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Estudo da relação entre o grau de incômodo de pacientes com zumbido e a presença de hiperacusia

Resumos

Introdução:

A hiperacusia pode ser definida como uma manifestação de ganho central aumentado das vias auditivas, compreendida como um estado pré-zumbido. Em alguns casos, o zumbido pode ser secundário a esse ganho aumentado.

Objetivo:

Avaliar a prevalência da hiperacusia em pacientes com zumbido e sua associação com o incômodo do zumbido.

Materiais e métodos:

Estudo retrospectivo envolvendo pacientes do ambulatório de otoneurologia com queixa principal de zumbido que foram submetidos a avaliação clínica, audiológica e a questionário de avaliação da hiperacusia e do zumbido. O grau de incômodo da hiperacusia e do zumbido foi classificado utilizando a Escala Visual Analógica.

Resultados:

Foram analisados prontuários de 309 pacientes, 169 (54,7%) do sexo feminino e 140 (45,3%) do sexo masculino, com idade média de 53 anos. O grau de incômodo do zumbido apresentou mediana de sete. A hiperacusia esteve presente em 57 (18,4%) pacientes, com mediana de grau de incômodo de cinco. O grau de incômodo pelo zumbido nos pacientes com hiperacusia foi semelhante ao dos pacientes sem hiperacusia.

Conclusão:

A hiperacusia esteve presente em 18,4% dos pacientes com zumbido. O grau de incômodo do zumbido não teve correlação com a presença da hiperacusia.

Zumbido; Hiperacusia; Audiometria; Transtornos da audição


Introduction:

Hyperacusis can be defined as a manifestation of an increased of central auditory pathways gain and can be considered a pre-tinnitus state. In some cases tinnitus can be caused by such increased gain.

Aim:

To evaluate the prevalence of hyperacusis in patients with tinnitus and its relation to the annoyance of tinnitus.

Materials and methods:

Retrospective study with patients from the neurotology service complaining of tinnitus in the first consultation were submitted to clinical evaluation, a questionnaire and audiological evaluation of tinnitus and hyperacusis. The degree of annoyance of tinnitus and hyperacusis was measured using a visual analog scale.

Results:

We analyzed medical records of 309 patients, 169 (54.7%) females and 140 (45.3%) males. The mean age was 53 years. The median degree of tinnitus annoyance was 7. Hyperacusis was present in 57 (18.4%) patients, with a median degree of 5. The degree of annoyance due to tinnitus patients with hyperacusis was similar to that of patients without hyperacusis.

Conclusion:

Hyperacusis was present in 18.4% of patients with tinnitus. The degree of annoyance due to tinnitus had no correlation with the presence of hyperacusis.

Tinnitus; Hyperacusis; Audiometry; Hearing disorders


Introdução

O zumbido é definido como a percepção sonora por um indivíduo na ausência de uma fonte geradora externa.11. Prestes R, Daniela G. Impact of tinnitus on quality of life, loudness and pitch match, and high-frequency audiometry. Int Tinnitus J. 2009;15:134-8.,22. Shulman A, Goldstein B. Principles of tinnitology: tinnitus diagnosis and treatment a tinnitus targeted therapy. Int Tinnitus J. 2010;16:73-85. Acomete entre 14% e 32% da população,33. Hennig TR, Costa MJ, Urnau D, Becker KT, Schuster LC. Recognition of speech of normal-hearing individuals with tinnitus and hyperacusis. Int Arch Otorhinolaryngol. 2011;15:21-8. podendo causar repercussões negativas na qualidade de vida, interferir na concentração, no sono, nas atividades sociais e até na estabilidade emocional.11. Prestes R, Daniela G. Impact of tinnitus on quality of life, loudness and pitch match, and high-frequency audiometry. Int Tinnitus J. 2009;15:134-8.,44. Pinto PC, Sanchez TG, Tomita S. The impact of gender, age and hearing loss on tinnitus severity. Braz J Otorhinolaryngol. 2010;76:18-24.,55. Erlandsson SI, Holgers K. The impact of perceived tinnitus severity on health-related quality of life with aspects of gender. Noise Health. 2001;39:39-51. É um sintoma complexo, pois costuma estar associado a outras queixas otoneurológicas, como perda auditiva, tontura e hiperacusia.22. Shulman A, Goldstein B. Principles of tinnitology: tinnitus diagnosis and treatment a tinnitus targeted therapy. Int Tinnitus J. 2010;16:73-85.

