Acessibilidade / Reportar erro
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Volume: 116, Número: 5, Publicado: 2021
  • Comparação dos Resultados entre os Fenômenos de No-Reflow e Slow-Flow Coronariano em Pacientes sem IAMSSST Artigo Original

    Huyut, Mustafa Ahmet

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: Os fenômenos de slow-flow (CSFP) e no-reflow coronariano (CNP) estão associados a um risco aumentado de eventos cardiovasculares adversos maiores (ECAM). Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar e comparar os resultados do seguimento clínico de um ano entre pacientes com CNP e CSFP submetidos a intervenções coronárias percutâneas (ICP) em infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST). Métodos: Este estudo incluiu um total de 858 pacientes com diagnóstico de IAMSSST e submetidos a ICP nas 24 horas desde o início dos sintomas. Os pacientes foram divididos em dois grupos, o grupo CSFP (n = 221) e o grupo CNP (n = 25), considerando as características angiográficas do fluxo da trombólise no infarto do miocárdio (TIMI) e na artéria relacionada ao infarto. Os pacientes tiveram um seguimento de um ano. Um valor de p <0,05 foi considerado significativo. Resultados: O CNP foi observado em 2,91% e o CSFP em 25,75% dos pacientes. Os desfechos clínicos analisaram que a incidência de acidente vascular cerebral (AVC) foi significativamente maior no grupo CNP do que no grupo CSFP (6 (24%) vs. 6 (2,70%), p <0,001) e a de ECAM foi significativamente maior no grupo CNP do que no grupo CSFP (11 (44%) vs. 51 (23,10%), p = 0,022). A análise de regressão logística condicional forward demonstrou que o índice de massa corporal (IMC) (OR = 1,11, IC95%: 1,00-1,24, p = 0,038) e frequência cardíaca (FC) basal (OR = 0,923, IC 95%: 0,88-0,96, p <0,001) foram os preditores independentes de CNP no IAMSSST. Conclusões: Pacientes com CNP têm piores resultados clínicos e um maior risco de AVC em comparação com pacientes com CSFP no IAMSSST.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Coronary slow-flow phenomenon (CSFP) and coronary no-reflow phenomenon (CNP) are associated with increased risk of major cardiovascular adverse events (MACE). Objectives: This study aimed to evaluate and compare the one-year clinical follow-up outcomes among patients with CNP and CSFP who underwent percutaneous coronary interventions (PCI) in non-ST elevation myocardial infarction (NSTEMI). Methods: This study included a total of 858 patients who were diagnosed with NSTEMI and underwent PCI within 24 h of symptom onset. The patients were divided into two groups, the CSFP group (n=221) and the CNP group (n=25), regarding the angiographic characteristics of thrombolysis in myocardial infarction (TIMI) flow of the infarct-related artery. Patients were followed for one-year. A p-value of <0.05 was considered significant. Results: CNP was observed in 2.91%, and CSFP was observed in 25.75% of the patients. Clinical endpoints analyzed that stroke was significantly higher in the CNP group than in the CSFP group (6 (24%) vs. 6 (2.70%), p<0.001) and MACE was significantly higher in the CNP group than in the CSFP group (11 (44%) vs. 51 (23.10%), p=0.022). Forward conditional logistic regression analysis demonstrated that body mass index (BMI) (OR=1.11, 95%CI: 1.00-1.24, p=0.038) and baseline heart rate (HR) (OR=0.923, 95%CI: 0.88-0.96, p<0.001) were the independent predictors of CNP in NSTEMI. Conclusion: CNP patients have worse clinical outcomes and a higher risk of stroke compared with CSFP patients in NSTEMI. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(5):856-864)
  • Em Busca da Perfusão Coronariana Perfeita Minieditorial

    Montenegro, Carlos Eduardo Lucena
  • Estratégias de Revascularização em Doentes com Infarto Agudo do Miocárdio em Choque Cardiogênico – Resultados do Registo Português de Síndromes Coronárias Agudas Artigo Original

    Alegria, Sofia; Marques, Ana; Gomes, Ana Catarina; Pereira, Ana Rita F.; Sebaiti, Daniel; Morgado, Gonçalo; Calé, Rita; Martins, Cristina; Belo, Adriana; Rangel, Inês; Pereira, Hélder

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: Em doentes com infarto agudo do miocárdio (IAM), choque cardiogênico (CC) e doença multivaso (DMV) persistem dúvidas sobre a intervenção nas artérias não responsáveis. Objetivos: 1) caracterizar a amostra de doentes com IAM, CC e DMV incluídos no Registo Nacional Português de Síndromes Coronárias Agudas (RNSCA); 2) comparar os eventos associados a diferentes estratégias de revascularização; e 3) identificar preditores de mortalidade intra-hospitalar nesta amostra. Métodos: Estudo observacional retrospetivo de doentes com IAM, CC e DMV incluídos no RNSCA entre 2010 e 2018. Compararam-se duas estratégias de revascularização: completa durante o procedimento índice (grupo 1); e completa diferida ou incompleta durante o internamento (grupo 2-3). O endpoint primário foi a ocorrência de reinfarto ou morte intra-hospitalar. A significância estatística foi definida por um valor p < 0,05. Resultados: Identificaram-se 127 doentes com IAM, CC e DMV (18,1% no grupo 1 e 81,9% no grupo 2-3), com idade média de 70 ± 12 anos e 92,9% com IAM com supradesnivelamento do segmento ST. O endpoint primário ocorreu em 47,8% dos doentes do grupo 1 e em 37,5% do grupo 2-3 (p = 0,359). As taxas de mortalidade intra-hospitalar, reinfarto, acidente vascular cerebral e hemorragia major foram também semelhantes nos dois grupos. Os preditores de mortalidade intra-hospitalar nesta amostra foram a presença na admissão de disfunção ventricular esquerda (OR 16,8), bloqueio completo de ramo direito (OR 7,6) e anemia (OR 5,2), (p ≤ 0,02). Conclusões: Entre os doentes com IAM, CC e DMV, incluídos no RNSCA, não se verificou diferença significativa entre revascularização completa no evento índex e completa diferida ou incompleta durante o internamento, relativamente à ocorrência de morte intra-hospitalar ou reinfarto. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(5):867-876)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: In patients with acute myocardial infarction (MI), cardiogenic shock (CS), and multivessel disease (MVD) questions remain unanswered when it comes to intervention on non-culprit arteries. Objective: This article aims to 1) characterize patients with MI, CS and MVD included in the Portuguese Registry on Acute Coronary Syndromes (ProACS); 2) compare different revascularization strategies in the sample; 3) identify predictors of in-hospital mortality among these patients. Methods: Observational retrospective study of patients with MI, CS and MVD included in the ProACS between 2010 and 2018. Two revascularization strategies were compared: complete during the index procedure (group 1); and complete or incomplete during the index hospitalization (groups 2-3). The primary endpoint was a composite of in-hospital death or MI. Statistical significance was defined by a p-value <0.05. Results: We identified 127 patients with MI, CS, and MVD (18.1% in group 1, and 81.9% in groups 2-3), with a mean age of 7012 years, and 92.9% of the sample being diagnosed with ST-segment elevation MI (STEMI). The primary endpoint occurred in 47.8% of the patients in group 1 and 37.5% in group 2-3 (p = 0.359). The rates of in-hospital death, recurrent MI, stroke, and major bleeding were also similar. The predictors of in-hospital death in this sample were the presence of left ventricle systolic dysfunction on admission (OR 16.8), right bundle branch block (OR 7.6), and anemia (OR 5.2) (p ≤ 0.02 for both). Conclusions: Among patients with MI, CS, and MVD included in the ProACS, there was no significant difference between complete and incomplete revascularization during the index hospitalization regarding the occurrence of in-hospital death or MI. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(5):867-876)
  • Análise das Estratégias de Revascularização em Doentes com Infarte Agudo do Miocárdio em Choque Cardiogênico – Resultados do Registro Português de Síndromes Coronárias Agudas Minieditorial

