Acessibilidade / Reportar erro

Para além do excepcionalismo: notas sobre “O estranho e o ordinário” de Michel-Rolph Trouillot

Originalmente publicado em 1990, no terceiro número da revista Cimarrón, o artigo de Michel-Rolph Trouillot (1949-2012), O estranho e o ordinário: o Haiti, o Caribe e o mundo, que aqui apresentamos, foi escrito pelo antropólogo haitiano em um momento paradigmático tanto para a história de seu país natal quanto para sua trajetória acadêmica. 1 1 The journal Cimarrón: New Perspectives on the Caribbean was created in 1985, linked to the Association os Caribbean Studies, at the City University of New York (CUNY). It aimed to fill the gap in US intellectual production on the Caribbean. The editor of the first edition, Basil Wilson, was a member of the John Jay College Department of African American Studies. Since the first issue, the journal has privileged work by Caribbean intellectuals and writers (Goldway, 1986). [A revista Cimarrón - New Perspectives on the Caribbean foi criada em 1985, vinculada à Association of Caribbean Studies, da Universidade da Cidade de Nova Iorque (CUNY). Sua criação teve como intuito preencher lacunas na produção intelectual norte-americana sobre o Caribe. O editor da primeira edição, Basil Wilson, era membro do Departamento de Estudos Afro-Americanos do John Jay College. Desde o primeiro número, a revista privilegiou os trabalhos de intelectuais e escritores caribenhos (Goldway, 1986).] Assistia-se no Haiti, desde 1986, à emergência de iniciativas democráticas e novos debates políticos no campo progressista após o longo e violento período da ditadura duvalierista. 2 2 Jean-Claude Duvalier, Baby Doc, was overthrown in 1986 through a joint civil society movement, articulated with the Catholic Church and supported by the Haitian diaspora and various international actors, ending a 29-year regime. Imposed by his father, François Duvalier (1907-1991), Papa Doc, a few years after his election in 1957, the Duvalierist dictatorship and its authoritarian mechanisms were also object of Trouillot's sociological, anthropological and historiographical interest. The author developed the theme in the book Haiti, State against Nation: The Origins and Legacy of Duvalierism, published in 1990 concomitantly with the article we present here, exerting a strong influence on later works. See, for instance, Dubois (2012), Hector & Hurbon (2009); Andrade (2019). [Foi a partir de um movimento conjunto da sociedade civil, articulada com a Igreja Católica e recebendo apoio da diáspora haitiana e de parte da comunidade internacional que Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, foi deposto em 1986, dando fim a um regime que já durava 29 anos. Instaurada por seu pai, François Duvalier (1907-1991), o Papa Doc, alguns anos após sua eleição em 1957, a ditadura duvalierista e seus mecanismos de construção do poder foram também alvo do interesse sociológico, antropológico e historiográfico de Trouillot. O autor desenvolveu o tema no livro Haiti, State against Nation: The Origins and Legacy of Duvalierism, publicado em 1990 concomitantemente ao artigo que apresentamos aqui, exercendo grande influência em trabalhos posteriores. Ver, por exemplo, Dubois (2012), Hector & Hurbon (2009); Andrade (2019).] Ao mesmo tempo e ao norte do Atlântico, Trouillot, que saíra do país caribenho em 1968, justamente em função de perseguições políticas, se consolidava como pesquisador e professor universitário. 