A hiperacusia é uma hipersensibilidade ao som, em que um estímulo sonoro comum é sentido como extremamente intenso ou desconfortante.66. Bläsing L, Goebel G, Flötzinger U, BertholdA, Kröner-Herwig B. Hypersensitivity to sound in tinnitus patients: an analysis of construct based on questionnaire and audiological data. Int J Audiol. 2010;49:518-26. Jastreboff e Hazell definiram a hiperacusia como a manifestação de um ganho central aumentado das vias auditivas compreendida como um estado pré-zumbido, e em alguns casos o zumbido pode ser secundário a esse ganho aumentado.77. Jastreboff PJ, Hazell JWP. A neurophysiological approach to tinnitus: clinical implications. Br J Audiol. 1993;27:7-17. A prevalência mais alta de hiperacusia em pacientes com zumbido, mesmo na ausência da perda de audição, sugere que há uma origem comum entre esses dois sintomas. Tanto a hiperacusia quanto o zumbido teriam origem no aumento do ganho central das vias auditivas, sendo o zumbido resultante do ganho central espontâneo e a hiperacusia do ganho central por estímulo sonoro.88. Norena AJ. An integrative model of tinnitus based on a central gain controlling neural sensitivity. Neurosci Biobehav Rev. 2011;5:1089-109.

9. Schaette R, McAlpine D. Tinnitus with a normal audiogram: physiological evidence for hidden hearing loss and computational model. J Neurosci. 2011;31:13452-7.
-1010. Hébert S, Fournier P, Noreña A. The auditory sensitivity is increased in tinnitus ears. J Neurosci. 2013;33:2356-64.

Existem diferentes métodos de avaliação do incômodo pelo zumbido e pela hiperacusia, de escalas numéricas a escalas visuais analógicas (EVA). O Tinnitus Handicap Inventory (THI) é o método mais aceito para avaliar o zumbido, por ser de fácil aplicação, interpretação e por abordar vários aspectos da qualidade de vida do paciente.1111. Bahmad FM Jr, Venosa AR, Oliveira CA. Benzodiazepines and GABAergics in treating severe disabling tinnitus of predominantly cochlear origin. Int Tinnitus J. 2006;12:140-4.,1212. Ferreira PEA, Cunha F, Onishi ET, Branco-Barreiro FCA, Ganança, FF. Tinnitus Handicap Inventory: adaptação cultural para o português brasileiro. Pro Fono. 2005;17:303-10. Contudo, estudos prévios já demonstraram que a EVA, na qual o paciente classifica seu incômodo relacionado ao zumbido de 1 a 10, apresenta boa correlação com o THI.1111. Bahmad FM Jr, Venosa AR, Oliveira CA. Benzodiazepines and GABAergics in treating severe disabling tinnitus of predominantly cochlear origin. Int Tinnitus J. 2006;12:140-4.

12. Ferreira PEA, Cunha F, Onishi ET, Branco-Barreiro FCA, Ganança, FF. Tinnitus Handicap Inventory: adaptação cultural para o português brasileiro. Pro Fono. 2005;17:303-10.

13. Hallam RS, Jakes SC, Chambers C, Hinchcliff R. A comparison of different methods for assessing the intensity of tinnitus. Acta Otolaryngol. 1985;99:501-8.

14. Figueiredo RR, Azevedo AA, Oliveira PM. Correlation analysis of the visual-analogue scale and the Tinnitus Handicap Inventory in tinnitus patients. Braz J Otorhinolaryngol. 2009;75:76-9.
-1515. Kuk FK, Tyler RS, Russel D, Jordan H. The psychometric properties of a tinnitus handicap questionnaire. Ear Hear. 1990;11:434-45.

