Acessibilidade / Reportar erro

Posicionamento da Academia Brasileira de Rinologia sobre o uso de anti-histamínicos, antileucotrienos e corticosteroides orais no tratamento de doenças inflamatórias nasossinusais Como citar este artigo: Mion OG, Mello JF, Dutra DL, Andrade NA, Almeida WL, Anselmo-Lima WT, et al. Position statement of the Brazilian Academy of Rhinology on the use of antihistamines, antileukotrienes, and oral corticosteroids in the treatment of inflammatory sinonasal diseases. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83:215-27.

Resumo

Introdução:

As afecções inflamatórias do nariz e dos seios paranasais são muito prevalentes na população geral, causam acentuada perda de qualidade de vida dos pacientes afetados, geram perdas significativas das atividades de trabalho, lazer e sociais. Esses pacientes necessitam de tratamento específico e especializado e uma ampla gama de medicações orais está disponível.

Objetivo:

O presente documento tem por objetivo esclarecer àqueles que tratam das doenças nasossinusais inflamatórias, tanto especialistas quanto generalistas, sobre as terapêuticas orais nas afecções inflamatórias nasais não infecciosas.

Método:

A metodologia usada para elaboração deste artigo incluiu a busca das palavras chave: corticosteroides orais, anti-histamínicos, antileucotrienos, rinite, rinossinusite nos bancos de dados Medline e Embase nos últimos 5 anos. Como não foi achado artigo relevante para o texto sobre o assunto de interesse nos últimos 5 anos, a busca foi estendida por mais 5 anos, e assim por diante, de acordo com a necessidade dos autores.

Resultados:

Literatura relevante foi encontrada com relação ao uso dos anti-histamínicos, antileucotrienos e corticosteroides orais nessas afecções. A Academia Brasileira de Rinologia ressalta, após amplo debate do colegiado, pontos-chave no tratamento com esses medicamentos.

Conclusão:

Há respaldo na literatura para o uso desses medicamentos, entretanto considerações finais acerca do papel de cada deles foram feitas.

PALAVRAS-CHAVE
Rinites; Rinossinusites; Anti-histamínicos; Glicocorticoides; Antagonistas de leucotrieno

Abstract

Introduction:

Inflammatory conditions of the nose and paranasal sinuses are very prevalent in the general population, resulting in marked loss of quality of life in affected patients, as well as significant work, leisure, and social activity losses. These patients require specific and specialized treatment. A wide range of oral medications are available.

Objective:

The present document is aimed to clarify, for professionals treating patients with inflammatory sinonasal diseases, both specialists and general practitioners, specific oral therapies in noninfectious nasal inflammatory conditions.

Methods:

The methodology used to create this article included the search for the key words: oral corticosteroids, antihistamines, antileukotrienes, rhinitis, rhinosinusitis in the MEDLINE and EMBASE databases in the last 5 years. Since no relevant article was found for the text on the subject of interest in the last 5 years, the search was extended for another 5 years, and so on, according to the authors’ needs.

Results:

Relevant literature was found regarding the use of antihistamines, antileukotrienes and oral corticosteroids in these conditions. The Brazilian Academy of Rhinology emphasizes, after extensive discussion by the collegiate, key points in the treatment with these drugs.

Conclusion:

There is support in the literature for the use of these drugs; however, final considerations about the role of each of them have been made.

KEYWORDS
Rhinitis; Rhinosinusitis; Antihistamines; Glucocorticoids; Leukotriene antagonists

Introdução

As afecções inflamatórias do nariz e dos seios paranasais são o grupo de doenças mais prevalentes na população em geral. Essas doenças, como as rinites alérgicas e não alérgicas, as rinossinusites agudas e crônicas, com e sem polipose nasal, causam acentuada queda da qualidade de vida dos pacientes afetados, geram perdas significativas das atividades de trabalho, lazer e sociais em geral. Esses pacientes necessitam de tratamento específico e especializado.

As medicações orais são de extrema importância no tratamento das doenças inflamatórias do nariz e nos seios paranasais, assim como no tratamento das doenças infecciosas das vias aéreas superiores. Embora algumas classes de medicamentos sejam usadas há décadas, novas moléculas têm sido oferecidas.

Devido à prevalência dessas doenças, existe um gasto direto e indireto muito grande associado ao tratamento, principalmente nos de longa duração. O custo associado a eles não deve ser ignorado e o uso correto dessas drogas pode gerar gastos menores tanto para o paciente e sua família quanto para a saúde pública e a sociedade.

O presente documento tem por objetivo esclarecer àqueles que tratam das doenças nasossinusais inflamatórias, tanto especialistas quanto generalistas, sobre as terapêuticas orais nasais nessas doenças não infecciosas. Por meio de uma revisão das evidências científicas, a Academia Brasileira de Rinologia vem proporcionar sua visão prática e atualizada sobre as medicações orais nasais mais usadas, com exceção das medicações que tenham antibimicrobianos na sua formulação.

A metodologia usada para elaboração deste artigo incluiu a busca das palavras-chave: corticosteroides orais, anti-histamínicos, antileucotrienos, rinite, rinossinusite nos bancos de dados Medline e Embase nos últimos 5 anos. Se não fosse achado artigo relevante para o texto sobre o assunto de interesse nos últimos 5 anos, a busca era estendida por mais 5 anos, e assim por diante, de acordo com a necessidade dos autores.

O papel da histamina e dos leucotrienos nas doenças inflamatórias nasais

Histamina

A histamina tem um importante papel fisiológico e pode se ligar a 4 receptores11 III Consenso sobre rinites - 2012. Available from: http://www.aborlccf.org.br/consensos/Consenso_sobre_Rinite-SP-2014-08.pdf [accessed 05.03.16].
http://www.aborlccf.org.br/consensos/Con...
(tabela 1). Através dessas ligações atua na imunorregulação e inflamação alérgica. Na rinite alérgica, a histamina liberada na mucosa nasal liga-se aos receptores H1 e desencadeia vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, prurido, aumento da secreção glandular e estimulação de terminações nervosas.

Tabela 1
Os anti-histamínicos e receptores de histamina

Os receptores de histamina são classificados como receptores de proteína G e apresentam-se na forma ativa ou inativa. A histamina estabiliza sua estruturação ativa enquanto os anti-histamínicos, que atuam como agonistas inversos, estabilizam a conformação inativa.22 Simons FE, Simons KJ. Histamine and H1-antihistamines: celebrating a century of progress. J Allergy Clin Immunol. 2011;128:1139-50.

Leucotrienos

A evidência do papel dos leucotrienos na fisiopatologia da doença emerge de estudos das fases imediata e tardia em desencadeamentos com alérgenos. Isso não acontecia após o contato com a metacolina.33 Creticos PS, Peters SP, Adkinson NF, Naclerio RM, Hayes EC, Norman PS, et al. Peptide leukotriene release after antigen challenge in patients sensitive to ragweed. N Engl J Med. 1984;310:1626-30.,44 Miadonna A, Tedeschi A, Leggieri E. Behaviour and clinical relevance of histamine and leukotrienes C4 and B4 in grass pollen-induced rhinitis. Am Rev Respir Dis. 1987;136:357-62. Análise da secreção de pacientes com rinite persistente mostrava altos níveis de leucotrienos cisteínicos C4 e D455 Knani J, Campbell A, Enander I. Indirect evidence of nasal inflammation assessed by titration of inflammatory mediators and enumeration of cells in nasal secretions of patients with chronic rhinitis. J Allergy Clin Immunol. 1992;90:880. e o LTC4.66 Skoner DP, Lee L, Doyle WJ. Nasal physiology and inflammatory mediators during natural pollen exposure. Ann Allergy. 1990;65:206-10. Devido à intensa capacidade dos leucotrienos de causar inflamação, com potência milhares de vezes maior do que a da histamina, especulou-se que a obstrução e a congestão nasal estivessem diretamente ligados a essa classe de mediadores77 Okuda M, Watase T, Mezawa A, Liu CM. The role of leukotriene-D4 in allergic rhinitis. Ann Allergy. 1988;60:537-40. (fig. 1).

Figura 1
Via dos eicosanoides, que leva à formação dos leucotrienos.

A polipose nasal é uma doença inflamatória crônica do trato respiratório superior que afeta 2 a 4% da população e 2/3 dos pacientes com asma sensível ao ácido acetil salicílico. A histologia dos pólipos é similar à da asma, com eosinófilos em abundância, mastócitos e altos níveis de cistenil leucotrienos pró-inflamatórios.88 Fokkens WJ, Lund VJ, Mullol J, Bachert C, Alobid I, Baroody F, et al. European position paper on rhinosinusitis and nasal polyps 2012. Rhinol Suppl. 2012;23(Suppl.):1-298.

Tem sido proposto que uma das causas potenciais da rinossinusite crônica com pólipos nasais sejam os defeitos na via dos eicosanoides, mais fortemente associada à intolerância ao ácido acetil salicílico.99 Van Crombruggen K, Zhang N, Gevaert P, Tomassen P, Bachert C. Pathogenesis of chronic rhinosinusitis: inflammation. J Allergy Clin Immunol. 2011. Especificamente, o aumento da síntese de leucotrienos pro-inflamatórios e a diminuição da síntese de prostaglandinas anti-inflamatórias têm sido o mecanismo aceito não somente para a rinossinusite crônica com pólipos nasais em pacientes sensíveis ao ácido acetil salicílico como para aqueles tolerantes a essa droga.1010 Roca-Ferrer J, Garcia-Garcia FJ, Pereda J, Perez-Gonzalez M, Pujols L, Alobid I, et al. Reduced expression of COXs and production of prostaglandin E(2) in patients with nasal polyps with or without aspirin-intolerant asthma. J Allergy Clin Immunol. 2011;128:66-72.

