Acessibilidade / Reportar erro

Distribution and abundance of Cladocera (Branchiopoda) in the Paraíba do Sul River estuary, Rio de Janeiro, Brazil

Abstracts

To characterize the cladoceran community of the Paraíba do Sul River estuary, located in the district of São João da Barra, Rio de Janeiro, Brazil, cladocerans were collected monthly in nine sampling stations from September 2002 until August 2003. Samples were obtained by subsurface tows using a plankton net with a 30 cm opening mouth and 70 micron mesh size, fitted with a mechanical flowmeter. Environmental parameters such as salinity and temperature were also obtained. Seventeen species of Cladocera were identified: Pseudoevadne tergestina, Penilia avirostris, Macrothrix triserialis, Moina micrura, Simocephalus kerhervei, Simocephalus vetalus, Simocephalus latirostris, Simocephalus serrulatus, Alona rectangula, Alona quadrangularis, Bosmina longirostris, Bosminopsis deitersi, Camptocercus dadayi, Ceriodaphnia richardi, Diaphanosoma fluviatile, Kurzia latissima and Pleuroxus similis. The highest total abundance of Cladocera occurred in April in the marine zone of the estuary. The most abundant species during this period was Penilia avirostris. At the mixing and freshwater zones of the estuary, the most abundant species were Moina micrura, mainly in January; and Simocephalus vetalus and Bosmina longirostris during spring. From this scenario, it can be inferred that the cladoceran community of the Paraíba do Sul River estuary presents characteristics of marine, brackish and freshwater environments. Temperature and salinity seem to limit the occurrence and distribution of cladocerans in the estuary.

Zooplankton; Estuary; Cladocera; Salinity


O presente estudo teve como objetivo caracterizar a comunidade zooplanctônica de cladóceros no estuário do Rio Paraíba do Sul, localizado no município de São João da Barra, RJ. O zooplâncton foi coletado mensalmente de setembro/2002 a agosto/2003 em nove estações através de arrastos subsuperficiais com uma rede de plâncton com abertura de boca de 30 cm e malha de 70 mµ, dotada de fluxômetro mecânico. Foram medidas simultaneamente a salinidade e a temperatura. Foram identificadas dezessete espécies de cladóceros: Pseudoevadne tergestina, Penilia avirostris, Macrothrix triserialis, Moina micrura, Simocephalus Kerhervei, Simocephalus vetalus, Simocephalus latirostris, Simocephalus serrulatus, Alona rectangula, Alona quadrangularis, Bosmina longirostris, Bosminopsis deitersi, Camptocercus dadayi, Ceriodaphnia richardi, Diaphanosoma fluviatile, Kurzia latissima e Pleuroxus similis. As maiores abundâncias de cladóceros ocorreram no mês de abril na zona marinha do estuário. A espécie mais abundante nesse período foi Penilia avirostris. Na zona de mistura e fluvial do estuário, as espécies mais abundantes foram Moina micrura, principalmente durante o mês de janeiro; Simocephalus vetalus e Bosmina longirostris na primavera. Diante desse cenário, pode-se dizer que a comunidade de cladóceros no estuário do Rio Paraíba do Sul apresenta características de ambientes marinhos, estuarinos e limnicos. A salinidade e a temperatura parecem limitar a ocorrência e distribuição dos cladóceros no estuário.