O incômodo causado pelo zumbido pode ser bastante variável, e existem alguns fatores que parecem estar associados ao maior grau de incômodo, como a presença de estresse, transtornos psiquiátricos1616. Langguth B, Kleinjung T, Fischer G, Hajak P, Eichhammer P, Sand PG. Tinnitus severity, depression and the big five personality traits. Prog Brain Res. 2007;166:221-7.,1717. Seydel C, Haupt H, Szczepek AJ, Klapp BF, Mazurek B. Longterm improvement in tinnitus after modified tinnitus retraining therapy enhanced by a variety of psychological approaches. Audiol Neurootol. 2010;15:69-80 e gênero feminino.1818. Valente JP, Pinheiro LA, Carvalho GM, Guimarães AC, Mezzalira R, Stoler G, et al. Evaluation of factors related to the tinnitus disturbance. Int Tinnitus J. 2012;17:21-5.

19. Seydel C, Haupt H, Olze H, Szczepek AJ, Mazurek B. Gender and chronic tinnitus: differences in tinnitus-related distress depend on age and duration of tinnitus. Ear Hear. 2013;34:661-72.
-2020. DaumanR, BouscauFaureF. Assessment and amelioration of hyperacusis in tinnitus patients. Acta Otolaryngol. 2005;125:503-9. A idade também parece ter correlação com o grau de incômodo pelo zumbido, sendo pior em pacientes com mais de 50 anos.2121. Hiller W, Goebel G. Factors influencing tinnitus loudness and annoyance. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2006;132:1323-9. Outro estudo mostrou que o grupo com idade entre 45 e 59 anos apresentou mais incômodo do que pacientes mais jovens ou mais idosos.1919. Seydel C, Haupt H, Olze H, Szczepek AJ, Mazurek B. Gender and chronic tinnitus: differences in tinnitus-related distress depend on age and duration of tinnitus. Ear Hear. 2013;34:661-72.

A relação da hiperacusia com o zumbido ainda não está clara. Encontram-se estudos que não mostram associação entre a presença da hiperacusia e o grau de incômodo pelo zumbido,2020. DaumanR, BouscauFaureF. Assessment and amelioration of hyperacusis in tinnitus patients. Acta Otolaryngol. 2005;125:503-9.,2222. de Magalhães SL, Fukuda Y, Liriano RI, Chami FA, Barros F, Diniz FL. Relation of hyperacusis in sensorineural tinnitus patients with normal audiological assessment. Int Tinnitus J. 2003;9:79-83. e outros em que o incômodo pelo zumbido foi maior nos pacientes com hiperacusia.2121. Hiller W, Goebel G. Factors influencing tinnitus loudness and annoyance. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2006;132:1323-9.,2323. Fioretti AB, Fusetti M, Eibenstein A. Association between sleep disorders, hyperacusis and tinnitus: Evaluation with tinnitus questionnaires. Noise Health. 2013;15:91-5.

Este estudo tem o objetivo de avaliar a prevalência da hiperacusia em pacientes com zumbido e a sua relação com o grau de incômodo do mesmo.

Materiais e métodos

Foram estudados pacientes do ambulatório de otoneurologia de um hospital universitário terciário atendidos nos últimos oito anos com queixa principal de zumbido na primeira consulta. Todos foram submetidos a questionário e a avaliação clínica e audiológica. O questionário se propôs a caracterizar tipo, presença de uni ou bilateralidade do zumbido, presença e grau de incômodo da hiperacusia, entre outras informações (fig. 1). A avaliação clínica incluiu exame otorrinolaringológico e neurológico, e a avaliação audiológica consistiu em audiometria tonal, logoaudiometria e imitanciometria.

Figura 1
Questionário utilizado para avaliação dos pacientes com zumbido.

Foram excluídos do estudo os pacientes com zumbido para-auditivo, presença de doença infecciosa em orelha média ou externa em tratamento e preenchimento incompleto do questionário.

O grau de incômodo da hiperacusia e do zumbido foi classificado utilizando a EVA (fig. 2).