Em relação aos leucotrienos e à rinossinusite crônica, existem muitos dados em relação à sua atuação na redução da inflamação, especialmente em relação ao eosinófilo e na via dos eicosanoides.1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160. O montelucaste mostrou redução da inflamação eosinofílica, viabilidade e produção de citocinas em pólipos nasais.1212 Mullol J, Callejas FB, Méndez-Arancibia E, Fuentes M, Alobid I, Martínez-Antón A, et al. Montelukast reduces eosinophilic inflammation by inhibiting both epithelial cell cytokine secretion (GM-CSF, IL-6, IL-8) and eosinophil survival. J Biol Regul Homeost Agents. 2010;24:403-11. Foi demonstrado que o influxo de cálcio (Ca+) para o mastócito pela via da ativação da liberação dos canais de Ca+ estimula a produção de leucotrienos C4, o que por sua vez ativa um maior influxo de Ca+.1313 Di Capite J, Nelson C, Bates G, Parekh AB. Targeting Ca2+ release-activated Ca2+ channel channels and leukotriene receptors provides a novel combination strategy for treating nasal polyposis. J Allergy Clin Immunol. 2009;124:1014-210.

Anti-histamínicos

Os anti-histamínicos são considerados como uma medicação padrão-ouro no tratamento da rinite alérgica.22 Simons FE, Simons KJ. Histamine and H1-antihistamines: celebrating a century of progress. J Allergy Clin Immunol. 2011;128:1139-50.

Os anti-histamínicos diminuem a reação infamatória alérgica através de sua ação nos receptores H1 e interferem na ação da histamina em neurônios sensoriais e pequenos vasos. Inibem o fator de transcrição nuclear Kapa-beta e reduzem também a apresentação antigênica e a expressão de citocinas e moléculas de adesão celular. Reduzem, ainda, de forma dose dependente, a ativação dos mastócitos.1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160.

Os anti-histamínicos H1 são classificados em dois grupos. Os de primeira geração rapidamente ultrapassam a barreira hematoencefálica e ocupam receptores H1 localizados na membrana pós-sináptica de neurônios histaminérgicos. A maior parte desses anti-histamínicos foi introduzida no mercado antes da necessidade de estudos farmacológicos serem exigidos pelas agências reguladoras, portanto dados de farmacocinética e farmacodinâmica não estão disponíveis para a maior parte deles.1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160.

Por outro lado, os de segunda geração apresentam menor potencial de sedação (tabela 2) e os dados de farmacocinética e farmacodinâmica foram publicados para diversos grupos como adultos saudáveis, idosos, crianças, pacientes com insuficiência renal etc. (tabela 3). Da mesma forma conhecemos sua interação com alimentos e outros fármacos. Ressalta-se que após a parada de sua ingestão a supressão da resposta à histamina nos testes alérgicos dura de 1 a 5 dias.1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160.

Tabela 2
Anti-histamínicos de segunda geração e efeitos no sistema nervoso central
Tabela 3
Farmacocinética e farmacodinâmica de alguns anti-histamínicos em adultos1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160.

Os potenciais efeitos adversos dos anti-histamínicos de primeira geração podem ser divididos de acordo com sua ação sobre outros receptores, como mostrado na tabela 4.

Tabela 4
Potenciais efeitos adversos dos anti-histamínicos de primeira geração22 Simons FE, Simons KJ. Histamine and H1-antihistamines: celebrating a century of progress. J Allergy Clin Immunol. 2011;128:1139-50.

Existem fortes evidências científicas de sua ação na melhoria dos sintomas da rinite alérgica e da rinoconjuntivite alérgica.22 Simons FE, Simons KJ. Histamine and H1-antihistamines: celebrating a century of progress. J Allergy Clin Immunol. 2011;128:1139-50.,1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160.,1414 Seidman MD, Gurgel RK, Lin SY, Schwartz SR, Baroody FM, Bonner JR, et al. Clinical practice guideline: allergic rhinitis executive summary. Otolaryngol Head Neck Surg. 2015;152:197-206. Os anti-histamínicos de segunda geração previnem e melhoram os espirros, o prurido nasal e a rinorreia, que caracterizam a resposta imediata da reação alérgica Tipo I da classificação de Gell e Coombs. Contudo, apresentam baixo efeito sobre a congestão nasal (fase tardia) (tabela 5). Controlam ainda os sintomas oculares, como eritema, lacrimejamento, prurido e edema.22 Simons FE, Simons KJ. Histamine and H1-antihistamines: celebrating a century of progress. J Allergy Clin Immunol. 2011;128:1139-50.,1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160.,1414 Seidman MD, Gurgel RK, Lin SY, Schwartz SR, Baroody FM, Bonner JR, et al. Clinical practice guideline: allergic rhinitis executive summary. Otolaryngol Head Neck Surg. 2015;152:197-206.

Tabela 5
Efeito dos medicamentos sobre os sintomas de rinite alérgica

Segundo a Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço e o consenso Rinite Alérgica e seu Impacto na Asma (Allergic Rhinitis and Its Impact on Asthma) recomenda-se o uso dos anti-histamínicos orais de segunda geração para pacientes com rinite alérgica. Embora não sejam tão eficazes quanto os corticosteroides intranasais, nos casos leves e moderados têm a vantagem do custo, do rápido início de ação e da manutenção da eficiência em uso regular. Seu maior benefício é com o uso regular, contudo a administração "quando necessário" é de grande utilidade como medicamento de resgate.22 Simons FE, Simons KJ. Histamine and H1-antihistamines: celebrating a century of progress. J Allergy Clin Immunol. 2011;128:1139-50.,1414 Seidman MD, Gurgel RK, Lin SY, Schwartz SR, Baroody FM, Bonner JR, et al. Clinical practice guideline: allergic rhinitis executive summary. Otolaryngol Head Neck Surg. 2015;152:197-206.

As doses dos anti-histamínicos de primeira e segunda geração para adultos e crianças estão na tabela 6.

Tabela 6
Apresentação e posologia dos anti-histamínicos

Na rinossinusite aguda bacteriana os anti-histamínicos não são recomendados.1616 Desrosiers M, Evans GA, Keith PK, Wright ED, Kaplan A, Bouchard J, et al. Canadian clinical practice guidelines for acute and chronic rhinosinusitis. Allergy Asthma Clin Immunol. 2011;7:2. Nos casos virais podem ser usados para alívio de espirros e rinorreia.88 Fokkens WJ, Lund VJ, Mullol J, Bachert C, Alobid I, Baroody F, et al. European position paper on rhinosinusitis and nasal polyps 2012. Rhinol Suppl. 2012;23(Suppl.):1-298. Em pacientes com rinossinusite crônica com ou sem polipose não há recomendação de uso de anti-histamínico oral, a não ser em alérgicos. Segundo estudos de medicina baseada em evidência, há melhoria em escores clínicos e endoscópicos nesses pacientes.88 Fokkens WJ, Lund VJ, Mullol J, Bachert C, Alobid I, Baroody F, et al. European position paper on rhinosinusitis and nasal polyps 2012. Rhinol Suppl. 2012;23(Suppl.):1-298.

A ingestão de anti-histamínicos de primeira geração pode ocasionalmente causar intensa tontura, confusão, delírio, coma e depressão respiratória. Em crianças, por outro lado, podem ocorrer efeitos paradoxais, como excitação, irritabilidade, hiperatividade, insônia e alucinação.22 Simons FE, Simons KJ. Histamine and H1-antihistamines: celebrating a century of progress. J Allergy Clin Immunol. 2011;128:1139-50.

Diferentemente, os de segunda geração, nas doses usuais, praticamente são isentos de efeitos adversos sobre o sistema nervoso central e ação nos receptores muscarínicos, de serotonina e alfa-adrenérgicos.1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160. Sua segurança em populações especiais encontra-se descrita na tabela 7.

Tabela 7
Efeitos adversos em populações especiais1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160.

Descongestionantes associados ao anti-histamínicos

Os descongestionantes nasais são subdivididos em orais e tópicos. Por serem agonistas alfa adrenérgicos, seu principal efeito é a vasoconstrição.11 III Consenso sobre rinites - 2012. Available from: http://www.aborlccf.org.br/consensos/Consenso_sobre_Rinite-SP-2014-08.pdf [accessed 05.03.16].
http://www.aborlccf.org.br/consensos/Con...
A pseudoefedrina é o descongestionante mais usado em associação com anti-histamínicos (tabelas 8 e 9). A associação tem melhor efeito do que as drogas isoladas no controle dos sintomas nasais, contudo aumenta-se a chance de efeitos adversos, como insônia, cefaleia, boca seca e irritabilidade.1717 Orlandi RR, Kingdom TT, Hwang PH, Smith TL, Alt JA, Baroody FM, et al. International consensus statement on allergy and rhinology: rhinosinusitis. Int Forum Allergy Rhinol. 2016;6(Suppl. 1):S22-09.,1818 Shaikh N, Wald ER. Decongestants, antihistamines and nasal irrigation for acute sinusitis in children. Cochrane Database Syst Rev. 2014;10:CD007909. Seu uso reduz a hiperemia, o edema e a congestão nasal.1818 Shaikh N, Wald ER. Decongestants, antihistamines and nasal irrigation for acute sinusitis in children. Cochrane Database Syst Rev. 2014;10:CD007909. Sua segurança é conhecida em doses únicas diárias de até 240 mg para o controle da obstrução nasal em rinite alérgica sazonal, outras alergias respiratórias e rinossinusites.1818 Shaikh N, Wald ER. Decongestants, antihistamines and nasal irrigation for acute sinusitis in children. Cochrane Database Syst Rev. 2014;10:CD007909.

