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MORTE DO HOMEM BRANCO E POTÊNCIA-SENZALA: TRADUÇÃO EM TEMPO DE NOVAS ONTOLOGIAS

THE DEATH OF THE WHITE MAN AND SLAVE QUARTER’S POWER: TRANSLATION IN TIMES OF NEW ONTOLOGY

Resumo

Badiou, em O Ser e o Evento, parte do princípio que o vazio é formado por multiplicidades inconsistentes. Essa visão impossibilita a concepção de uma unidade fechada. Acreditamos que tal formulação se mostra como um corolário filosófico importante de formulações que estão sendo feitas na antropologia. Roy Wagner, em sua obra An Anthropology of the Subject, vai formular a ideia de sujeito holográfico, sublinhando a impossibilidade de distinguir formulação e vivência. Marilyn Strathern, com seu questionamento em relação às escalas, no seu livro Partial Connections, vai na mesma direção. Podemos pensar o afastamento do modelo de sujeito unitário tanto como causado pelo enorme processo de tradução para a língua dominante que aconteceu graças à globalização, como pelo estudo de narrativas de outras culturas, com outros modelos de sujeito, como nos estudos citados acima e demais esforços da antropologia. Ao contrário de uma integração institucional, esse tipo de encontro tradutório está levando a uma série de tensões que torna a fórmula de Viveiros de Castro, o multinaturalismo, numa reflexão central: não vivemos apenas em diferentes culturas, mas em diferentes mundos.

Palavras-chave
Tradução; Ontologia; Políticas do Sujeito; Globalização

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