Acessibilidade / Reportar erro

Behaviour of indirect immunofluorescence test and some cerebrospinal parameters in neurocysticercosis

Comportamento da reação de imunofluorescência indireta e de alguns parâmetros do líqüido cefalorraqueano na neurocisticercose

Abstracts

Cerebrospinal fluid from 53 patients with clinical evidence of neurocysticercosis and 11 who suffered from several diseases were studied to evaluate the behaviour of indirect immunofluorescence test and some parameters of routine analysis. In neurocysticercosis there were pleocitosis in 88.7% of cases, eosinophilorrachia in 60.3%o, hyperproteinorrachia in 71.7% and hypoglucorrachia in 13.2%. The indirect immunofluorescence test was positive in 19.2% of cases but false-positive results were found when the samples showed xanthochromia or erythrocyte contamination. The authors discuss their results in comparison with those in literature and conclude that the immunofluorescent test is sensitive and useful in diagnosis of neurocysticercosis, except when the interferents previously mentioned are present.


Foram estudadas amostras de liqüido cefalorraqueano (LCR) de 53 pacientes com suspeita clínica de neurocisticercose e de 11 com diversos tipos de patologias, com o objetivo de se avaliar o comportamento da reação de imunofluorescência indireta e de alguns parâmetros do LCR de rotina. Nos casos de neurocisticercose, a pleocitose ocorreu em 88,7% das amostras, a eosinofilorraquia em 60,3%, a hiperproteinorraquia em 71,7% e a hipoglicorraquia em apenas 13,2%. A reação de imunofluorescência indireta foi positiva em 79,2% dos casos e apresentou resultados falso-positivos nos pacientes com outras patologias, principalmente quando as amostras eram xantocrômicas ou continham hemácias. Os autores discutem os resultados encontrados comparando-os com os da literatura e concluem ser a reação de imunofluorescência método bastante sensível e útil no diagnóstico da neurocisticercose, fazendo restrições ao seu uso quando há presença dos interferentes previamente citados.


Comportamento da reação de imunofluorescência indireta e de alguns parâmetros do líqüido cefalorraqueano na neurocisticercose

Behaviour of indirect immunofluorescence test and some cerebrospinal parameters in neurocysticercosis

Amauri Braga SimonettiI; Jorge TeixeiraII

IMestre em Análises Clínicas pela Universidade de São Paulo

IIMédico Neurologista

RESUMO

Foram estudadas amostras de liqüido cefalorraqueano (LCR) de 53 pacientes com suspeita clínica de neurocisticercose e de 11 com diversos tipos de patologias, com o objetivo de se avaliar o comportamento da reação de imunofluorescência indireta e de alguns parâmetros do LCR de rotina. Nos casos de neurocisticercose, a pleocitose ocorreu em 88,7% das amostras, a eosinofilorraquia em 60,3%, a hiperproteinorraquia em 71,7% e a hipoglicorraquia em apenas 13,2%. A reação de imunofluorescência indireta foi positiva em 79,2% dos casos e apresentou resultados falso-positivos nos pacientes com outras patologias, principalmente quando as amostras eram xantocrômicas ou continham hemácias. Os autores discutem os resultados encontrados comparando-os com os da literatura e concluem ser a reação de imunofluorescência método bastante sensível e útil no diagnóstico da neurocisticercose, fazendo restrições ao seu uso quando há presença dos interferentes previamente citados.

SUMMARY

Cerebrospinal fluid from 53 patients with clinical evidence of neurocysticercosis and 11 who suffered from several diseases were studied to evaluate the behaviour of indirect immunofluorescence test and some parameters of routine analysis. In neurocysticercosis there were pleocitosis in 88.7% of cases, eosinophilorrachia in 60.3%o, hyperproteinorrachia in 71.7% and hypoglucorrachia in 13.2%. The indirect immunofluorescence test was positive in 19.2% of cases but false-positive results were found when the samples showed xanthochromia or erythrocyte contamination. The authors discuss their results in comparison with those in literature and conclude that the immunofluorescent test is sensitive and useful in diagnosis of neurocysticercosis, except when the interferents previously mentioned are present.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Laboratório do Hospital Mãe de Deus - Rua José de Alencar, 286 - 90640, Porto Alegre, RS - Brasil.

