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Possíveis efeitos adversos dos campos eletromagnéticos (50/60 Hz) em humanos e em animais

Potential adverse effects of electromagnetic fields (50/60 Hz) on humans and animals

Resumos

Os avanços tecnológicos têm aumentado o número de equipamentos elétricos e eletrônicos, seja nas residências ou mesmo no ambiente de trabalho, fazendo com que a população conviva com grande número de fontes de irradiação eletromagnética, com os mais diversos níveis de potência e freqüência. Por muitos anos, alguns cientistas e engenheiros acreditaram que o campo eletromagnético (CEM) com freqüência extremamente baixa não pudesse causar efeitos e alterações significantes no material biológico. O objetivo deste trabalho é verificar os possíveis efeitos adversos dos CEMs em humanos e animais, que foram publicados nos últimos anos, através de uma revisão da literatura disponível em Medline, revistas nacionais e internacionais e catálogos de obras de referência na área dos CEM (50/60 Hz). Como resultado foi observado que o CEM (50/60 Hz) é capaz de produzir diversos efeitos adversos em humanos e animais, como por exemplo: distúrbios na reprodução, doenças degenerativas, efeitos psiquiátricos e psicológicos, alterações citogenéticas, alterações no sistema cardiovascular, nervoso e neuroendócrino, bem como nos parâmetros biológicos e bioquímicos. Apesar de todas estas constatações e devido a muitas controvérsias entre vários autores, faz-se necessário um estudo mais específico e aprofundado sobre o assunto.

Campo eletromagnético; 50/60 Hz; Efeitos adversos


The technologic development has increased the number of electric and electronic devices for household and work environment applications. In this way, we have to cope with a diverse quantity of electromagnetic irradiation sources, with different power and frequency ranges. For many years, some scientists and engineers believed that low-frequencies electromagnetic field (EMF) could not cause any bad effect or substantial alterations on the biologic livings. This work has the objective to perform a literature review of the possible effects of EMF in human beings and animals, that was published in the past years on Medline, international, and national journals about the EMF (50/60Hz). The results showed that extremely low EMF might produce adverse effects, i.e. cancer, reproduction disruption, degenerative illnesses, citogenetic alterations, and cardiovascular, neurologic and neuroendocrine system alterations in humans and animals. The biologic and biochemical parameters suffered interference as well. Despite all these findings, we can find some disagreements among the authors. Hence it is necessary to extend the research about this issue.

Electromagnetic fields; 50/60 Hz; Adverse effects


ARTIGO ARTICLE

Possíveis efeitos adversos dos campos eletromagnéticos (50/60 Hz) em humanos e em animais

Potential adverse effects of electromagnetic fields (50/60 Hz) on humans and animals

Caroline Wanderley Souto Ferreira AnselmoI; Francisca Martins BionI; Maria Teresa Jansem de Almeida CatanhoII; Maria do Carmo MedeirosI

IDepartamento de Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Professor Moraes Rego 1.235, Cidade Universitária, 50670-901, Recife PE. cwsfa@hotmail.com

IIDepartamento de Biofísica, Universidade Federal de Pernambuco

RESUMO

Os avanços tecnológicos têm aumentado o número de equipamentos elétricos e eletrônicos, seja nas residências ou mesmo no ambiente de trabalho, fazendo com que a população conviva com grande número de fontes de irradiação eletromagnética, com os mais diversos níveis de potência e freqüência. Por muitos anos, alguns cientistas e engenheiros acreditaram que o campo eletromagnético (CEM) com freqüência extremamente baixa não pudesse causar efeitos e alterações significantes no material biológico. O objetivo deste trabalho é verificar os possíveis efeitos adversos dos CEMs em humanos e animais, que foram publicados nos últimos anos, através de uma revisão da literatura disponível em Medline, revistas nacionais e internacionais e catálogos de obras de referência na área dos CEM (50/60 Hz). Como resultado foi observado que o CEM (50/60 Hz) é capaz de produzir diversos efeitos adversos em humanos e animais, como por exemplo: distúrbios na reprodução, doenças degenerativas, efeitos psiquiátricos e psicológicos, alterações citogenéticas, alterações no sistema cardiovascular, nervoso e neuroendócrino, bem como nos parâmetros biológicos e bioquímicos. Apesar de todas estas constatações e devido a muitas controvérsias entre vários autores, faz-se necessário um estudo mais específico e aprofundado sobre o assunto.

