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PEROMINGO, Juan Pedro Rica. Aspectos lingüísticos y técnicos de la traducción audiovisual (TAV). Madrid: Editorial Peter Lang, 2016, 177 p.

PEROMINGO, Juan Pedro Rica. Aspectos lingüísticos y técnicos de la traducción audiovisual (TAV). Madrid: Editorial Peter Lang, 2016. 177

No que diz respeito aos estudos de tradução audiovisual (doravante, TAV), podemos destacar, primeiramente, que se trata de uma disciplina recente, mas necessária em um contexto em que é possível contemplar a grande quantidade de produtos audiovisuais que são produzidos e consumidos por um público que cada vez mais consome cinema, televisão e outras plataformas de produção audiovisual. Vale ressaltar que toda essa produção em massa corrobora também na conscientização de que o mercado audiovisual inclua aquelas pessoas que apresentem algum tipo de “limitação”, seja ela auditiva (legendagem para surdos) e/ou visual (áudio-descrição para cegos).

Pensando nestas pessoas que apresentam algum tipo de “limitação audiovisual” e nos matérias de legendagem e de áudio-descrição que passaram a serem desenvolvidas pelas empresas de produção de material audiovisual, muitas universidades espanholas, então, passaram a incluir nos currículos acadêmicos dos cursos de línguas a disciplina de TAV, para que os futuros profissionais pudessem desenvolver um trabalho que atendesse, satisfatoriamente, essa parcela da população. Tendo em vista a inclusão dessa nova modalidade de estudos no ensino de línguas, abriu-se a outro questionamento, a necessidade de se considerar a TAV como uma disciplina própria dentro dos estudos da tradução.

Diante deste questionamento, muitos trabalhos foram desenvolvidos no intuito de respondê-lo, dentre os quais podemos destacar o livro de Juan Pedro Rica Peromingo, Aspectos lingüísticos y técnicos de la traducción audiovisual (TAV), em que o autor aborda questões pertinentes acerca da TAV. Em sua obra, o autor apresenta algumas definições acerca desta temática, que pode ser entendida como a tradução de um texto que se transmite por meio de canais de áudio e de vídeo, cujos códigos semióticos se unem para criar um dado significado da língua de origem (no caso, a língua estrangeira na qual o material foi produzido) para a língua de chegada (que pode ser a língua materna do público alvo ou a língua oficial do país em questão; no caso dos surdos, geralmente, a língua materna é a língua de sinais).

A obra está dividida em onze capítulos que compartilham, basicamente, a mesma estrutura: uma breve explanação acerca da temática que será discutida, seguida de alguns pontos que são pertinentes no que diz respeito à TAV, focalizando tanto os aspectos técnicos quanto os aspectos linguísticos que poderão ser relevantes para professores, estudantes e investigadores interessados no assunto. As questões referentes ao entendimento do conceito de TAV, seus tipos de modalidades, as suas prioridades e as suas restrições, bem como as técnicas de tradução em TAV, os aspectos de dublagem e legendagem, de áudio-descrição e de “sobreposição de vozes” (voiceover) são discutidas, no decorrer da obra, de maneira clara, precisa e didática para os leitores. O autor ainda se ateve a discorrer a respeito de ferramentas que podem ser utilizadas por aqueles interessados em estudar e investigar sobre este assunto, tais como programas de softwares disponíveis e o mais variados tipos de pesquisas que são realizadas, projetos de investigação e congressos.

Uma característica formal da obra que desperta o interesse e a atenção do leitor, trata-se da sua organização tipográfica. Vemos que o autor da obra esteve preocupado em organizar os capítulos de forma semelhante, distribuindo os conteúdos pertinentes sobre a TAV em tópicos, como a introdução, a divisão das subtemáticas em capítulos e as referências bibliográficas. Podemos ainda ressaltar que a estrutura na qual a obra se dispõe facilita tanto a leitura quanto a busca das informações desejadas ao longo do livro. A abordagem dos aspectos técnicos e linguísticos de cada subtemática também confere a obra a didaticidade em relação ao que ela se propôs: a abordagem da TAV como uma modalidade de tradução; além das propostas apresentadas no que se refere aos tipos de ferramentas que podem ser empregadas tanto por professores quanto por alunos e pesquisadores para o aprofundamento da temática em si. Nesse sentido, a obra se insere, principalmente, nos estudos descritivos da tradução ao abordar acerca da possibilidade de um tipo específico de modalidade de tradução.

