e Inglaterra, assim como no Japão, sua utilização na alimentação animal vem sendo praticada há mais de 200 anos como suplemento mineral (MELO; MOURA, 2009), enquanto que no Brasil pesquisas avaliando seu potencial na nutrição animal, ainda, são escassas e recentes, sendo a maioria realizada com outras espécies como codornas (MELO; MOURA, 2009), ratos (ASSOUMANI, 1997), cães (COSTA NETO et al., 2010), coelhos (EULER et al., 2010), suínos (FIALHO et al., 1992) e ovinos . De acordo com Melo e Moura (2009) a utilização da Lithothamnium no Brasil se restringia somente a agricultura, e nos últimos anos com o lançamento de produtos a base de Lithothamnium calcareum como suplemento em rações para animais, esta vem despertando o interesse de pesquisas em instituições públicas e privadas.

Na literatura, encontra-se o relato de Assoumani (1997) que ao estudá-la na alimentação de ratos, verificou duas vantagens para seu uso. A primeira refere-se à maior disponibilidade dos nutrientes que se encontram adsorvidos nas paredes celulares, facilitando sua assimilação pelos animais e melhorando a absorção do cálcio, o que pode acarretar em melhor desempenho animal e minimizar os custos de produção. A segunda remete-se à elevada porosidade (> 40%), que propicia um aumento da superfície específica de atuação.

O cálcio proveniente dessa fonte possui fácil absorção, sem apresentar antagonismo iônico (ALGAREA MINERAÇÃO, 1997).

Em razão da escassez de informações científicas na literatura, quanto ao uso da alga Lithothamnium calcareum, para frangos de corte, objetivou-se, com esta pesquisa, avaliar o calcário marinho produzido por esta fonte, nas rações de frangos de corte de 1 a 21 dias e 21 a 42 dias de idade, em substituição à fonte de cálcio tradicional (calcário calcítico).

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV/UNESP, Jaboticabal – SP, no período de 22 de outubro a 03 de dezembro de 2008, visando a avaliar a inclusão da alga Lithothamnium calcareum, coletada de forma manual e mecânica, como fonte de cálcio nas rações de frangos de corte de 1 a 21 e 21 a 42 dias de idade, em substituição ao calcário calcítico.

Foram alojados 300 pintainhos de um dia, machos, da linhagem Cobb®, com peso médio inicial de 45,59±0,11 g; distribuídos em delineamento experimental inteiramente casualizado, constituído de três tratamentos e cinco repetições de 20 aves cada.

As aves foram vacinadas no incubatório contra a doença de Marek, aos 4 dias de idade contra Gumboro, aos 8 dias contra Newcastle, e revacinadas contra Gumboro aos 18º dia de idade. O programa de luz adotado foi o contínuo (natural+artificial) e diariamente as temperaturas de máxima e mínima foram registradas no interior da instalação.

Para as fases, inicial e crescimento, foram formuladas rações (Tabelas 1 e 2), compostas basicamente por milho e farelo de soja, para atender às exigências de acordo com as recomendações de Rostagno et al. (2005).

A alga Lithothamnium calcareum avaliada foi coletada no ambiente marinho de duas maneiras: coleta manual (apenas algas inteiras) e coleta mecânica por sucção (alga em pó mais contaminações de areia marinha). Foram retiradas amostras das algas para realizar as análises de cálcio e fósforo, de acordo com metodologia descrita por Silva e Queiroz (2002). Os teores de cálcio e fósforo avaliados e utilizados nas formulações foram: Cálcio= 21,40% e Fósforo= 0,05% para a alga coletada manualmente e Cálcio= 27,97% e Fósforo= 0,03% para a alga coletada mecanicamente. As rações foram suplementadas com a alga Lithothamnium calcareum, segundo as formas de coletas, em substituição ao inerte, resultando em rações isonutritivas.

As variáveis de desempenho analisadas foram: o ganho de peso (g/ave), consumo de ração (g/ave) e conversão alimentar (g/g) e para isso, as aves e as rações foram pesadas no 1º, 21º e 42º dia de idade. Quando houve mortalidade, efetuou-se o registro da data de ocorrência ao longo do período experimental e esse dado foi utilizado para o cálculo do consumo de ração e conversão alimentar corrigida. Ao final do experimento (42º dia), duas aves de cada parcela experimental (30 no total) foram tomadas aleatoriamente e abatidas por deslocamento cervical para retirada da tíbia. As variáveis ósseas avaliadas foram: o peso (g), comprimento (mm), diâmetro (mm) e teor de cinzas na tíbia (%).