    Soares, Gabriel Porto
  • O Efeito Direto do Índice de Massa Corporal nos Resultados Cardiovasculares entre Participantes sem Obesidade Central pela Estimativa por Máxima Verossimilhança Direcionada Artigo Original

    Saadati, Hossein Mozafar; Sabour, Siamak; Mansournia, Mohammad Ali; Mehrabi, Yadollah; Nazari, Seyed Saeed Hashemi

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: O índice de massa corporal (IMC) é o índice mais usado para categorizar uma pessoa como obesa ou não-obesa, e está sujeito a limitações importantes. Objetivo: Avaliar o efeito direto do IMC nos desfechos cardiovasculares em participantes sem obesidade central. Métodos: Esta análise incluiu 14.983 homens e mulheres com idades entre 45-75 anos do Estudo de Risco de Aterosclerose em Comunidades (ARIC). O IMC foi medido como obesidade geral e a circunferência da cintura (CC), a relação cintura-quadril (RCQ) e circunferência do quadril como obesidade central. A estimativa de máxima verossimilhança direcionada (TMLE, no acrônimo em inglês) foi usada para estimar os efeitos totais (TEs) e os efeitos diretos controlados (CDEs). A proporção de ET que seria eliminada se todos os participantes fossem não obesos em relação à obesidade central foi calculada usando o índice de proporção eliminada (PE). P<0,05 foi considerado estatisticamente significativo. As análises foram realizadas no pacote TMLE R. Resultados: O risco de desfechos cardiovasculares atribuídos ao IMC foi significativamente revertido com a eliminação da obesidade na RCQ (p <0,001). A proporção eliminada dos efeitos do IMC foi mais tangível para participantes não obesos em relação à CC (PE = 127%; IC95% (126,128)) e RCQ (PE = 97%; IC95% (96,98)) para doença arterial coronariana (DAC), e RCQ (PE = 92%; IC95% (91,94)) para acidente vascular cerebral, respectivamente. Com relação ao sexo, a proporção eliminada dos efeitos do IMC foi mais tangível para participantes não obesos em relação a RCQ (PE = 428%; IC95% (408.439)) para DAC em homens e CC (PE = 99%; IC95% (89,111)) para acidente vascular cerebral em mulheres, respectivamente. Conclusão: Esses resultados indicam diferentes efeitos potenciais da eliminação da obesidade central na associação entre IMC e desfechos cardiovasculares em homens e mulheres. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(5):879-886)

    Resumo em Inglês:

    Background: Body mass index (BMI) is the most commonly used index to categorize a person as obese or non-obese, which is subject to important limitations. Objective: To evaluate the direct effect of BMI on cardiovascular outcomes among participants without central obesity. Methods: This analysis included 14,983 males and females aged 45-75 years from the Atherosclerosis Risk in Communities Study (ARIC). BMI was measured as general obesity, and waist circumference (WC), waist-to-hip ratio (WHR) and hip circumference as central obesity. Targeted maximum likelihood estimation (TMLE) was used to estimate the total effects (TEs) and the controlled direct effects (CDEs). The proportion of TE that would be eliminated if all participants were non-obese regarding central obesity was computed using the proportion eliminated (PE) index. P <0.05 was considered statistically significant. Analyses were performed in the TMLE R package. Results: The risk of cardiovascular outcomes attributed to BMI was significantly reversed by eliminating WHR obesity (p<0.001). The proportion eliminated of BMI effects was more tangible for non-obese participants regarding WC (PE=127%; 95%CI (126,128)) and WHR (PE=97%; 95%CI (96,98)) for coronary heart disease (CHD), and WHR (PE=92%; 95%CI (91,94)) for stroke, respectively. With respect to sex, the proportion eliminated of BMI effects was more tangible for non-obese participants regarding WHR (PE=428%; 95%CI (408,439)) for CHD in males, and WC (PE=99%; 95%CI (89,111)) for stroke in females, respectively. Conclusion: These results indicate different potential effects of eliminating central obesity on the association between BMI and cardiovascular outcomes for males and females. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(5):879-886)
  • Obesidade, Gordura Corporal e Desfecho Cardiovascular: Além do Índice de Massa Corporal Minieditorial

    Favarato, Desiderio
  • O Teste do Degrau de Seis Minutos como Preditor de Capacidade Funcional de Acordo com o Consumo de Oxigênio de Pico em Pacientes Cardíacos Artigo Original

    Ritt, Luiz Eduardo Fonteles; Darzé, Eduardo Sahade; Feitosa, Gustavo Freitas; Porto, Jessica Santana; Bastos, Gabriela; Albuquerque, Renata Braga Linhares de; Feitosa, Cristiane Miura; Claro, Thaissa Costa; Prado, Eloisa Ferreira; Oliveira, Queila Borges de; Stein, Ricardo

