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Fenologia, biometria e precocidade de plantas de caju arbóreo do cerrado (Anacardium othonianum Rizz.)

Phenology, biometry and precocity of plants of the arboreous cashew fruit from Cerrado (Anacardium othonianum Rizz.)

Resumo

O presente trabalho teve como objetivos analisar o comportamento fenológico do caju arbóreo do Cerrado (Anacardium othonianum Rizz.), relacionando a fenologia às condições meteorológicas do período e do local estudado, obtendo-se também dados biométricos das plantas, a fim de selecionar plantas precoces e indicá-las para um estudo de melhoramento genético, de forma a contribuir para uma futura domesticação da espécie. A pesquisa foi desenvolvida em populações de caju da espécie Anacardium othonianum Rizz., oriundas das regiões norte, oeste, centro-leste do Estado de Goiás, um município do Tocantins e um da Bahia, e implantadas na área da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (EA/UFG), em Goiânia - GO. Entre os períodos de 2012 e 2013 foram coletados dados mensais das fenofases de folhação, floração e frutificação. Para fins de estabelecer correlação, as médias mensais de temperatura máxima, temperatura mínima, temperatura média, umidade relativa, precipitação e insolação foram coletadas na Estação Evaporimétrica de Primeira Classe da EA/UFG. Dados biométricos como altura e diâmetro das plantas também foram realizadas de forma mensal. Nos meses de março, abril e maio há maior ocorrência de emissão de folhas novas; já para a floração o pico ocorreu no mês de julho, não apresentando correlação com nenhum dos dados climáticos relacionados. A altura das plantas variou entre 4,0 cm a 380,0 cm e o diâmetro de caule de 1,5 mm a 94 mm. Apenas três plantas produziram frutos durante o período de estudo. Progênies da UFG e da região de São Miguel do Passa Quatro se destacaram quanto à precocidade e produção de frutos, podendo ser indicadas para um futuro trabalho de melhoramento genético.

Palavras-chave:
Frutíferas do Cerrado; Fases fenológicas; Dados biométricos

Abstract

The objective of the present work was to analyze the phenological behavior of the cashew tree from Cerrado (Anacardium othonianum Rizz.), Relating the phenology to the meteorological conditions of the period and the studied site, obtaining also biometric data of the plants in order to select early and late plants. indicate them for a genetic improvement study, in order to contribute to a future domestication of the species. The research was carried out in cashew populations of the species Anacardium Othanianum Rizz., from the northern, western, center-eastern regions of Goiás State, a municipality of Tocantins and one in Bahia states, and implanted in the area of the School of Agronomy of the Federal University of Goiás (EA/UFG), in Goiânia, GO state. Between 2012 and 2013, the monthly data were collected on leaf, flowering and fruiting phenophases. For the purpose of establishing correlation, the monthly mean maximum temperature, minimum temperature, average temperature, relative humidity, precipitation and insolation were collected at the EA/UFG First Class Evaporimetric Station. The biometric data such as plant height and diameter were also performed monthly. In March, April and May there is a higher occurrence of new leaf emissions. For the flowering, the peak occurred in July, not correlating with any of the related weather data. Plant height ranged from 4.0 cm to 380.0 cm and stem diameter from 1.5 mm to 94 mm. Only three plants produced fruits during the study period. UFG progenies and the region of São Miguel do Passa Quatro stood out regarding the precocity and fruit production, and may be indicated for future work of genetic improvement.

Keywords:
Fruit of the Cerrado; Phenological phases; Biometric

Introdução

A fenologia refere-se à parte da botânica que estuda as diferentes fases do crescimento e desenvolvimento das plantas, tanto a vegetativa (germinação, emergência, crescimento da parte aérea e das raízes) como a reprodutiva (florescimento, frutificação e maturação), demarcando-lhes as épocas de ocorrência e as respectivas características. A fenologia de uma espécie constitui ferramenta eficaz de manejo que possibilita identificar, por meio da observação dos caracteres morfológicos da planta, o momento fisiológico ao qual se encontram associadas às necessidades do vegetal que, uma vez atendidas, possibilitarão seu desenvolvimento normal e, consequentemente, bons rendimentos à cultura (CÂMARA, 2006CÂMARA, G. M. de S. Fenologia é ferramenta auxiliar de técnica de produção. Versão agrícola, nº 5, Jan/Jun. 2006.).