3 3 It is important to note that Trouillot belongs to a family of Haitian intellectuals, which, as he writes in the first line of the preface to his book Silencing the Past: Power and the Production of History (1995) was particularly interested in history: “I grew up in a family where history sat at the dinner table” (1995, p. 15). His father, Ernest Trouillot (1922-1987), was a lawyer, teacher and even host of a television program about Haitian history. His paternal uncle, Henock Trouillot (1923-1988), was a renowned historian and for many years head of Haiti’s National Archives. For more details on Trouillot's biography see: Woodson, (s / d; 2013); Bonilla (2014). [É importante ressaltar que Trouillot vem de uma família de intelectuais haitianos, que, como ele mesmo comenta no prefácio de seu livro Silenciando o passado: poder e a produção da história (2016), tinha um interesse particular pela história: “cresci numa família que se sentava com a história à mesa de jantar” (2016, p. 15). Seu pai, Ernest Trouillot (1922-1987), foi advogado, professor e chegou a apresentar durante alguns anos um programa de televisão sobre história haitiana. Já seu tio paterno, Henock Trouillot (1923-1988), foi um reconhecido historiador e esteve por muitos anos à frente do Arquivos Nacionais do Haiti. Para mais detalhes da biografia de Trouillot ver: Woodson, (s/d; 2013); Bonilla (2014).] O antropólogo lecionou na Universidade Duke, a partir de 1983, onde durante os próximos cinco anos ajudou a criar o Programa de Estudos Caribenhos (Woodson & Williams, 2013WOODSON, Drexel; WILLIAMS, Brackette. 2013. “In memoriam: Dr. Michel-Rolph Trouillot (1949-2012)”, Caribbean Studies, v. 40, n. 1, pp. 153-162.). Pouco depois de terminar seu doutorado no Programa de História e Cultura Atlântica da Universidade Johns Hopkins, em 1985, tornou-se professor na mesma instituição, onde permaneceu até 1998, quando se transferiu para a Universidade de Chicago. Ali ensinaria até o fim de sua vida4 4 Trouillot died in Chicago at age 61 from a brain aneurysm. His obituaries show the extent of his contribution to the social sciences, from Caribbean studies to anthropological theory: Scott (2012); Woodson & Williams (2013); Price (2013); Dubois (2013). [Trouillot morreu em Chicago aos 61 anos em função de um aneurisma cerebral. Seus obituários mostram a extensão de sua contribuição para as ciências sociais, especialmente para os estudos caribenhos: Scott (2012); Woodson & Williams (2013); Price (2013); Dubois (2013).] .

O estranho e o ordinário é parte, assim, de uma série de novos trabalhos publicados por Trouillot a partir dos anos 1990. É nesse momento em que, não por acaso, o autor se volta à reflexão sobre o Haiti, após pelo menos uma década de estudos dedicada à compreensão da história colonial de São Domingos - com um amplo espectro de trabalhos que vão de artigos publicados em inglês (Trouillot, 1981TROUILLOT, Michel-Rolph. 1981. "Peripheral Vibrations: The Case of Saint-Domingue’s Coffee Revolution". In: RUBINSON, R. (ed.). Dynamics of World Development, 27-41. Beverly Hills, CA: Sage., 1982TROUILLOT, Michel-Rolph. 1982. "Motion in the System: Coffee, Color, and Slavery in Eighteenth-Century Saint-Domingue", Review 5 (3): 331-388.) a um livro pioneiro escrito em crioulo haitiano, cujo objetivo político era contar a história da Revolução Haitiana através do prisma do materialismo histórico além de um importante trabalho de campo etnográfico realizado na ilha de Dominica, estudo que deu origem à sua tese de doutorado (Trouillot, 1988TROUILLOT, Michel-Rolph. 