Palavras-chave: Campo eletromagnético, 50/60 Hz, Efeitos adversos

ABSTRACT

The technologic development has increased the number of electric and electronic devices for household and work environment applications. In this way, we have to cope with a diverse quantity of electromagnetic irradiation sources, with different power and frequency ranges. For many years, some scientists and engineers believed that low-frequencies electromagnetic field (EMF) could not cause any bad effect or substantial alterations on the biologic livings. This work has the objective to perform a literature review of the possible effects of EMF in human beings and animals, that was published in the past years on Medline, international, and national journals about the EMF (50/60Hz). The results showed that extremely low EMF might produce adverse effects, i.e. cancer, reproduction disruption, degenerative illnesses, citogenetic alterations, and cardiovascular, neurologic and neuroendocrine system alterations in humans and animals. The biologic and biochemical parameters suffered interference as well. Despite all these findings, we can find some disagreements among the authors. Hence it is necessary to extend the research about this issue.

Key words: Electromagnetic fields, 50/60 Hz, Adverse effects

Introdução

Os avanços tecnológicos têm aumentado o número de equipamentos elétricos e eletrônicos, seja nas residências ou mesmo no ambiente de trabalho, fazendo com que a população conviva com um grande número de fontes de irradiação eletromagnética, com os mais diversos níveis de potência e freqüência. A exposição humana a radiações do campo eletromagnético (CEM) ocorre por toda a parte, resultante da proximidade de linhas de força de alta voltagem e estações de força de transmissão, do uso de eletrodomésticos e equipamentos como microondas, monitores de vídeo e telefones celulares. Conseqüentemente, há interesse em determinar se há riscos aos indivíduos expostos de forma constante aos CEM (Estécio & Silva, 2002).

Por muitos anos, alguns cientistas e engenheiros acreditaram que o campo eletromagnético (CEM) de baixa freqüência não pudesse causar efeitos e alterações significantes no material biológico. Esse raciocínio esteve fundamentado no fato de o CEM não provocar quebras em ligações moleculares do material genético e de apenas gerar uma quantidade de calor insuficiente para elevar a temperatura do tecido corporal. Contudo constatou-se que esses argumentos são incorretos, pois há outras formas de os campos interagirem com células individuais para gerar tais alterações (Lechter, 1991). Becker (1972) foi um dos primeiros pesquisadores a sugerir que o CEM no meio ambiente era o responsável por algumas doenças, pelo fato de o CEM produzir correntes internas no organismo que competem com os que são produzidos naturalmente.

Segundo Lai & Singh (1997a), embora os CEM de 60 Hz sejam classificados como não ionizantes, isto é, incapazes de romper, por vibração, as cadeias de DNA, alguns estudos demonstram que o Efeito Joule, desenvolvido no organismo irradiado, é capaz de provocar uma ruptura semelhante. Seguindo a tendência dos estudos em laboratório, devemos esperar que o CEM esteja relacionado com diversos tipos de doença e não apenas com o câncer. Os estudos mostram que o CEM é um estressor biológico e que a população sendo cronicamente estressada tem uma probabilidade maior de desenvolver doenças (Marino & Morris, 1999).

Muitos foram os estudos conduzidos no sentido de se estabelecer uma correlação entre os campos eletromagnéticos variáveis de baixa freqüência e o aparecimento de diversas formas de câncer, tais como a leucemia infantil, tumores cerebrais, câncer pulmonar, câncer de mama, linfomas, etc. (Loomis et al., 1994; Balcer & Elizabeth, 1995).

Alguns estudos em trabalhadores envolvidos na fabricação de ímã indicaram vários sintomas subjetivos e distúrbios funcionais incluindo irritabilidade, fadiga, dor de cabeça, perda de apetite, bradicardia, taquicardia, queda da pressão sanguínea, alteração no eletroencefalograma, coceira, queimação e dormência (International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection, 1994).

Estudos similares têm sido publicados sobre o risco de efeitos adversos na reprodução humana, associados com a exposição ao CEM (Brent et al., 1993; Shaw & Croen, 1993; Tenforde, 1996; Creasey, 2000). Segundo Juutilainen et al. (1993), a exposição a campos eletromagnéticos pode causar aborto. A verdade é que se não foi possível comprovar essa correlação, também não é conclusivo o fato de que as ondas eletromagnéticas são inofensivas quando incidem, com uma certa potência e freqüência, sobre organismos vivos (Goldberg, 2000).

Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo verificar os possíveis efeitos adversos do CEM em humanos e animais, que foram publicados nos últimos quarenta anos, através de uma revisão da literatura disponível em Medline, revistas nacionais e internacionais e catálogos de obras de referência na área dos CEM (50/60 Hz).