Um dos fatores importantes na avaliação de suas características genéticas das plantas é a observação do comportamento de uma espécie em diferentes ambientes. De acordo com Corrêa et al. (2002CORRÊA, P.C. et al. Variation of characteristic dimensions and forms of coffee fruits during drying process Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Campina Grande, v. 6, n. 3, p. 466-470, 2002. ), o próprio manejo dos pomares, como o espaçamento entre plantas, as adubações, podas, entre outros, pode interferir nas fenofases de uma planta, como, por exemplo, no padrão de florescimento e de frutificação.

Com relação aos parâmetros morfológicos e/ou biométricos, nota-se que poucas espécies do Cerrado foram estudadas em detalhe, o que mostra a importância de trabalhos nessa área. Poucos estudos procuram observar parâmetros como o diâmetro do caule, altura da árvore, diâmetro de copa e altura de copa. Saber como as plantas nativas respondem à heterogeneidade ambiental por meio de ajuste morfológico e/ou fisiológico ao ambiente é de fundamental importância para que programas de manejo e conservação de reservas ecológicas possam ser elaborados com maior eficiência (ROCHA FILHO & LOMÔNACO, 2006ROCHA FILHO, L.C. da; LOMONACO, C. Variações fenotípicas em subpopulações de Davilla elliptica A. St.-Hil. (Dilleniaceae) e Byrsonima intermedia A. Juss. (Malpighiaceae) em uma área de transição cerrado-vereda. Acta Botânica Brasílica. v. 20, n. 3, p.719-725, 2006).

Segundo Araújo et al. (1987ARAÚJO, G. M.; FRANCISCON, C. H.; NUNES, J. G. Fenologia de nove espécies arbóreas de um cerrado no município de Uberlândia-MG. Revista do Centro de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, v. 3, n. 1, p. 3-17, 1987.), conhecer a fenologia e a biometria das espécies do Cerrado é de suma importância para se estabelecer critérios científicos visando melhorar o aproveitamento de suas potencialidades, especialmente nas áreas da fruticultura e da silvicultura. Tal conhecimento favorece ainda a elaboração de projetos de recuperação e manejo das áreas nativas com vegetação de Cerrado. Tal assunto vem sendo abordado por vários autores, sob diferentes enfoques e em diferentes localidades, a maioria priorizando os frutos nativos do Cerrado (NUCI; ALVES-JUNIOR, 2017NUCCI, M.; VIEIRA ALVES-JUNIOR, V. Biologia floral e sistema reprodutivo de Campomanesia adamantium (CAMBESS.) O. BERG - MYRTACEAE em área de Cerrado no sul do Mato Grosso do sul, Brasil. Interciencia v. 42, n. 2. 2017. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=33949912009. ISSN 0378-1844 . Aceso em: 22 de agosto de 2017.
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=33...
; SILVA, et al., 2016SILVA, P. O. da et al. Estratégias fenológicas de Byrsonima basiloba em Rio Verde, Goiás, Brasil. Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, v. 36, n. 87, p. 289-295, 2016. Disponível em: http://pfb.cnpf.embrapa.br/pfb/index.php/pfb/article/view/989 > Acesso em: 22 aug. 2017.
http://pfb.cnpf.embrapa.br/pfb/index.php...
; MELO et al., 2015MELO, A. P. C. de et al. Fenologia reprodutiva do araticum e suas implicações no potencial produtivo. Comunicata Scientiae; Bom Jesus, v. 6, n. 4. p. 495-500. 2015.; SILVA, 2015SILVA, S. R. da. Sobrevivência e dados biométricos e fenológicos de plantas de cagaiteira Eugenia dysenterica (Mart) DC. em fase inicial de desenvolvimento no campo. 2015. 64 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2015.; ARAÚJO et al., 2014ARAÚJO, R. R. de; SANTOS, E. D. dos; LEMOS, E. E. P de. Fenologia do muricizeiro (Byrsonima verbascifolia (l.) Rich) em zona de tabuleiro costeiro do nordeste brasileiro. Revista Ciência Agrícola, Rio Largo, v. 12, n. 1, p. 1-8, 2014.; FRANÇOSO et al., 2014FRANÇOSO, R. et al. Fenologia e produção de frutos de Caryocar brasiliense Cambess. e Enterolobium gummiferum (Mart.) J.F.Macbr. em diferentes regimes de queima. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.38, n.4, p.579-590, 2014.; MATOS et al., 2014MATOS, H. G. et al. Caracterização biométrica e fenológica de caju arbóreo do cerrado (Anacardium othonianum Rizz.). Anais do II Simpósio de pesquisa e extensão de Ceres e Vale de São Patrício (SIMPEC), 2014. ; CAMILO et al., 2013CAMILO, Y. M. V.; SOUZA, E. R. B. de; VERA, R.; NAVES, R. V. Fenologia, produção e precocidade de plantas de Eugenia dysenterica visando melhoramento genético. Rev. de Ciências Agrárias, Lisboa, v. 36, n. 2, p. 192-198, 2013.).