Para as análises do diâmetro e comprimento da tíbia foi utilizado o paquímetro digital da marca King Tools de 0-300 mm e para o peso das tíbias utilizou-se balança digital com precisão de 0,0001 gramas. As análises de cinzas na tíbia foram realizadas com o aquecimento da amostra ao rubro à 600º C, conforme metodologia descrita por Silva e Queiroz (2002), sendo expressos em percentagem na matéria seca desengordurada.Os resultados obtidos para as variáveis de desempenho e ósseas foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste Duncan a 5% de probabilidade. O software utilizado nas análises foi o SAS 9.1 (SAS INSTITUTE, 2009).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A mortalidade registrada para o período foi de 0,48% e os valores de temperaturas médias de máxima e mínima foram de 34º C e 24º C, respectivamente. Pela análise dos resultados verificou-se que para o consumo de ração (CR) não houve diferenças (P>0,05) entre os tratamentos utilizando a alga calcária e o calcário calcítico (Tabela 3). Esse resultado sugere que o uso da alga Lithothamnium calcareum, independentemente da origem ou forma coletada, não apresentou efeito adverso que poderia interferir negativamente no CR, prejudicando o desempenho dos frangos de corte no período inicial (1 a 21 dias).

Considerando o ganho de peso (GP), observou-se que o mesmo foi influenciado (P<0,05) pelos tratamentos avaliados. A comparação das médias pelo teste de Duncan indicou que as aves que receberam o tratamento com a alga Lithothamnium calcareum, coletada de forma inteira, apresentaram GP semelhante àquelas que receberam o tratamento controle, ou seja, com suplementação do calcário calcítico. Em relação ao fornecimento da alga que foi coletada por sucção (LCP), pode-se perceber que a mesma propiciou redução no GP dos frangos, em torno de 11% em relação ao controle. Esse resultado é justificado, em razão do fato de que, na coleta da alga de forma mecânica, por sucção da alga em pó, acumulada em ilhas de areias biodentríticas, uma proporção de areia marinha é incorporada à alga e aspirada juntamente, o que pode acarretar em baixo aproveitamento dos nutrientes pelos animais, devido ao alto teor de sílica presente neste material. De acordo com Dias (2000), os granulados marinhos podem ser compostos por areias e cascalhos litoclásticos (siliciclásticos), areias calcárias e algas calcárias (maerl e Lithothamnium).

Quanto aos resultados da conversão alimentar (CA), verificou-se efeito (P<0,05) da suplementação da alga Lithothamnium calcareum em substituição ao calcário calcítico. Os tratamentos que receberam a suplementação da alga apresentaram piores resultados em relação ao controle, sendo que a suplementação da Lithothamnium coletada em pó resultou em piora da CA em 12%. Pode-se justificar esse resultado pela constatação de que não houve diferenças para o CR entre os tratamentos e o GP apresentou um declínio com o uso da alga, independentemente da forma na qual foi coletada.

Para a fase de crescimento (21 a 42 dias de idade), a mortalidade registrada foi de 0,96% e os valores de temperaturas médias de máxima e mínima foram de 32º C e 21,3º C, respectivamente.

Observou-se que não houve diferenças significativas (P>0,05) para nenhuma das variáveis estudadas (Tabela 4). Dessa forma, é possível inferir que a alga Lithothamnium calcareum não prejudicou o desempenho das aves.

Para o período total a mortalidade registrada foi de 1,44% e os valores de temperaturas médias máxima e mínima foram de 33º C e 22,6º C, respectivamente.

Observou-se que não houve efeito dos tratamentos sobre a composição da carcaça de frangos de corte, no (P>0,05) para nenhuma das variáveis de desempenho e período de 1 a 49 dias de idade. ósseas analisadas (Tabela 5). Assim, é possível afirmar Pesquisas realizadas por Melo et al. (2008) que a alga Lithothamnium calcareum pode ser utilizada avaliando a qualidade dos ovos de codornas japonesas nas rações de frangos de corte, sem prejuízo no com 26 semanas de idade, submetidas a rações que desempenho, no crescimento ósseo e na deposição de continham farinha de algas marinhas e fosfato monoamônio, cinzas ósseas. Da mesma forma, Zanini et al. (2002) não evidenciou que a utilização da farinha de algas melhorou a verificaram efeito significativo do uso da farinha de algas, qualidade da casca dos ovos.