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: O teste do degrau de seis minutos (TD6) é uma forma simples de avaliar a capacidade funcional, embora tenha sido pouco estudado em pacientes com doença arterial coronariana (DAC) ou insuficiência cardíaca (IC). Objetivo: Analisar a associação entre o TD6 e o consumo de oxigênio de pico (VO2pico) e desenvolver uma equação que estime o VO2pico com base no TD6, bem como determinar um ponto de corte para o TD6 que preveja um VO2pico ≥ 20 mL.kg-1.min-1 Métodos: Nos 171 pacientes submetidos ao TD6 e a um teste de exercício cardiopulmonar, análises da curva ROC, de regressão e de correlação foram usadas, e um p < 0,05 foi admitido como significativo. Resultados: A idade média foi 60±14 anos, e 74% eram do sexo masculino. A média da fração de ejeção ventricular esquerda foi 57±16%; 74% apresentavam DAC, e 28%, IC. A média do VO2pico foi 19±6 mL.kg-1.min-1, e o desempenho médio do TD6 foi 87±45 passos. A associação entre o TD6 e o VO2pico foi r 0,69 (p < 0,001). Os modelos VO2pico = 19,6 + (0,075 x TD6) – (0,10 x idade) para homens e VO2pico = 19,6 + (0,075 x TD6) – (0,10 x idade) – 2 para mulheres poderiam prever o VO2pico com base nos resultados do TD6 (R ajustado 0,72; R2 ajustado 0,53). O ponto de corte mais acurado para que o TD6 preveja um VO2pico ≥ 20 mL.kg-1.min-1 foi de > 105 passos [área sob a curva 0,85; intervalo de confiança de 95% 0,79 - 0,90; p < 0,001]. Conclusão: Uma equação que preveja o VO2pico com base nos resultados do TD6 foi derivada, e foi encontrada uma associação significativa entre o TD6 e o VO2pico. O ponto de corte do TD6, que prevê um VO2pico ≥ 20 mL.kg-1.min-1, foi > 105 passos. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(5):889-895)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Six-minute step test (6MST) is a simple way to evaluate functional capacity, although it has not been well studied in patients with coronary artery disease (CAD) or heart failure (HF). Objective: Analyze the association between the 6MST and peak oxygen uptake (VO2peak) and develop an equation for estimating VO2peak based on the 6MST, as well as to determine a cutoff point for the 6MST that predicts a VO2peak ≥20 mL.Kg-1.min-1 Methods: In 171 patients who underwent the 6MST and a cardiopulmonary exercise test, correlation, regression, and ROC analysis were used and a p < 0.05 was admitted as significant. Results: mean age was 60±14 years and 74% were male. Mean left ventricle ejection fraction was 57±16%, 74% had CAD and 28% had HF. Mean VO2peak was 19±6 mL.Kg-1.min-1 and mean 6MST performance was 87±45 steps. Association between 6MST and VO2peak was r 0.69 (p <0.001). The model VO2peak =19.6 + (0.075 x 6MST) – (0.10 x age) for men and VO2peak =19.6 + (0.075 x 6MST) – (0.10 x age) – 2 for women could predict VO2peak based on 6MST results (adjusted R 0.72; adjusted R2 0.53). The most accurate cutoff point for 6MST to predict a VO2peak ≥20 mL.Kg-1.min-1 was >105 steps (AUC 0.85; 95% CI 0.79 -0.90; p <0.001). Conclusion: An equation for predicting VO2peak based on 6MST results was derived, and a significant association was found between 6MST and VO2peak. The cutoff point for 6MST, which predicts a VO2peak ≥20 mL.Kg-1.min-1, was >105 steps. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(5):889-895)
  • Teste de Degrau de Seis Minutos como Alternativa para a Avaliação da Capacidade Funcional de Pacientes com Doenças Cardiovasculares Minieditorial

    Ritti-Dias, Raphael Mendes; Quintella, Breno
  • Treinamento de Caminhada Melhora a Variabilidade da Pressão Arterial Ambulatorial em Claudicantes Artigo Original

    Chehuen, Marcel da Rocha; Cucato, Gabriel Grizzo; Carvalho, Celso Ricardo Fernandes de; Zerati, Antonio Eduardo; Leicht, Anthony; Wolosker, Nelson; Ritti-Dias, Raphael Mendes; Forjaz, Claudia Lucia de Moraes

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: O treinamento de caminhada (TC) melhora a capacidade de caminhar e reduz a pressão arterial (PA) clínica em pacientes com doença arterial periférica (DAP), mas seus efeitos na PA ambulatorial permanecem desconhecidos. Objetivo: Investigar o efeito de 12 semanas de TC na PA ambulatorial e sua variabilidade em pacientes com DAP. Métodos: Trinta e cinco pacientes do sexo masculino com DAP e sintomas de claudicação foram alocados aleatoriamente em dois grupos: controle (n = 16, 30 min de alongamento) e TC (n = 19, 15 séries de 2 minutos de caminhada na frequência cardíaca em que ocorreu limiar de dor intercalados por 2 minutos de repouso em pé). Antes e depois de 12 semanas, a PA ambulatorial de 24 horas foi avaliada. Os índices de variabilidade da PA ambulatorial avaliados em ambos os momentos incluíram o desvio-padrão de 24 horas (DP24), o desvio-padrão ponderado de vigília e sono (DPvs) e a variabilidade real média de 24 horas (VRM24). Os dados foram analisados por ANOVAs mistas de dois fatores, considerando significativo P<0,05. Resultados: Após 12 semanas, nenhum dos grupos apresentou alterações na PA de 24 horas, vigília e sono. O TC diminuiu as variabilidades da PA sistólica e média (PA sistólica – 13,3 ± 2,8 vs 11,8 ± 2,3; 12,1 ± 2,84 vs 10,7 ± 2,5; e 9,4 ± 2,3 vs 8,8 ± 2,2 mmHg; PA média – 11,0 ± 1,7 vs 10,4 ± 1,9; 10,1 ± 1,6 vs 9,1 ± 1,7; e 8,0 ± 1,7 vs 7,2 ± 1,5 mmHg para DP24, DPvs e VRM24, respectivamente). Nenhum dos grupos apresentou mudanças significantesnos índices de variabilidade da PA diastólica após 12 semanas. Conclusões: O TC não altera os níveis ambulatoriais da PA, mas diminui a sua variabilidade em pacientes com DAP. Essa melhora pode ter um impacto favorável no risco cardiovascular de pacientes com DAP sintomática. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(5):898-905)

    Resumo em Inglês:

