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Perspectivas e práticas dos clínicos gerais em relação à epilepsia

OBJETIVO: Avaliar conhecimento, práticas clínicas e atitudes em relação às pessoas com epilepsia (PCE) por um grupo de clínicos gerais e pediatras. MÉTODO: Um estudo transversal foi conduzido em três hospitais de treinamento médico, onde foram selecionados 31 clínicos e 47 pediatras residentes. Os dados foram obtidos através de questionário auto-aplicado. RESULTADOS: Os entrevistados apresentaram valores positivos em relação às PCE, mas reconheceram preconceitos da população em relação a essa clientela. Os médicos reconheceram neles próprios e nos colegas carência de conhecimentos sobre PCE, e que a Faculdade de Medicina não dá a devida importância para o estudo desses pacientes. Eles encaminham os pacientes com freqüência para os especialistas. Metade deles é favorável à idéia de assumir o manejo clínico dos pacientes após a avaliação inicial pelos especialistas. CONCLUSÕES: Os não neurologistas não se sentem confortáveis em lidar clinicamente com os PCE por causa de barreiras. Nossos médicos têm queixas sobre o ensino de graduação médica em relação ao treino clínico sobre esses pacientes. No entretanto, não existe evidente relação entre o ensino da graduação, práticas de referência, e satisfação sobre o controle clínico da clientela. Os cuidados clínicos com os pacientes são influenciados não apenas por conhecimento, mas também pelas atitudes dos médicos. Dessa forma outras barreiras, percebidas ou não para prover o atendimento para os PCE pelos clínicos, devem ser abordadas no currículo médico da graduação, e em cursos de educação médica continuada.

epilepsia, médico; perspectivas; conhecimento; atitude; educação


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