CONCLUSÃO

A utilização da alga Lithothamnium calcareum em substituição à fonte de cálcio tradicional (calcário calcítico) pode ser recomendada para as rações de frangos de corte, sem prejudicar o desempenho zootécnico, principalmente quando se considera a fase de crescimento e, ou o período total de criação. Porém, deve-se levar em consideração a viabilidade econômica do uso dessa fonte alternativa de cálcio nas rações.

Recebido em 1 de setembro de 2009 e aprovado em 10 de agosto de 2010

  • ALBANEZ, J.R. O efeiro do Lithothamnium alacareum e do Streptococcus faecium como promotores de crescimento e do fosfato de rocha em frangos de corte Minas Gerais, 1982. 20 p.
  • ALGAREA MINERAÇÃO. Suminal® Rio de Janeiro, 1997. 4p.
  • ASSOUMANI, M.B. Aquamin, a natural calcium supplement derived from seaweed. Agro-Food-Industry Hi Tech, v.9/10, p.46-47, 1997.
  • COSTA NETO, J.M. et al. Farinha de algas marinhas ("Lithothamnium calcareum") como suplemento mineral na cicatrização óssea de autoenxerto cortical em cães. Revista Brasileira Saúde Produção Animal, v.11, n.1, p.217-230, 2010.
  • DAMASCENO, F.A. et al. Avaliação do bem-estar de frangos de corte em dois galpões comerciais climatizados. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.34, n.4, p.1031-1038, jul./ago. 2010.
  • DIAS, G.T.M. Granulados bioclásticos: algas calcárias. Brazilian Journal of Geophysics, São Paulo, v.18, n.3, p.1-19, 2000.
  • EULER, A.C.C. et al. Desempenho, digestibilidade e morfometria da vilosidade ileal de coelhos alimentados com níveis de "Lithothamnium". Revista Brasileira Saúde Produção Animal, v.11, n.1, p.91103, 2010.
  • FEITOSA, F.A.N.; BASTOS, R.B. Produtividade fitoplanctônica e hidrologia do ecossistema costeiro de Maracajaú, RN. Arquivo de Ciências do Mar, Maracajaú, v.40, n.2, p.26-36, 2007.
  • FIALHO, E.T. et al. Avaliação nutricional de algumas fontes de suplementação de cálcio para suínos: biodisponibilidade e desempenho. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.21, n.5, p.891-905, 1992.
  • GOETZ, P. Phytothérapie de l'ostéoporose. Phytothérapie, v.6, p.33-38, 2008.
  • MELO, T.V. et al. Calidad del huevo de codornices utilizando harina de algas marinas y fosfato monoamónico. Archivos de Zootecnia, v.57, n.219, p.313319, 2008.
  • MELO, T.V.; MOURA, A.M.A. Utilização da farinha de algas calcáreas na alimentação animal. Archivos de Zootecnia, v.58, p.99-107, 2009.
  • ROSTAGNO, H.S.; ALBINO, L.F.T.; DONZELE, J.L. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. Viçosa, MG: UFV, 2005. 186p.
  • SAS INSTITUTE. SAS user´s guide: statistic. Version 9.1. Cary, 2009.
  • SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. 3.ed. Viçosa, MG: UFV, 2002. 165p.
  • ZANINI, S.F. et al. Composição da carcaça de frangos de corte submetidos a dieta com farinha de algas. Revista do Centro Universitário Vila Velha, Vila Velha, v.3, n.1, p.40-55, 2002.
  • 1
    Trabalho de conclusão de curso do primeiro autor, apresentado à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/FCAV – Unesp – Jaboticabal, SP
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      31 Ago 2011
    • Data do Fascículo
      Ago 2011

    Histórico

    • Aceito
      10 Ago 2010
    • Recebido
      01 Set 2009
    Editora da Universidade Federal de Lavras Editora da UFLA, Caixa Postal 3037 - 37200-900 - Lavras - MG - Brasil, Telefone: 35 3829-1115 - Lavras - MG - Brazil
    E-mail: revista.ca.editora@ufla.br