Zooplâncton; Estuário; Cladocera; Salinidade


  • Boltovskoy, D. (ed.). 1981. Atlas de zooplancton del Atlántico Sudoccidental.  Mar del Plata: INIDEP.  936 p.
  • Boltovskoy, D. (ed.). 1999. South Atlantic Zooplankton. Leiden: Backhuys Publishers, 1706 p.
  • CEIVAP – Comitê para integração da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul. 2001.  Brasília, DF: Bacia do rio Paraíba do Sul: Livro da Bacia. 68p.
  • Coelho–Botelho, M. J.; Mauro, J. B. N.; Dias, C. de O.; Kurtz, F. W.; Truzzi, A. C.; Nogueira, C. R.; Reis, J. L. dos & Mathias, A. M. da F. 1999. Aspéctos do zooplâncton na baía de Sepetiba (RJ, Brasil). In: Silva, S. H. G. & Lavrado, H. P. eds. Ecologia dos ambientes costeiros do estado do Rio de Janeiro, ser. Oecologia Brasiliensis. Rio de Janeiro: PPGE–UFRJ, v.7, p.1–33.
  • DNAEE – Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica. Implantação de uma agência para a Bacia do Rio Paraíba do Sul. 1995. Bolm Ag. Tec. Bacia do Paraíba do Sul. CPRM. 5p.
  • Edmondson, W. T. (ed). 1959. Fresh–Water Biology. 2. ed.  John  Wiley & Sons. 1248p.
  • Elmoor–Loureiro, L. M. A. 1997. Manual de identificação de Cladóceros límnicos do Brasil. Brasília, DF: Ed. Universitária. 156p.
  • Elmoor–Loureiro, L. M. A.; Mendonça–Galvão, L. & Padovesi–Fonseca, C. 2004. New Cladoceran records from lake Paranoá, central Brazil. Braz. J. Biol., 64 (3A):415–422.
  • Garrels, M. & Mackenzie, F. T. 1971. Evolution of sedimentary rocks. New York:, Norton & Co.,  387p.
  • Hann, B. J. & Zrum, L. 1997. Littoral microcrustaceans (Cladocera, Copepoda) in a praierie coastal wetland: Seasonal abundance and community structure. Hydrobiologia, 357:37–52.
  • Hobaek, A.; Manca, M. & Andersen, T. 2002. Factors influencing species richness in lacustrine zooplankton. Acta Oecol., 23:155–163.
  • Kennish, M. J. 1990. Ecology of Estuaries: Anthropogenic Effects. v. 1. Boca Ratton, Fl.: CRC Press, 494p.
  • Kramer, K. J. M.; Brockmann, U. H. & Warwick, R. M. 1994. Tidal Estuaries. Manual of Sampling and Analytical Procedures. Brussels–Luxemburgo, 304p.
  • Lansac Tôha, F. A. & Lima, A. F. 1993. Ecologia do zooplâncton do Estuário do Rio Una do Prelado (São Paulo, Brasil). Acta Limnologica Brasiliensia. 6:82–96.
  • Lopes, R. M. 1994. Zooplankton Distribution in the Guaraú River Estuary (South–eastern Brazil). Estuar. Coast. Shelf Sci.,39: 287–302.
  • Lopes, R. M. 1996. Hydrography and zooplankton community structure: A comparative study among estuaries of the Juréia–Itatins Ecological Station (Southeastern Brazil). Nerítica, 10: 27–40.
  • Marazzo, A. & Valentin, J. L. 2000. Daily variation of marine cladoceran densities in a tropical bay. Hydrobiologia, 428: 205–208.
  • Marazzo, A. & Valentin, J. L. 2001. Spatial and temporal variations of Penilia avirostris and Evadne tergestina (Crustacea, Branchiopoda) in a tropical bay, Brazil. Hydrobiologia, 445:133–139.
  • Marazzo, A. & Valentin, J. L. 2004. Population Dynamics of Pseudoevadne tergestina (Branchiopoda: Onychopoda) in Guanabara Bay, Brazil. Braz. Archs. Biol. Technol. 47 (5):713–723.
  • Miller, C. B. The zooplankton of estuaries. In: Ketchum, B. H. 1983. Estuaries and enclosed seas. Amsterdam:  Elsevier, p. 103–149.
  • Miranda, L. B. de; Castro, B. M. de & Kjerfve, B. 2002. Princípios de Oceanografia Física de Estuários. São Paulo: Edusp.  414p.
  • Montú, M. 1980. Zooplâncton do estuário da Lagoa dos Patos. I. Estrutura e variações temporais e espaciais da comunidade. Atlântica, (4):53–72.
