OBJETIVO: correlacionar a hipertrigliceridemia pós-prandial com conhecidos fatores de risco para aterosclerose. MATERIAL E MÉTODOS: Foram estudados 47 pacientes não diabéticos (30 mulheres e 17 homens, idade: 40,5 ± 14,9 anos, IMC: 26,1 ± 5,4kg/m²) com trigliceridemia de jejum normal (<200mg/dl). Triglicerídeos, HDL e colesterol total foram medidos nos tempos 0, 3 e 5 horas após ingestão de aproximadamente 70g de gordura (200g de creme de leite a 25% e 2 gemas), sendo então avaliados vários parâmetros. RESULTADOS: Pacientes com pico de triglicerídeos de 3 horas maior que o 2º quartil (164,8mg/dl), apesar de triglicerídeos de jejum normais, apresentaram maior IMC (28,1 ± 5,6 vs. 24,2 ± 4,5kg/m²; p= 0,008), maior circunferência abdominal (95,7 vs. 84,1cm; p= 0,001), maior relação cintura/qudril (0,92 vs. 0,86; p= 0,008), maior pressão diastólica (83,1 vs. 77,2mmHg; p= 0,02) e menor HDL (39,1 vs. 48,3mg/dl; p= 0,008). CONCLUSÕES: A hipertrigliceridemia pós-prandial se correlaciona com vários fatores de risco cardiovascular mesmo em pacientes normotrigliceridêmicos.
Lipemia pós-prandial; Aterogênese; Síndrome X; Remanescentes