O objetivo do estudo foi avaliar incidência e mortalidade da meningite e comparar dados de acordo com o diagnóstico microbiológico. Estudo retrospectivo, de 10 anos, em UTI Neonatal. Incluídos RNs com meningite confirmada por cultura de líquor positiva; RN com infecção congênita ou malformações que impedem punção lombar foram excluídos. Variáveis: peso ao nascimento, idades gestacional e pós natal, procedimentos, parâmetros hematológicos e liquóricos, complicações. Testes paramétricos e não paramétricos foram utilizados (valor estatístico p<0,05). A incidência de meningite foi de 0,6% e mortalidade de 27%. Dos 22 casos, 59% foram por bactérias Gram-negativas; 36% por bactérias Gram-positivas e 5% por fungos. Grupos não diferiram quanto ao peso ao nascimento, idades gestacional e pós-natal, procedimentos e por parâmetros hematológicos e liquóricos. Sepse, convulsões e óbitos foram frequentes e não diferiram entre os grupos. Gram-negativos causaram abscessos e mais frequentemente ventriculite e hidrocefalia. Meningite não foi freqüente, mas apresentou alta mortalidade e complicações.
meningite; recém-nascido; sistema nervoso central; sepse