Dentre as espécies frutíferas do Cerrado, que apresentam grande potencial econômico para utilização em sistemas de produção agrícola, destaca-se o caju arbóreo do Cerrado, conhecido popularmente por cajuzinho-do-cerrado (Anacardium othonianum Rizz.), bastante útil para as populações locais. É bastante difundido na medicina popular e o seu pseudofruto pode ser consumido in natura ou na forma de sucos, doces, geleias, sorvetes, compotas, sua amêndoa torrada é comestível e bastante saboreada (ALMEIDA et al.1998ALMEIDA, S. P.; PROENÇA, C. E. B.; SANO, S. M.; RIBEIRO, J. F. Cerrado: espécies vegetais úteis. Embrapa-Cpac: Planaltina. 1998. 464 p.).

As espécies do gênero Anacardium que ocorrem no Brasil dividem-se em espécies de Cerrado e espécies da Amazônia. As espécies de Cerrado de modo geral, possuem porte baixo (arbustiva) e as da mata, porte alto (arbóreas). Mesmo as espécies descritas fora do Brasil são de mata e, em consequência, de porte alto (ARAÚJO; SILVA, 1995ARAÚJO, J. P. P.; SILVA, V. V. Cajulcultura: Modernas Técnicas de produção. Fortaleza: EMBRAPA/CNPAT, 1995. 292p). Em Goiás, ocorrem principalmente três espécies de caju arbóreo e duas de herbáceo: a) Anacardium amilcarianum O. March., nativa do Brasil Central, habitando a ilha do Bananal, arbusto de, aproximadamente, 5 metros de altura (LIMA, 1988LIMA, V. P. M. S. Botânica. In: LIMA, V. P. M. S. A cultura do cajueiro no nordeste do Brasil. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 1988. p. 15-61. ); b) Anacardium curatellifolium St. Hil., espécie nativa do Planalto Central do Brasil, habitando, de preferência, solos lateríticos, apresenta troncos grossos, curtos e tortuosos (RIZZINI, 1969RIZZINI, C. T. Espécies novas de árvores do Planalto Central Brasileiro. Anais da Academia Brasileira de Ciências. 1969, v. 41, p. 239-244. ); c) Anacardium humile St. Hil., é um arbusto de tronco subterrâneo, abundante no Cerrado arenoso do Brasil Central, ocorrendo, ainda, em São Paulo e Minas Gerais (FERREIRA, 1973FERREIRA, M.B. Frutos comestíveis nativos do DF (II): gabiroba, araçás, amoreiras e cajus. Cerrado, v.5, p. 25-29. 1973.); d) Anacardium nanum ST. Hil., arbusto de caule tortuosa, rasteiro e subterrâneo, com dispersão pelo Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, até São Paulo (FERREIRA, 1973FERREIRA, M.B. Frutos comestíveis nativos do DF (II): gabiroba, araçás, amoreiras e cajus. Cerrado, v.5, p. 25-29. 1973.); e) Anacardium othonianum Rizz. é bastante conhecido e apreciado na região do Cerrado, é típica dos Cerrados do Planalto Central do Brasil, disperso pelo Distrito Federal e Goiás (NAVES et al., 1992NAVES, R. V. et al. Emergência de plântulas de cagaita Eugenia dysenterica DC em viveiro. Revista Brasileira de Fruticultura , Cruz das Almas, v. 14, n. 3, p. 37-40. 1992. ).