Tabela 8
Associação de anti-histamínicos de primeira geração com descongestionantes11 III Consenso sobre rinites - 2012. Available from: http://www.aborlccf.org.br/consensos/Consenso_sobre_Rinite-SP-2014-08.pdf [accessed 05.03.16].
http://www.aborlccf.org.br/consensos/Con...

Tabela 9
Associação de anti-histamínicos de segunda geração com descongestionantes orais11 III Consenso sobre rinites - 2012. Available from: http://www.aborlccf.org.br/consensos/Consenso_sobre_Rinite-SP-2014-08.pdf [accessed 05.03.16].
http://www.aborlccf.org.br/consensos/Con...

Um estudo recente solicitado pela Food and Drug Administration (FDA) para avaliar a eficácia da fenilefrina no controle da obstrução nasal demonstrou que ela tem efeito semelhante ao placebo quando administrada na dose de até 40 mg a cada quatro horas.1919 Meltzer EO, Ratner PH, McGraw T. Oral phenylephrine HCl for nasal congestion in seasonal allergic rhinitis: a randomized, open-label, placebo-controlled study. J Allergy Clin Immunol Pract. 2015;3:702-8.

Não há evidência de eficácia do uso de descongestionantes em casos de rinossinusite aguda bacteriana em crianças ou adultos, assim como em pacientes com rinossinusite crônica (com ou sem polipose).2020 Fokkens WJ, Lund VJ, Mullol J, Bachert C, Alobid I, Baroody F, et al. European position paper on rhinosinusitis and nasal polyps. Rhinology. 2012;23:1-298.,2121 Wallace DV, Dykewicz MS, Bernstein DI, Blessing-Moore J, Cox L, Khan DA, et al. The diagnosis and management of rhinitis: an updated practice parameter. J Allergy Clin Immunol. 2008;122(Suppl.):S1-84.

A pseudoefedrina tem mínimo metabolismo hepático e é eliminada, de forma inalterada, na urina. Sua meia-vida é de 4 a 8 horas.2121 Wallace DV, Dykewicz MS, Bernstein DI, Blessing-Moore J, Cox L, Khan DA, et al. The diagnosis and management of rhinitis: an updated practice parameter. J Allergy Clin Immunol. 2008;122(Suppl.):S1-84.,2222 Mansfield LE. Once-daily immediate-release fexofenadine and sustained-release pseudoephedrine combination: a new treatment option for allergic rhinitis. Expert Opin Pharmacother. 2006;7:941-51. Os descongestionantes orais devem ser prescritos com cautela para idosos, crianças, pacientes com histórico de arritmia cardíaca, angina pectoris, doença cerebrovascular, hipertensão, retenção urinária, hipertireoidismo e devem ser evitados em pacientes com hipertrofia prostática e para atletas, já que é considerado doping.2323 Castellano F, Mautone G. Decongestant activity of a new formulation of xylometazoline nasal spray: a doubleblind, randomized versus placebo and reference drugs controlled, dose-effect study. Drugs Exp Clin Res. 2002;28:27-35.,2424 Sussman GL, Mason J, Compton D, Stewart J, Ricard N. The efficacy and safety of fexofenadine HCl and pseudoephedrine, alone and in combination, in seasonal allergic rhinitis. J Allergy Clin Immunol. 1999;104:100-6.

Anti-histamínicos associados aos antileucotrienos

Recentemente foi lançada no mercado uma associação de anti-histamínico com antileucotrieno. Seu objetivo é melhorar o efeito clínico das drogas, quer seja por somação ou potencialização dos mesmos. Além disso, pode melhorar a adesão ao tratamento por oferecer em um mesmo comprimido duas classes diferentes de medicamentos.

Alguns estudos, majoritariamente direcionados à rinite, mostraram que o montelucaste foi associado a variados anti-histamínicos de segunda geração, como loratadina,2525 Meltzer EO, Malmstrom K, Lu S, Prenner BM, Wei LX, Weinstein SF, et al. Concomitant montelukast and loratadine as treatment for seasonal allergic rhinitis: a randomized, placebo-controlled clinical trial. J Allergy Clin Immunol. 2000;105:917-22.,2626 Watanasomsiri A, Poachanukoon O, Vichyanond P. Efficacy of montelukast and loratadine as treatment for allergic rhinitis in children. Asian Pac J Allergy Immunol. 2008;26:89-95. fexofenadina,2727 Simons FE, Johnston L, Gu X, Simons KJ. Suppression of the early and late cutaneous allergic responses using fexofenadine and montelukast. Ann Allergy Asthma Immunol. 2001;86:44-50. desloratadina2828 Ciebiada M, Gorska-Ciebiada M, Barylski M, Kmiecik T, Gorski P. Use of montelukast alone or in combination with desloratadine or levocetirizine in patients with persistent allergic rhinitis. Am J Rhinol Allergy. 2011;25:e1-6. e cetirizina.2929 Kurowski M, Kuna P, Górski P. Montelukast plus cetirizine in the prophylactic treatment of seasonal allergic rhinitis: influence on clinical symptoms and nasal allergic inflammation. Allergy. 2004;59:280-8. Uma metanálise demonstrou que seu efeito clínico é superior ao do placebo.3030 Grainger J, Drake-Lee A. Montelukast in allergic rhinitis: a systematic review and meta-analysis. Clin Otolaryngol. 2006;31:360-7. Outros estudos revelam que a associação é superior ao anti-histamínico ou antileucotrieno isolados no controle dos sintomas da rinite alérgica.2929 Kurowski M, Kuna P, Górski P. Montelukast plus cetirizine in the prophylactic treatment of seasonal allergic rhinitis: influence on clinical symptoms and nasal allergic inflammation. Allergy. 2004;59:280-8.,3131 Ciebiada M, Ciebiada MG, Kmiecik T, DuBuske LM, Gorski P. Quality of life in patients with persistent allergic rhinitis treated with montelukast alone or in combination with levocetirizine or desloratadine. J Investig Allergol Clin Immunol. 2008;18:343-9.

São poucos os estudos que avaliaram a combinação levocetirizina e montelucaste, mas os resultados têm sido promissores, superam associações com outros anti-histamínicos. A associação da levocetirizina e do montelucaste apresentou resultados superiores, com efeito aditivo benéfico no tratamento da rinite alérgica persistente.3232 Gupta V, Matreja PS. Efficacy of montelukast and levocetirizine as treatment for allergic rhinitis. J Allergy Ther. 2010;1:103.,3333 Cingi C, Gunhan K, Gage-White L, Unlu H. Efficacy of leukotriene antagonists as concomitant therapy in allergic rhinitis. Laryngoscope. 2010;120:1718-23. Alguns trabalhos mostram que tal combinação traz benefícios na prevenção dos sintomas de pacientes com pouca resposta à monoterapia e no controle dos sintomas, principalmente os noturnos.3434 Yamamoto H, Yamada T, Sakashita M, Kubo S, Susuki D, Tokunaga T, et al. Efficacy of prophylactic treatment with montelukast and montelukast plus add-on loratadine for seasonal allergic rhinitis. Allergy Asthma Proc. 2012;33:e17-22.,3535 Nayak AS, Philip G, Lu S, Malice MP, Reiss TF. Efficacy and tolerability of montelukast alone or in combination with loratadine in seasonal allergic rhinitis: a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial performed in the fall. Ann Allergy Asthma Immunol. 2002;88:592-600.

Antagonistas de leucotrienos

O antagonista de receptor de leucotrieno montelucaste é usado no controle das doenças alérgicas, como a asma e a rinite, pois é um bloqueador de receptor que se liga com alta afinidade e seletividade aos receptores cisteínicos encontrados nas vias aéreas.3636 Lipworth BJ. Leukotriene-receptor antagonists. Lancet. 1999;353:57-62.,3737 Sheard P. Selective inhibitor of slow reacting substance of anaphylaxis. Nat New Biol. 1973;245:215-7. Não tem efeito broncodilatador, mas melhora a função pulmonar de pacientes com asma moderada e grave,3838 Asher MI, Keil U, Anderson HR, Beasley R, Crane J, Martinez F, et al. International study of asthma and allergies in childhood (ISAAC): rationale and methods. Eur Respir J. 1995;8:483-91. além de melhorar os sintomas de rinite,3939 Drazen JM, Israel E, O’Byrne PM. Treatment of asthma with drugs modifying the leukotriene pathway. N Engl J Med. 1999;340:197-206. apneia do sono4040 Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health. Montelukast for Sleep Apnea: A Review of the Clinical Effectiveness, Cost Effectiveness, and Guidelines; 2014 www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0064487/
www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH006...
e conjuntivite,4141 Gane J, Buckley R. Leukotriene receptor antagonists in allergic eye disease: a systematic review and meta-analysis. J Allergy Clin Immunol Pract. 2013;1:65-74. e pode ser usado como terapia adjuvante na urticária crônica.4242 de Silva NL, Damayanthi H, Rajapakse AC, Rodrigo C, Rajapakse S. Leukotriene receptor antagonists for chronic urticaria: a systematic review. Allergy Asthma Clin Immunol. 2014;10:24. As diretrizes GINA (Global Initiative for Asthma),4343 GINA. Global Initiative for Asthma. Global Strategy for Asthma management and prevention. Revised 2014; 2016 www.ginasthma.org [accessed 30 March].
www.ginasthma.org...
PRACTALL (Practicing Allergology)4444 Bacharier LB, Boner A, Carlsen KH, Eigenmann PA, Frischer T, Götz M, et al. Diagnosis and treatment of asthma in childhood: a PRACTALL consensus report. Allergy. 2008;1:5-34. e ARIA (Allergic Rihinitis and its Impact on Asthma)1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160. recomendam o uso do montelucaste como agente terapêutico para o controle da asma e da rinite.