  • 1. ARAMBULO, P.V. ; WALLS, K.W. ; BULLOCK, S. & KAGAN, I.G. - Serodiagnosis of human cysticercosis by microplate enzyme-linked immunospecific assay (ELISA). Acta trop. (Basel) 35:63, 1978.
  • 2. ARNAULT, J.P. ; PETITHORY, J. & BRUMPT, L. - L'immunofluorescence indirecte sur coupes de T. solium dans le diagnostic de la Cysticercose: résultats obtenus chez 35 malades. Nouv. Presse méd. 1:2049, 1972.
  • 3. BARRANCO, D.G. ; ISLAS, M.E.S. & VALDES, V.M.T. - Indirect immunofluorescence reaction in cysticercosis. Arch. Invest, méd. (México) 9:51, 1978.
  • 4. BASSI, G.E.; CAMARGO, M.E. ; BITTENCOURT, J.M.T. & GUARNIERI, D.B. - Reação de imunofluorescência com antigenos de Cysticercus cellulosae no liqüido cefalorraqueano. Neurobiol. (Recife) 42:165, 1979.
  • 5. BASSI, G.E.; CAMARGO, M.E.; BITTENCOURT, J.M.T.; SANTIAGO, M.F. & CERQUEIRA, F.C. - Comparação entre as reações de fixação de complemento e imunofluorescência em líquidos cefalorraquianos. Neurobiol. (Recife) 42:231, 1979.
  • 6. BIAGI, F.; NAVARRETE, F.; PIÑA, A.; SANTIAGO, A.M. & TARIA, L. - Estúdio de trés reacciones serológicas en el diagnóstico de la cisticercosis. Rev. Med. Hosp. General (México) 24:501, 1961.
  • 7. BRICENO, CE.; BIAGI, F. & MARTINEZ, B. - Cisticercosis: observaciones sobre 97 casos de autopsia. Prensa méd. Méx. 26:193, 1961.
  • 8. CAIRO, S.M.; MACIAS, CR.; ROMAN, M.L. & GOMEZ, H.M. - Usefulness of concentrated CSF hemagglutination technique for diagnosis of cerebral cysticercosis. Arch. Invest, méd. (México) 11:347, 1980.
  • 9. CAMARGO, M.E. & BITTENCOURT, J.M.T. - A reação indireta de imunofluorescência para a sífilis no liqüido cefalorraqueano. Rev. paul. Med. 69:15, 1966.
  • 10. CANELAS, M.H. - Neurocysticercosis: its incidence, diagnosis and clinical forms. In: L. van Bogaert, J. Pereyra Kafer, G.F. Poch (eds.): Tropical Neurology. Lopes Libreros, Buenos Aires, 1963.
  • 11. CHOPRA, J.S.; KAUR, U. & MAHAJAN, R.C - Cysticerciasis and epilepsy: a clinical and serological study. Trans, royal Soc. trop. Med. Hyg. 75:518, 1981.
  • 12. COLTORTI, E.A. & VARELA, V.M. - Comparison of serologic tests for human cysticercosis by indirect hemagglutination, indirect immunofluorescent antibody, and agar gel precipitin tests. J. Parasitol. 61:154, 1975.
  • 13. COUTINHO, S.G.; ANDRADE, CM.; MALVAR, G.S. & FERREIRA, L.F. - Análise comparativa entre as sensibilidades da reação indireta de anticorpos séricos para toxoplasmose. Rev. Soc. bras. Med. trop. 4:315, 1970.
  • 14. COSTA, J.M.; FERREIRA, A.W.; MAKINO, M.M. & CAMARGO, M.E. - Spinal fluid immunoenzymatic assay (ELISA) for neurocysticercosis. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo 24:337, 1982.
  • 15. COSTA, JM.; MINEO, R.; LIVRAMENTO, J.A. & CAMARGO, M.E. - Detecção pelo teste imunoenzimático ELISA de anticorpos IgM anti-Cysticercus cellulosae no liqüido cefalorraqueano na neurocisticercose. Arq. Neuro-Psiquiat. (São Paulo) 43:22, 1985.
  • 13. DINAKAR, I.; MATHAI, K.V. ,& CHANDY, J. - Cysticercosis of brain. Neurology (India) 18:165, 1970.
  • 17. FLISSER, A.; BULNES, I.; DIAZ, M.L.; LUNA, R.; WOODHOUSE, E.; BELTRAN, F.; MARTINEZ, I. & LARRALDE, L. - Estúdio seroepidemiológico de, la cisticercosis humana en poblaciones predominantemente indígenas y rurales del estado de Chiapas. Arch. Invest, méd. (México) 7:107, 1976.
  • 18. FLISSER, A.; PÉREZ-MONTFORT, R. & LARRALDE, C. - The immunology of human and animal cysticercosis: a review. Bulletin of WHO 57:839, 1979.
  • 19. FLISSER, A.; WOODHOUSE, E. & LARRALDE, C. - Human cysticercosis: antigens, antibodies and non-responders. Clin. exp. Immunology 39:27, 1980.