    Background: Walking training (WT) improves walking capacity and reduces clinic blood pressure (BP) in patients with peripheral artery disease (PAD), but its effects on ambulatory BP remains unknown. Objective: To investigate the effect of 12 weeks of WT on ambulatory BP and its variability in patients with PAD. Methods: Thirty-five male patients with PAD and claudication symptoms were randomly allocated into two groups: control (n = 16, 30 min of stretching) and WT (n = 19, 15 bouts of 2 min of walking at the heart rate of leg pain threshold interspersed by 2 min of upright rest). Before and after 12 weeks, 24-hour ambulatory BP was assessed. Ambulatory BP variability indices assessed at both time points included the 24-hour standard deviation (SD24), the awake and asleep weighted standard deviation (SDdn), and the 24-hour average real variability (ARV24). Data were analyzed by mixed two-way ANOVAs, considering P<0.05 as significant. Results: After 12 weeks, neither group had significant changes in 24-hour, awake and sleep BPs. The WT decreased systolic and mean BP variabilities (Systolic BP – 13.3±2.8 vs 11.8±2.3, 12.1±2.84 vs 10.7±2.5 and 9.4±2.3 vs 8.8±2.2 mmHg); Mean BP – 11.0±1.7 vs 10.4±1.9, 10.1±1.6 vs 9.1±1.7 and 8.0.±1.7 vs 7.2±1.5 mmHg) for SD24, SDdn and ARV24, respectively). Neither group had significant changes in diastolic BP variabilities after 12 weeks. Conclusions: The WT does not change ambulatory BP levels but decreases ambulatory BP variability in patients with PAD. This improvement may have a favorable impact on the cardiovascular risk of patients with symptomatic PAD. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(5):898-905)
  • O Exercício de Caminhada Melhora a Variabilidade da Pressão Arterial Ambulatorial em Claudicantes Minieditorial

    Franzoni, Leandro; Zubaran, Gabriel Pereira de Reis; Motta, Stephanie Bastos da
  • Remoção Percutânea de Eletrodos de Estimulação Cardíaca Artificial em um Único Centro Sul-Americano Artigo Original

    Nubila, Bruna Costa Lemos Silva Di; Lacerda, Gustavo de Castro; Rey, Helena Cramer Veiga; Barbosa, Rodrigo Minati

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: Nas últimas décadas, o número de dispositivos eletrônicos cardíacos implantáveis (DCEI) aumentou consideravelmente, assim como a necessidade de remoção destes. Neste contexto, a remoção percutânea apresenta-se como uma técnica segura e capaz de evitar uma cirurgia cardíaca convencional. Objetivos: Primário: descrever a taxa de sucesso e complicações da remoção percutânea de DCEI em um hospital público brasileiro. Secundário: estabelecer preditores de sucesso e complicações. Métodos: Serie de casos retrospectiva de todos os pacientes submetidos à remoção de DCEI em um hospital público brasileiro no período de janeiro de 2013 a junho de 2018. Remoção, explante e extração de eletrodos, complicações e desfechos foram definidos conforme a diretriz norte-americana de 2017. Variáveis categóricas foram comparadas pelos testes Qui-quadrado ou Fisher, enquanto variáveis contínuas, por testes não pareados. O nível de significância adotado nas análises estatísticas foi de 5%. Resultados: 61 pacientes foram submetidos à remoção de DCEI, sendo 51 extrações e 10 explantes. No total, 128 eletrodos foram removidos. Taxa de sucesso clínico foi 100% no grupo do explante e 90,2% no da extração (p=0,58). Complicações maiores foram encontradas em 6,6% dos pacientes. Falha do procedimento foi associada a eletrodos de ventrículo (p=0,05) e átrio (p=0,04) direito implantados há mais tempo. Duração do procedimento (p=0,003) e necessidade de transfusão sanguínea (p<0,001) foram associadas a maior índice de complicação. Conclusão: As taxas de complicação e sucesso clínico observadas foram de 11,5% e 91,8%, respectivamente. Remoções de eletrodos atriais e ventriculares mais antigos estiveram associados a menores taxa de sucesso. Procedimentos mais longos e necessidade de transfusão sanguínea foram associados a complicações.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: In the last decade, the number of cardiac electronic devices has risen considerably and consequently the occasional need for their removal. Concurrently, the transvenous lead removal became a safe procedure that could prevent open-heart surgery. Objective: The primary objective of this study was to describe the successful performance and the complication rates of pacemaker removals in a Brazilian public hospital. Our secondary aim was to describe the variables associated to successes and complications. Methods: A retrospective case series was conducted in patients submitted to pacemaker removal in a Brazilian public hospital from January 2013 to June 2018. Removal, explant, extraction, success and complication rates were defined by the 2017 Heart Rhythm Society Guideline. Categorical variables were compared using x2 or Fisher's tests, while continuous variables were compared by unpaired tests. A p-value of 0.05 was considered statistically significant. Results: Cardiac device removals were performed in 61 patients, of which 51 were submitted to lead extractions and 10 to lead explants. In total, 128 leads were removed. Our clinical success rate was 100% in the explant group and 90.2% in the extraction one (p=0.58). Major complications were observed in 6.6% patients. Procedure failure was associated to older right ventricle (p=0.05) and atrial leads (p=0,04). Procedure duration (p=0.003) and need for blood transfusion (p<0,001) were associated to more complications. Conclusion: Complications and clinical success were observed in 11.5% and 91.8% of the population, respectively. Removal of older atrial and ventricular leads were associated with lower success rates. Longer procedures and blood transfusions were associated with complications.
  • Remoção de Cabos Eletrodos Transvenosos de Estimulação Cardíaca Artificial Minieditorial

    Galvão Filho, Silas dos Santos
  • Estratificação da Insuficiência Cardíaca Clínica através do Mapa T1 Nativo: Experiência de um Serviço de Referência Artigo Original

    Marques, Thiago dos Santos Silva; Fernandes, André Maurício de Souza; Dantas Júnior, Roberto Nery; Biederman, Robert W.; Melo, Ana Paula Marques de Oliveira; Aras, Roque