Afinidade e seletividade para o receptor cisteínico

O montelucaste, ao ligar-se com alta afinidade e seletividade aos receptores cisteínicos (Cys LT), promove o bloqueio fisiológico dos leucotrienos C1 a C4, D e E. Essa ligação não acontece com outros receptores da via respiratória (colinérgico, prostanoide, beta-adrenérgico). O montelucaste, assim como outro antagonista de leucotrienos, o zafirlucaste, são igualmente ligantes potentes do receptor Cys LT, de forma mais intensa do que pranlucaste e outros compostos equivalentes (LM-1507 e LM-1484).4545 Ravasi S, Capra V, Panigalli T, Rovati GE, Nicosia S. Pharmacological differences among CysLT1 receptor antagonists with respect to LTC4 and LTD4 in human lung parenchyma. Biochem Pharmacol. 2002;63:1537-46.

Segurança e efeitos colaterais

Montelucaste tem se mostrado uma droga com alto perfil de segurança e é recomendado para o tratamento da asma e da rinite por consensos e diretrizes globais.1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160.,4444 Bacharier LB, Boner A, Carlsen KH, Eigenmann PA, Frischer T, Götz M, et al. Diagnosis and treatment of asthma in childhood: a PRACTALL consensus report. Allergy. 2008;1:5-34.,4545 Ravasi S, Capra V, Panigalli T, Rovati GE, Nicosia S. Pharmacological differences among CysLT1 receptor antagonists with respect to LTC4 and LTD4 in human lung parenchyma. Biochem Pharmacol. 2002;63:1537-46. A incidência geral de efeitos adversos é considerada baixa (tabela 10). A Fundação Cochrane avaliou a droga como mais segura do que os beta-2 agonistas de longa.4646 Chauhan BF, Ducharme FM. Anti-leukotriene agents compared to inhaled corticosteroids in the management of recurrent and/or chronic asthma in adults and children. Cochrane Database Syst Rev. 2012;5:CD002314.

Tabela 10
Efeitos colaterais dos antileucotrienos 4848 Actis GC, Bugianesi E, Ottobrelli A, Rizzetto M. Fatal liver failure following food supplements during chronic treatment with montelukast. Dig Liver Dis. 2007;39:953-5.

49 Kocyigit A, Gulcan Oksuz B, Yarar F, Uzun F, Igde M, Islek I. Hallucination development with montelukast in a child with asthma: case presentation. Iran J Allergy Asthma Immunol. 2013;12:397-9.

50 Ibarra-Barrueta O, Palacios-Zabalza I, Mora-Atorrasagasti O, Mayo-Suarez J. Effect of concomitant use of montelukast and efavirenz on neuropsychiatric adverse events. Ann Pharmacother. 2014;48:145-8.

51 Callero-Viera A, Infante S, Fuentes-Aparicio V, Zapatero L, Alonso-Lebrero E. Neuropsychiatric reactions to montelukast. J Investig Allergol Clin Immunol. 2012;22:452-3.

52 Schumock GT, Stayner LT, Valuck RJ, Joo MJ, Gibbons RD, Lee TA. Risk of suicide attempt in asthmatic children and young adults prescribed leukotriene-modifying agents: a nested case-control study. J Allergy Clin Immunol. 2012;130:368-75.

53 Sabbagh R, Sheikh-Taha M. Possible montelukast-induced angioedema. Am J Health Syst Pharm. 2009;66:1705-6.

54 Spertini F. Le syndrome de Churg-Strauss. Rev Med Suisse Romande. 1995;115:147-51.

55 Minciullo PL, Saija A, Bonanno D, Ferlazzo E, Gangemi S. Montelukast-induced generalized urticaria. Ann Pharmacother. 2004;38:999-1001.

56 Incecik F, Onlen Y, Sangun O, Akoglu S. Probable montelukast-induced hepatotoxicity in a pediatric patient: case report. Ann Saudi Med. 2007;27:462-3.

57 Cheng H, Leff JA, Amin R, Gertz BJ, De Smet M, Noonan N, et al. Pharmacokinetics, bioavailability, and safety of montelukast sodium (MK-0476) in healthy males and females. Pharmaceut Res. 1996;13:445-8.

58 Lichtenstein LM. The effect of leukotriene antagonist on the early response to antigen. Otolaryngol Head Neck Surg. 1990;102:219-24.
-59 59 Donnelly AL, Glass M, Minkwitz MC, Casale TB. The leukotriene D4 receptor antagonist, ICI2 204,219, relieves symptoms of acute seasonals rhinitis. Am J Respir Crit Care Med. 1995;151:1734-9.

Eficácia do montelucaste na rinite alérgica

Diversos estudos, desde a década de 1990, têm investigado a possível eficácia dos antagonistas de leucotrienos no tratamento da rinite alérgica.5858 Lichtenstein LM. The effect of leukotriene antagonist on the early response to antigen. Otolaryngol Head Neck Surg. 1990;102:219-24.,5959 Donnelly AL, Glass M, Minkwitz MC, Casale TB. The leukotriene D4 receptor antagonist, ICI2 204,219, relieves symptoms of acute seasonals rhinitis. Am J Respir Crit Care Med. 1995;151:1734-9.

Em rinite alérgica foi avaliados o antagonista zafirlucaste, que mostrou alguma proteção,5959 Donnelly AL, Glass M, Minkwitz MC, Casale TB. The leukotriene D4 receptor antagonist, ICI2 204,219, relieves symptoms of acute seasonals rhinitis. Am J Respir Crit Care Med. 1995;151:1734-9. assim como o pranlucaste.6060 Ueda T, Takeno S, Furukido K, Hirakawa K, Yajin K. Leukotriene receptor antagonist pranlukast suppresses eosinophil infiltration and cytokine production in human nasal mucosa of perennial allergic rhinitis. Ann Otol Rhinol Laryngol. 2003;112:955-61. O uso do montelucaste resultou em maior eficácia, inclusive com bom custo-benefício,6161 Goodman MJ, Jhaveri M, Saverno K, Meyer K, Nightengale B. Cost-effectiveness of second-generation antihistamines and montelukast in relieving allergic rhinitis nasal symptoms. Am Health Drug Benefits. 2008;1:26-34. apesar de ser menos efetivo do que o corticosteroide nasal.3535 Nayak AS, Philip G, Lu S, Malice MP, Reiss TF. Efficacy and tolerability of montelukast alone or in combination with loratadine in seasonal allergic rhinitis: a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial performed in the fall. Ann Allergy Asthma Immunol. 2002;88:592-600.

Vários autores avaliaram a ação do montelucaste em estudos com mais de mil pacientes com rinite sazonal6262 Chervinsky P, Philip G, Malice MP, Bardelas J, Nayak A, Marchal JL, et al. Montelukast for treating fall allergic rhinitis: effect of pollen exposure in 3 studies. Ann Allergy Asthma Immunol. 2004;92:367-73.,6363 van Adelsberg J, Philip G, LaForce CF, Weinstein SF, Menten J, Malice MP, et al. Randomized controlled trial evaluating the clinical benefit of montelukast for treating spring seasonal allergic rhinitis. Ann Allergy Asthma Immunol. 2003;90:214-22. e persistente,6464 Patel P, Philip G, Yang W, Call R, Horak F, LaForce C, et al. Randomized, double-blind, placebo-controlled study of montelukast for treating perennial allergic rhinitis. Ann Allergy Asthma Immunol. 2005;95:551-7. comprovaram a melhoria de todos os sintomas cardinais da rinite alérgica, com efeito no sono e na qualidade do sono, sintomas oculares, rinoconjuntivite alérgica e na qualidade de vida em geral.6060 Ueda T, Takeno S, Furukido K, Hirakawa K, Yajin K. Leukotriene receptor antagonist pranlukast suppresses eosinophil infiltration and cytokine production in human nasal mucosa of perennial allergic rhinitis. Ann Otol Rhinol Laryngol. 2003;112:955-61.,6262 Chervinsky P, Philip G, Malice MP, Bardelas J, Nayak A, Marchal JL, et al. Montelukast for treating fall allergic rhinitis: effect of pollen exposure in 3 studies. Ann Allergy Asthma Immunol. 2004;92:367-73.

63 van Adelsberg J, Philip G, LaForce CF, Weinstein SF, Menten J, Malice MP, et al. Randomized controlled trial evaluating the clinical benefit of montelukast for treating spring seasonal allergic rhinitis. Ann Allergy Asthma Immunol. 2003;90:214-22.
-6464 Patel P, Philip G, Yang W, Call R, Horak F, LaForce C, et al. Randomized, double-blind, placebo-controlled study of montelukast for treating perennial allergic rhinitis. Ann Allergy Asthma Immunol. 2005;95:551-7.

A eficácia dos antileucotrienos na rinite alérgica e asma, após mais de 15 anos de uso, é amplamente comprovada. O montelucaste foi muito bem avaliado para o tratamento para a rinite alérgica sazonal e perene. Produz melhorias significativas nos sintomas nasais e oculares entre 1 e 3 dias, sintomas noturnos, qualidade do sono e qualidade de vida.6060 Ueda T, Takeno S, Furukido K, Hirakawa K, Yajin K. Leukotriene receptor antagonist pranlukast suppresses eosinophil infiltration and cytokine production in human nasal mucosa of perennial allergic rhinitis. Ann Otol Rhinol Laryngol. 2003;112:955-61.