Anacardium othonianum Rizzini, também conhecido como cajuzinho e cajuí, distingue-se das demais espécies na região Central do Brasil pelo porte arbóreo; sendo o principal cajueiro de importância econômica para esta região (AGOSTINI-COSTA et al., 2006AGOSTINI-COSTA, T. S.; FARIA, J. P.; NAVES, R. V.; VIEIRA, R. F. Frutas Nativas da Região Centro-Oeste do Brasil. 1ª ed. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Brasília, 2006. cap. 8, p. 136-151. ). No entanto, apesar das diversas utilidades da frutífera, a situação dessa espécie do Cerrado se agrava, ao passo da grande pressão que o homem vem causando sobre esse Bioma na busca da expansão agrícola mecanizada, sem levar em consideração o estudo e o conhecimento que priorizem o manejo sustentável da biodiversidade presente neste ecossistema (BELO, 2014BELO, A. M. Precocidade de produção, caracterização fenológica, biométrica e ocorrência de antracnose no caju arbóreo do Cerrado (Anacardium othonianum Rizz.). 2014, 59 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Produção Vegetal). Escola de Agronomia, 2014 Universidade Federal de Goiás. Goiânia.).

Assim, o presente estudo tem como objetivo acompanhar e registrar o comportamento fenológico do Anacardium othonianum Rizz., cultivado no município de Goiânia, relacionando a frequência das fenofases às condições climáticas do período estudado, bem como observar os dados biométricos, de forma a selecionar plantas que se destacam quanto ao desenvolvimento e precocidade, contribuindo para domesticação da espécie e embasando futuras pesquisas de melhoramento genético.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada em área experimental da Universidade Federal de Goiás, nas coordenadas geográficas 16º35’12” de latitude Sul, 49º21’14” de longitude a Oeste de Greenwich, e 730 m de altitude. A área é constituída exclusivamente por plantas da espécie Anacardium othonianum Rizz. (Cajueiros), oriundas das regiões norte, oeste, centro-leste do Estado de Goiás, um município do Tocantins e um da Bahia, totalizando 25 áreas de coleta (Tabela 1). O plantio dessa coleção de germoplasma foi realizado em janeiro de 2011, utilizando o espaçamento de 4,5 m x 3,5 m. Assim, material inicial desta pesquisa é composto por 546 plantas provenientes de 182 progênies repetidas três vezes. O delineamento estatístico adotado foi o de blocos casualizados.

Tabela 1
Localidade, coordenadas geográficas, altitudes e número de progênies de Anacardium othonianum Rizz. amostrados (plantas-mães), no Estado de Goiás, Tocantins e Bahia. 2010
Table 1
Location, geographical coordinates altitude and number of sampled cashew progenies (parent plants) in the state of Goiás, Tocantins and Bahia. 2010

Segundo Adámoli et al. (1987ADÁMOLI, J. et al. Caracterização da região dos cerrados. In: GOEDERT, W. J. (Ed). Solos dos cerrados: tecnologias e estratégias de manejo. São Paulo: Editora Nobel, p. 33-98, 1987. ), o clima da região do Cerrado é caracterizado como tropical chuvoso, do tipo Aw de Köppen, com presença de invernos secos e verões chuvosos. O bioma apresenta precipitação média anual de 1.500 mm, variando entre 750 mm a 2.000 mm, dependendo do local. Na área em que foi conduzida o experimento, a precipitação média dos meses de estudo em 2012 é de 135,13 mm, variando de 399,0 mm no mês mais chuvoso (março) e 0,0 mm no mês mais seco (julho). A precipitação média dos nove meses estudados em 2013 é considerada baixa, 95,83 mm.

As médias mensais de temperatura máxima, temperatura mínima, temperatura média, umidade relativa, precipitação e insolação foram coletadas na Estação Evaporimétrica de Primeira Classe da EA/UFG, para fins de se estabelecer correlações entre as fenofases e fatores do clima (Tabela 2).

Tabela 2
Dados médios de temperatura, umidade relativa, precipitação e insolação na região da Escola de Agronomia (EA\UFG), Goiânia - GO, no período de março de 2012 a setembro de 2013
Table 2
Mean Data temperature, relative humidity, precipitation and sunshine in the Agronomy School area (EA\UFG), Goiânia, GO state, from March 2012 to September 2013

Para o estudo biométrico das plantas foram utilizadas as varáveis: altura de plantas, determinada mensalmente, com auxílio de régua graduada de 40 cm e trena de três metros, medindo-se a partir da superfície do solo até a inserção da folha mais alta e diâmetro do caule; e o diâmetro do caule, medido no colo da planta com a utilização de um paquímetro, colocado a aproximadamente 10,0 cm da superfície do solo. A obtenção dos dados ocorreu entre março de 2012 e setembro de 2013.

