Acessibilidade / Reportar erro

O gênero Machaerium (Leguminosae-Papilionoideae-Dalbergieae) no Pantanal Brasileiro

The genus Machaerium (Leguminosae-Papilionoideae-Dalbergieae) in the Brazilian Pantanal

RESUMO

Representantes de Leguminosae são importantes elementos florísticos das formações vegetacionais do Pantanal brasileiro. Machaerium é um gênero tropical de Papilionoideae e suas espécies são encontradas em diferentes ambientes vegetacionais, podendo ser indicadas na recomposição de áreas degradadas. Machaerium está representado no Pantanal por oito espécies: M. aculeatum, M. acutifolium, M. amplum, M. eriocarpum, M. hirtum, M. isadelphum, M. paraguariense e M. villosum. O presente estudo apresenta chave de identificação, descrições, comentários, ilustrações, dados de distribuição geográfica e dos ambientes preferenciais de cada táxon. As espécies de Machaerium ocorrem em floresta estacional decídual, floresta estacional semidecidual, floresta ombrófila densa aluvial (mata ciliar), savana (cerrado), savana florestada (cerradão) e savana-estépica florestada (chaco) distribuídas nas dez sub-regiões do Pantanal.

Palavras-chave:
Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Centro-oeste; taxonomia; flora

ABSTRACT

Members of family Leguminosae are important floristic elements of the vegetational formations of the Brazilian Pantanal. Machaerium is an important tropical genus of Papilionoideae and its species are found in different vegetation formations, being indicated for recovery of degraded areas. The genus Machaerium is represented in the Pantanal by eight species: M. aculeatum, M. acutifolium, M. amplum, M. eriocarpum, M. hirtum, M. isadelphum, M. paraguariense and M. villosum. This study presents identification key, descriptions, comments, illustrations, habitat information and geographic distribution of each taxon The species occur in the deciduous forest, semideciduous forest, aluvial dense forest (gallery forest), savanna (cerrado), forested savanna (cerradão) and forested savanna (chaco), distributed through the ten subregions defined within the Pantanal.

Key words:
Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Center-west; taxonomy; flora

Texto completo disponível apenas em PDF.

