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Dois críticos, para que servem?

Muitas vezes, a crítica e o ensino literários vivem o desconforto de lidar, de maneira instrumental e subserviente a seu objeto, com uma escrita criadora que não se deixa apropriar por nada de externo a si. Acreditando apreender o objeto, quando, de fato, preenchem um vão que, inapreensível, insiste em permanecer vazio, a crítica e o ensino literários acabam, frequentemente, por perder o que da literatura é fundamental. Por outro lado, a característica principal de uma crítica filosófica e de uma crítica poética da literatura é a consciência de não ser instrumental, demonstrativa ou transmissora de uma obra prévia externa a si. Entre outros, Baudelaire e Deleuze são grandes exemplos destas últimas.

crítica instrumental; crítica filosófica; crítica poética; Baudelaire; Gilles Deleuze


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