Figura 2
Modelo de escala visual analógica utilizada. Quanto maior a escala numérica, mais acentuado o grau de incômodo.

Para a análise estatística foi utilizado o programa IBM SPSS 19. Foi realizado o teste não paramétrico de Mann -Whitney para avaliar a correlação entre hiperacusia e incômodo pelo zumbido, e o teste Qui-quadrado para avaliar a presença da hiperacusia de acordo com o gênero, considerando significante o valor de p < 0,05.

O estudo foi aprovado pelo CEP da instituição sob protocolo nº 914/2011.

Resultados

Foram analisados prontuários de 309 pacientes, 169 (54,7%) do sexo feminino e 140 (45,3%) do sexo masculino (fig. 3). A idade variou de 17 a 90 anos, com mediana de 52 anos.

Figura 3
Distribuição por gênero dos pacientes com zumbido. Gráfico ilustra a distribuição dos pacientes por gênero, sendo 140 homens e 169 mulheres.

O grau de incômodo do zumbido variou de 1 a 10, sendo a mediana de 7 (mínimo de 1 e máximo de 10). Em 186 (60,2%) pacientes o zumbido estava presente bilateralmente, em 46 (14,9%) apenas na orelha direita e em 77 (24,9%) apenas na orelha esquerda.

A hiperacusia foi detectada em 57 (18,4%) pacientes, com intensidade variando de 1 a 10 e mediana de 5. presença da hiperacusia foi mais frequente no sexo masculino, estando presente em 31 (22,4%) homens e em 26 (15,3%) mulheres. Não houve diferença estatisticamente significante entre os gêneros (p = 0,12) (tabela 1).

Tabela 1
Distribuição dos pacientes por gênero entre os grupos estudados

Não houve correlação significante entre a presença de hiperacusia e o grau de incômodo do zumbido, sendo este semelhante em pacientes com ou sem hiperacusia, com mediana de 7 em ambos os grupos (p = 0,587) (tabela 2).

Tabela 2
Comparação do grau de incômodo pelo zumbido entre os pacientes de acordo com a presença de hiperacusia

Discussão

A hiperacusia pode ocorrer em diversas condições, como após estapedectomia,2424. Mathisen H. Phonophobia after stapedectomy. Acta Otolaryngol. 1969;68:73-7. episódio de paralisia facial,2525. Citron D, Adour KK. Acoustic reflex and loudness discomfort in acute facial paralysis. Arch Otolaryngol. 1978;104:303-6. trauma acústico,2626. Axelsson A, Hamernik RP. Acute acoustic trauma. Acta Otolaryngol. 1987;104:225-33. em indivíduos com audição rebaixada ou normal.

A hiperacusia é mais frequente em pacientes com zumbido.2727. Coelho CB, Sanchez TG, Tyler RS. Hyperacusis, sound annoyance, and loudness hypersensitivity in children. Prog Brain Res. 2007;166:169-78. A prevalência de hiperacusia em pacientes com zumbido é bastante variável, porque existem diversas formas de se avaliar a hiperacusia e a correlação entre os meios de avaliação é em geral baixa.66. Bläsing L, Goebel G, Flötzinger U, BertholdA, Kröner-Herwig B. Hypersensitivity to sound in tinnitus patients: an analysis of construct based on questionnaire and audiological data. Int J Audiol. 2010;49:518-26. Portanto, a prevalência da hiperacusia pode variar de 7,3%-79% dos pacientes com zumbido.2020. DaumanR, BouscauFaureF. Assessment and amelioration of hyperacusis in tinnitus patients. Acta Otolaryngol. 2005;125:503-9.,2121. Hiller W, Goebel G. Factors influencing tinnitus loudness and annoyance. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2006;132:1323-9.,2828. Coles RRA, Sood SK. Hyperacusis and phonophobia in tinnitus patients. Br J Audio. 1998;22:228.