Câncer em humanos

Zaret (1977) observou uma possível associação entre câncer e homens submetidos ao CEM em seus ambientes de trabalho. Neste mesmo ano, Becker (1977) analisou o número de ocorrência de câncer, entre aproximadamente 1.100 residentes de uma área rural no norte de Syracuse, Nova York. Esta área era cruzada por linhas de alta tensão e continha 20 antenas. A incidência de câncer nesta área entre 1974 e 1977 foi quase o dobro da esperada no Estado como um todo. Em 1979, Wertheimer & Leeper apresentaram um estudo indicando que os ambientes expostos aos campos eletromagnéticos de 50 e 60 Hz podem aumentar o risco de doenças crônicas – mortalidade por câncer em crianças. Três anos depois, este estudo foi seguido pelo trabalho de Milham (1982), que mostrou uma relação entre leucemia e trabalho em ambientes expostos ao CEM, ao utilizar uma base de dados fundamentada em certificados de óbito, que incluía tipos de emprego e informações sobre a mortalidade por câncer, em Washington. Outros estudos similares foram feitos por Wright et al. (1985) em Los Angeles e por Coleman et al. (1983) na Inglaterra, onde os resultados obtidos corroboraram com os resultados de Milham.

McDowall (1983) publicou um estudo epidemiológico no qual ele observou que entre todas as mortes que ocorreram em 1973 na Inglaterra e no País de Gales, 537 apresentavam como causa a leucemia. A partir desse achado, ele observou que havia um risco relativo maior de desenvolver leucemia entre os trabalhadores submetidos ao CEM em seus ambientes de trabalho. Em estudo similar, Pearce et al. (1985) também reportaram que eletricistas na Nova Zelândia tinham um risco maior de sofrer de leucemia. Li et al. (1997) informaram haver um aumento de casos de leucemia em adultos morando a menos de 50 metros de uma linha de força de alta tensão.

Lin et al. (1985) estudaram a relação entre ocupação e mortalidade por tumor de cérebro, que ocorreu entre homens brancos residentes em Maryland entre 1969-1982. Análises preliminares mostraram mais mortes entre trabalhadores expostos ao CEM (eletricistas, engenheiros elétricos) do que o esperado. Foi observado um número significativamente diferente entre o número de indivíduos portadores de glioma e astrocitoma entre os indivíduos expostos quando comparados com o grupo de controle. Segundo Swerdlow (1983), em um estudo epidemiológico entre 1962 e 1977, no qual observou uma alta taxa de câncer de olho entre homens que trabalhavam na indústria elétrica e eletrônica na Inglaterra e País de Gales, os valores encontrados para este grupo foram bem mais altos que os valores encontrados entre os trabalhadores em geral para este tipo de doença.

Vagero & Olin (1983) estudaram os casos de câncer reportados na Suécia, no período de 1961-1973. Eles observaram uma maior quantidade de casos de câncer entre homens e mulheres, com idade entre 15 e 64 anos, no grupo formado por trabalhadores da indústria eletrônica. Observaram também um aumento na incidência de câncer de 15% entre homens e de 8% entre as mulheres que trabalhavam na indústria eletrônica quando comparados com o restante dos trabalhadores. Trabalhadores de linha de alta tensão no Canadá exibiram uma taxa três vezes maior na quantidade de câncer de intestino quando comparados com os outros trabalhadores (Howe & Lindsay, 1983). Em estudos posteriores, Savitz & Ahlbom (1994), que utilizaram bases de dados semelhantes, observaram que os tipos de câncer para os quais foram notados índices elevados variaram nos diversos estudos, particularmente quando foram caracterizados os subtipos de câncer. Foram relatados aumentos de risco de vários tipos de leucemia e tumores de tecidos nervosos e, em alguns casos, de câncer de mama feminino e masculino (Demers et al., 1991; Matanoski, Breysse & Elliott, 1991; Tynes et al., 1992). Estudos epidemiológicos sugerem que humanos que vivem expostos ao CEM do meio ambiente podem ter um risco maior de desenvolver doenças, incluindo câncer de mama (Loomis et al., 1994).

Segundo Stevens et al. (1992), as nações industrializadas apresentam um alto índice de câncer de mama entre as mulheres. Savitz et al. (1990), em um estudo realizado em Denver, relataram uma ligação entre o uso pré-natal de cobertores elétricos e a leucemia na infância. Um outro estudo feito em Los Angeles constatou uma associação entre leucemia e crianças que usavam secadores de cabelo e assistiam televisão em receptores monocromáticos (London et al., 1991). Linet et al. (1997) fizeram um extenso estudo de casos controlados, nos Estados Unidos (638 casos e 620 indivíduos de controle), para testar se a leucemia linfóide aguda na infância está associada à exposição a campos magnéticos de 60 Hz. Eles observaram uma associação positiva, entre os campos magnéticos e o risco de leucemia. Segundo Kheifets et al. (1995) e Loomis et al. (1998), existe uma associação positiva entre o risco de câncer de cérebro e a exposição ocupacional ao CEM. Conclusões similares têm sido reportadas quanto ao desenvolvimento de câncer em adultos, particularmente quanto ao aumento da incidência de tumor no cérebro e leucemia em trabalhadores da rede elétrica na Grã-Bretanha (National Radiobiological Protection Board, 1992), Estados Unidos (Robinson et al., 1997) e na Suécia (Floderus et al., 1994). Feychting & Ahlbom (1994), fizeram um estudo epidemiológico, na Suécia, entre adultos, que viviam perto de linhas de alta tensão e observaram um aumento de leucemia e tumores no sistema nervoso central. Feychting et al. (1998), em outro estudo epidemiológico ainda na Suécia, observaram uma relação entre exposição ao CEM de jovens mulheres, até 50 anos, que viviam perto de linhas de alta tensão e o diagnóstico de câncer de mama.