1988. Peasants and Capital: Dominica in the World Economy. Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press.). Iniciado pela publicação, ainda na década de 1980, de Les Racines Historiques de l’État Duvaliérien (1986TROUILLOT, Michel-Rolph. 1986. Les Racines Historiques de l’État Duvaliérien. Port-au-Prince: Éditions Deschamps.) - trabalho que se tornaria quatro anos depois o clássico State Against Nation: The Origins and Legacy of Duvalierism (1990bTROUILLOT, Michel-Rolph. 1990b. Haiti, State against Nation: The Origins and Legacy of Duvalierism. New York: Monthly Review Press.) - este movimento incluiu reflexões sistemáticas sobre a história política haitiana, sua relação com a região caribenha e o capitalismo global, e, em última instância, sobre a posição do Haiti no imaginário antropológico ocidental. Sem abandonar o horizonte comparativo, foi a partir de materiais empíricos que Trouillot traçou análises bastante atuais sobre contextos pós-plantation, pensando tanto na autonomia histórica do Estado em contextos pós-coloniais e na formação de retóricas do poder autoritário (Trouillot, 1990bTROUILLOT, Michel-Rolph. 1990b. Haiti, State against Nation: The Origins and Legacy of Duvalierism. New York: Monthly Review Press.; 1992TROUILLOT, Michel-Rolph. 1992. “The Vulgarity of Power”, Public Culture, vol. 5, n. 1, pp. 75-81.) quanto em processos crioulização e sociogênese em regiões que compõem a geografia da diáspora africana (Trouillot, 1990aTROUILLOT, Michel-Rolph. 1990a. “The Odd and the Ordinary: Haiti, the Caribbean, and the World”, Cimarrón: New Perspectives on the Caribbean, vol. 2, n. 3, pp. 3-12.; 2006TROUILLOT, Michel-Rolph. 2006. “Culture on the Edges: Creolization in the Plantation Context”, In: The International Creole Fest (ed.), The African Diaspora and Creolization. Broward County, FL: A.C.T.I.O.N. Foundation, Inc, pp. 9-21, available at 9-21, available at http://internationalcreolefest.org/images/CahierICF06-Booklet.pdf (access: 19/05/2020).
http://internationalcreolefest.org/image...
). Dois outros trabalhos do autor recentemente traduzidos para o português são também exemplos fundamentais da produção da década de 1990: o artigo “A região do Caribe: uma fronteira aberta na teoria antropológica” ([1992] 2018TROUILLOT, Michel-Rolph. [1992] 2018. “A região do Caribe: uma fronteira aberta na teoria antropológica”. Translated by Marcelo Moura Mello and Rogério Brittes Pires. Afro-Ásia, n. 58, pp. 197-232.), dedicado a compreender a construção do Caribe como região etnográfica e objeto antropológico, e o livro Silenciando o passado: poder e a produção da história ([1995] 2016TROUILLOT, Michel-Rolph. [1995] 2016. Silenciando o passado: poder e a produção da históri a. Translated by Sebastião Nascimento. Curitiba: Huya.), em que o autor discorre sobre formas de produção da história enquanto práticas sociais e narrativas conformadas por relações de poder situadas. 5 5 For more details on these works see the introduction of Mello & Brittes (2018) to the translation of Trouillot (2018) and the reviews of Silencing the Past by Benevides (1999) and, more recently, by Zuker (2019). [Para mais detalhes sobre estes trabalhos ver a introdução de Mello & Pires (2018) à tradução de Trouillot (2018) e as resenhas de Silenciando o Passado de Benevides (1999) e, mais recentemente, Zuker (2019).]

