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Relação entre desempenho cognitivo e mobilidade em pacientes com doença de Parkinson: Um estudo transversal

RESUMO

Alterações na marcha podem estar associadas ao comprometimento cognitivo, e a velocidade lenta prediz comprometimento cognitivo e demência. Objetivo: Investigar as relações entre a capacidade cognitiva e o desempenho da marcha em pacientes com doença de Parkinson (DP) que participaram de um programa de neurorreabilitação hospitalar. Métodos: A estatística descritiva e inferencial (correlação de Pearson) foi utilizada para análise dos dados. As funções cognitivas foram avaliadas por meio do Teste de Extensão de Dígitos, Controle Mental, Teste de Trilha, Tarefa de Fluência Verbal Fonêmica, Exame Cognitivo de Addenbrooke III. A função motora foi avaliada através do teste de caminhada de 10 metros, Mini BESTest e Timed Up and Go Test. Resultados: Um total de 65 pacientes foi incluído neste estudo. Destes, 66,15% eram do sexo masculino, com média de idade de 61,14 (8,39) anos, com escolaridade média de 12 (8) anos, tempo de evolução da doença de 5,45 (4,37) anos. 64,61% estavam nos estágios I e II do estágio Hoehn e Yahr. As análises de correlação mostraram que as habilidades de equilíbrio estão significativamente correlacionadas com a capacidade de alternar a atenção entre duas tarefas e a função visuoespacial. A função mobilidade apresentou correlação significativa com os testes cognitivos. Conclusão: Os dados sugerem a importância dos aspectos de troca de atenção e flexibilidade mental na marcha, evidenciando a maior dificuldade para tarefas duplas.

Palavras-chave:
doença de Parkinson; parâmetros da marcha; cognição; estratégias terapêuticas

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