Juutilainen et al. (2000), utilizando mulheres expostas ao CEM no ambiente de trabalho, propuseram a hipótese de que a exposição ao CEM pode potenciar os efeitos de agentes carcinogênicos conhecidos, mas apenas quando ambas as exposições são crônicas. Há indicações de que o CEM pode influenciar a ação de enzimas, o sinal de transdução, a expressão gênica e a síntese de proteínas, que exercem atividades importantes na regulação da proliferação celular e nos processos envolvidos na promoção tumoral (Trosko, 2000).

Villeneuve et al. (2000a) fizeram um estudo epidemiológico entre 31.453 trabalhadores da indústria elétrica e observaram que os CEM atuam como um agente promotor na etiologia da leucemia em adultos. Villeneuve et al. (2000b), após um estudo epidemiológico em Ontário, com trabalhadores do sexo masculino, da indústria elétrica, suportaram a hipótese de que o CEM pode ser um agente promotor na etiologia do linfoma "non-Hodgkin's".

Tynes et al. (2003) suportaram a idéia de que havia uma relação entre o surgimento do melanoma e a exposição ao CEM, após realizarem um estudo epidemiológico na Noruega, utilizando adultos com idade a partir dos dezesseis anos.

Câncer em animais

Holmberg (1995) fez uma revisão dos trabalhos publicados que usaram CEM com intensidade entre 0.5 µT e 30 mT em ratos e chegou à conclusão de que o CEM não é iniciador do desenvolvimento tumoral, mas pode ser o promotor do processo já iniciado. Esta hipótese é apoiada por estudos mostrando que a exposição ao CEM acelera a formação de tumores em animais expostos a carcinogênicos. Os dados apresentados pela revisão de Löescher & Liburdy (1998) mostram indicações, a partir de estudos em animais, que a exposição ao CEM de 50-60 Hz exerce efeito co-promotor ou promotor de câncer em células já iniciadas no processo cancerígeno.

Reprodução em humanos

Lindbolm et al. (1992) observaram mulheres grávidas submetidas ao CEM emitido por monitores de vídeo e constataram um maior índice de aborto entre elas. Segundo Juutilainen et al. (1993), mulheres grávidas submetidas ao CEM no ambiente em que vivem estão mais propensas a sofrer aborto. De acordo com Chiang et al. (1995), efeitos adversos sobre a reprodução, quanto à ocorrência de perdas gestacionais, também têm sido questionados como conseqüência do CEM.

Reprodução em animais

Segundo Cecconi et al. (2000), o CEM de 50 Hz pode prejudicar o potencial reprodutivo de fêmeas mamíferas pela redução da capacidade dos folículos de atingirem o estágio de desenvolvimento essencial para o sucesso da reprodução. Eles chegaram a essa conclusão expondo células foliculares in vitro ao CEM de 50 Hz, 1.5 mT, por um período de cinco dias. Al-Akhras et al. (2001) submeteram ratos Sprague-Dawley adultos, machos e fêmeas, ao CEM de 50 Hz, 50 µT, por noventa dias antes de acasalar. Os ratos apresentaram redução na fertilidade e o número de ratas prenhas foi menor entre as ratas que foram acasaladas com ratos expostos ao CEM, e o número de reabsorção fetal foi maior nas ratas. Lee et al. (2004) observaram os efeitos do CEM de 60 Hz, 0.1 mT ou 0.5 mT, por 24 horas, durante oito semanas, nas células germinativas dos testículos em ratos machos adultos. Como resultado, eles observaram que o CEM pode induzir a morte de células germinativas em ratos.

Doenças neurodegenerativas em humanos

De acordo com Poole et al. (1993) e Repacholi (1998), a exposição ao CEM pode gerar disfunções do sistema nervoso central (SNC), induzindo ao nervosismo, à ansiedade, ao estresse, a distúrbios do sono e outros.

Segundo Savitz et al. (1998), há indicações de que a exposição ocupacional aos campos magnético e elétrico pode estar associada a um risco aumentado para o aparecimento de doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e esclerose amiotrófica lateral. Sobel & Davanipour (1996) também sugeriram que haveria uma associação entre doença de Alzheimer e exposição ocupacional a campos magnéticos.

