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Resposta sorológica ao vírus da raiva induzida por vacinas comerciais em bovinos

RESUMO:

A resposta sorológica contra o vírus da raiva (RABV) induzida por vacinas comerciais foi investigada em bovinos. Para isso, 84 novilhas foram vacinadas duas vezes (30 dias de intervalo) com cada vacina (G1 = 14 animais; G2 = 24; G3 = 22 e G4 = 24) e receberam uma vacinação de reforço 360 dias depois. Amostras de soro coletadas em diferentes momentos após a vacinação e após o reforço vacinal foram submetidas ao teste de vírus neutralização (VN) para detecção de anticorpos contra o RABV. Trinta dias após a segunda dose vacinal, 92% dos animais apresentaram títulos neutralizantes ≥0,5UI/mL (GMT 1,7 a 3,8UI/mL). Porém, no dia do reforço (360 dias pós-vacinação), a porcentagem de animais que ainda apresentava títulos ≥0,5UI/mL havia se reduzido a 31% dos animais (0 a 80%, dependendo da vacina), resultando em baixos TMGs (0,1 a 0,6UI/mL). A vacinação de reforço no dia 360 resultou em resposta anamnéstica em todos os grupos, resultando em 83% (65 a 100%) de animais com títulos VN ≥0,5UI/mL trinta dias após (GMT 0,6 a 4,3UI mL-1). Esses resultados indicam que as vacinas avaliadas induzem uma resposta adequada de anticorpos anti-RABV após a vacinação (e também após o reforço). No entanto, os títulos reduzem-se, atingindo níveis <0,5UI/mL em 70% dos animais durante o intervalo antes do reforço. Assim, vacinação de reforço contra a raiva em bovinos, utilizando-se as vacinas atuais, deve ser realizada em intervalo inferior a um ano, de forma a manter os níveis de anticorpos neutralizantes na maioria dos animais.

Palavras-chave:
raiva; bovinos; vacinas; anticorpos neutralizantes

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