Para as observações fenológicas foi utilizada a metodologia de avaliação conforme preconizado por Ribeiro e Castro (1986RIBEIRO, J. F.; CASTRO, L. H. R. Método quantitativo para avaliar características fenológicas em árvores. Revista Brasileira de Botânica , São Paulo, v. 9, n. 1, p. 7-11, 1986.), sendo aplicada para folhação e floração. É uma avaliação subjetiva que pode facilitar a coleta de dados fenológicos. O método possui intervalos de classes, tendo sido considerados: 0 = 0% (ausência do fenômeno), 1 = 4%, 2 = 15%, 3 = 30%, 4 = 50%, 5 = 70%, 6 = 85%, 7 = 96% e 8 = 100%. Sistematicamente a cada 30 dias estimaram-se as proporções de folhas jovens, em relação a um total de folhas nas copas. No período de floração e frutificação, as observações também foram realizadas mensalmente, sendo determinadas as proporções relativas de flores.

A partir da média mensal dos eventos fenológicos observados nos indivíduos foi possível realizar a correlação de Pearson entre os dados meteorológicos e as fenofases. Para os dados biométricos realizou-se a análise de variância para verificar a possível diferença entre as áreas e a diferenças de médias por Scott-Knott a 5% de probabilidade.

Resultados e discussão

Na análise de variância foi possível observar que as plantas realmente se diferem quanto a altura entre as áreas de origem e entre os blocos, devido ao teste de F que foi significativo a 1% de probabilidade. Para o diâmetro, o teste também foi significativo, revelando que as plantas se diferem quanto à espessura do diâmetro, no entanto, entre as áreas o teste foi significativo a 5%, enquanto que entre os blocos, foi significativo a 1% (Tabela 3).

Tabela 3
Resumo da análise de variância das alturas (cm) e diâmetro (mm) com os quadrados médios das variáveis. Goiânia - GO, 2014
Table 3
Summary of the analysis of variance of the height (cm) and diameter (mm) with the average squares of the variables. Goiânia, GO state, 2014

Plantas de caju arbóreo do Cerrado com 32 meses após o plantio apresentaram altura variando de 4,0 cm a 380,0 cm, com a média de 100,0 cm. A circunferência do caule a 10,0 cm da superfície do solo variou de 1,5 mm a 94,0 mm, com média de 30,75 mm.

As alturas das plantas de caju arbóreo do Cerrado foram agrupadas em três grupos distintos estatisticamente (Figura 1). O primeiro grupo, correspondente às plantas oriundas da UFG, representaram 4% das progênies apresentando maior altura (162,66 cm), o segundo e maior grupo representa 64% das progênies, com plantas de Pilar, Quilombo-Silvânia, Aruanã, Matrinchã, Barreiras, Jaraguá, Padre Bernardo, Fazenda Pedra 90, Caxambú, Cruzeiro-Silvânia, Orizona, Faina, Calcilândia, Itapaci, São Miguel e Goianésia, com alturas variando de 94,09 cm a 140,75 cm. E o grupo representado por 32% das progênies, naturais dos municípios de Vila Propício, Cocalzinho, Serra do Lambari, Trevo, Serra Dourada, Morro do Aranha, Mutunópolis e Santa Rosa, as plantas apresentaram altura em um intervalo de 72 cm a 90,23 cm. Essa diferença pode estar dependente da variabilidade genética entre e dentro das espécies, haja vista que alguns estudos mostram a existência de progênies diferentes, mesmo estando localizadas próximas geograficamente (OLIVEIRA et al., 2006OLIVEIRA, A. N. et al. Variações genéticas para características do sistema radicular de mudas de baru (Dipteryx alata Vog.). Revista Árvore , Viçosa, MG, v. 30, n. 6, p. 905-909. 2006.; SOARES et al., 2008SOARES, T. N. et al. Landscape conservation genetics of Dipteryx alata (‘‘baru’’ tree: Fabaceae) from Cerrado region of central Brazil. Genética, São Paulo, v. 132, p. 9-19. 2008.).

Figura 1
Altura de plantas de Anacardium othonianum Rizz., em frequência relativa da análise estatística Scott-Knott a 5% de significância, Goiânia - GO, 2014
Figure 1
Height of tree cashew plants from Cerrado, in relative frequency of statistical analysis Scott-Knott at 5% significance, Goiania, GO state, 2014

Para o diâmetro do caule, a variação estatística foi dividida em apenas dois grupos (Figura 2.). O maior diâmetro está representado por apenas 8% da ocorrência de Anacardium othonianum (41,13 mm a 44,55 mm), o segundo grupo ocorre em 92% das progênies (23,51 mm a 38,28 mm). O maior diâmetro amostrado (94,0 mm) foi de progênie oriunda do município de Cocalzinho e o menor (1,50 mm) de Faina. Em média os diâmetros apresentaram 32,63 mm.