O primeiro capítulo, que se refere à Introducción (Introdução), faz uma abordagem dos aspectos conceituais da TAV, seus tipos de modalidade e seus aspectos linguísticos e técnicos. O autor começa o capítulo apresentando algumas definições sobre o conceito de TAV, o que é importante para situar o leitor acerca desta nova modalidade de tradução. Para o autor, a TAV pode ser assim delimitada: “a tradução audiovisual acontece quando o texto original, que se pretende traduzir para a língua alvo, transmite-se por meio de canais audiovisuais, cujos códigos semióticos se unem para criar algum significado” (Peromingo 14Peromingo, Juan Pedro Rica. Aspectos lingüísticos y técnicos de la traducción audiovisual (TAV). Madrid: Editorial Peter Lang, 2016, 177 p.). Após a descrição dos principais conceitos de TAV, o autor centra a sua atenção nos tipos de modalidade de TAV, expondo cinco tipos principais de tradução: a interlinguística, a intralinguística, a audiodescrição para cegos, a sobreposição de legendas e a legendagem de forma direta. Em seguida, o autor esclarece sobre os aspectos técnicos (a utilização de programas de software e as novas tecnologias para o processo de tradução) e os aspectos linguísticos da TAV.

No segundo capítulo, intitulado Modalidades de TAV (Modalidades de TAV). temos que o autor discorre, com mais profundidade, acerca dos tipos de modalidade de TAV, dissertando sobre questões referentes à dublagem, à legendagem para surdos e ouvintes, a áudio-descrição para cegos e outros tipos de modalidade de TAV. Segundo o autor, a dublagem consiste em substituir a banda sonora original por outra na língua alvo, em que haja a sincronização entre as vozes dos dubladores e das imagens do texto audiovisual. No que se refere à legendagem, o autor volta-se para dois tipos específicos: (i) a legendagem para ouvintes, que se refere a um texto escrito que aparece ao mesmo tempo em que o texto auditivo na língua original; e (ii) a legendagem para surdos, que pode se tratar de materiais audiovisuais na língua original ou na língua alvo, e que contém, além do texto, outras informações contextuais, como sons, ruídos, músicas, etc., que possibilitem ao receptor surdo uma plena compreensão do material que está sendo legendado. No que diz respeito à audiodescrição para cegos, o autor define-a como um conjunto de técnicas e habilidades aplicadas ao material audiovisual que possibilitem a carência de captação da parte visual contida em qualquer tipo de mensagem que seja veiculada no material, para que o receptor cego possa perceber a mensagem como um todo harmônico. O autor ainda apresenta outros tipos de modalidade de TAV, tais como a sobreposição de legendas, em que se mantémo áudio original e ao mesmo tempo o áudio na língua alvo, e a sobreposição de legendas, no qual se coloca a legenda ao lado ou encima do produto audiovisual que está se apresentando, sendo, preferencialmente, empregada em obras de teatro, ópera e musicais. Trata-se de um capítulo fundamental na obra, haja vista que busca situar o leitor em relação ao que será abordado nos capítulos posteriores acerca da TAV.

No terceiro capítulo, Prioridades y restricciones en la TAV (Prioridades e restrições na TAV). o autor apresenta as principais prioridades e algumas restrições para a TAV. Segundo o autor, é necessário que se leve em conta que a mensagem veiculada pelo material audiovisual na língua de origem seja também resultado da língua alvo, isto é, o tradutor audiovisual deve considerar não apenas os aspectos formais da tradução, mas também os aspectos técnicos e o público alvo para quem se está realizando a tradução. Para isto, é necessário que o tradutor atente-se para três níveis de análise: (i) o textual, que se refere ao código escrito; (ii) a imagem, que diz respeito ao código visual; e (iii) o som, que se trata do código acústico. A combinação destes três níveis é pertinente, já que permite ao tradutor prever quais serão as suas prioridades e as suas restrições. A relevância deste capítulo consiste em expor ao leitor as prioridades e as restrições no que concerne a TAV, que são, basicamente, as referências culturais, as referências históricas, a intertextualidade, as unidades fraseológicas (as perífrases, os modismos, os provérbios, etc.), os sotaques (nacional, regional ou idioleto), as interjeições, as onomatopeias, as rimas, os nomes próprios (dos personagens, dos lugares, dos edifícios, etc.), os calcos, as normas ortotipográficas e os processos de familiarização, estrangeirização e naturalização.