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: Fibrose cardíaca difusa é fator importante na avaliação prognóstica dos pacientes com disfunção ventricular. Mapeamento T1 nativo pela ressonância magnética cardíaca (RMC) apresenta elevada sensibilidade e é considerado preditor independente de mortalidade por todas as causas e desenvolvimento de insuficiência cardíaca (IC) nos pacientes com cardiomiopatia. Objetivos: Avaliar aplicabilidade da avaliação com mapa T1 nativo em pacientes com IC em um hospital de referência de cardiologia e sua associação com parâmetros estruturais e perfil funcional. Métodos: Estudo transversal com pacientes adultos com IC classes funcionais NYHA I e II, isquêmicos e não isquêmicos, acompanhados em hospital de referência, que realizaram RMC. Os valores de T1 nativo foram analisados em relação a parâmetros estruturais, comorbidades, etiologia e categorização da IC pela fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Análises foram realizadas com nível de significância de 5%. Resultados: Analisados 134 pacientes. Valores de T1 nativo elevados foram encontrados em pacientes com maior dilatação (1004,9 vs 1042,7ms, p=0,001), volume (1021,3 vs 1050,3ms, p<0,01) e disfunção ventricular (1010,1 vs 1053,4ms, p<0,001), mesmo quando analisados isoladamente os não isquêmicos. Pacientes classificados com IC com fração de ejeção reduzida apresentaram maiores valores T1 em relação aos com IC e fração de ejeção preservada (ICFEP) (992,7 vs 1054,1ms, p<0,001). Dos com ICFEP, 55,2% apresentavam T1 elevado. Conclusões: Mapeamento T1 por RMC é factível para avaliação da IC clínica. Houve associação direta entre maior valor nativo de T1 e menor fração de ejeção, maiores diâmetros e volumes do VE, independentemente da etiologia da IC.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Diffuse cardiac fibrosis is an important factor in the prognostic assessment of patients with ventricular dysfunction. Cardiovascular magnetic resonance imaging (CMR) native T1 mapping is highly sensitive and considered an independent predictor of all-cause mortality and heart failure (HF) development in patients with cardiomyopathy. Objectives: To evaluate the feasibility of native T1 mapping assessment in patients with HF in a cardiology referral hospital and its association with structural parameters and functional profile. Methods: Cross-sectional study with adult patients with HF NYHA functional classes I and II, ischemic and non-ischemic, followed in a referral hospital, who underwent CMR. Native T1 values were analyzed for structural parameters, comorbidities, etiology, and categorization of HF by left ventricular ejection fraction (LVEF). Analyses were performed with a significance level of 5%. Results: Enrollment of 134 patients. Elevated native T1 values were found in patients with greater dilation (1004.9 vs 1042.7ms, p = 0.001), ventricular volumes (1021.3 vs 1050.3ms, p <0.01) and ventricular dysfunction (1010.1 vs 1053.4ms, p <0.001), also present when the non-ischemic group was analyzed separately. Patients classified as HF with reduced ejection fraction had higher T1 values than those with HF and preserved ejection fraction (HFPEF) (992.7 vs 1054.1ms, p <0.001). Of those with HFPEF, 55.2% had higher T1. Conclusions: CMR T1 mapping is feasible for clinical HF evaluation. There was a direct association between higher native T1 values and lower ejection fraction, and with larger LV diameters and volumes, regardless of the etiology of HF.
  • Mapeamento de T1 na Insuficiência Cardíaca: Implicações Prognósticas Minieditorial

    Moharem-Elgamal, Sarah
  • Valor Prognóstico de Níveis Elevados de Troponina I Isolados em Pacientes sem Síndrome Coronariana Aguda Admitidos no Serviço de Emergência Artigo Original

    Domingues, Célia; Ferreira, Maria João Vidigal; Ferreira, Joana Moura; Marinho, Ana Vera; Alves, Patrícia Marques; Ferreira, Cátia; Fonseca, Isabel; Gonçalves, Lino

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: Embora a elevação não isquêmica da troponina seja frequentemente observada em pacientes admitidos no pronto-socorro (PS), não há consenso quanto ao seu manejo. Objetivos: Este estudo teve como objetivo caracterizar os pacientes admitidos no PS com elevação da troponina não-isquêmica e identificar potenciais preditores de mortalidade nessa população. Métodos: Este estudo observacional retrospectivo incluiu pacientes do PS com resultado positivo no teste da troponina entre junho e julho de 2015. Pacientes com diagnóstico clínico de síndrome coronariana aguda (SCA) foram excluídos. Os dados demográficos dos pacientes e as variáveis clínicas e laboratoriais foram extraídos dos prontuários médicos. Os dados do seguimento foram obtidos por 16 meses ou até a ocorrência de morte. O nível de significância estatística foi de 5%. Resultados: A elevação da troponina sem SCA foi encontrada em 153 pacientes no PS. A mediana (IIQ) de idade dos pacientes foi de 78 (19) anos, 80 (52,3%) eram do sexo feminino e 59 (38,6%) morreram durante o seguimento. A mediana do período de seguimento (IIQ) foi de 477 (316) dias. Os sobreviventes eram significativamente mais jovens 76 (24) vs. 84 (13) anos; p=0,004) e apresentaram uma maior proporção de elevação da troponina isolada (sem elevação da creatina quinase ou mioglobina) em duas avaliações consecutivas: 48 (53,9%) vs. 8 (17,4%), p<0,001. Os sobreviventes também apresentaram menor taxa de tratamento antiplaquetário e internação no mesmo dia. Na regressão logística multivariada com ajuste para variáveis significativas na análise univariada, a elevação isolada da troponina em duas avaliações consecutivas mostrou hazard ratio = 0,43 (IC95% 0,17–0,96, p=0,039); hospitalização, tratamento antiplaquetário anterior e idade permaneceram independentemente associados à mortalidade. Conclusões: A elevação isolada da troponina em duas medidas consecutivas foi um forte preditor de sobrevida em pacientes no PS com elevação da troponina, mas sem SCA.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Although non-ischemic troponin elevation is frequently seen in patients admitted to the emergency department (ED), consensus regarding its management is lacking. Objectives: This study aimed to characterize patients admitted to the ED with non-ischemic troponin elevation and to identify potential mortality predictors in this population. Methods: This retrospective observational study included ED patients with a positive troponin test result between June and July of 2015. Patients with a clinical diagnosis of acute coronary syndrome (ACS) were excluded. Data on patient demographics and clinical and laboratory variables were extracted from medical records. Follow-up data were obtained for 16 months or until death occurred. The statistical significance level was 5%. Results: Troponin elevation without ACS was found in 153 ED patients. The median (IQR) patient age was 78 (19) years, 80 (52.3%) were female and 59(38.6%) died during follow-up. The median (IQR) follow-up period was 477(316) days. Survivors were significantly younger 76 (24) vs. 84 (13) years; p=0.004) and featured a higher proportion of isolated troponin elevation (without creatine kinase or myoglobin elevation) in two consecutive evaluations: 48 (53.9%) vs. 8 (17.4%), p<0.001. Survivors also presented a lower rate of antiplatelet treatment and same-day hospitalization. In the multivariate logistic regression with adjustment for significant variables in the univariate analysis, isolated troponin elevation in two consecutive evaluations showed a hazard ratio= 0.43 (95%CI 0.17–0.96, p=0.039); hospitalization, previous antiplatelet treatment and age remained independently associated with mortality. Conclusions: Isolated troponin elevation in two consecutive measurements was a strong predictor of survival in ED patients with troponin elevation but without ACS.
  • Efeitos de Diferentes Tipos de Treinamento Físico na Função Endotelial em Pré-Hipertensos e Hipertensos: Uma Revisão Sistemática Artigo Original

    Waclawovsky, Gustavo; Pedralli, Marinei L.; Eibel, Bruna; Schaun, Maximiliano I.; Lehnen, Alexandre M.