Especificamente em O estranho e o ordinário, Trouillot realiza uma reflexão que se aproxima ao movimento feito por Edward Said (1935-2003) anos antes com seu Orientalismo (1990 [1978]SAID, Edward W. [1978] 1990. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras.), quando aponta para a construção pelo Ocidente de um Oriente às avessas. Espécie de espelho invertido, Said argumenta que esse Oriente diz mais respeito aos pressupostos epistemológicos ocidentais e às suas pretensões imperialistas do que ao próprio mundo oriental, sua diversidade e história. Nessa mesma direção, Trouillot aponta para os perigos de tratar o Haiti como uma exceção histórica e sociocultural, interpretação que teria suas raízes nas análises, especialmente feitas por intelectuais e cronistas estrangeiros, que enfatizam as particularidades da Revolução Haitiana (1791-1804) e da subsequente independência do país (1804). Desde então, chama a atenção Trouillot, o Haiti tem sido visto como local idiossincrático, especialmente por oposição ao Ocidente imperialista, e entendido como “o [seu] mais longo projeto neocolonial” (1990a: 7TROUILLOT, Michel-Rolph. 1990a. “The Odd and the Ordinary: Haiti, the Caribbean, and the World”, Cimarrón: New Perspectives on the Caribbean, vol. 2, n. 3, pp. 3-12.). De “primeira república negra das Américas” à “nação mais pobre do hemisfério ocidental”, frases frequentemente entoadas pelos livros de história e noticiários ao longo do século XX, o país é marcado por sua estranheza (“the odd”), mas pode e deve também ser apreciado por sua dimensão ordinária (“the ordinary”). Afinal, nos ensina a antropologia que a vida cotidiana e as práticas sociais corriqueiras são tão relevantes como objeto de análise quanto os grandes eventos históricos e as catástrofes. 6 6 One cannot forget here the earthquake that shook the country in 2010, leaving some 250 thousand dead and more than one million homeless. The earthquake sparked analyses in the media and academic environments that reinforce the argument of Haitian exceptionalism developed by Trouillot more than a decade earlier. In this sense, see, among others, the article by Thomas (2011) on the earthquake and stigmatizing speech about Haiti. [Não se pode deixar de lembrar aqui do terremoto que em 2010 assolou o país, deixando por volta de 250 mil mortos e mais de um milhão de desabrigados. Sem dúvidas, o terremoto despertou na mídia e no meio acadêmico análises que reforçam o argumento do excepcionalismo haitiano desenvolvido por Trouillot mais de uma década antes da tragédia. Nesse sentido, ver, entre outros, o artigo de Thomaz (2011) sobre o terremoto e os discursos estigmatizantes sobre o Haiti.]

A insistência em ressaltar as supostas particularidades haitianas tem ainda, nos dirá Trouillot, efeitos perversos, que tanto invisibilizam a agência dos haitianos e haitianas ao longo da sua história, quanto minimizam a violenta contribuição oferecida pelos países imperialistas a essa mesma história. Mais do que isso, o autor revela como a ficção do excepcionalismo haitiano, produzida também por literatos nacionalistas, garantiu as pretensões autoritárias de uma elite que entendia que um país excepcional deveria ser também governado de forma excepcional. Assim, a difundida imagem de um Haiti, que de tão único se torna estranho ou incompreensível, opera como um “escudo”, perfeito para isolar o país politicamente, afastando-o da integração a um mundo “dominado pelo Cristianismo, pelo capitalismo e pela branquitude” (1990a: 7TROUILLOT, Michel-Rolph. 1990a. “The Odd and the Ordinary: Haiti, the Caribbean, and the World”, Cimarrón: New Perspectives on the Caribbean, vol. 2, n. 3, pp. 3-12.). Trouillot mostra, assim como o faz em outros trabalhos, o imbricamento entre as narrativas históricas, a construção de imagens antropológicas e os mecanismos de poder que, em diferentes escalas, produzem as desigualdades e os estigmas. Finalizando o texto com um convite a novas pesquisas, Trouillot antecipa parte das investigações que marcariam os anos 2000 e lança as bases de um projeto de compreensão de processos históricos similares ao caso haitiano que ainda aguarda novas contribuições.

Na esteira deste artigo o antropólogo demonstrou ainda, em seus trabalhos da década seguinte, as ambições de um projeto de crítica à antropologia e sua face colonialista. Demônio que sempre ressurge apesar dos constantes esforços em exorcizá-lo, encontramos na pena de Trouillot uma importante inflexão assentada nas possibilidades de historicizar fenômenos sociais e os próprios conceitos de que historiadores, filósofos e cientistas sociais lançamos mão. Não por acaso, conceitos como cultura, modernidade e globalização, foram chamados provocativamente por ele de “universais norte-atlânticos” (Trouillot, 2003TROUILLOT, Michel-Rolph. 2003. Global Transformations: Anthropology and the Modern World. New York: Palgrave Macmillan.). Por meio de um atento trabalho crítico com os conceitos, ao longo de toda sua trajetória Trouillot demonstrou como a antropologia pode, de fato, contribuir para a renovação de temas, problemáticas e ferramentas.