Segundo os dados obtidos por Ahlbom (2001) em uma meta-análise, utilizando o material apresentado no Simpósio sobre CEM que foi organizado pelo US National Institute of Environmental Health Sciences, em 1998, verificou-se que existe uma forte evidência de aumento do risco de esclerose lateral amiotrófica em pessoas que trabalham com eletricidade. No entanto, a exposição ao CEM é uma entre várias causas possíveis. Ahlbom (2001) suporta a hipótese de que um trabalhador exposto ao CEM, em sua profissão, está muito mais susceptível a desenvolver esclerose lateral amiotrófica do que Alzheimer.

Efeitos psiquiátricos e psicológicos em humanos

Pesquisadores da antiga União Soviética, no final da década de 1960 e início da década de 1970, afirmaram a possibilidade de efeitos psiquiátricos e psicológicos relacionados à exposição ao CEM, baseados em sintomas como insônia, perda de memória e dor de cabeça (Asanova & Rakov, 1972). No final da década de 1970, Reichmanis et al. (1979) publicaram um trabalho indicando que havia uma relação entre a exposição ao CEM e suicídio. Baris et al. (1996) afirmaram existir evidências de uma associação entre suicídio e exposição cumulativa ao CEM. Wilson (1988) sugere que o transtorno causado pela exposição ao CEM ao ritmo circadiano da melatonina poderia estar relacionado com a depressão.

Massot et al. (2000) em seus experimentos in vitro observaram que o CEM de 50 Hz, 2 µT e 2 mT especificamente interage com os receptores 5-HT1B, induzindo mudanças estruturais da proteína e resultando em uma diminuição da sensibilidade funcional dos receptores. Por isso, in vivo, a exposição ao CEM pode levar a mudanças fisiológicas, particularmente no campo das alterações do humor, no qual o sistema 5-HT é fortemente envolvido.

Citogenética em humanos

Alguns estudos citogenéticos realizados in vitro não demonstraram aumento das freqüências de aberrações cromossômicas em células expostas ao CEM (Scarfi et al., 1994), enquanto outros observaram diferenças significantes nas freqüências de aberrações cromossômicas em conseqüência da ação do CEM em situações específicas (Khalil & Qassem, 1991). Esses autores relataram ocorrência aumentada de aberrações cromossômicas em células cultivadas expostas ao CEM, de 50 Hz, 1.05 mT, 72 h, sendo atribuída uma correlação entre a freqüência de alterações e o tempo de exposição.

Nordenson et al. (1994), usando células amnióticas de humanos, publicou que exposição contínua ou intermitente ao CEM de intensidade 0.03 mT e com freqüência de 50 Hz levava a um aumento duas ou três vezes maior de aberrações cromossômicas. No entanto, quando a intensidade era aumentada para 0.3 mT nenhum efeito era observado (Nordenson et al., 1994).

Ahuja et al. (1999), após expor amostras de sangue ao CEM de 50 Hz, divididas em cinco grupos de intensidades diferentes (2, 3, 5, 7 e 10 mT), evidenciou que o CEM de 50 Hz pode ter efeito genotóxico em linfócitos humanos, principalmente de mulheres. Liburdy & Löescher apud Repacholi & Greenebaum (1999), em um estudo in vitro, afirmaram que a proliferação celular era aumentada em uma variedade de tipos celulares quando expostas ao CEM de intensidade acima que 1 mT. Valjus et al. (1993) analisaram linfócitos periféricos cultivados por 48 h em trabalhadores de linhas de força, considerados um grupo com exposição elevada ao CEM de 50 Hz, e em trabalhadores de linhas telefônicas (grupo de controle). Esses autores relataram uma taxa aumentada, em relação aos controles, de células com quebras cromatídicas entre trabalhadores de linhas de força. Estécio & Silva (2002) também utilizaram culturas de 48 h de linfócitos de sangue venoso periférico e observaram que as quebras cromatídicas também foram o tipo de alteração mais freqüentemente encontrado nos indivíduos expostos ao CEM emitido pelos monitores de vídeo dos computadores. Contudo, as características do CEM produzido pelos monitores de vídeo dos computadores são diferentes daquelas dos demais experimentos. Contrariando estes resultados, Fairbairn & O'Neill (1994) não detectaram quebras na cadeia simples do DNA em estudos moleculares realizados com células humanas cultivadas expostas ao CEM. Khalil & Qassem (1991) expuseram linfócitos humanos ao CEM de 50 Hz, 1.05 mT, com tempos de exposição diferentes, sendo a primeira amostra exposta por 24 h, a segunda por 48 h e a terceira por 72 h. Após este experimento eles sugeriram uma correlação entre o aumento da freqüência de alterações citogenéticas e o tempo de exposição ao CEM (Khalil & Qassem, 1991).