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: A hipertensão sustentada pode levar ao remodelamento vascular e lesão das células endoteliais, o que pode explicar a disfunção endotelial encontrada em hipertensos. O treinamento físico pode melhorar a saúde vascular em indivíduos com risco cardiovascular, mas pouco se sabe sobre seus efeitos em pré-hipertensos e hipertensos. Objetivo: Revisar a literatura mostrando evidências de alterações da função endotelial em resposta a diferentes modalidades de treinamento físico em pré-hipertensos e hipertensos. Métodos: Realizamos uma revisão sistemática de estudos nas bases de dados MEDLINE, Cochrane, LILACS, EMBASE e SciELO seguindo tanto as diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyzes) quanto a estratégia PICO (paciente/população, intervenção, comparação e resultados). Os ensaios clínicos randomizados (ECRs) publicados até abril de 2019 foram selecionados e avaliados por quatro revisores independentes. A qualidade metodológica foi avaliada por meio da escala PEDro (Physiotherapy Evidence Database). Resultados: Nossa busca rendeu 598 resumos, e 10 estudos foram elegíveis para revisão. Todos eles apresentaram qualidade metodológica aceitável pela escala PEDro. Dos 10 estudos, 7 envolveram treinamento aeróbico, 1 treinamento resistido isométrico e 2 treinamento aeróbico e treinamento resistido dinâmico separadamente. Sete estudos usaram dilatação fluxo-mediada (DFM) para avaliar a saúde vascular, e três usaram pletismografia. A maioria dos protocolos de treinamento envolveu indivíduos hipertensos e consistiu em exercícios de baixa e moderada intensidade. Conclusão: Nossa revisão sistemática mostrou que o treinamento aeróbico contínuo moderado é eficaz para melhorar a saúde vascular em indivíduos hipertensos. Em pré-hipertensos, o treinamento aeróbico intervalado vigoroso parece ser uma alternativa para benefícios à saúde vascular. O treinamento físico resistido isométrico ou dinâmico pode ser usado como alternativa secundária, mas ainda requer mais investigação.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Sustained high blood pressure can lead to vascular remodeling and endothelial cell injury, which may explain the endothelial dysfunction found in hypertensive individuals. Exercise training can improve vascular health in individuals with cardiovascular risk, but little is known about its effects in prehypertensive and hypertensive individuals. Objective: To review the literature showing evidence of changes in endothelial function in response to different modalities of exercise training in prehypertensive and hypertensive individuals. Methods: We conducted a systematic review of studies in the MEDLINE, Cochrane, LILACS, EMBASE, and SciELO databases following both the PRISMA guidelines (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) and the PICO framework (patient/population, intervention, comparison and outcomes). Randomized clinical trials (RCTs) published up to April 2019 were selected and assessed by four independent reviewers. The methodological quality was assessed using the PEDro (Physiotherapy Evidence Database) scale. Results: Our search yielded 598 abstracts, and 10 studies were eligible for review. All of them had acceptable methodological quality by PEDro scale. Of the 10 studies, 7 involved aerobic training, 1 isometric resistance training, and 2 aerobic training and dynamic resistance training separately. Seven studies used flow-mediated dilation (FMD) to assess the vascular health, and three used plethysmography. Most training protocols involved hypertensive individuals and consisted of low and moderate-intensity exercise. Conclusion: Our systematic review showed that moderate continuous aerobic training is effective to improve vascular health in hypertensive individuals. In prehypertensive individuals, vigorous interval aerobic training seems to be an alternative to determine vascular health benefits. Resistance exercise training, either isometric or dynamic, can be used as a secondary alternative, but still requires further investigation.
  • Treinamento Físico e Função Endotelial em Hipertensos: Efeitos dos Treinamentos Aeróbico e Resistido Minieditorial

    Oliveira, Gustavo F.; Marin, Thais C.; Forjaz, Cláudia L. M.; Brito, Leandro C.
  • Pressão Arterial de Crianças: Associação a Indicadores Antropométricos, Composição Corporal, Aptidão Cardiorrespiratória e Atividade Física Artigo Original

    Pinheiro, Gisele; Mello, Júlio; Gaya, Adroaldo; Gaya, Anelise Reis

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: Evidências apontam variáveis antropométricas e de condicionamento físico como fatores associados à pressão arterial infantil. Analisá-los em apenas um contexto é um meio relevante de identificar o peso que cada um deles pode apresentar no desenvolvimento da hipertensão arterial. Objetivo: Identificar as possíveis associações de medidas antropométricas, da composição corporal, da atividade física moderada-vigorosa (AFMV) e da aptidão cardiorrespiratória (ApC) com a pressão arterial em crianças. Métodos: Estudo correlacional com abordagem quantitativa. Duzentos e quinze (215) estudantes com idades de 6 a 12 anos de uma escola pública de Porto Alegre, selecionados por critério de conveniência. A pressão arterial foi aferida através de um esfigmomanômetro digital. Para o tratamento dos dados, os valores de pressão arterial sistólica e diastólica foram padronizados (escore Z) e somados. As variáveis testadas como preditoras foram: AFMV; Percentual de gordura (%G); Índice de massa corporal (IMC); Razão cintura/estatura (RCE); Maturação somática; ApC. Após a verificação dos parâmetros de normalidade, as associações brutas e ajustadas (para sexo, idade e maturação somática) foram testadas através de equações de regressão linear. Para as análises, foi considerado p < 0,05. Resultados: Três diferentes modelos indicaram os melhores conjuntos de fatores associados à pressão arterial padronizada: O Modelo 1 (R2 = 0,21) se constituiu das variáveis RCE (β = 9,702) e AFMV (β = – 0,021); O Modelo 2 (R2 = 0,19) foi composto pelas variáveis IMC (β = 0,156) e AFMV (β = – 0,021); O Modelo 3 (R2 = 0,18) incluiu as variáveis %G (β = 0,063) e ApC (β = – 0,004). Conclusões: A pressão arterial de crianças é predita pelas variáveis corporais %G, IMC e RCE. Além disso, está associada negativamente à AFMV e a ApC.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Evidence points to anthropometric and fitness variables as associated factors with children's blood pressure. Analysing these factors in a single context is a relevant possibility of identifying the weight that each factor can present for the development of arterial hypertension. Objective: Identify the possible associations between anthropometric measurements, body composition, moderate-vigorous physical activity (MVPA) and cardiorespiratory fitness (CRF) with blood pressure in children. Methods: Correlational study with a quantitative approach. Sample: 215 schoolchildren aged 6-12 years selected by convenience criteria of a public school in Porto Alegre, Brazil. Blood pressure was measured with a digital sphygmomanometer. For data treatment, the values of systolic and diastolic blood pressure were standardized (Z score) and added. The variables tested as predictors were: MVPA; body fat percentage (BF%); Body Mass Index (BMI); waist-height ratio (WHTR); maturity-offset and CRF. After checking the normality parameters, the crude and adjusted associations (for sex, age and maturity-offset) were tested with linear regression equations. For the analyses, p <0.05 was considered. Results: Three different models indicated the best sets of factors associated with standardized blood pressure. Model 1 (R2 = 0.21) consisted of the variables WHTR (β = 9.702) and MVPA (β = −0.021). Model 2 (R2 = 0.19) was composed of the variables BMI (β = 0.156) and MVPA (β = −0.021). Model 3 (R2 = 0.18) included the variables BF% (β = 0.063) and CRF (β = −0.004). Conclusion: Blood pressure in children is predicted by the body variables BF%, BMI and WHTR, in addition, it is negatively associated with MVPA and CRF.
  • Pressão Arterial em Crianças. O Papel Fundamental da Atividade Física e da Gordura Corporal Minieditorial