A circulação do texto aqui apresentado, inicialmente elaborado como uma aula magna e escrito em meio às turbulências que levariam o Haiti à eleição de Jean-Bertrand Aristide (1953-), diz muito de sua potência e de sua capacidade de dialogar com outros universos, para além de seu inegável enraizamento histórico, político e espacial. Sabe-se que, desde a sua publicação, ele era passado de mão em mão, através de fotocópias grifadas, ou ainda escaneado e difundido por algum estudante generoso, cruzando assim hemisférios e mares antes do advento das digitalizações. O artigo seguiu e segue inspirando pesquisadoras e pesquisadores que pensam articulações globais a partir do que Mintz (2012MINTZ, Sidney. 2012. Three ancient colonies: Caribbean themes and variations. Cambridge: Harvard University Press.) chamou de temas e variações caribenhos, bem como estudiosos interessados em questionar a clássica oposição antropológica entre particularismo e universalismo, articulada por Trouillot através da noção de excepcionalismo (Bonilla, 2013BONILLA, Yarimar. 2013. “Ordinary Sovereignty”, small axe, n. 42, pp. 152-165.; Benedicty-Kokken, Byron, Glover & Schuller, 2016BENEDICTY-KOKKEN, A.; BYRON, J.; GLOVER, K.; SCHULLER, M. (Eds.). 2016. The Haiti Exception: Anthropology and the Predicament of Narrative. Liverpool: Liverpool University Press.). Parte de uma verdadeira obra crítica e engajada, este texto que já nasceu um clássico, encontra agora uma nova publicação, seguida de uma tradução ao português. O intuito é de que ele possa circular de modo mais amplo e que, com a versão em português, se junte aos esforços já realizados para a divulgação do trabalho de Trouillot em territórios lusófonos, ganhando, esperamos, novos leitores e leitoras entusiasmados.

References

  • ANDRADE, Everaldo de Oliveira. 2019. Haiti: dois séculos de história. São Paulo: Alameda.
  • BENEVIDES, Sérgio Paulo. 1999. "Silencing the past: power and the production of history", Mana, vol. 5, n. 2, pp. 199-201.
  • BENEDICTY-KOKKEN, A.; BYRON, J.; GLOVER, K.; SCHULLER, M. (Eds.). 2016. The Haiti Exception: Anthropology and the Predicament of Narrative. Liverpool: Liverpool University Press.
  • BONILLA, Yarimar. 2013. “Ordinary Sovereignty”, small axe, n. 42, pp. 152-165.
  • BONILLA, Yarimar. (2014). “Remembering the songwriter: the life and Legacies of Michel-Rolph Trouillot.” Cultural Dynamics, vol. 26, n. 2, 163-172.
  • DUBOIS, Laurent. 2012. Haiti: The Aftershocks of History New York: Metropolitan Books.
  • DUBOIS, Laurent. (2013). “Michel-Rolph Trouillot (1949-2012)”. Hispanic American Historical Review, 93(4), 685-690
  • GOLDWAY, David. 1986. “Congratulations to Cimarrón!”. Science & Society, vol. 50, n. 1. p. 127.
  • HECTOR, Michel; HURBON, Laënnec. 2009. Genèse de l’État haïtien, 1804 - 1859 Paris: La Maison des Sciences de l’Homme.
  • MELLO, Marcelo Moura; PIRES, Rogério Brittes W. 2018. “Trouillot, o Caribe e a Antropologia”, Afro-Ásia, 58, pp. 189-196.
  • MINTZ, Sidney. 2012. Three ancient colonies: Caribbean themes and variations Cambridge: Harvard University Press.
  • PRICE, Richard. 2013. “Michel-Rolph Trouillot (1949-2012)”, American Anthropologist, v. 115, n. 4 (2013), pp. 717-720.