  • Montú, M. & Gloeden, I. 1986. Atlas dos Cladocera e Copepoda (Crustacea) do estuário da Lagoa dos Patos (Rio Grande, Brasil). Nerítica, 1(2):1–134.
  • Neves, I. F.; Rocha, O.; Roche, K. F. & Pinto, A. A. 2003. Zooplankton community structure of two marginal lakes of the River Cuiabá (Mato Grosso, Brazil) with analysis of Rotifera and Cladocera diversity. Braz. J. Biol., 63 (2):329–343.
  • Nixon, S.W. 1981. Remineralization and nutrient cycling in coastal marine ecosystems. In: Neilson, B. J. & Cronin, L. E. Estuaries and nutrients. New York: Humana Press.  p. 111–138.
  • Nogueira, C. R.; Santos, L. H. S.; Bonecker, A. C. T.; Bonecker, S. L. C.; Dias, C. de O. & Reis, J. M. L. 1999. Studies on zooplankton and ichthyoplankton communities off the Rio de Janeiro Coastline. In: Silva, S. H. G. & Lavrado, H. P. eds. Ecologia dos ambientes costeiros do Estado do Rio de Janeiro, ser. Oecologia Brasiliensis. Rio de Janeiro: PPGE–UFRJ. v. 7. p.1–33.
  • Omori, M. & Ikeda, T. 1992. Methods in Marine Zooplankton Ecology. Malabar, Fl.: Krieger Publish. Co. 329p.
  • Resgalla Jr. C. & Montú, M. 1993. Cladóceros marinhos da plataforma continental do Rio Grande do Sul – Brasil.  Nauplius, 1:63–79.
  • Sampaio, E. V.; Rocha, O.; Matsumura–Tundisi, T. & Tundisi, J. G. 2002. Composition and abundance of zooplankton in the limnetic zone of seven reservoirs of the Paranapanema River, Brazil. Braz. J. Biol., 62(3):525–545.
  • Santos–Wisniewski, M. J.; Rocha, O.; Guntzel, A. M. & Matsumura–Tundisi, T. 2002. Cladocera Chydoridae of high Altitude water bodies (Serra da Mantiqueira), in Brazil. Braz. J. Biol., 62 (4A): 681–687.
  • Serafim Jr. M.; Lansac–Tôha, F. A.; Paggi, J. C.; Velho, L. F. M. & Robertson, B. 2003. Cladocera fauna composition in a river–lagoon system of the upper Paraná River floodplain, with a new record for Brazil. Braz. J. Biol., 63(2):349–356.
  • Summerhayes, C. P. & Thorpe, S. A. 1998. Oceanography. An Illustrated Guide. London:Manson Publishing., 352p.
  • Tundisi, J. G. 1970. O Plâncton Estuarino. Contrções Inst. oceanogr. Univ. S. Paulo, ser. Ocean. Biol., (19):1–22.
  • Underwood, A. J. 1997. Experiments in ecology. Their logical design and interpretation using analysis of variance. Cambridge: Cambridge University Press. 504p.
  • Valentin, J. L. & Marazzo, A. 2003. Modeling the population dynamics of Penilia avirostris (Branchiopoda, Ctenopoda) in a tropical bay. Acta Oecol. 24:369–376.
  • Villate, F. 1997. Tidal influence on zonation and occurrence of resident and temporary zooplankton in a shallow system (Estuary of Mundaka, Bay of Biscay). Scientia Marina, 61(2):173–188.
  • Wooldridge, T. H. & Callahan, R. 2000. The effects of a single freshwater release into the Kromme Estuary. 3: Estuarine zooplankton response. Water SA., 26:311–318.
  • Carneiro, M. E. R. 1998. Transporte da matéria orgânica no Estuário do Rio Paraíba do Sul. Niterói: Universidade Federal Fluminense. PhD. Thesis. 200p.

Publication Dates

  • Publication in this collection
    05 Nov 2007
  • Date of issue
    Dec 2006

History

  • Accepted
    30 Aug 2006
  • Reviewed
    07 Aug 2006
  • Received
    30 Jan 2006
Universidade de São Paulo, Instituto Oceanográfico Praça do Oceanográfico, 191 , 05508-120 Cidade Universitária, São Paulo - SP - Brasil, Tel.: (55 11) 3091-6501, Fax: (55 11) 3032-3092 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: io@usp.br