Figura 2
Diâmetro de Anacardium othonianum Rizz., em frequência relativa da análise estatística Scott-Knott a 5% de significância, Goiânia - GO, 2014
Figure 2
Diameter of tree cashew plants from Cerrado, in relative frequency of statistical analysis Scott-Knott at 5% significance, Goiania, GO, 2014

A importância de se avaliar o diâmetro do caule segundo Mesquita et al. (2004MESQUITA, R. C. M. et al. Influência de regimes hídricos na fenologia do crescimento de clones e progênies de cajueiro precoce e comum nos primeiros vinte meses. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 35, n.1, p. 96-103, 2004. ) está na propriedade desta variável poder expressar o vigor da planta, devido à importância do crescimento do câmbio vascular que é responsável pela formação de novas camadas do floema e xilema e pelo aumento do diâmetro do caule e dos ramos, podendo estabelecer o estado de juvenil ou adulto da planta. Levando em consideração a descrição de Naves (1999NAVES, R. V. Espécies frutíferas nativas dos cerrados de Goiás: caracterização e influências do clima e dos solos. 1999. 206 f. Tese (Doutorado em Agronomia: Produção Vegetal) - Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 1999.), que considera como sendo plantas adultas aquelas que apresentam diâmetro, a 10 cm do solo, igual ou maior que 3,0 cm, dentre outras características, em média as plantas do estudo podem ser consideradas adultas, mesmo apresentando baixo porte quando comparadas com Anacardium occidentale L., que chegam a 20 m para o cajueiro comum (SERRANO; OLIVEIRA, 2013SERRANO, L. A. L.; OLIVEIRA, V. H. de. Aspectos botânicos, fenologia e manejo da cultura do cajueiro 2013. Disponível em: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/artigo_4144.pdf . Acesso em: Setembro de 2017.
http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arqui...
). Tal característica é típica de plantas do ambiente Cerrado, o que pode ocorrer devido a fatores do solo, que é naturalmente rico em alumínio e pobre em nutrientes; assim, é comum ver árvores baixas no Bioma Cerrado, com 2 m a 6 m de altura, especialmente em determinadas fitofisionomias.

Quanto à fenologia, constatou-se que as fenofases de queda e emissão de folhas ocorreram continuamente durante o experimento, com maior frequência nos meses de março, abril e maio. A emissão de flores ocorreu no período de junho a agosto e a maior intensidade de frutificação ocorreu nos meses de julho e agosto. A emissão de flores das plantas estudadas corrobora com o que foi verificado por Lorenzi (2006LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2006. 627 p.), que afirma que a floração dessa espécie apresenta fases curtas, que coincidem com o final dos períodos secos do ano e início do período chuvoso. Conceição et al. (2016CONCEIÇÃO, J. L. et al. Fenologia do Cajuzinho do Cerrado (Anacardium othonianum Rizzini). In: V Congresso Estadual de Iniciação Científica e Tecnológica do IF Goiano. 2016. Iporá. Resumo... Iporá, 2016. p. 1-2.), investigando populações da espécie Anacardium othonianum Rizzini, observaram que o período de floração ocorreu durante os meses de agosto a setembro e a frutificação concentrando-se nos meses de outubro a novembro.

Essas pequenas alterações quanto aos meses de florescimento e frutificação pode ser explicado por Carvalho et al. (2012CARVALHO, R. S. et al. Variabilidade genética de cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile St. Hill) por meio de marcadores RAPD. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.34, n.1, p.227-233, 2012.), que relatam a variabilidade genética no florescimento de Anacardium humile A. St.- Hil entre municípios, pois mesmo em áreas próximas, constata-se a existência de considerável diversidade que não deve ser apenas reflexo de efeito ambiental, mas de origem genética, provavelmente em virtude da ocorrência de reprodução sexuada ou da manifestação de mutações naturais.

Devido ao fato das condições climáticas serem um dos agentes influenciadores na fenologia das plantas, a Tabela 4 apresenta a matriz de correlação entre os dados fenológicos e os dados meteorológicos.

