Resumo
Em diálogo com Saidiya Hartman e Conceição Evaristo, este artigo propõe um léxico crítico para apreender e nomear ações políticas feministas e antirracistas realizadas por sujeitos raramente reconhecidos como agentes políticos. Ao interpretar a contranarrativa e a escrevivência como “métodos de recusa” que desafiam representações hegemônicas ancoradas na misoginia e no racismo, mobilizo as trajetórias de Esther Brown e Natalina em um movimento analítico que revela como suas práticas compõem um coro aquilombado em formação — uma modalidade coletiva de resistência que redefine as fronteiras da ação e da agência políticas.
Palavras-chave
Saidiya Hartman; Conceição Evaristo; Escrevivência; Contranarrativa; Coro Aquilombado