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Reflexões sobre as vozes contribuintes para a constituição da subjetividade profissional do docente alfabetizador

A angústia com relação ao processo de alfabetização é uma constante entre alfabetizadores, seja porque várias teorias de ensino e aprendizagem da língua materna são veiculadas pelo discurso acadêmico e bibliográfico, seja porque as políticas educacionais as adotam. Neste artigo, objetiva-se abordar, por meio de enunciados de professores alfabetizadores, quais as diferentes vozes que os constituíram profissionalmente, determinando o que se configura como base teórica em suas práticas pedagógicas. A coleta de dados se realizou por meio de filmagens das atividades desenvolvidas em um curso de extensão, as quais, depois de editadas, foram analisadas com base nos pressupostos bakhtinianos de linguagem e dialogia. Os enunciados docentes revelam suas crenças e incertezas sobre os métodos de alfabetizar, apropriados de maneira fragmentada e superficial. É na compreensão de uma concepção de linguagem como interlocução, focalizando sujeito e história, que o professor alfabetizador poderá superar modismos e se fortalecer enquanto responsável pelo ensino crítico da leitura e da escrita escolarizada.

Ensino-aprendizagem; Linguagem; Formação de Professores


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