    Agostinis-Sobrinho, César A.; Vilan, Katiane
  • Comparação entre Dois Escores de Risco quanto à Predição de Obstrução Microvascular Coronariana durante a Intervenção Percutânea Primária Artigo Original

    Xiao, Yuyang; Chen, Hua; Liu, Dongxia; Wang, Yanbo; Wang, Wenlu; Zhang, Qian; Han, Yuping; Fu, Xianghua

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: Para pacientes com infarto do miocárdio com elevação do segmento ST (IAMCST) que sofrem de obstrução coronariana microvascular funcional e estrutural (OCM) subsequente, nenhuma abordagem terapêutica específica e definitiva de atenuação foi comprovada como válida em testes de larga escala atuais, o que destaca a necessidade de abordar seu reconhecimento precoce. Objetivos: Este estudo teve como objetivo comparar o desempenho de dois escores de risco clínico com uma medida objetiva de OCM durante intervenção coronária percutânea (ICP) em casos de IAMCST Métodos: A medição do índice de resistência microcirculatória (IRM) foi realizada e os parâmetros clínicos e angiográficos basais também foram registrados. Os pacientes foram divididos em entre os grupos OM (obstrução microvascular) e NOM (não-obstrução microvascular), de acordo com o valor de IRM pós-procedimento. O risco de OCM foi avaliado para todos os participantes pelos escores preditivos SAK e ATI, respectivamente. Cada sistema foi calculado somando-se as pontuações de todas as variáveis. As curvas de características do operador receptor (ROC) e a área sob a curva (AUC) de dois modelos de risco foram utilizadas para avaliar o desempenho discriminatório. Um ecocardiograma foi realizado sete dias após o procedimento para avaliar a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Um valor P bicaudal de <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Entre os 65 pacientes elegíveis com IAMCST, 48 foram alocados no grupo NOM e 17 no grupo OM, com uma incidência de OCM de 26,15%. Não houve diferença significativa na AUC entre os dois escores. A FEVE avaliada para o grupo NOM foi maior do que para o grupo OM. Conclusão: Os escores SAK e ATI tiveram bom desempenho para estimar o risco de OCM após ICP primário para pacientes com IAMCST.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: For patients with ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI) that are suffering from subsequent coronary microvascular functional and structural obstruction (CMVO), no specific and definitive therapeutic approaches of attenuation have been proven valid in up-to-date large-scale tests, which highlights the urge to address its early recognition. Objectives: This study aimed to compare the performance of two clinical risk scores with an objective measurement of CMVO during percutaneous coronary intervention (PCI) with STEMI. Methods: The Index of Microcirculatory Resistance (IMR) measurement was conducted and the baseline clinical and angiographic parameters were also recorded. The patients were divided into MO (Microvascular obstruction) or NMO (Non-microvascular obstruction) groups according to the post-procedure IMR value. The CMVO risk was evaluated for all participants by SAK and ATI predictive scores, respectively. Each system was calculated by summing the scores of all variables. The receiver operator characteristic (ROC) curves and the area under the curve (AUC) of two risk models were used to evaluate the discriminatory performance. An echocardiography was performed seven days after the procedure to evaluate left ventricular ejection fraction (LVEF). A two-sided P-value of <0.05 was considered statistically significant. Results: Among the 65 eligible STEMI patients, 48 patients were allocated in the NMO group and 17 in the MO group, with a CMVO incidence of 26.15%. There was no significant difference in the AUC between both scores. The LVEF evaluated for the NMO group was higher than that of MO group. Conclusion: Both SAK and ATI scores performed well in estimating CMVO risk after primary PCI for STEMI patients.
  • No-Reflow nas Síndromes Coronarianas Agudas: Um Velho Inimigo ou uma Nova Fronteira? Minieditorial

    Garzon, Stefano
  • Suplementação de Vitamina D Induz Remodelação Cardíaca em Ratos: Associação com a Proteína de Interação com a Tiorredoxina e a Tiorredoxina Artigo Original

    Santos, Priscila P. dos; Rafacho, Bruna P. M.; Gonçalves, Andrea F.; Pires, Vanessa C. M.; Roscani, Meliza G.; Azevedo, Paula S.; Polegato, Bertha F.; Minicucci, Marcos F.; Fernandes, Ana Angélica H.; Tanni, Suzana E.; Zornoff, Leonardo A. M.; Paiva, Sergio A. R. de