Antileucotrienos e rinossinusite crônica com e sem pólipo nasal

A polipose nasal é uma doença inflamatória crônica do trato respiratório superior que afeta 2 a 4% da população e 2/3 dos pacientes com asma sensível ao ácido acetil salicílico.88 Fokkens WJ, Lund VJ, Mullol J, Bachert C, Alobid I, Baroody F, et al. European position paper on rhinosinusitis and nasal polyps 2012. Rhinol Suppl. 2012;23(Suppl.):1-298.

Apesar de a fisiopatologia das rinossinusites crônicas sugerir o uso de antileucotrienos, os estudos clínicos randomizados duplo-cegos não apoiam tão claramente os estudos teóricos em relação à eficácia dos inibidores de leucotrienos.6565 Guilemany JM, Alobid I, Mullol J. Controversies in the treatment of chronic rhinosinusitis. Expert Rev Respir Med. 2010;4:463-77.

Os antagonistas de leucotrienos, como o montelucaste, zafirlucaste e zileuton, foram avaliados em estudos que envolveram pacientes com rinossinusite crônica com polipose nasal e AERD.6666 Ragab S, Parikh A, Darby YC, Scadding GK. An open audit of montelukast, a leukotriene receptor antagonist, in nasal polyposis associated with asthma. Clin Exp Allergy. 2001;31:1385-91.,6767 Kieff DA, Busaba NY. Efficacy of montelukast in the treatment of nasal polyposis. Ann Otol Rhinol Laryngol. 2005;114:941-5. Os resultados não foram claros. Muitos estudos abertos não controlados sugerem o benefício dos antileucotrienos na sintomatologia, no tamanho dos pólipos nasais e nos escores tomográficos.6868 Dahlén B, Nizankowska E, Szczeklik A, Zetterström O, Bochenek G, Kumlin M, et al. Benefits from adding the 5-lipoxygenase inhibitor zileuton to conventional therapy in aspirin-intolerant asthmatics. Am J Respir Crit Care Med. 1998;157:1187-94. Outros resultados incluem melhoria significativa de escores em sintomas de cefaleia, dor e pressão facial, desconforto auditivo, dor dentária, secreção nasal purulenta, gotejamento pós-nasal, congestão e obstrução nasal e também olfação.6969 Parnes SM, Chuma AV. Acute effects of antileukotrienes on sinonasal polyposis and sinusitis. Ear Nose Throat J. 2000;79:18-20, 24-25. Esses estudos concluem que medicamentos modificadores de leucotrienos, se adicionados a medicações padrão, inclusive corticosteroides, resultam em melhoria dos sintomas nasais de pacientes com rinossinusite crônica com e sem polipose.7070 Nonaka M, Sakanushi A, Kusama K, Ogihara N, Yagi T. One-year evaluation of combined treatment with an intranasal corticosteroid and montelukast for chronic rhinosinusitis associated with asthma. J Nippon Med Sch. 2010;77:21-8.

71 Pauli C, Fintelmann R, Klemens C, Hilgert E, Jund F, Rasp G, et al. Polyposis nasi-improvement in quality of life by the influence of leukotriene receptor antagonists. Laryngorhinootologie. 2007;86:282-6.
-7272 Stewart RA, Ram B, Hamilton G, Weiner J, Kane KJ. Montelukast as an adjunct to oral and inhaled steroid therapy in chronic nasal polyposis. Otolaryngology. 2008;139:682-7.

Entretanto, os dados de estudos duplo-cegos, randomizados e controlados não apoiam consistentemente o benefício da terapia com antileucotrienos em pacientes com rinossinusite crônica.6666 Ragab S, Parikh A, Darby YC, Scadding GK. An open audit of montelukast, a leukotriene receptor antagonist, in nasal polyposis associated with asthma. Clin Exp Allergy. 2001;31:1385-91.,7373 Mostafa BE, Abdel H, Mohammed HE, Yamani M. Role of leukotriene inhibitors in the postoperative management of nasal polyps. ORL J Otorhinolaryngol Relat Spec. 2005;67:148-53. Apesar de os antileucotrienos serem efetivos nos pacientes com AERD, eles não são mais efetivos do que nos pacientes tolerantes ao ácido acetil salicílico.7474 Stewart RA, Ram B, Hamilton G, Weiner J, Kane KJ. Montelukast as an adjunct to oral and inhaled steroid therapy in chronic nasal polyposis. Otolaryngol Head Neck Surg. 2008;139:682-7.,7575 Dahlen B. The Swedish-Polish treatment study with the 5-lipoxygenase inhibitor Zileuton in aspirin-intolerant asthmatics. J Respir Crit Care Med. 1995;151:376-80.

Em relação à associação do montelucaste com os corticosteroides intranasais, existem estudos que comprovam a eficácia do uso combinado na rinossinusite crônica. O montelucaste adicionado aos corticosteroides intranasais melhora os sintomas dos pacientes com rinossinusite crônica, com perfil de segurança excelente.7676 Ferguson BJ, Bradley A, Otto HP. When surgery, antibiotics, and steroids fail to resolve chronic rhinosinusitis. Immunol Allergy Clin N Am. 2009;29:719-32.

Por esses motivos, a ação dos antileucotrienos, quando analisada sob o ponto de vista da medicina baseada em evidências, revela um limitado nível de eficácia e tem um baixo grau de recomendação em pacientes que sofrem de rinossinusite crônica com polipose nasal.7777 Alobid I, Mullol J. Role of medical therapy in the management of nasal polyps. Curr Allergy Asthma Rep. 2012;12:144-53.

O montelucaste foi o antileucotrieno mais usado até agora. Suas ações anti-inflamatórias, principalmente as relacionadas ao eosinófilo e às suas citocinas, são comprovadas por diversos estudos. Outro fator importante quando falamos de montelucaste é a sua alta segurança e tolerabilidade, mesmo em crianças.1111 Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160. O que é claramente depreendido é sua utilidade nos pacientes alérgicos, com asma e os com intolerância ao ácido acetil salicílico. Esses são os pacientes com rinossinusite crônica que devem usar os antileucotrienos como tratamento, seja como adjuvante ou não, para pós-operatório e manutenção.

Corticosteroides orais

Os glicocorticosteroides (GC) são uma classe de drogas com ações em diversas funções celulares, seu efeito importante nos mecanismos envolvidos na inflamação os tornam uma das principais vias de tratamento de doenças autoimunes e inflamatórias, como asma, alergia, artrite reumatoide, esclerose múltipla, doenças inflamatórias intestinais.7878 Ramamoorthy S, Cidlowski JA. Corticosteroids: mechanisms of action in health and disease. Rheum Dis Clin N Am. 2016;42:15-31, vii. Essa característica proporciona também um papel relevante nas doenças inflamatórias nasais. Entretanto, seus benefícios terapêuticos são limitados pelos efeitos colaterais associados ao seu uso por tempo prolongado e em altas doses.

Esses efeitos incluem osteoporose, atrofia de pele, diabetes, glaucoma, catarata, hipertensão, necrose avascular, infecção e aumento de gordura abdominal.7979 Schacke H, Docke WD, Asadullah K. Mechanisms involved in the side effects of glucocorticoids. Pharmacol Ther. 2002;96:23-4. Na tabela 11 encontramos os principais GC sistêmicos usados na prática clínica com sua tabela de equivalência e potência anti-inflamatória.8080 Anti SMA, Giorgi RDN, Chahade WB. Antiinflamatórios hormonais: glicocorticoides. Einstein. 2008;6(Suppl. 1):S159-65. Adotamos a terminologia corticosteroides (CS) como sinônimo dos GC.

Tabela 11
Equivalência, potência anti-inflamatória e meia vida dos corticosteroides

Os corticosteroides agem sobre a síntese proteica. Ao penetrar nas células ligam-se a receptores denominados receptores de glicocorticosteroides e direcionam-se ao núcleo celular, onde desencadeiam seus efeitos genômicos. Apresentam dois mecanismos de ação. O primeiro é denominado de transativação, quando induz a síntese de proteínas como lipocortina-1, receptores beta-adrenérgicos, inibidor de leucoprotease secretora. Apresentam também uma ação de transrepressão, na qual há inibição da síntese de citocinas inflamatórias e moléculas de adesão entre outras. Tal mecanismo parece ser o mais relevante nas doenças inflamatórias e também o menos relacionado aos efeitos adversos desta classe de drogas.11 III Consenso sobre rinites - 2012. Available from: http://www.aborlccf.org.br/consensos/Consenso_sobre_Rinite-SP-2014-08.pdf [accessed 05.03.16].
http://www.aborlccf.org.br/consensos/Con...
,8181 Barnes PJ. Corticosteroid resistance in patients with asthma and chronic obstructive pulmonary disease. J Allergy Clin Immunol. 2013;131:636-45.

