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Literacia e consciência histórica

Historical literacy and consciousness

Resumos

A ideia de literacia histórica - enquanto conjunto de competências de interpretação e compreensão do passado - surge associada à proposta de desenvolvimento da consciência histórica, tal como defende Peter Lee. Esta necessidade de orientação temporal exige identificações múltiplas, a várias escalas (do local ao global), e a consideração de pontos de vista diversificados, apresentados quer por historiadores quer por outras fontes para a História. Assumindo a relevância desta problemática para a formação da consciência histórica, é pertinente interrogarmo-nos acerca de como desenvolvem os alunos universitários (futuros professores de História) as suas competências de literacia histórica. No âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino da História, no 4º ano da Licenciatura em Ensino de História (Universidade do Minho), explorararam-se as seguintes questões de investigação: 1) Que critérios utilizam os futuros professores de História quando decidem entre versões históricas diferentes? 2) Como é que estes futuros professores fundamentam os seus argumentos a favor ou contra uma determinada versão? Aos dezoito alunos do curso participantes neste estudo, foi proposta uma tarefa de avaliação de dois textos históricos, um de Luís de Albuquerque, historiador português, outro de Sanjay Subrahmanyam, historiador indiano, sobre a primeira viagem marítima dos portugueses à Índia (com suporte em várias fontes, nomeadamente um excerto do diário de viagem de Gama). Conjugando-se as dimensões de interpretação substantiva das mensagens com a de uso de critérios históricos, os dados sugeriram uma categorização global constituída por cinco níveis de ideias. Os padrões mais observados ligam-se a noções de viés (a validade histórica depende de uma maior ou menor neutralidade) ou de influência do contexto de produção nos historiadores. A aceitação da validade de versões diferentes, enquanto algo genuíno no conhecimento histórico, emergiu entre alguns poucos alunos universitários. Esta tipologia coincide com os níveis de idéias observados em adolescentes e crianças portuguesas, em estudos anteriores, embora os níveis mais elaborados apareçam mais frequentemente entre os alunos universitários.

Literacia histórica; Consciência histórica; Educação histórica; Cognição; Formação de Professores


The idea of historical literacy - as a set of competences of historical interpretation and understanding - is emerging as linked to the proposal of developing historical consciousness, as Peter Lee argues. This need for temporal orientation demands multiple identifications at several scales (from the local up to the global scale) as well as the consideration of diversified points of view, given either by historians or many other sources of history. Assuming the relevance of this issue, it is pertinent to question about the way university students (preservice history teachers) are developing their own competences of historical literacy. In the context of the Methodology of History Teaching subject, at year 4 of the Teaching of History Graduate Course (University of Minho), the following research questions were explored: 1) What criteria do the preservice history teachers employ when deciding about different historical versions? 2) How those preservice history teachers support their arguments for or against a given version? An assessment task of two historical texts, one written by Luís de Albuquerque, Portuguese historian, another by Sanjay Subrahmanyam, Indian historian, was accomplished by the 18 participants of this study. The historical texts focussed on the first Portuguese maritime voyage to India (and they were grounded on several evidence, namely an excerpt of the Gama trip log). Combining the dimensions of substantive interpretation of messages and use of historical criteria, data suggested a global categorization with five levels of ideas. The most observed patterns are related to notions of bias (historical validity depends on neutrality) or notions of influence of the historical production context). The recognition of validity of different versions as a genuine element of the historical knowledge emerged just among a few university students. Such a tipology matches with the levels of ideas observed among Portuguese children and adolescents in former studies, although the most elaborate levels appear more frequently among the university students.