29. Jastreboff PJ, Gray WC, Gold SL. Neurophysiological approach to tinnitus patients. Am J Otol. 1996;17:236-40.
-3030. Goldstein B, Shulman A. Tinnitus - hyperacusis and the loudness discomfort level test - a preliminary report. Int Tinnitus J. 1996;2:83-9.

A relação do incômodo pelo zumbido com a presença de hiperacusia é controversa. Alguns autores não encontraram correlação significativa entre a gravidade do zumbido e a hiperacusia2020. DaumanR, BouscauFaureF. Assessment and amelioration of hyperacusis in tinnitus patients. Acta Otolaryngol. 2005;125:503-9.,2222. de Magalhães SL, Fukuda Y, Liriano RI, Chami FA, Barros F, Diniz FL. Relation of hyperacusis in sensorineural tinnitus patients with normal audiological assessment. Int Tinnitus J. 2003;9:79-83. enquanto Goldstein et al. descreveram essa correlação no seu grupo de estudo.3030. Goldstein B, Shulman A. Tinnitus - hyperacusis and the loudness discomfort level test - a preliminary report. Int Tinnitus J. 1996;2:83-9. Em estudo com 37 pacientes, o grau de incômodo pelo zumbido avaliado pelo THI teve correlação com a presença de hiperacusia e com a presença de distúrbios do sono.2323. Fioretti AB, Fusetti M, Eibenstein A. Association between sleep disorders, hyperacusis and tinnitus: Evaluation with tinnitus questionnaires. Noise Health. 2013;15:91-5. Outro estudo mostrou que a intensidade e o incômodo pelo zumbido foram maiores em pacientes com hiperacusia, vertigem ou perda auditiva.2121. Hiller W, Goebel G. Factors influencing tinnitus loudness and annoyance. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2006;132:1323-9.

Em nosso estudo com 309 pacientes não observamos correlação entre a presença de hiperacusia e o grau do incômodo pelo zumbido, assim como Dauman et al.,2020. DaumanR, BouscauFaureF. Assessment and amelioration of hyperacusis in tinnitus patients. Acta Otolaryngol. 2005;125:503-9. e de Magalhães et al.,2222. de Magalhães SL, Fukuda Y, Liriano RI, Chami FA, Barros F, Diniz FL. Relation of hyperacusis in sensorineural tinnitus patients with normal audiological assessment. Int Tinnitus J. 2003;9:79-83. embora os últimos tenham utilizado uma escala com quatro graduações para classificação do incômodo causado pelo zumbido e pela hiperacusia.

Vale ressaltar que este estudo avaliou pacientes com zumbido e que a hiperacusia nesses pacientes foi definida com base na anamnese. Não foram realizados testes como o LDL (loudness disconfort level), assim como em outros artigos de revisão sobre o tema.2020. DaumanR, BouscauFaureF. Assessment and amelioration of hyperacusis in tinnitus patients. Acta Otolaryngol. 2005;125:503-9.

21. Hiller W, Goebel G. Factors influencing tinnitus loudness and annoyance. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2006;132:1323-9.

22. de Magalhães SL, Fukuda Y, Liriano RI, Chami FA, Barros F, Diniz FL. Relation of hyperacusis in sensorineural tinnitus patients with normal audiological assessment. Int Tinnitus J. 2003;9:79-83.
-2323. Fioretti AB, Fusetti M, Eibenstein A. Association between sleep disorders, hyperacusis and tinnitus: Evaluation with tinnitus questionnaires. Noise Health. 2013;15:91-5. Outros estudos com o a hiperacusia definida pelo LDL e com o uso de outros métodos para avaliação do grau de incômodo podem apresentar resultados diferentes dos aqui encontrados.

Consideramos que mais estudos são necessários para definir a relação do incômodo do zumbido com a hiperacusia, que ainda permanece controversa.

Conclusão

A hiperacusia esteve presente em 18,4% dos pacientes com zumbido. O grau de incômodo pelo zumbido nos pacientes com hiperacusia foi semelhante ao dos pacientes sem hiperacusia.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Feb 2014

Histórico

  • Recebido
    06 Ago 2013
  • Aceito
    01 Out 2013
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