Rinossinusite aguda bacteriana

Uma revisão Cochrane relata não haver evidência atual consistente para o uso de corticosteroides sistêmicos, como monoterapia para o tratamento de rinossinusite aguda.8282 Venekamp RP, Thompson MJ, Hayward G, Heneghan CJ, Del Mar CB, Perera R, et al. Systemic corticosteroids for acute sinusitis. Cochrane Database Syst Rev. 2014;25:CD008115. Nos pacientes nos quais houve associação dos corticosteroides com antibióticos sistêmicos, parece haver algum benefício como alívio sintomático, embora dados atuais sejam limitados. O benefício em curto prazo se verifica com a redução nos escores de dor, parece haver melhoria nos sintomas mais agudos de dor facial e cefaleia.8282 Venekamp RP, Thompson MJ, Hayward G, Heneghan CJ, Del Mar CB, Perera R, et al. Systemic corticosteroids for acute sinusitis. Cochrane Database Syst Rev. 2014;25:CD008115.,8383 Gehanno P, Beauvillain C, Bobin S, Chobaut JC, Desaulty A, Dubreuil C, et al. Short therapy with amoxicillin-clavulanate and corticosteroids in acute sinusitis: results of a multicentre study in adults. Scand J Infect Dis. 2000;32:679-84. Não há evidência de resultados melhores em longo prazo (acima de 2 semanas), a partir de 10 dias a melhoria verificada em grupos tratados com associação de corticosteroides e antibióticos se assemelha aos grupos placebo.8383 Gehanno P, Beauvillain C, Bobin S, Chobaut JC, Desaulty A, Dubreuil C, et al. Short therapy with amoxicillin-clavulanate and corticosteroids in acute sinusitis: results of a multicentre study in adults. Scand J Infect Dis. 2000;32:679-84.,8484 Klossek JM, Desmonts-Gohler C, Deslandes B, Coriat F, Bordure P, Dubreuil C, et al. Treatment of functional signs of acute maxillary rhinosinusitis in adults. Efficacy and tolerance of administration of oral prednisone for 3 days. Presse Méd. 2004;33:303-9. Dessa forma, os corticosteroides podem trazer um alívio sintomático em curto prazo como terapia adjuvante.

Rinossinusite crônica

Revisão sistemática recente sugere papel importante para os corticosteroides sistêmicos nas agudizações das rinossinusites crônicas (RSC) com pólipos, é indicado para tratamento intermitente curto (1-3 semanas).8585 Rudmik L, Soler ZM. Medical therapies for adult chronic sinusitis: a systematic review. JAMA. 2015;314:926-39. Esta pesquisa cita 3 revisões sistemáticas prévias para uso em RSC,8686 Martinez-Devesa P, Patiar S. Oral steroids for nasal polyps. Cochrane Database Syst Rev. 2011;:CD005232.

87 Poetker DM, Jakubowski LA, Lal D, Hwang PH, Wright ED, Smith TL. Oral corticosteroids in the management of adult chronic rhinosinusitis with and without nasal polyps: an evidence-based review with recommendations. Int Forum Allergy Rhinol. 2013;3:104-20.
-8888 Lal D, Hwang PH. Oral corticosteroid therapy in chronic rhinosinusitis without polyposis:a systematic review. Int Forum Allergy Rhinol. 2011;1:136-43. demonstra associação com a melhoria de sintomas, dos questionários de qualidade de vida e do escore de pólipos comparado com placebo, perfaz 5 ensaios clínicos controlados e randomizados. Entretanto, os ensaios demonstraram melhoria apenas em curto prazo, cerca de 2-3 semanas, com seguimento limitado de 2 a 6 meses.

Nas RSC sem pólipos a evidência na literatura é mais limitada, os estudos são heterogêneos e sem grupo controle, faltam ensaios clínicos randomizados e controlados, denota-se um nível de evidência menos elevado. O uso dos corticosteroides sistêmicos em pacientes com RSC sem pólipos carece de pesquisas com metodologia mais substancial.

Uma metanálise e revisão sistemática avaliou o papel dos corticosteroides na cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais.8989 Pundir V, Pundir J, Lancaster G, Baer S, Kirkland P, Fokkens WJ, et al. Role of corticosteroids in functional endoscopic sinus surgery - a systematic review and meta-analysis. Rhinology. 2016;54:3-19. Foram incluídos 18 estudos, com 1.309 pacientes, foram avaliados estudos com populações mistas de RSC com e sem pólipos e o uso de corticosteroides sistêmicos e/ou tópicos. Os resultados apontam para um benefício intraoperatório significativo: redução significativa da perda sanguínea, redução no tempo cirúrgico e melhoria da qualidade do campo cirúrgico. Não houve diferença significativa na dor pós-operatória e nos escore de sintomas pós-operatórios. Entretanto, os escores de avaliação endoscópica pós-operatória foram significativamente melhores no grupo que usou corticosteroides. O subgrupo de pacientes com RSC com pólipos apresentou menor taxa de recorrência com relação aos controles.

Rinite alérgica

O uso de corticosteroides por um breve período pode ser uma opção terapêutica nos pacientes com rinite alérgica não responsivos a outros tratamentos.9090 Brozek JL, Bousquet J, Baena-Cagnani CE, Bonini S, Canonica GW, Casale TB, et al. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) guidelines: 2010 revision. J Allergy Clin Immunol. 2010;126:466-76. A existência de outras opções de tratamento muito eficazes aliada ao potencial de efeitos adversos do uso dos esteroides, principalmente por tempo prolongado, não justifica o seu uso na rinite alérgica de forma sistemática e rotineira, portanto não são considerados como primeira linha de tratamento.9191 Rosenfeld RM, Piccirillo JF, Chandrasekhar SS, Brook I, Kumar KA, Kramper M, et al. Clinical Practice Guideline (Update): adult sinusitis. Otolaryngol Head Neck Surg. 2015;152:S1-39.

Considerações finais

Recomenda-se preferência para o uso de anti-histamínicos de segunda geração em detrimento dos de primeira devido ao melhor perfil de segurança. No que se refere a sonolência ou sedação, dentre os de segunda geração devem ser considerados dose, tempo de uso e sensibilidade individual de cada paciente.

O uso de descongestionante oral é útil no alívio de sintoma de obstrução nasal aguda. Recomenda-se cautela no seu uso pelos potenciais efeitos colaterais.

Os anti-histamínicos associados a antileucotrieno assumem relevância na falha de monoterapia.

Os antagonistas de receptores de leucotrienos podem ser usados em adultos e crianças com rinite alérgica sazonal e em crianças pré-escolares com rinite alérgica persistente, devido a eficácia, alta segurança e tolerabilidade.1616 Desrosiers M, Evans GA, Keith PK, Wright ED, Kaplan A, Bouchard J, et al. Canadian clinical practice guidelines for acute and chronic rhinosinusitis. Allergy Asthma Clin Immunol. 2011;7:2. Essa linha de medicamentos pode ainda ser usada como tratamento adjuvante no tratamento das rinossinusites crônicas.

Os corticosteroides orais são úteis como medicação de resgate nas rinossinusites crônicas com pólipos, normalmente são usados por período curto de 1 a 3 semanas. Nas rinossinusites crônicas sem pólipos a evidência para seu uso é muito limitada, dessa forma a análise de um possível benefício frente aos potenciais riscos de uso dos corticosteroides orais deve nortear a decisão clínica. De forma semelhante, nas rinossinusites agudas bacterianas, o médico deve avaliar individualmente cada paciente, determinar a gravidade dos sintomas, os riscos dos corticosteroides orais e ponderar seu uso como uma opção de alívio sintomático.

  • Como citar este artigo: Mion OG, Mello JF, Dutra DL, Andrade NA, Almeida WL, Anselmo-Lima WT, et al. Position statement of the Brazilian Academy of Rhinology on the use of antihistamines, antileukotrienes, and oral corticosteroids in the treatment of inflammatory sinonasal diseases. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83:215-27.
  • A revisão por pares é da responsabilidade da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.

