RESUMO
Objetivo
Descrever a presença de fonoaudiólogos na atenção primária à saúde (APS) no Brasil e sua associação com desigualdades socioeconômicas.
Método
Estudo transversal com 17.157 serviços de APS em todos os estados brasileiros. Com base no Questionário de Avaliação Externa do NASF utilizou-se o subitem “fonoaudiólogo” para a resposta à pergunta “Que profissionais do NASF apóiam seu serviço de APS?”, além disso utilizou-se dados contextuais (população regional, número de fonoaudiólogos registrados, número de faculdades de fonoaudiologia, IDH da cidade e Índice Gini).
Resultados
De todos os serviços de APS apoiados pelo NASF, 50,8% (871.317.157) tem o fonoaudiólogo como parte da equipe. A região Sudeste do Brasil tem a maior prevalência de fonoaudiólogo na equipe (57,4%; 5.575). A região Sul tem a menor prevalência (28,9%; 625). A presença do suporte fonoaudiológico é diretamente proporcional ao estrato IDH e ao índice de Gini (médio e alto).
Conclusão
Existe uma importante limitação na oferta dos serviços fonoaudiológicos públicos no Brasil.
Descritores
Atenção Primária à Saúde; Fonoaudiologia; Saúde Pública; Saúde da Família; Sistema Único de Saúde