  • SAID, Edward W. [1978] 1990. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras.
  • SCOTT, David. 2012. “The Futures of Michel-Rolph Trouillot: in memoriam”, Small Axe: a Caribbean Journal of Criticism, v. 16, n. 3, pp. vii-x.
  • THOMAZ, Omar Ribeiro. 2011. “Eles são assim: racismo e o terremoto de 12 de janeiro de 2010 no Haiti”, Cadernos de Campo, São Paulo, n. 20, p. 273-284.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. [1977] 2012. Ti dife boule sou listwa Ayiti Port-au-Prince: Edisyon KIK, Inivèsite Karayib.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. 1981. "Peripheral Vibrations: The Case of Saint-Domingue’s Coffee Revolution". In: RUBINSON, R. (ed.). Dynamics of World Development, 27-41. Beverly Hills, CA: Sage.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. 1982. "Motion in the System: Coffee, Color, and Slavery in Eighteenth-Century Saint-Domingue", Review 5 (3): 331-388.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. 1986. Les Racines Historiques de l’État Duvaliérien Port-au-Prince: Éditions Deschamps.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. 1988. Peasants and Capital: Dominica in the World Economy Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. 1990a. “The Odd and the Ordinary: Haiti, the Caribbean, and the World”, Cimarrón: New Perspectives on the Caribbean, vol. 2, n. 3, pp. 3-12.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. 1990b. Haiti, State against Nation: The Origins and Legacy of Duvalierism New York: Monthly Review Press.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. 1992. “The Vulgarity of Power”, Public Culture, vol. 5, n. 1, pp. 75-81.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. 1995. Silencing the Past: Power and Production of History Boston: Beacon Press.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. 2003. Global Transformations: Anthropology and the Modern World New York: Palgrave Macmillan.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. 2006. “Culture on the Edges: Creolization in the Plantation Context”, In: The International Creole Fest (ed.), The African Diaspora and Creolization Broward County, FL: A.C.T.I.O.N. Foundation, Inc, pp. 9-21, available at 9-21, available at http://internationalcreolefest.org/images/CahierICF06-Booklet.pdf (access: 19/05/2020).
    » http://internationalcreolefest.org/images/CahierICF06-Booklet.pdf
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. [1995] 2016. Silenciando o passado: poder e a produção da históri a. Translated by Sebastião Nascimento. Curitiba: Huya.
  • TROUILLOT, Michel-Rolph. [1992] 2018. “A região do Caribe: uma fronteira aberta na teoria antropológica”. Translated by Marcelo Moura Mello and Rogério Brittes Pires. Afro-Ásia, n. 58, pp. 197-232.
  • WOODSON, Drexel. S/d. "Trouillot, Michel-Rolph", Encyclopedia of the Social Sciences, Encyclopedia.com., acesso em 13 de maio de 2020, disponível em: , acesso em 13 de maio de 2020, disponível em: https://www.encyclopedia.com
    » https://www.encyclopedia.com
  • WOODSON, Drexel. 2013. "Byen Pre Pa Lakay: Toward a Complete Bibliography of Michel-Rolph Trouillot's", Journal of Haitian Studies, Vol. 19, No. 2, Special Issue on Michel-Rolph Trouillot, pp. 183-202.
  • WOODSON, Drexel; WILLIAMS, Brackette. 2013. “In memoriam: Dr. Michel-Rolph Trouillot (1949-2012)”, Caribbean Studies, v. 40, n. 1, pp. 153-162.
  • ZUKER, Fabio. 2019. "TROUILLOT, Michel-Rolph. Silenciando o Passado", Cadernos de Campo , 28(1), pp. 319-324.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Out 2020
  • Data do Fascículo
    2020
Associação Brasileira de Antropologia (ABA) Caixa Postal 04491, 70904-970 Brasília - DF / Brasil, Tel./ Fax 55 61 3307-3754 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: vibrant.aba@gmail.com