References

  • 1
    III Consenso sobre rinites - 2012. Available from: http://www.aborlccf.org.br/consensos/Consenso_sobre_Rinite-SP-2014-08.pdf [accessed 05.03.16].
    » http://www.aborlccf.org.br/consensos/Consenso_sobre_Rinite-SP-2014-08.pdf
  • 2
    Simons FE, Simons KJ. Histamine and H1-antihistamines: celebrating a century of progress. J Allergy Clin Immunol. 2011;128:1139-50.
  • 3
    Creticos PS, Peters SP, Adkinson NF, Naclerio RM, Hayes EC, Norman PS, et al. Peptide leukotriene release after antigen challenge in patients sensitive to ragweed. N Engl J Med. 1984;310:1626-30.
  • 4
    Miadonna A, Tedeschi A, Leggieri E. Behaviour and clinical relevance of histamine and leukotrienes C4 and B4 in grass pollen-induced rhinitis. Am Rev Respir Dis. 1987;136:357-62.
  • 5
    Knani J, Campbell A, Enander I. Indirect evidence of nasal inflammation assessed by titration of inflammatory mediators and enumeration of cells in nasal secretions of patients with chronic rhinitis. J Allergy Clin Immunol. 1992;90:880.
  • 6
    Skoner DP, Lee L, Doyle WJ. Nasal physiology and inflammatory mediators during natural pollen exposure. Ann Allergy. 1990;65:206-10.
  • 7
    Okuda M, Watase T, Mezawa A, Liu CM. The role of leukotriene-D4 in allergic rhinitis. Ann Allergy. 1988;60:537-40.
  • 8
    Fokkens WJ, Lund VJ, Mullol J, Bachert C, Alobid I, Baroody F, et al. European position paper on rhinosinusitis and nasal polyps 2012. Rhinol Suppl. 2012;23(Suppl.):1-298.
  • 9
    Van Crombruggen K, Zhang N, Gevaert P, Tomassen P, Bachert C. Pathogenesis of chronic rhinosinusitis: inflammation. J Allergy Clin Immunol. 2011.
  • 10
    Roca-Ferrer J, Garcia-Garcia FJ, Pereda J, Perez-Gonzalez M, Pujols L, Alobid I, et al. Reduced expression of COXs and production of prostaglandin E(2) in patients with nasal polyps with or without aspirin-intolerant asthma. J Allergy Clin Immunol. 2011;128:66-72.
  • 11
    Bousquet J. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) 2008. Allergy. 2008;63:8-160.
  • 12
    Mullol J, Callejas FB, Méndez-Arancibia E, Fuentes M, Alobid I, Martínez-Antón A, et al. Montelukast reduces eosinophilic inflammation by inhibiting both epithelial cell cytokine secretion (GM-CSF, IL-6, IL-8) and eosinophil survival. J Biol Regul Homeost Agents. 2010;24:403-11.
  • 13
    Di Capite J, Nelson C, Bates G, Parekh AB. Targeting Ca2+ release-activated Ca2+ channel channels and leukotriene receptors provides a novel combination strategy for treating nasal polyposis. J Allergy Clin Immunol. 2009;124:1014-210.
  • 14
    Seidman MD, Gurgel RK, Lin SY, Schwartz SR, Baroody FM, Bonner JR, et al. Clinical practice guideline: allergic rhinitis executive summary. Otolaryngol Head Neck Surg. 2015;152:197-206.
  • 15
    Mion O. Rinite. Rev Bras Med. 2013;70:154-63.
  • 16
    Desrosiers M, Evans GA, Keith PK, Wright ED, Kaplan A, Bouchard J, et al. Canadian clinical practice guidelines for acute and chronic rhinosinusitis. Allergy Asthma Clin Immunol. 2011;7:2.
  • 17
    Orlandi RR, Kingdom TT, Hwang PH, Smith TL, Alt JA, Baroody FM, et al. International consensus statement on allergy and rhinology: rhinosinusitis. Int Forum Allergy Rhinol. 2016;6(Suppl. 1):S22-09.
  • 18
    Shaikh N, Wald ER. Decongestants, antihistamines and nasal irrigation for acute sinusitis in children. Cochrane Database Syst Rev. 2014;10:CD007909.
  • 19
    Meltzer EO, Ratner PH, McGraw T. Oral phenylephrine HCl for nasal congestion in seasonal allergic rhinitis: a randomized, open-label, placebo-controlled study. J Allergy Clin Immunol Pract. 2015;3:702-8.
  • 20
    Fokkens WJ, Lund VJ, Mullol J, Bachert C, Alobid I, Baroody F, et al. European position paper on rhinosinusitis and nasal polyps. Rhinology. 2012;23:1-298.
  • 21
    Wallace DV, Dykewicz MS, Bernstein DI, Blessing-Moore J, Cox L, Khan DA, et al. The diagnosis and management of rhinitis: an updated practice parameter. J Allergy Clin Immunol. 2008;122(Suppl.):S1-84.
  • 22
    Mansfield LE. Once-daily immediate-release fexofenadine and sustained-release pseudoephedrine combination: a new treatment option for allergic rhinitis. Expert Opin Pharmacother. 2006;7:941-51.
  • 23
    Castellano F, Mautone G. Decongestant activity of a new formulation of xylometazoline nasal spray: a doubleblind, randomized versus placebo and reference drugs controlled, dose-effect study. Drugs Exp Clin Res. 2002;28:27-35.
  • 24
    Sussman GL, Mason J, Compton D, Stewart J, Ricard N. The efficacy and safety of fexofenadine HCl and pseudoephedrine, alone and in combination, in seasonal allergic rhinitis. J Allergy Clin Immunol. 1999;104:100-6.
  • 25
    Meltzer EO, Malmstrom K, Lu S, Prenner BM, Wei LX, Weinstein SF, et al. Concomitant montelukast and loratadine as treatment for seasonal allergic rhinitis: a randomized, placebo-controlled clinical trial. J Allergy Clin Immunol. 2000;105:917-22.
  • 26
    Watanasomsiri A, Poachanukoon O, Vichyanond P. Efficacy of montelukast and loratadine as treatment for allergic rhinitis in children. Asian Pac J Allergy Immunol. 2008;26:89-95.
  • 27
    Simons FE, Johnston L, Gu X, Simons KJ. Suppression of the early and late cutaneous allergic responses using fexofenadine and montelukast. Ann Allergy Asthma Immunol. 2001;86:44-50.
  • 28
    Ciebiada M, Gorska-Ciebiada M, Barylski M, Kmiecik T, Gorski P. Use of montelukast alone or in combination with desloratadine or levocetirizine in patients with persistent allergic rhinitis. Am J Rhinol Allergy. 2011;25:e1-6.
  • 29
    Kurowski M, Kuna P, Górski P. Montelukast plus cetirizine in the prophylactic treatment of seasonal allergic rhinitis: influence on clinical symptoms and nasal allergic inflammation. Allergy. 2004;59:280-8.
  • 30
    Grainger J, Drake-Lee A. Montelukast in allergic rhinitis: a systematic review and meta-analysis. Clin Otolaryngol. 2006;31:360-7.
  • 31
    Ciebiada M, Ciebiada MG, Kmiecik T, DuBuske LM, Gorski P. Quality of life in patients with persistent allergic rhinitis treated with montelukast alone or in combination with levocetirizine or desloratadine. J Investig Allergol Clin Immunol. 2008;18:343-9.
  • 32
    Gupta V, Matreja PS. Efficacy of montelukast and levocetirizine as treatment for allergic rhinitis. J Allergy Ther. 2010;1:103.
  • 33
    Cingi C, Gunhan K, Gage-White L, Unlu H. Efficacy of leukotriene antagonists as concomitant therapy in allergic rhinitis. Laryngoscope. 2010;120:1718-23.
  • 34
    Yamamoto H, Yamada T, Sakashita M, Kubo S, Susuki D, Tokunaga T, et al. Efficacy of prophylactic treatment with montelukast and montelukast plus add-on loratadine for seasonal allergic rhinitis. Allergy Asthma Proc. 2012;33:e17-22.
  • 35
    Nayak AS, Philip G, Lu S, Malice MP, Reiss TF. Efficacy and tolerability of montelukast alone or in combination with loratadine in seasonal allergic rhinitis: a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial performed in the fall. Ann Allergy Asthma Immunol. 2002;88:592-600.
  • 36
    Lipworth BJ. Leukotriene-receptor antagonists. Lancet. 1999;353:57-62.
  • 37
    Sheard P. Selective inhibitor of slow reacting substance of anaphylaxis. Nat New Biol. 1973;245:215-7.
  • 38
    Asher MI, Keil U, Anderson HR, Beasley R, Crane J, Martinez F, et al. International study of asthma and allergies in childhood (ISAAC): rationale and methods. Eur Respir J. 1995;8:483-91.
  • 39
    Drazen JM, Israel E, O’Byrne PM. Treatment of asthma with drugs modifying the leukotriene pathway. N Engl J Med. 1999;340:197-206.
  • 40
    Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health. Montelukast for Sleep Apnea: A Review of the Clinical Effectiveness, Cost Effectiveness, and Guidelines; 2014 www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0064487/
    » www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0064487/
  • 41
    Gane J, Buckley R. Leukotriene receptor antagonists in allergic eye disease: a systematic review and meta-analysis. J Allergy Clin Immunol Pract. 2013;1:65-74.
  • 42
    de Silva NL, Damayanthi H, Rajapakse AC, Rodrigo C, Rajapakse S. Leukotriene receptor antagonists for chronic urticaria: a systematic review. Allergy Asthma Clin Immunol. 2014;10:24.
  • 43
    GINA. Global Initiative for Asthma. Global Strategy for Asthma management and prevention. Revised 2014; 2016 www.ginasthma.org [accessed 30 March].
    » www.ginasthma.org
  • 44
    Bacharier LB, Boner A, Carlsen KH, Eigenmann PA, Frischer T, Götz M, et al. Diagnosis and treatment of asthma in childhood: a PRACTALL consensus report. Allergy. 2008;1:5-34.
  • 45
    Ravasi S, Capra V, Panigalli T, Rovati GE, Nicosia S. Pharmacological differences among CysLT1 receptor antagonists with respect to LTC4 and LTD4 in human lung parenchyma. Biochem Pharmacol. 2002;63:1537-46.
  • 46