No quarto capítulo, Técnicas de traducción para la TAV (Técnicas de tradução para a TAV), o autor faz uma exposição clara e consistente sobre as principais técnicas utilizadas para a TAV, expondo exemplos e esclarecendo ao leitor que elas podem ser empregadas nas mais variadas modalidades de tradução. Dentre elas, destacamos: (i) o empréstimo, que integra uma terminologia da língua de origem na língua de chegada; (ii) o calco, que é a tradução literal de uma palavra ou sintagma estrangeiro; (iii) a tradução palavra por palavra, que é a manutenção da gramática, da ordem e do significado primário de todas as palavras da língua original, em que essas palavras têm o mesmo significado fora do contexto; (iv) a tradução um por um, que é a correspondência na língua alvo de cada palavra do texto na língua de origem, mas com significados diferentes quando situadas fora do contexto em que são empregadas; (v) a tradução literal, que é a representação exata do texto na língua de origem, mas sem que o número de palavras coincida ou que se tenha alterado a ordem da frase; (vi) a omissão, que é a supressão por completo no texto meta de algum elemento ou informação presente no texto original; (vii) a redução, que é a omissão no texto meta de alguma carga informativa ou elemento de informação presente no texto de origem; e (viii) a transposição, que é a mudança de uma categoria gramatical ou da voz verbal (ativa, passiva ou vice-versa) da língua de origem para a língua meta.

No capítulo cinco, Doblaje: aspectos técnicos y lingüísticos (Dublagem: aspectos técnicos e linguísticos), o autor faz uma abordagem dos aspectos técnicos e linguísticos da dublagem, expondo ao leitor todos os critérios que devem ser considerados pelo tradutor nesta modalidade de TAV. De acordo com o autor, a dublagem apresenta diferentes etapas, tais como a aquisição dos direitos autorais, contratação do diretor de dublagem, correção dos takes, elaboração da banda musical, escolha das vozes para a gravação, etc. Em relação aos aspectos técnicos, a dublagem deve obedecer alguns critérios, dentre eles, temos: (i) o sincronismo de caracterização, que se trata da harmonia entre a voz do ator que faz a dublagem e o aspecto da gesticulação; (ii) o sincronismo de conteúdo, que diz respeito sobre a adaptação entre a nova versão do texto e o conteúdo veiculado pelo produto audiovisual; e (iii) o sincronismo visual, que concerne à harmonia entre os movimentos articulatórios que se veem na tela com os sons que são produzidos pelos dubladores. Os aspectos linguísticos também devem ser considerados, levando em conta a leitura do roteiro audiovisual, juntamente, com a imagem do produto que se pretende traduzir; o processo de documentação sobre a situação e o contexto do produto audiovisual; a forma como se dará a tradução do roteiro que deverá seguir a transposição do roteiro original; e a simultaneidade entre o roteiro com a imagem e a revisão do texto final. Para finalizar o capítulo, o autor apresenta, de forma sucinta, os critérios gerais que devem nortear a dublagem.