Historical literacy; Historical Consciousness; Historical Education; Cognition; Teacher education


Literacia e consciência histórica* * Projecto " HiCon - Consciência histórica, Teoria e Práticas", aprovado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e pelo POCTI, comparticipado pelo Fundo Comunitário Europeu FEDER. 1 Refira-se o Projecto " How People Learn" o e os contributos dos estudos sobre aprendizagem da História, Ciências e Matemática (DONOVAN & BRANSFORD (2005). 2 Numa perspectiva céptica, esta multiplicidade de discursos encarada de forma negativa, como crise do conhecimento histórico (veja-se o título de A história em migalhas, DOSSE, 1994). Numa visão objectiva, a diversidade é olhada como sinal de pujança e desafio pra posturas mais críticas (veja-se, por exemplo, a discussão epistemológica recente apresentada por FULBROOK, 2002). 3 Esta discussão sobre a proposta inspirada em Foucault (1991) foi j apresentada em Barca (1998). 4 A licenciatura em Ensino de História da Universidade do Minho termina no 5º ano, com um "estágio integrado". 5 Os nomes dos alunos são fictícios.

Historical literacy and consciousness

Isabel Barca

Professora e investigadora da Universidade do Minho, Braga, Portugal. E.mail: isabel@iep.uminho.pt

RESUMO

A ideia de literacia histórica - enquanto conjunto de competências de interpretação e compreensão do passado - surge associada à proposta de desenvolvimento da consciência histórica, tal como defende Peter Lee. Esta necessidade de orientação temporal exige identificações múltiplas, a várias escalas (do local ao global), e a consideração de pontos de vista diversificados, apresentados quer por historiadores quer por outras fontes para a História. Assumindo a relevância desta problemática para a formação da consciência histórica, é pertinente interrogarmo-nos acerca de como desenvolvem os alunos universitários (futuros professores de História) as suas competências de literacia histórica. No âmbito da disciplina de Metodologia do Ensino da História, no 4º ano da Licenciatura em Ensino de História (Universidade do Minho), explorararam-se as seguintes questões de investigação: 1) Que critérios utilizam os futuros professores de História quando decidem entre versões históricas diferentes? 2) Como é que estes futuros professores fundamentam os seus argumentos a favor ou contra uma determinada versão? Aos dezoito alunos do curso participantes neste estudo, foi proposta uma tarefa de avaliação de dois textos históricos, um de Luís de Albuquerque, historiador português, outro de Sanjay Subrahmanyam, historiador indiano, sobre a primeira viagem marítima dos portugueses à Índia (com suporte em várias fontes, nomeadamente um excerto do diário de viagem de Gama). Conjugando-se as dimensões de interpretação substantiva das mensagens com a de uso de critérios históricos, os dados sugeriram uma categorização global constituída por cinco níveis de ideias. Os padrões mais observados ligam-se a noções de viés (a validade histórica depende de uma maior ou menor neutralidade) ou de influência do contexto de produção nos historiadores. A aceitação da validade de versões diferentes, enquanto algo genuíno no conhecimento histórico, emergiu entre alguns poucos alunos universitários. Esta tipologia coincide com os níveis de idéias observados em adolescentes e crianças portuguesas, em estudos anteriores, embora os níveis mais elaborados apareçam mais frequentemente entre os alunos universitários.

Palavras-chave: Literacia histórica; Consciência histórica; Educação histórica; Cognição; Formação de Professores.

ABSTRACT

The idea of historical literacy - as a set of competences of historical interpretation and understanding - is emerging as linked to the proposal of developing historical consciousness, as Peter Lee argues. This need for temporal orientation demands multiple identifications at several scales (from the local up to the global scale) as well as the consideration of diversified points of view, given either by historians or many other sources of history. Assuming the relevance of this issue, it is pertinent to question about the way university students (preservice history teachers) are developing their own competences of historical literacy. In the context of the Methodology of History Teaching subject, at year 4 of the Teaching of History Graduate Course (University of Minho), the following research questions were explored: 1) What criteria do the preservice history teachers employ when deciding about different historical versions? 2) How those preservice history teachers support their arguments for or against a given version? An assessment task of two historical texts, one written by Luís de Albuquerque, Portuguese historian, another by Sanjay Subrahmanyam, Indian historian, was accomplished by the 18 participants of this study. The historical texts focussed on the first Portuguese maritime voyage to India (and they were grounded on several evidence, namely an excerpt of the Gama trip log). Combining the dimensions of substantive interpretation of messages and use of historical criteria, data suggested a global categorization with five levels of ideas. The most observed patterns are related to notions of bias (historical validity depends on neutrality) or notions of influence of the historical production context). The recognition of validity of different versions as a genuine element of the historical knowledge emerged just among a few university students. Such a tipology matches with the levels of ideas observed among Portuguese children and adolescents in former studies, although the most elaborate levels appear more frequently among the university students.