Tabela 4
Matriz de correlação entre os dados meteorológicos e os dados fenológicos de plantas de caju arbóreo do Cerrado (Anacardium othonianum Rizz.) da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás. Goiânia - GO. 2012/2013
Table 4
Matrix of correlation between meteorological data and phenological data cashew tree plants from Cerrado (Anacardium othonianum Rizz.) of the Agronomy School of the Federal University of Goiás. Goiânia, GO state. 2012/2013

Nota-se que houve correlação significativa e positiva entre a emissão de folhas novas e a insolação (Figura 3) e significativa e negativa entre a emissão de folhas novas com a temperatura média e a precipitação (Figuras 4 e 5), mostrando que a queda dessas duas variáveis provoca o aumento da emissão de folhas. Um fluxo foliar, de maior intensidade, que corresponde ao período de aumento de queda de folhas, ocorre quando é crescente a insolação.

Figura 3
Correlação entre o número de folhas novas de caju arbóreo do Cerrado (Anacardium othonianum Rizz.) e a insolação registrada na Estação Evaporimétrica de Primeira Classe da Escola de Agronomia - UFG, Goiânia - GO. 2012/2013
Figure 3
Correlation between the number of new leaves of tree Cerrado cashew tree (Anacardium othonianum Rizz.) and heat stroke recorded in the First Station of Evaporimétrica Class of Agronomy School - UFG, Goiânia, GO state. 2012/2013

Figura 4
Correlação entre o número de folhas novas de caju arbóreo do Cerrado (Anacardium othonianum Rizz.) e a temperatura média registrada na Estação Evaporimétrica de Primeira Classe da Escola de Agronomia - UFG, Goiânia - GO. 2012/2013
Figure 4
Correlation between the number of new leaves of tree Cerrado cashew tree (Anacardium othonianum Rizz.) and the average temperature recorded in the First Station of Evaporimétrica Class of Agronomy School - UFG, Goiânia, GO state. 2012/2013

Figura 5
Correlação entre o número de folhas novas de caju arbóreo do Cerrado (Anacardium othonianum Rizz.) a precipitação registrada na Estação Evaporimétrica de Primeira Classe da Escola de Agronomia - UFG, Goiânia - GO. 2012/2013
Figure 5
Correlation between the number of new leaves of tree Cerrado cashew tree (Anacardium othonianum Rizz.) and the rainfall recorded in the First Station of Evaporimétrica Class of Agronomy School - UFG, Goiânia, GO state. 2012/2013

Sendo assim, para o Cerrado Goiano, em que foi realizado o estudo, entre os meses de julho e agosto, em que se tem maior insolação, menor temperatura média e menor precipitação, é o momento em que ocorre a emissão de folhas novas para a espécie de cajuzinho do Cerrado, Anacardium othonianum. De acordo com Parente (1981PARENTE, J. I. G. Estudos fenológicos do cajueiro (Anacardium occidentale L.) no litoral do Ceará. Fortaleza - CE, 1981. 48p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Curso de Pós-graduação em Fitotecnia, Universidade Federal do Ceará, 1981.), o sincronismo existente entre a queda de folhas e o fluxo foliar, nesta época específica do ano, talvez reflita a competição por alimentos o que determinaria o aumento na abscisão e reativação do crescimento. Esse mesmo autor observou um fluxo de grande intensidade de folhação em Anacardium occidentale a partir de junho, logo após o período de maiores precipitações no nordeste, quando a disponibilidade de água no solo ainda era favorável ao crescimento. Ainda, segundo o mesmo autor, a diminuição brusca de pluviosidade e a crescente insolação, que ocorreram concomitantemente, constituíram-se nos fatores que estimulara de algum modo a brotação de gemas.

Com relação à emissão de flores, não houve correlação significativa com os parâmetros meteorológicos considerados, desta forma, pode-se reforçar que a população de Anacardium othonianum, investigada neste trabalho, parece apresentar um padrão de florescimento regulado por questões endógenas. De acordo com Bencke e Morellato (2002BENCKE, C. S. C.; MORELLATO, L. P. C. Comparação de dois métodos de avaliação da fenologia de plantas, sua interpretação e representação. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v.25, n.3, p.269-275, set, 2002.), o pico de atividade pode estar relacionado a características endógenas e a fatores abióticos que podem influenciar a fisiologia vegetal, determinando ou restringindo o período de ocorrência das fenofases.