    Chauhan BF, Ducharme FM. Anti-leukotriene agents compared to inhaled corticosteroids in the management of recurrent and/or chronic asthma in adults and children. Cochrane Database Syst Rev. 2012;5:CD002314.
  • 47
    Bisgaard H, Skoner D, Boza ML, Tozzi CA, Newcomb K, Reiss TF, et al. Safety and tolerability of montelukast in placebo-controlled pediatric studies and their open-label extensions. Pediatr Pulmonol. 2009;44:568-79.
  • 48
    Actis GC, Bugianesi E, Ottobrelli A, Rizzetto M. Fatal liver failure following food supplements during chronic treatment with montelukast. Dig Liver Dis. 2007;39:953-5.
  • 49
    Kocyigit A, Gulcan Oksuz B, Yarar F, Uzun F, Igde M, Islek I. Hallucination development with montelukast in a child with asthma: case presentation. Iran J Allergy Asthma Immunol. 2013;12:397-9.
  • 50
    Ibarra-Barrueta O, Palacios-Zabalza I, Mora-Atorrasagasti O, Mayo-Suarez J. Effect of concomitant use of montelukast and efavirenz on neuropsychiatric adverse events. Ann Pharmacother. 2014;48:145-8.
  • 51
    Callero-Viera A, Infante S, Fuentes-Aparicio V, Zapatero L, Alonso-Lebrero E. Neuropsychiatric reactions to montelukast. J Investig Allergol Clin Immunol. 2012;22:452-3.
  • 52
    Schumock GT, Stayner LT, Valuck RJ, Joo MJ, Gibbons RD, Lee TA. Risk of suicide attempt in asthmatic children and young adults prescribed leukotriene-modifying agents: a nested case-control study. J Allergy Clin Immunol. 2012;130:368-75.
  • 53
    Sabbagh R, Sheikh-Taha M. Possible montelukast-induced angioedema. Am J Health Syst Pharm. 2009;66:1705-6.
  • 54
    Spertini F. Le syndrome de Churg-Strauss. Rev Med Suisse Romande. 1995;115:147-51.
  • 55
    Minciullo PL, Saija A, Bonanno D, Ferlazzo E, Gangemi S. Montelukast-induced generalized urticaria. Ann Pharmacother. 2004;38:999-1001.
  • 56
    Incecik F, Onlen Y, Sangun O, Akoglu S. Probable montelukast-induced hepatotoxicity in a pediatric patient: case report. Ann Saudi Med. 2007;27:462-3.
  • 57
    Cheng H, Leff JA, Amin R, Gertz BJ, De Smet M, Noonan N, et al. Pharmacokinetics, bioavailability, and safety of montelukast sodium (MK-0476) in healthy males and females. Pharmaceut Res. 1996;13:445-8.
  • 58
    Lichtenstein LM. The effect of leukotriene antagonist on the early response to antigen. Otolaryngol Head Neck Surg. 1990;102:219-24.
  • 59
    Donnelly AL, Glass M, Minkwitz MC, Casale TB. The leukotriene D4 receptor antagonist, ICI2 204,219, relieves symptoms of acute seasonals rhinitis. Am J Respir Crit Care Med. 1995;151:1734-9.
  • 60
    Ueda T, Takeno S, Furukido K, Hirakawa K, Yajin K. Leukotriene receptor antagonist pranlukast suppresses eosinophil infiltration and cytokine production in human nasal mucosa of perennial allergic rhinitis. Ann Otol Rhinol Laryngol. 2003;112:955-61.
  • 61
    Goodman MJ, Jhaveri M, Saverno K, Meyer K, Nightengale B. Cost-effectiveness of second-generation antihistamines and montelukast in relieving allergic rhinitis nasal symptoms. Am Health Drug Benefits. 2008;1:26-34.
  • 62
    Chervinsky P, Philip G, Malice MP, Bardelas J, Nayak A, Marchal JL, et al. Montelukast for treating fall allergic rhinitis: effect of pollen exposure in 3 studies. Ann Allergy Asthma Immunol. 2004;92:367-73.
  • 63
    van Adelsberg J, Philip G, LaForce CF, Weinstein SF, Menten J, Malice MP, et al. Randomized controlled trial evaluating the clinical benefit of montelukast for treating spring seasonal allergic rhinitis. Ann Allergy Asthma Immunol. 2003;90:214-22.
  • 64
    Patel P, Philip G, Yang W, Call R, Horak F, LaForce C, et al. Randomized, double-blind, placebo-controlled study of montelukast for treating perennial allergic rhinitis. Ann Allergy Asthma Immunol. 2005;95:551-7.
  • 65
    Guilemany JM, Alobid I, Mullol J. Controversies in the treatment of chronic rhinosinusitis. Expert Rev Respir Med. 2010;4:463-77.
  • 66
    Ragab S, Parikh A, Darby YC, Scadding GK. An open audit of montelukast, a leukotriene receptor antagonist, in nasal polyposis associated with asthma. Clin Exp Allergy. 2001;31:1385-91.
  • 67
    Kieff DA, Busaba NY. Efficacy of montelukast in the treatment of nasal polyposis. Ann Otol Rhinol Laryngol. 2005;114:941-5.
  • 68
    Dahlén B, Nizankowska E, Szczeklik A, Zetterström O, Bochenek G, Kumlin M, et al. Benefits from adding the 5-lipoxygenase inhibitor zileuton to conventional therapy in aspirin-intolerant asthmatics. Am J Respir Crit Care Med. 1998;157:1187-94.
  • 69
    Parnes SM, Chuma AV. Acute effects of antileukotrienes on sinonasal polyposis and sinusitis. Ear Nose Throat J. 2000;79:18-20, 24-25.
  • 70
    Nonaka M, Sakanushi A, Kusama K, Ogihara N, Yagi T. One-year evaluation of combined treatment with an intranasal corticosteroid and montelukast for chronic rhinosinusitis associated with asthma. J Nippon Med Sch. 2010;77:21-8.
  • 71
    Pauli C, Fintelmann R, Klemens C, Hilgert E, Jund F, Rasp G, et al. Polyposis nasi-improvement in quality of life by the influence of leukotriene receptor antagonists. Laryngorhinootologie. 2007;86:282-6.
  • 72
    Stewart RA, Ram B, Hamilton G, Weiner J, Kane KJ. Montelukast as an adjunct to oral and inhaled steroid therapy in chronic nasal polyposis. Otolaryngology. 2008;139:682-7.
  • 73
    Mostafa BE, Abdel H, Mohammed HE, Yamani M. Role of leukotriene inhibitors in the postoperative management of nasal polyps. ORL J Otorhinolaryngol Relat Spec. 2005;67:148-53.
  • 74
    Stewart RA, Ram B, Hamilton G, Weiner J, Kane KJ. Montelukast as an adjunct to oral and inhaled steroid therapy in chronic nasal polyposis. Otolaryngol Head Neck Surg. 2008;139:682-7.
  • 75
    Dahlen B. The Swedish-Polish treatment study with the 5-lipoxygenase inhibitor Zileuton in aspirin-intolerant asthmatics. J Respir Crit Care Med. 1995;151:376-80.
  • 76
    Ferguson BJ, Bradley A, Otto HP. When surgery, antibiotics, and steroids fail to resolve chronic rhinosinusitis. Immunol Allergy Clin N Am. 2009;29:719-32.
  • 77
    Alobid I, Mullol J. Role of medical therapy in the management of nasal polyps. Curr Allergy Asthma Rep. 2012;12:144-53.
  • 78
    Ramamoorthy S, Cidlowski JA. Corticosteroids: mechanisms of action in health and disease. Rheum Dis Clin N Am. 2016;42:15-31, vii.
  • 79
    Schacke H, Docke WD, Asadullah K. Mechanisms involved in the side effects of glucocorticoids. Pharmacol Ther. 2002;96:23-4.
  • 80
    Anti SMA, Giorgi RDN, Chahade WB. Antiinflamatórios hormonais: glicocorticoides. Einstein. 2008;6(Suppl. 1):S159-65.
  • 81
    Barnes PJ. Corticosteroid resistance in patients with asthma and chronic obstructive pulmonary disease. J Allergy Clin Immunol. 2013;131:636-45.
  • 82
    Venekamp RP, Thompson MJ, Hayward G, Heneghan CJ, Del Mar CB, Perera R, et al. Systemic corticosteroids for acute sinusitis. Cochrane Database Syst Rev. 2014;25:CD008115.
  • 83
    Gehanno P, Beauvillain C, Bobin S, Chobaut JC, Desaulty A, Dubreuil C, et al. Short therapy with amoxicillin-clavulanate and corticosteroids in acute sinusitis: results of a multicentre study in adults. Scand J Infect Dis. 2000;32:679-84.
  • 84
    Klossek JM, Desmonts-Gohler C, Deslandes B, Coriat F, Bordure P, Dubreuil C, et al. Treatment of functional signs of acute maxillary rhinosinusitis in adults. Efficacy and tolerance of administration of oral prednisone for 3 days. Presse Méd. 2004;33:303-9.
  • 85
    Rudmik L, Soler ZM. Medical therapies for adult chronic sinusitis: a systematic review. JAMA. 2015;314:926-39.
  • 86
    Martinez-Devesa P, Patiar S. Oral steroids for nasal polyps. Cochrane Database Syst Rev. 2011;:CD005232.
  • 87
    Poetker DM, Jakubowski LA, Lal D, Hwang PH, Wright ED, Smith TL. Oral corticosteroids in the management of adult chronic rhinosinusitis with and without nasal polyps: an evidence-based review with recommendations. Int Forum Allergy Rhinol. 2013;3:104-20.
  • 88
    Lal D, Hwang PH. Oral corticosteroid therapy in chronic rhinosinusitis without polyposis:a systematic review. Int Forum Allergy Rhinol. 2011;1:136-43.
  • 89
    Pundir V, Pundir J, Lancaster G, Baer S, Kirkland P, Fokkens WJ, et al. Role of corticosteroids in functional endoscopic sinus surgery - a systematic review and meta-analysis. Rhinology. 2016;54:3-19.
  • 90
    Brozek JL, Bousquet J, Baena-Cagnani CE, Bonini S, Canonica GW, Casale TB, et al. Allergic rhinitis and its impact on asthma (ARIA) guidelines: 2010 revision. J Allergy Clin Immunol. 2010;126:466-76.
  • 91
    Rosenfeld RM, Piccirillo JF, Chandrasekhar SS, Brook I, Kumar KA, Kramper M, et al. Clinical Practice Guideline (Update): adult sinusitis. Otolaryngol Head Neck Surg. 2015;152:S1-39.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Mar-Apr 2017

Histórico

  • Recebido
    16 Dez 2016
  • Aceito
    21 Dez 2016
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Av. Indianópolia, 1287, 04063-002 São Paulo/SP Brasil, Tel.: (0xx11) 5053-7500, Fax: (0xx11) 5053-7512 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@aborlccf.org.br