Segundo Estécio & Silva (2002), também foi verificada relação entre aumento da idade e capacidade diminuída das células em reparar o DNA danificado, sendo o reparo do DNA mais eficiente em indivíduos mais jovens. Independentemente do mecanismo de ação, o CEM gera instabilidade cromossômica. Indivíduos com essa instabilidade podem gerar células com uma freqüência maior de mutações ou aberrações cromossômicas do que aqueles com genoma estável, o que aumenta o risco de desenvolvimento de câncer (HSU et al., 1986). De acordo com Estécio & Silva (2002), sob condições semelhantes de exposição ambiental, um indivíduo que apresenta mecanismo de reparo de DNA ineficiente provavelmente acumula mais mutações e aberrações cromossômicas do que um com sistema de reparo de DNA normal. Assim, a ocorrência aumentada de certos tipos de cânceres entre indivíduos expostos ao CEM, encontrada em diversos estudos epidemiológicos, poderia estar relacionada a uma instabilidade cromossômica.

Os resultados conflitantes obtidos pelos diferentes estudos, quanto à ação do CEM sobre o material genético, devem decorrer da utilização de diferentes metodologias, tipos celulares, dose e período de exposição ao CEM. Porém, permanece ainda uma forte sugestão do efeito deletério do CEM sobre os sistemas biológicos (Estécio & Silva, 2002).

Citogenética em animais

Lai & Singh (1997b) observaram um aumento nas quebras das cadeias simples de DNA em células do cérebro de ratos expostos ao CEM de 60 Hz, 0.1, 0.25 e 0.5 mT. Lai & Singh (2004) repetiram o experimento anterior, utilizando uma intensidade de 0.01 mT por 24 h e 48 h e observaram quebras nas cadeias simples e duplas do DNA e este efeito foi maior nas células expostas por 48 h, mostrando um efeito cumulativo. Robison et al. (2002) demonstraram que células expostas ao CEM de 60 Hz, 0.15 mT apresentaram uma diminuição na taxa de reparo nas linhas celulares HL-60 e HL-60R.

Heredia-Rojas et al. (2004) estudaram o efeito do CM de 60 Hz, 2.0 mT, em células germinativas de ratos. Eles observaram um efeito oposto em termos de aberrações cromossômicas e morfologia do espermatozóide, quando comparam o grupo exposto ao CM com o grupo tratado com mitomicina C.

Sistema cardiovascular em humanos

De acordo com Cook et al. (1991), foram observadas mudanças na freqüência cardíaca (diminuição) em homens saudáveis expostos, quando voluntários, aos campos eletromagnéticos de 20 µT e 60 Hz. Os efeitos eram maiores logo depois que o campo era ligado ou desligado. Estudos recentes em humanos têm revelado variações temporárias e reversíveis na freqüência cardíaca em humanos expostos a CEM de 20 µT (Sastre et al., 1998). Pelo menos um estudo epidemiológico fala de uma associação entre exposição ocupacional aos campos eletromagnéticos e morte devido a arritmias ou infarto agudo do miocárdio, apesar da ausência de doença cardíaca crônica (Savitz et al., 1999).

Sistema cardiovascular em animais

Jeong et al. (2005) observaram que a exposição de ratos ao CEM de 60 Hz, 20 gauss, durante um dia, pode suprimir o aumento da freqüência cardíaca afetando a repolarização ventricular e pode ter um efeito inferior na resposta do sistema cardiovascular induzido pelo agonista simpático.

Sistema nervoso em animais

O CEM de 50 Hz causou uma variedade de mudanças na estrutura neuronal nos cérebros de coelhos expostos, incluindo alterações do retículo endoplasmático das células de Purkinje, e a formação de numerosos corpos lamelares (Hansson, 1981). Jeong et al. (2000) observaram que ratos expostos ao CEM de 60 Hz, 20 gauss, durante 24 h, sofreram uma inibição no aumento do limiar de dor durante a noite e uma hiperalgesia durante o dia, com o envolvimento de opióides e do sistema benzodiazepínico. Choi et al. (2003) estudaram o efeito do CEM de 60 Hz, 1.5 mT, no limiar de dor em ratos, sendo um grupo exposto ao CEM das 8 às 20 h e o outro das 20 às 8 h, durante cinco dias. Com este estudo eles sugeriram que o CEM pode alterar o limiar de dor diurno, atuando no sistema, que é associado com o ciclo noite-dia do meio ambiente.