  • 20. GOBBI, H.; ADAD, S.J.; NEVES, R.R. & ALMEIDA, G.O. - Ocorrência de cisti-cercose (Cysticercus cellulosae) em pacientes necropsiados em Uberaba, MG. Rev. Pat. trop. 9:51, 1980.
  • 21. KRIEG, A. - Cerebrospinal fluid and other body fluids. In HENRY (ed.): Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. W.B. Saunders, Philadelphia, 1979, vol 1, pg 635.
  • 22. LANGE, O. - Síndrome liquórico da cisticercose encéfalo meningéia. Rev. Neurol. Psiquiat. S. Paulo 6:35, 1940.
  • 23. LIVRAMENTO, J.A. - Contribuição de reações de imunofluorescência no liqüido cefalorraqueano ao estudo da neurocisticercose. Arq. Neuro-Psiquiat. (São Paulo) 39:261, 1981
  • 24. LI6RAMENTO, J.A.; COSTA, J.M.; MACHADO, L.R.; NÓBREGA, J.P.S. & SPINA-FRANÇA, A. - ELISA (IgG e IgM) no LCR e soro na neurocisticercose em tratamento com praziquantel. Arq. Neuro-Psiquiat. (São Paulo) 43:267, 1985.
  • 25. MACHADO, A.J.; CAMARGO, M.E. HOSHINO, S. - Reação de imunofluorescência para a cisticercose com partículas de Cysticercus cellulosae fixados a lâminas de microcospia. Rev. Soc. bras. Med. trop. 7:181, 1973.
  • 26. MAHJAN, R.C.; CHITKARA, N.L. & CHOPRA, J.S. - Evaluation of Cysticercus and adult worm antigens in serodiagnosis of cysticercosis. Indian J. med. Res. 62:1310, 1974.
  • 27. MAHAJAN, R.C.; CHOPRA, J.S. & CHITKARA, N.L. - Comparative evaluation of indirect haemagglutination and complement fixation tests in serodiagnosis of cysticercosis. Indian J. med. Res. 63:121, 1975.
  • 28. MAN1, A.J.; RAMESH, C.K.; AHUJA, G-.K. & MANI, K.S. - Cerebral cysticercosis presenting as epilepsy. Neurology (India) 22:30, 1974.
  • 29. NIETO, D. - Cysticercosis of the nervous system: diagnosis by means of spinal fluid complement fixation test. Neurology 6:725, 1956.
  • 30. PEDONE, E. L. - Neurocisticercose. Rev. AMRIGS 16:133, 1972.
  • 31. REIS, J.B.; PIMENTA, A.M. & PUPO, P.P. - Cerebrospinal fluid in the diagnosis of brain cysticercosis. Neurologia, Psichiat. Neuroch. (Bucarest) 9:175, 1964.
  • 32. REIS, J.B.; BEI, A.; REIS-FILHO, J.B. & NASSER, J. - Liqüido cefalorraquidiano na cisticercose encefálica. Arq. Neuro-Psiquiat. (São Paulo) 37:113, 1979.
  • 33. SOTELO, J.; GUERRERO, V. & RUBIO, F. - Neurocysticercosis: a new classification based on active and inactive forms. A study of 753 cases. Arch. int. Med. 145:442, 1985.
  • 34. SCHENONE, H.; ARANDA, R.; CONCHA, L.; KNIERIM, F.; ROJAS, A. & COFFRb, H. - Investigación de hidatidosis y cisticercosis inaparentes por medio de reacciones inmunobiológicas. Boi. chil. Parasitol. 26:121, 1971.
  • 35. SPINA-FRANÇA, A. - Cisticercose do sistema nervoso central: considerações sobre 50 casos. Rev. paul. Med. 48:59, 1956.
  • 36. SPINA-FRANÇA, A. - Imunobiologia da cisticercose: avaliação dos conceitos atuais. Arq. Neuro-Psiquiat. (São Paulo) 27:125, 1969.
  • 37. UEDA, M.; NAKAMURA, P.M.; WALDMAN, E.A.; CHIEFFI, P.P.; SOUZA, A.M.C.; SPIR, M. & GERBI, L.J. - Freqüência de anticorpos anti-cysticercus cellulosae em populacão de risco para cisticercose e em segmento de população considerado supostamente normal em regiões do Estado de São Paulo, Brasil. Rev. Inst. Adolfo Lutz 44:25, 1984.

Publication Dates

  • Publication in this collection
    22 June 2011
  • Date of issue
    Mar 1987
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO R. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices Torre Norte, 04101-000 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista.arquivos@abneuro.org