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento: A vitamina D (VD) tem um importante papel na função cardíaca. No entanto, a vitamina exerce uma curva “dose-resposta” bifásica na fisiopatologia cardiovascular e pode causar efeitos deletérios, mesmo em doses não tóxicas. A VD exerce suas funções celulares ligando-se ao seu receptor. Ainda, a expressão da proteína de interação com a tiorredoxina (TXNIP) é positivamente regulada pela VD. A TXNIP modula diferentes visa de sinalização celular que podem ser importantes para a remodelação cardíaca. Objetivos: Avaliar se a suplementação com VD leva à remodelação cardíaca, e se a TXNIP e a tiorredoxina (Trx) estão associadas com esse processo. Métodos: Duzentos e cinquenta ratos Wistar machos foram alocados em três grupos: controle (C, n=21), sem suplementação com VD; VD3 (n = 22) e VD10 (n=21), suplementados com 3,000 e 10,000 UI de VD/ kg de ração, respectivamente, por dois meses. Os grupos foram comparados por análise de variância (ANOVA) com um fator e teste post hoc de Holm-Sidak (variáveis com distribuição normal), ou pelo teste de Kruskal-Wallis e análise post-hoc de Dunn. O nível de significância para todos os testes foi de 5%. Resultados: A expressão de TXNIP foi mais alta e a atividade do Trx foi mais baixa no grupo VD10. Os animais que receberam suplementação com VD apresentaram aumento de hidroperóxido lipídico e diminuição de superóxido dismutase e glutationa peroxidase. A proteína Bcl-2 foi mais baixa no grupo VD10. Observou-se uma diminuição na β-oxidação de ácidos graxos, no ciclo do ácido tricarboxílico, na cadeia transportadora de elétrons, e um aumento na via glicolítica. Conclusão: A suplementação com VD levou à remodelação cardíaca e esse processo pode ser modulado por TXNIP e Trx, e consequentemente por estresse oxidativo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Vitamin D (VD) has been shown to play an important role in cardiac function. However, this vitamin exerts a biphasic “dose response” curve in cardiovascular pathophysiology and may cause deleterious effects, even in non-toxic doses. VD exerts its cellular functions by binding to VD receptor. Additionally, it was identified that the thioredoxin-interacting protein (TXNIP) expression is positively regulated by VD. TXNIP modulate different cell signaling pathways that may be important for cardiac remodeling. Objective: To evaluate whether VD supplementation lead to cardiac remodeling and if TXNIP and thioredoxin (Trx) proteins are associated with the process. Methods: A total of 250 Male Wistar rats were allocated into three groups: control (C, n=21), with no VD supplementation; VD3 (n = 22) and VD10 (n=21), supplemented with 3,000 and 10,000 IU of VD/ kg of chow respectively, for two months. The groups were compared by one-way analysis of variance (ANOVA) and Holm-Sidak post hoc analysis, (variables with normal distribution), or by Kruskal-Wallis test and Dunn's test post hoc analysis. The significance level for all tests was 5%. Results: TXNIP protein expression was higher and Trx activity was lower in VD10. The animals supplemented with VD showed increased lipid hydroperoxide and decreased superoxide dismutase and glutathione peroxidase. The protein Bcl-2 was lower in VD10. There was a decrease in fatty acid β-oxidation, tricarboxylic acid cycle and electron transport chain with shift to increase in glycolytic pathway. Conclusion: VD supplementation led to cardiac remodeling and this process may be modulated by TXNIP and Trx proteins and consequently oxidative stress.
  • Suplementação de Vitamina D Minieditorial

    Okoshi, Marina P.; Cortez, Rosana M.; Pagan, Luana U.; Martinez, Paula F.; Pereira, Filipe W. L.
  • Disautonomia: Uma Condição Esquecida – Parte II Artigo De Revisão

    Rocha, Eduardo Arrais; Mehta, Niraj; Távora-Mehta, Maria Zildany Pinheiro; Roncari, Camila Ferreira; Cidrão, Alan Alves de Lima; Elias Neto, Jorge
  • Aneurisma Persistente da Artéria Coronária Direita, Mesmo após Correção de Fístula com o Ventrículo Direito Carta Científica

    Atik, Edmar
  • Redução no Número de Pacientes com Síndrome Coronariana Aguda Suspeita e Confirmada nos Primeiros Meses da Pandemia da Covid-19: Análise de uma Rede Brasileira Carta Científica

    Silva, Pedro Gabriel Melo de Barros e; Dutra, Ana Amaral Ferreira; Manfredi, Adriana Bertolami; Sampaio, Pedro Paulo Nogueres; Correa, Celso Musa; Griz, Hemilo Borba; Setta, Daniel; Furlan, Valter
  • A Evolução da Angioplastia Transluminal Coronariana na America Latina Carta Científica

    Costantini, Costantino Roberto; Macedo, Rafael Michel de; Denk, Marcos Antônio; Tarbine, Sergio Gustavo; Garcia, Lazaro; Maranhão, Mario Fernando Camargo; Costantini, Costantino Ortiz
  • Tratamento Percutâneo da Insuficiência Mitral Secundária por MitraClip: Mitra-FR versus COAPT Ponto De Vista

    Barros-Gomes, Sergio; Tarasoutchi, Flávio; Rodrigues, Ana Clara Tude; Nhola, Lara Ferreira; Lemos, Pedro Alves; Morhy, Samira Saady; Fischer, Claudio Henrique; Vieira, Marcelo Luiz Campos
  • Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Ventricular Esquerda Supranormal - Estado da Arte Comunicação Breve

    Huang, Ziyin; Jiang, Yufeng; Zhou, Yafeng

    Resumo em Português:

    Resumo Em 2019, um artigo publicado no European Heart Journal reconheceu pela primeira vez a insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) ≥ 65% como um novo fenótipo de IC, ou a insuficiência cardíaca com fração de ejeção supranormal (ICFEsn), com o objetivo principal de promover a investigação desta nova categoria. Eles analisaram a mortalidade em pessoas com IC e descobriram que havia uma relação em forma de U entre a mortalidade e a FEVE. Sendo assim, os pacientes com ICFEsn tinham uma mortalidade geral mais alta em comparação com outros pacientes diagnosticados com IC com fração de ejeção preservada (ICFEp). Este artigo descreve a situação atual da ICFEsn e discute as perspectivas futuras com base nos resultados preliminares de nosso grupo. Para melhor tratar os pacientes com ICFEsn, é fundamental que cardiologistas e médicos entendam as diferenças e semelhanças desse novo fenótipo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract In 2019, an article published in the European Heart Journal recognized for the first time heart failure (HF) with left ventricular ejection fraction (LVEF)≥ 65% as a new HF phenotype, heart failure with supra-normal left ventricular ejection fraction (HFsnEF), with the main purpose of promoting research on this new category. They analyzed mortality in people with HF and found that there was a u-shaped relationship between mortality and LVEF. Accordingly, HFsnEF patients had a higher all-cause mortality compared with other patients diagnosed with HF with preserved ejection fraction (HFpEF). This article describes the current situation of HFsnEF and discusses future perspectives based on the preliminary results of our group. To better treat patients with HFsnEF, it is fundamental that cardiologists and physicians understand the differences and similarities of this new phenotype.
  • Endocardite de Prótese Valvular Aórtica por Neisseria Elongata após Procedimento de Bentall: Quando a Imagem Multimodal é Chave para o Diagnóstico Imagem

    Brandão, Mariana; Gonçalves-Teixeira, Pedro; Queirós, Pedro Ribeiro; Ferreira, Nuno Dias; Oliveira, Marco
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC Avenida Marechal Câmara, 160, sala: 330, Centro, CEP: 20020-907, (21) 3478-2700 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil, Fax: +55 21 3478-2770 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@cardiol.br