AGRADECIMENTOS

As autoras agradecem aos curadores dos herbários BHCB, CH, COR, CPAP, DDMS, ESA, HMS, INPA, RB, SPSF, UB, UEC pelo empréstimo das exsicatas e a FUNDECT (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) pela concessão da bolsa de mestrado à primeira autora.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Ab'Saber, A. 1983. O domínio dos cerrados: introdução ao conhecimento. Revista do Serviço Público 111: 41-55.
  • Adámoli, J. 1982. O Pantanal e suas relações fitogeográficas com os cerrados. Discussão sobre o conceito "Complexo do Pantanal". In: 32o Congresso Nacional de Botânica, 1981. Teresina, PI. Anais... Sociedade Botânica do Brasil, Teresina. Pp. 109-119.
  • Bastos, M. N. C. 1987. Contribuição ao estudo de algumas espécies do gênero Machaerium Persoon. (Leguminosae - Papilionoideae) ocorrentes na Amazônia brasileira. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi (série Botânica) 3: 183-278.
  • Bentham, G. 1862. Leguminosae. Dalbergieae. In Martius, C.F.P. von & Eichler, A. G. (eds.) Flora brasiliensis. F. Fleischer, Lipsiae, 15(1):1-349.
  • Borges, C. A.; Avelino, P. H. M. & Souza, C. A. 2004. O potencial ambiental do pantanal Mato-Grossense e os impactos associados. Ação ambiental, VI (26): 28-31.
  • Bortoluzzi, R. L. C.; Carvalho-Okano, R, M.; Garcia, F. C. P. & Tozzi, A. M. G. A. 2004. Leguminosae, Papilionoideae no Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil. II: árvores e arbustos escandentes. Acta Botanica Brasilica 18(1): 49-71.
  • Camargo, R. A. 2005. A tribo Dalbergiae (Leguminosae-Faboideae) no estado de Santa Catarina, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 131p.
  • Coutinho, M.; Campos, Z.; Mourão, G. & Mauro. R. 1997. Aspectos ecológicos dos vertebrados terrestres e semi-aquáticos no Pantanal. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Plano de conservação da Bacia do Alto Paraguai (Pantanal): diagnóstico dos meios físicos e bióticos 2(3): 183-322.
  • Crispim, S. M. A. & Cardoso, E. L. 2004. O Pantanal e as queimadas. Ação ambiental, VI (26): 35-38.
  • Damasceno-Júnior, G. A.; Nakajima, J. N. & Rezende, U. M. 2000. Levantamento florístico das cabeceiras dos Rios Negro, Aquidauana, Taquari e Miranda no Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil. In: Willink, P. W.; Chernoff, B.; Alonso, L. E.; Montambault, J. R. & Lourival, R. Uma avaliação biológica dos ecossistemas aquáticos do Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil. Conservation International, Washington, DC. Pp. 152-162.
  • ______ 2005. Estudo florístico e Fitossociológico de um gradiente altitudinal no Maciço Urucum - Mato Grosso do Sul - Brasil. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 230p.
  • Dubs, B. 1998. Prodomus Flora Matogrossensis. Betrona Verlag, Kusnacht, 444p.
  • Font-Quer, P. 1953. Diccionario de botánica. Labor S.A., Barcelona, 1244p.
  • Harris, J. G. & Harris, M. W. 1994. Plant identification terminology: an ilustred glossary. Spring Lake, 198p.
  • Hickey, L. J. 1973. Classification of the arquitecture of dicotyledonares leaves. American Journal of Botany 60(1): 17-23.
  • Hoehne, F. C. 1941. Leguminosas papilionadas gêneros Machaerium e Paramachaerium Flora Brasilica 25:1-100.
  • Holmgren, P. K.; Holmgren, N. H. & Barnett, L. C. 1990. The herbaria of the world. 8a edição, New York Botanical Garden, New York, 321p.
  • IBGE. 1992. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, 89p.
  • Junk, W. J. & Silva, C. J. 1996. O conceito do pulso de inundação e suas implicações para o Pantanal de Mato Grosso. In: II Simpósio sobre Recursos Naturais e Sócio-Econômicos do Pantanal. 1996, Corumbá, MS. Manejo e Conservação. Anais... Embrapa-Pantanal, Corumbá. Pp. 17-28.
  • Köppen, W. 1948. Climatologia: com un estudio de los climas de la Terra. F. C. E.: Ciudad de México, 87p.
  • Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew, 369p.
  • ______; Schire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the world. Royal Botanic Gardens, Kew, 577p.
  • Lima, H. C.; Correia, C. M. B. & Farias, D. S. 1994. Leguminosae. In: Lima, M. P. M. & Guedes, R. R. (orgs.). 1994. Reserva Ecológica de Macaé de Cima, Nova Friburgo-RJ: Aspectos Florísticos das Espécies Vasculares. Vol. 1. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 404p.
  • ______. 1995. Leguminosas da Flora Fluminenses - J. M. da C. Velloso - Lista atualizada das espécies arbóreas. Acta Botanica Brasilica 9(1): 123-146.
  • Lorenzi, H. 1992. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Vol. 1. Plantarum, Nova Odessa, 352p.
  • ______. 1998. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Vol. 2. Plantarum, Nova Odessa, 352p.
  • Mendonça-Filho, C. V. 1996. Braúna, Angico, Jacarandá e outras Leguminosas de Mata Atlântica: Estação Biológica de Caratinga, Minas Gerais. Fundação Botânica Margaret Mee, Viçosa, 100p.
  • ______; Martins, E. R. F. & Tozzi, A. M. G. A. 2002. New chromosome counts in neotropical Machaerium Pers. species (Fabaceae) and their taxonomic significance. Caryologia 55(2): 111-114.
  • Pott, A. 1988. Pastagens no Pantanal. Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal-CPAP. Circular Técnica, documento 7. Corumbá-MS, 58p.
  • ______ & Pott, V. J. 1994. Plantas do Pantanal. Brasília: Embrapa, 320p.
  • ______. 2004. A flora do Pantanal. Ação ambiental, VI (26): 19-23.
  • Prance, G. T. & Schaller, G. B. 1982. Preliminary study of some vegetation types of the Pantanal, Mato Grosso, Brasil. Brittonia 34: 228-251.
  • Radford, A. E.; Dickison, W. C.; Massey, J. R. & Bell, C. R. 1974. Vascular Plant Systematics. Harper & Row, New York, 891p.
  • Sartori, A. L. B. & Tozzi, A. M. G. A. 1998. As espécies de Machaerium Pers. (Leguminosae - Papilionoideae - Dalbergieae) ocorrentes no estado de São Paulo. Revista Brasileira de Botânica 21(3): 211-246.
  • Silva, M. P.; Mauro, R. A.; Mourão, G. & Coutinho, M. 2000. Distribuição e quantificação de classes de vegetação do Pantanal através de levantamento aéreo. Revista Brasileira de Botânica 23(2): 143-152.
  • Soreano, B. M. A.; Clarke, R. T. & Catella, A. C. 2001. Evolução da erosividade das cheias na bacia do rio Taquari. Corumbá: Embrapa Pantanal. Boletim de Pesquisa 25: 18p.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Apr-Jun 2007

Histórico

  • Recebido
    Jul 2006
  • Aceito
    Jan 2007
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Rua Pacheco Leão, 915 - Jardim Botânico, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21)3204-2148, Fax: (55 21) 3204-2071 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rodriguesia@jbrj.gov.br