Key-words: Historical literacy; Historical Consciousness; Historical Education; Cognition; Teacher education.

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REFERÊNCIAS

ASHBY, R. O conceito de evidência histórica: exigências curriculares e concepções dos alunos. In: BARCA, I. (Org.). Educação histórica e museus. Braga: CIED, Universidade do Minho, 2003. p. 37-57.

ASHBY, R. Students' approaches to validating historical claims. In: ASHBY, R.; GORDON, P.; LEE, P. (Eds.). Understanding history: recent research in history education, IRHE. v. 4. Oxon: Routledge Falmer, 2005. p. 21-36.

BARCA, I. Verdade e perspectivas do passado na explicação em história: uma visão pósdesconstrucionista. O estudo da história, n. 3. Lisboa: Associação de Professores de História, 1998.

______. O pensamento histórico dos jovens. Braga: CEEP, Universidade do Minho, 2000.

______.; GAGO, M. Aprender a pensar em história: um estudo com alunos no 6º ano de escolaridade. Revista Portuguesa de Educação, v. 14, n. 1, p. 239-261, 2001.

COOPER, H. O pensamento histórico das crianças. In: BARCA, I. (Org.). Para uma educação histórica de qualidade. Braga: CIED, Universidade do Minho, 2004.

CERCADILLO, L. Significance in history: students' ideas in England and Spain. In: DICKINSON, A.; GORDON, P.; LEE, P. (Eds.). Raising standards in history education, IRHE. v. 3. London: Wolburn Press, 2001. p. 116-145.

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______. Historical literacy: theory and research. International Journal of Historical Learning, Teaching and Research, v. 5, n. 1, 2004a. Disponível em: <www.centres.ex.ac.uk/historyresource/journalstart.htm> Acesso em: 26 dez. 2005.

______.Walking backwards into tomorrow: historical consciousness and understanding history, 2004b. Disponível em: <http://www.cshc.ubc.ca> Acesso em: 26 maio 2004.

______.; ASHBY, R. Progression in historical understanding among students ages 7-14. In: STEARNS, P.; SEIXAS, P.; WINEBURG, S. (Eds.). Knowing, teaching and learning history . New York: New York University Press, 2000. p. 199-222.

MAGALHÃES, O. Concepções de história e de ensino de história: um estudo no Alentejo. Lisboa: Colibri/CIDEHUS, 2002.

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SCHMIDT, M. A.; GARCIA, T. B. Teaching history based on documents from the family archives: a social experiment with Brazilian children. International Journal of Historical Learning, Teaching and Research, v. 5, n. 2, 2005. Disponível em: <www.centres.ex.ac.uk/historyresource/journalstart.htm> Acesso em: 26 dez. 2005.

SEIXAS, P. Schweigen! Die Kinder! Or, Does postmodern history have a place in the schools? In: STEARNS, P.; SEIXAS, P.; WINEBURG, S. (Eds.). Knowing, teaching and learning history . New York: New York University Press, 2000. p. 19-37.

SHEMILT, D. Adolescent ideas about evidence and methodology in history. In: PORTALI, C. (Ed.). The history curriculum for teachers. Londres: The Falmer Press, 1987. p. 39- 61.

WHITE, H. The historical text as literary artefact. In: FAY, B.; POMPER, P.; VANN, R. (Eds.). History and theory: contemporary readings. Malden, MA: Blackwell Pub, 1998. p. 15-33.