Parâmetros hematológicos e bioquímicos em animais

Bonhomme-Faivre et al. (1998), em um estudo experimental, mensuraram mudanças nos parâmetros biológicos, bioquímicos e de cortisol em camundongos swiss com seis semanas de idade. Os ratos foram expostos continuamente ao CEM gerado por transformadores. A média diária de exposição de 50 µT foi mantida por 350 dias. Os parâmetros hematológicos foram comparados com os dos ratos de controle expostos a um CEM ambiente baixo de 0,1 µT. Os parâmetros bioquímicos analisados no soro (sódio, potássio, cloreto, cálcio, magnésio, fósforo, amilase, creatinina fosfoquinase e lactato desidrogenase) foram quantificados depois de 28 dias de exposição e o cortisol depois de 90 e 190 dias. Vinte dias após o início da exposição, os ratos expostos mostraram uma diminuição significante no número de leucócitos, eritrócitos, linfócitos e monócitos, bem como um aumento significante nos valores da hemoglobina e do hematócrito, e o volume corpuscular médio aumentou. Noventa dias após, uma queda significante foi observada na quantidade de leucócitos, neutrófilos polinucleares e eosinófilos nos animais expostos. Após 190 dias, os animais expostos sofreram neutropenia e uma diminuição nos valores de cortisol (Bonhomme-Faivre, 1998).

Sistema neuroendócrino em humanos

A teoria neuroendócrina para explicar os efeitos biológicos do CEM induzido foi formulada por Marino (1993), em que ele fala que o CEM é detectado pelas células do sistema nervoso e a informação é transmitida para o hipotálamo, que é responsável por liberar respostas hormonais e elétricas para se opor aos efeitos do CEM nas interações elétricas que mediam processos vitais como a transcrição, tradução e as interações com os anticorpos. A magnitude e direção de cada parâmetro mensurável que constitui a resposta em cascata são influenciadas por fatores internos do organismo e pelos fatores ambientais (Marino, 1993).

Apesar de mudanças neuroendócrinas estarem relacionadas à exposição ao CEM, não existem conhecimentos das conseqüências dessas mudanças para a saúde (Repacholi & Greenebaum, 1999). Segundo Stevens (1987), a supressão da melatonina como resultado da exposição ao CEM tem levantado a hipótese de que esta exposição pode levar ao câncer de mama. De acordo com Wilson et al. (1989), outras desordens podem ocorrer no ser humano, através de um ou mais mecanismos, envolvendo os hormônios da glândula pineal (Wilson et al., 1989).

McLauchlan (1992), Scaiano et al. (1994) e outros têm proposto que 50/60 Hz CM aumenta o tempo de vida dos radicais livres no organismo. No entanto Valberg et al. (1997) afirmaram que os efeitos biológicos do CEM reportados na literatura não são os principais fatores para explicar o mecanismo de ação dos radicais livres no organismo. Segundo Méndez et al. (1992), ao comparar trabalhadores expostos ao CEM por dez anos com trabalhadores não expostos, os trabalhadores expostos apresentaram alterações no sistema imune que foram observadas pela dosagem de IgG e IgA. A imunidade se encontrou diminuída tanto na roseta ativa quanto na roseta espontânea.

Simkó & Mattsson (2004), baseados numa extensa revisão da literatura, sugeriram que a exposição ao CEM é capaz de causar efeitos adversos ao organismo devido ao aumento dos níveis de radicais livres no próprio organismo.

Sistema neuroendócrino em animais

Vários laboratórios de pesquisa têm reportado supressão da liberação de melatonina e da glândula pineal em ratos e hamsters expostos ao CEM (Wilson et al., 1981; Welker et al., 1983; Lerchl et al., 1990; Kato et al., 1991; Löescher et al., 1993; Yellon, 1994; Stevens, 1995). Segundo Kato (1994), a exposição de ratos ao CEM (0.02 e 1.0 µT) por 42 dias levou a uma diminuição nos níveis de melatonina diurnos e noturnos. Similarmente, exposição de ratos albinos ao CEM de 50Hz com intensidade de 0.1 mT diminuiu os níveis de melatonina noturna que por sua vez limitou a taxa enzimática, N-acetiltransferase, na glândula pineal (Selmaoui & Touitou, 1995).

Experimentos baseados na hipótese de que o câncer de mama e outras desordens no ser humano estariam relacionados com um ou mais mecanismos envolvendo os hormônios da glândula pineal têm indicado que a exposição ao campo magnético (CM) pode aumentar o risco de câncer de mama em ratos tratados com dimetilbenzantraceno (Löescher et al., 1994). Rosen et al. (1998) mostraram que um CEM de 50 µT e 60 Hz, em dez experimentos, causou em média uma redução de 46% na produção de melatonina pelas células pineais em animais de laboratório.