No capítulo seis, Subtitulado para oyentes: aspectos técnicos y lingüísticos (Legendagem para ouvintes: aspectos técnicos e linguísticos), o autor volta-se para as questões de legendagem para ouvintes, que implica na tradução do código oral (o que se escuta no produto audiovisual) para o código escrito (as linhas de legendagem que aparecem no vídeo), incluindo, ao mesmo tempo, a tradução da língua de origem para a língua alvo. Uma das características fundamentais deste tipo de tradução diz respeito ao fato da legendagem não se tratar de uma tradução literal dos diálogos originais, mas de uma versão reduzida do texto original, no qual se traduz ao final do código oral para o escrito. Um ponto importante ressaltado pelo autor concerne ao cuidado que o tradutor deve ter de eliminar toda e qualquer informação do texto original que não seja necessária para que se entenda o texto original. Nesse sentido, o tradutor deve reformular de forma mais concisa as informações que são veiculadas no material audiovisual. Neste capítulo, o autor preocupa-se em apontar as vantagens e desvantagens desse tipo de tradução para que o leitor compreenda o funcionamento deste tipo de trabalho. Dentre as vantagens assinaladas pelo autor, podemos destacar: (i) trata-se de uma atividade tradutória barata; (ii) não requer muito tempo de execução; (iii) mantém-se o áudio original do material; (iv) há a possibilidade de que seja utilizado pelos professores em sala de aula; e (v) é mais conveniente para a comunidade surda. No que diz respeito às desvantagens, o autor cita que: (i) a legenda pode interferir na qualidade da imagem; (ii) a informação veiculada por meio da legenda pode não conter todas as informações necessárias; e (iii) o espectador deve dividir sua atenção entre a imagem, à legenda e o áudio. É um capítulo importante na obra, tendo em vista que apresenta mecanismos aos tradutores de como melhorar a produção das legendas nos materiais audiovisuais.

No capítulo sete, Subtitulado para sordos (SPS): aspectos técnicos e lingüísticos (Legendagem para surdos: aspectos técnicos e linguísticos), o autor ainda continua a discorrer acerca da legendagem, mas agora voltada para a comunidade surda. Para o autor, a produção deste tipo de legendagem pode ser definida como um serviço de apoio da comunidade surda, haja vista que ela mostra, na tela do monitor, por meio de textos e gráficos, os discursos orais, a informação suprassegmental e os efeitos sonoros que se produzem durante a exibição do material. Para que a comunidade surda possa aproveitar ao máximo deste tipo de tradução, alguns requisitos devem ser seguidos, tais como: (i) que os tradutores tenham os conhecimentos necessários sobre o processo de legendagem para pessoas surdas, incluindo suas necessidades e preferências, suas inquietações, etc.; (ii) que os profissionais que decidam realizar este trabalho tenham recebido formação adequada para realizá-lo, como formação técnica ou acadêmica; e (iii) que os produtores deste tipo de legendagem tenham os conhecimentos amplos em relação à técnica e aos aspectos linguísticos. Os aspectos técnicos que são abordados neste capítulo versam sobre a inclusão de informação contextual, efeitos sonoros e dos segmentos suprassegmentais (entonação, ritmo e prosódia).

No capítulo oito, Audio descripción para ciegos (AD): aspectos técnicos y lingüísticos (Audio-descrição para cegos: aspectos técnicos e linguísticos), o autor põe em relevo as questões referentes à tradução que é feita dos materiais audiovisuais voltados para os cegos, que consiste na autodescrição destes materiais e no tipo de tradução que deve ser feita, pautando-se tanto nos aspectos técnicos quanto nos linguísticos. No entendimento do autor, a audiodescrição está destinada para o coletivo de pessoas cegas ou com baixa visão, permitindo que esse grupo de pessoas possa ter acesso aos materiais audiovisuais nas mesmas condições que as pessoas que podem ver (o que o autor denomina como “videntes”). Este tipo de tradução apresenta algumas especificidades que são esclarecidas ao leitor na obra, dentre elas, destacamos: (i) o tradutor deve verificar a obra audiovisual em sua totalidade e anotar todos os aspectos linguísticos e técnicos; (ii) os profissionais destinados para a este trabalho devem criar um roteiro do texto no mesmo idioma em que se apresenta a trilha sonora do produto audiovisual; (iii) a locução do áudio deve ser clara e neutra; e (iv) a realização de uma montagem final em que as pistas de áudio possam ser escutadas no mesmo nível e com a mesma intensidade para que não tire a atenção da comunidade cega. Neste capítulo, o autor preocupa-se também em apresentar os aspectos técnicos, que consistem na descrição das características físicas dos personagens, sua vestimenta e maquiagem, estado emocional, suas ações e o tipo de paisagem. De maneira bem objetiva, o autor ainda faz uma explanação acerca das habilidades que o tradutor deste tipo de tradução deve ter, como a habilidade de resumir as informações de forma precisa, o controle da língua de trabalho, um tom de voz claro e agradável e a capacidade de trabalhar em grupo.