Segundo Frota (1988) citado por Serrano e Oliveira (2013SERRANO, L. A. L.; OLIVEIRA, V. H. de. Aspectos botânicos, fenologia e manejo da cultura do cajueiro 2013. Disponível em: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/artigo_4144.pdf . Acesso em: Setembro de 2017.
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), a floração do cajueiro está diretamente relacionada com os fluxos de crescimento vegetativo, sendo que ambos ocorrem concomitantemente em certos períodos e com diferentes intensidades. Alguns autores, citados por Parente et al. (1991PARENTE, J. I. G. et al . Comportamento de crescimento e desenvolvimento de cajueiros precoce e comum no litoral do Ceará. Revista Brasileira de Fruticultura , Jaboticabal, v. 13, n. 2, p. 107-111, 1991.), sugerem que o estímulo da floração é realizado por um hormônio produzido pelas folhas recém-formadas de maior eficiência fotossintética, o que justifica a correlação não significativa da floração com os dados climáticos. No entanto, Nambiar (1977), citado por Oliveira e Lima (2000)OLIVEIRA, V. H.; LIMA, R. N. Influência da irrigação e da localização da inflorescência sobre a expressão do sexo em cajueiro anão precoce. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 35, n. 9, p. 1751-1758, 2000., afirma que o estresse hídrico exerce influência no florescimento de árvores tropicais quando associado a outros fatores ambientais, como temperatura, umidade relativa do ar e radiação solar. No caso do cajueiro comercial, o autor sugere que, quando o estresse hídrico está associado a um aumento na insolação, e, simultaneamente, a uma diminuição na umidade relativa do ar - período após o término da estação chuvosa -, há indução à diferenciação e ao crescimento da gema reprodutiva. Frota (1988) citado por Serrano e Oliveira (2013SERRANO, L. A. L.; OLIVEIRA, V. H. de. Aspectos botânicos, fenologia e manejo da cultura do cajueiro 2013. Disponível em: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/artigo_4144.pdf . Acesso em: Setembro de 2017.
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) também afirma que a floração do cajueiro ocorre preferencialmente durante a estação seca, na qual predomina pouca nebulosidade e alta insolação. O autor ainda afirma que, à medida que as regiões de cultivo se afastam do Equador, a floração torna-se gradativamente mais tardia, fato ligado à insolação.

No ano de 2012, apenas as progênies de número 165 proveniente de Vila Propício, presente no bloco 1, e 26 do bloco 2 de Morro do Aranha, emitiram flores e nenhuma produziu frutos. No ano de 2013, as progênies 59, oriunda de Caxambú (bloco 2), 63 e 66 da UFG (blocos 2 e 3), 88 da Fazenda Pedra 90 (bloco 2), 129 e 133 de Cruzeiro-Silvânia (bloco 1), 144 de São Miguel do Passo Quatro (blocos 1 e 3), 162 de Vila Propício (bloco 2) e 170 de Barreiras (bloco 2) produziram flores, sendo que apenas a 63, 66 e 144 produziram frutos em pequena quantidade. Mendonça et al. (1998MENDONÇA, R. C. et al. Flora Vascular do Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. (Ed.). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: Embrapa-CPAC, 1998.) mencionam que as plantas de caju produzem os pseudofrutos entre 200 e 600 frutos por planta e são colhidos entre setembro e outubro a partir do segundo ou terceiro ano de idade, o que fortalece os dados aqui apresentados em relação à produção de frutos, uma vez que, possuem idade inferior a dois anos.

Conclusões

A folhação do cajueiro ocorre durante o ano todo, apresentado maior intensidade nos meses de março, abril e maio, sendo, portanto, o período de maior renovação das folhas.

A fenofase de floração acontece entre os meses de junho e agosto, sendo que na idade em que as plantas se apresentam, apenas três produziram frutos.

A altura dos cajueiros avaliados variou entre 4,0 cm e 380,0 cm, e o diâmetro de caule entre 1,5 mm e 94,0 mm.

A progênie estudada que exibe maior altura é originária do arboreto da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás.

Duas progênies provenientes da Universidade Federal de Goiás (63 e 66) e uma progênie da região de São Miguel do Passa Quatro (144) podem ser indicadas para um futuro estudo sobre melhoramento genético, devido ao fato de se destacarem quanto à precocidade de produção.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Fev 2020
  • Data do Fascículo
    Oct-Dec 2019

Histórico

  • Recebido
    17 Jul 2015
  • Aceito
    24 Set 2019
  • Publicado
    10 Dez 2019
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