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Democracia, inteligência e (boa) educação, na perspectiva de John Dewey 1 1 - Esta publicação teve o apoio financeiro da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Lisboa, Portugal) e do programa de financiamento POCH (Programa Operacional Capital Humano): financiamento comparticipado pelo Fundo Social Europeu e por fundos nacionais do MCTES (Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lisboa, Portugal) 2015-2016.

Resumo

Neste artigo, que aproveita a oportunidade de se incluir numa celebração dos cem anos da publicação de Democracy and Education, pretendemos fazer uma reflexão sobre os fundamentos de três noções nucleares e transversais a toda a obra de John Dewey, em especial a referida acima. Reportamo-nos às noções de d emocracia, inteligência e educação, numa relação que nos parece estrutural. O título da obra original de John Dewey não inclui o termo inteligência. No entanto, parece-nos decisivo fazer ancorar a teoria da educação, que se explana no âmbito de uma concepção democrática, nessa ideia estrutural na teoria do autor. Com efeito, na filosofia de Dewey, a educação assume o papel de teste da validade do ideal de uma sociedade democrática e é sobre ela que recai a responsabilidade de criar as condições para a implementação desta sociedade. Na concepção de Dewey a democracia é bem mais do que uma forma de governo. É a oportunidade de realização plena das potencialidades maiores da natureza humana. Nesse contexto, só uma capacidade como a inteligência pode servir para agir num mundo contingente, em evolução permanente e com a vocação de uma melhoria constante. Mas, para isso, torna-se necessário clarificar a concepção de inteligência que permite realizar esse ideal.

Democracia; Inteligência; Educação; Pragmatismo; John Dewey

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