No capítulo nove, Voces sobrepuestas (voiceover) y sobretitulação: aspectos técnicos y linguísticos (Sobreposição de vozes e sobreposição de legenda: aspectos técnicos e linguísticos), o autor discorre sobre os casos de “sobreposição de vozes” (voiceover) e sobre a questão de legendagem deste tipo de material. Segundo o autor, neste tipo de modalidade de tradução, mantém-se o áudio original, cujo volume é diminuído um segundo após ser introduzido o áudio com o texto traduzido. A partir desta definição, é ressaltado, neste capítulo, que o elemento chave para a qualidade do material traduzido é que seja criado um texto fluido que será lido em voz alta e que se encaixe no espaço temporal em que o áudio original se apresenta. Algumas características fundamentais são apresentadas em relação à sobreposição de voz, dentre as quais salientamos: que se escute a voz original na língua de origem e, simultaneamente, a tradução lida por um locutor, à tradução deve começar entre um segundo e três segundos depois da execução de algumas palavras no texto original, e que a tradução termine também entre um segundo e três segundos antes da versão na língua de origem. A principal recomendação feita pelo autor refere-se ao tipo de locutor que irá reproduzir a tradução na língua alvo, ressaltando que este deve ter uma voz clara, pronunciação correta, um tom de voz adequado, consistente e uma correção gramatical e sintática absoluta.

No capítulo dez, Programas de software disponibles para la TAV (Programas de software disponíveis para a TAV), o autor disserta a respeito dos tipos de programas de softwares que estão disponibilizados para o manuseio e o trabalho para a TAV. A relevância deste capítulo consiste, basicamente, no levantamento feito pelo autor dos principais softwares gratuitos que facilitam o acesso à aprendizagem de TAV mais acessível para tradutores, professores, alunos e profissionais interessados nesta modalidade de tradução. Dentre os tipos de softwares, o autor destaca o Windows Movie Maker, Audacity, AV Movie Morpher, Subtitle Workshop e Aegisub.

Por fim, no capítulo onze, Investigaciones en el campo de TAV (Pesquisas no campo de TAV), o autor aborda a respeito das principais pesquisas que são desenvolvidas no campo da TAV, tais como projetos de investigação, os congressos que são realizados na Espanha e em outros países e sobre os links disponibilizados nas mais diferentes plataformas da web sobre TAV e que podem ser de ajuda para professores, alunos e pesquisadores que estejam interessados na TAV. Ainda neste capítulo, o autor faz uma reflexão acerca da importância desta modalidade de tradução, reivindicando a inclusão dela dentro dos programas universitários e na formação de profissionais tradutores audiovisuais, bem como na potencialização das pesquisas neste âmbito da tradução.

A obra, em sua totalidade, apresenta-nos que a TAV pode ser considerada uma modalidade de tradução, tendo em vista que está pautada em aspectos técnicos e linguísticos particulares no que diz respeito às suas modalidades básicas: a dublagem, a legendagem, a sobreposição de vozes e a audiodescrição. Assim, com base nas considerações feitas anteriormente, concluímos que a obra apresentada pelo autor procura caracterizar o material audiovisual e, consequentemente, a tradução audiovisual, pela combinação de diferentes códigos: o escrito (que se refere ao roteiro do material audiovisual), o oral (que se trata das vozes dos dubladores, dos personagens do material audiovisual ou dos tradutores da audiodes-crição) e o visual (que diz respeito à imagem). Em suma, o livro representa uma ótima contribuição aos Estudos da Tradução, principalmente, no que diz respeito à TAV, por isso o recomendamos como leitura básica para aqueles professores, alunos, pesquisadores e, principalmente, tradutores que interessados nesta modalidade de tradução.

Referências

  • Peromingo, Juan Pedro Rica. Aspectos lingüísticos y técnicos de la traducción audiovisual (TAV) Madrid: Editorial Peter Lang, 2016, 177 p.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    9 Set 2019
  • Data do Fascículo
    May-Aug 2019

Histórico

  • Recebido
    12 011 2018
  • Aceito
    29 Mar 2019
  • Publicado
    Maio 2019
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