A TRADUÇÃO DE <i>BOUMKŒUR</i>, DE RACHID DJAÏDANI, PARA O PORTUGUÊS DO BRASIL: UM PANORAMA DOS PRINCIPAIS DESAFIOS

Resende, Letícia Campos de

doi:10.5007/2175-7968.2018v38n3p205

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Brasil

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Artigo • Cad. Trad. 38 (3) • Sep-Dec 2018 • https://doi.org/10.5007/2175-7968.2018v38n3p205 copiar

A TRADUÇÃO DE BOUMKŒUR, DE RACHID DJAÏDANI, PARA O PORTUGUÊS DO BRASIL: UM PANORAMA DOS PRINCIPAIS DESAFIOS

TRANSLATING BOUMKŒUR, BY RACHID DJAÏDANI, INTO BRAZILIAN PORTUGUESE: AN OVERVIEW OF THE MAIN CHALLANGES

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

Este artigo se baseia em uma pesquisa intitulada Boumkœur, de Rachid Djaïdani: estudo e tradução para o português do Brasil (2017), realizada no quadro do Bacharelado em Francês da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) com o objetivo de empreender uma tradução e análise do romance em questão. De forma resumida, apresento aqui uma visão parcial de três propostas de tradução para trechos que, por conterem, respectivamente, marcadores culturais, expressões de um socioleto popular e amostras de textos poéticos, representam desafios à tradução para o português do Brasil. Esse projeto tradutório optou por uma prática de “ética da diferença” (VENUTI, 2002) que busca conciliar os conceitos de “estrangeirização” e “domesticação” (VENUTI, 2008).

Palavras-chave:
Boumkœur; Rachid Djaïdani; Literatura francesa de cité; Tradução literária; “Ética da diferença”

Texto de partida	Texto de chegada
“Ils m’avaient vu en train de chialer comme une madeleine” (p. 15).	“Eles tinham me visto choramingando feito madalena aperreada”.

Texto de partida	Texto de chegada
“- Grézi, ouvre, c’est Yaz... Zi va, virou la teport c’est Yaz que j’te dis, fais pas le baltringue. Phrase décodée: Grézi ouvre, c’est moi Yaz, je suis de retour, fais pas l’imbécile, ouvre” (p. 58, grifos do autor)	“- Grézi! abre, é o Yaz... Aê, Zi! Abressaportaéoyaztassurdoparadembaçar. Frase decodificada: Grézi, abre, sou eu, Yaz, já voltei, deixa de ser imbecil, abre” (grifos meus).

Texto de partida	Texto de chegada
“Une fois qu’il enfile son uniforme, sa frousse se défile, et il te file une fouille même sur présentation de tes pièces d’identité, et le gars lit tes droits qu’il imagine pour toi, derrière des barreaux parallèles et droits, et encore là s’est créée gars si on veut, la haine de la peau lisse de ton visage basanéqui rêve d’égalité” (p. 84)	“Quando ele enfia o uniforme, o medo foge de vista enquanto ele te revista, e com os documentos nos conformes, se us direitos imaginados são no ato violados, atrás das grades, paralelas divisas, se forma em qualquer idade o ódio do rosto moreno de pele lisa que sonha com igualdade”.

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[TFN1] Fonte: Resende (2017RESENDE, L. C. de. Boumkœur, de Rachid Djaïdani: estudo e tradução para o Português do Brasil. 2017. 151 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Letras: Tradução - Francês). Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2017.).