Wilson et al. (1999) expuseram mamíferos sensíveis ao tempo de exposição à luz, Phodopus sungorus, ao CEM de 60 Hz (0.1 mT), dividindo-os em dois grupos: um exposto a um pequeno período de luz (8:16) e o outro exposto a um período maior de luz (16:8). Foi observada uma alteração na função da glândula pineal e do eixo hipotálamo-pituitária-gonadal. Estas alterações podem ser determinadas pela supressão da melatonina pineal e o aumento das concentrações de norepinefrina. Animais expostos por 16 dias ao CEM aumentou o nível da prolactina circulante. Animais expostos diariamente por 30 a 42 dias ou mais obtiveram uma redução no peso das gônadas e retardo no crescimento.

Ratos Sprague-Dawley foram expostos continuamente aos campos eletromagnéticos, 60 Hz, por 30 dias, e mostraram menor nível médio de corticóides no soro e aumento da pituitária (Marino et al., 1977). A exposição de macacos ao CEM produziu um aumento nos níveis de corticóides na urina por mais ou menos seis dias, depois os níveis de corticóide retornaram ao nível normal apesar de continuarem expostos ao CEM (Friedman & Carey, 1972).

Segundo Lucena et al. (2002), ratos Wistar, com sessenta dias de vida, que foram submetidos ao CEM de 60 Hz, intensidade de 3 µT, durante duas horas por dia, apresentaram um aumento nas dosagens de ACTH, cortisol e glicose circulantes, quando comparados com o grupo de controle, indicando que os mesmos foram estressados pela exposição ao CEM.

De acordo com Harakawa et al. (2004), ratas ovariectomizadas, expostas ao CEM de 60 Hz por 60 minutos, apresentaram um aumento estatisticamente significante nos níveis de ACTH, glicose, lactato e piruvato plasmático, demonstrando que o CEM altera a resposta ao estresse e o metabolismo energético em ratas estressadas.

Rodriguez et al. (2002) estudaram o efeito do CEM de 60 Hz, 30 µT, em vacas prenhas, submetidas a dias mais curtos (8 h claro/16 h escuro). Eles observaram que as vacas submetidas ao CEM apresentaram uma produção maior de leite do que as vacas não submetidas ao CEM, na quarta semana do experimento. Rodriguez et al. (2004) também estudaram o efeito do CEM de 30 µT, em vacas leiteiras, submetidas a dias curtos (8 h claro/16 h escuro), durante 4 semanas, através das concentrações séricas de melatonina e prolactina. Eles observaram que o CEM pode modificar a resposta das vacas leiteiras a mudanças no tempo de exposição à luz.

Sistema imunológico

Montenegro et al. (2003) observaram através de uma revisão da literatura que os campos eletromagnéticos não ionizantes de baixa freqüência interferem na atividade fagocítica, reconhecimento de antígenos e proliferação dos linfócitos no sistema imune, provocando diversas alterações, tanto aumentando ou diminuindo a resposta à indução promovida pelos campos. Ichinose et al. (2004) observaram 60 trabalhadores submetidos ao CEM de 60 Hz durante o horário de trabalho e verificaram entre eles uma redução na atividade da ornitina descarboxilase, e alguns marcadores imunológicos eram mais fortes.

Crescimento e desenvolvimento animal

Sandrey et al. (2002) observaram que ratos jovens expostos ao CEM (60 Hz) perderam mais massa que os animais não expostos e que a recuperação foi mais lenta. Grimaldi et al. (2004) mostraram que quando populações de girino (Xenopus laevis) eram submetidas ao CEM de 50 Hz, 1 mT, 45% dos indivíduos sofriam metamorfose enquanto que no grupo de girinos não expostos este percentual era de 85%.

Considerações finais

Através desta revisão da literatura foi observado que o CEM de freqüência extremamente baixa é capaz de produzir diversos efeitos adversos em seres humanos e animais, como por exemplo: câncer, distúrbios na reprodução, doenças neurodegenerativas, efeitos psiquiátricos e psicológicos, alterações citogenéticas, alterações no sistema cardiovascular, nervoso, neuroendócrino e imunológico, distúrbios no crescimento e desenvolvimento, bem como nos parâmetros hematológicos e bioquímicos. Apesar de todas estas constatações e devido a muitas controvérsias entre vários autores, faz-se necessário um estudo mais específico e aprofundado sobre este assunto.

Colaboradores

CWSF Anselmo, FM Bion, MTJA Catanho e MC Medeiros participaram igualmente de todas as etapas da elaboração do artigo.

Artigo apresentado em 4/10/2004

Aprovado em 25/02/2005

Versão final apresentada em 6/04/2005

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Jun 2007
  • Data do Fascículo
    Dez 2005

Histórico

  • Recebido
    04 Out 2004
  • Revisado
    25 Fev 2005
  • Aceito
    06 Abr 2005
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