WINEBURG, S. Historical problem solving: a study of the cognitive processes used in the evaluation of documentary and pictorial evidence. Journal of Educational Psychology, v. 83, n. 1, p. 73-87, 1991.

Texto recebido em 16 fev. 2005

Texto aprovado em 17 nov. 2005

APÊNDICE

Versões históricas

Fonte A

Em Calicut os Portugueses encontraram um mundo civilizado como o seu, negociando em riquezas inesperadas e tendo uma intensa actividade comercial... Apesar da recepção honrosa que o Samorim de Calecut começou por dispensar a Gama, cedo se apercebeu dos intuitos concorrenciais que estavam por trás da expedição. A armada apresenta como um dos objectivos de viagem o encontro com os cristãos que se imaginam existir naquelas paragens.

O presente enviado pelo capitão português havia de constituir o pretexto para o primeiro desentendimento entre os Portugueses e os homens de Calecut. Receberam-no mal, dizendo "que não era aquilo nada para mandar a el-rei; que o mais pobre comerciante que vinha de Meca ou das Índias lhe dava mais do que aquilo; e que se lhe queria fazer serviço que lhe mandasse algum ouro, porque el-rei não havia de tomar aquilo". Este conflito havia de se agudizar com o tempo e nunca, através de anos e anos, pôde ser superado.

Luís Albuquerque, 1992

Fonte B

A breve estada na África Oriental é essencial para definir a conduta dos Portugueses no Malabar. Salientemos a extrema desconfiança de Gama em Calecut: ele espera por navios de terra para se aproximarem das suas naus em vez de tomar a iniciativa do contacto, após o que manda a terra um membro dispensável da sua frota - um degredado chamado João Nunes - em vez de alguém com autoridade.

Contrariamente ao que dizem outros cronistas posteriores, o Islão e a Cristandade não entraram em confronto directo no momento da chegada de Gama a Calecut. O que aconteceu durante os três meses da estada de Vasco da Gama (deixou Calecut a 2 de Agosto) foi algo de bem mais complexo: as informações haviam certamente sido adquiridas, mas os Portugueses - com os seus insignificantes presentes de tecido, chapéus, coral e produtos agrícolas - não conseguiram criar uma impressão favorável. De facto, havia um tom real de hostilidade em alguns dos contactos; a desconfiança mútua é evidente aquando da tomada de reféns e contra-reféns.

Sanjay Subrahmanyam, 1995

  • ASHBY, R. O conceito de evidência histórica: exigências curriculares e concepções dos alunos. In: BARCA, I. (Org.). Educação histórica e museus Braga: CIED, Universidade do Minho, 2003. p. 37-57.
  • ASHBY, R. Students' approaches to validating historical claims. In: ASHBY, R.; GORDON, P.; LEE, P. (Eds.). Understanding history: recent research in history education, IRHE. v. 4. Oxon: Routledge Falmer, 2005. p. 21-36.
  • BARCA, I. Verdade e perspectivas do passado na explicação em história: uma visão pósdesconstrucionista. O estudo da história, n. 3. Lisboa: Associação de Professores de História, 1998.
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  • ______.; GAGO, M. Aprender a pensar em história: um estudo com alunos no 6ş ano de escolaridade. Revista Portuguesa de Educação, v. 14, n. 1, p. 239-261, 2001.
  • COOPER, H. O pensamento histórico das crianças. In: BARCA, I. (Org.). Para uma educação histórica de qualidade Braga: CIED, Universidade do Minho, 2004.
  • CERCADILLO, L. Significance in history: students' ideas in England and Spain. In: DICKINSON, A.; GORDON, P.; LEE, P. (Eds.). Raising standards in history education, IRHE. v. 3. London: Wolburn Press, 2001. p. 116-145.
  • DOSSE, F. A história em migalhas: dos annales à nova história. São Paulo: Ensaio, 1994.
  • FOCAULT, M. Saber y verdad Madrid: La Piqueta, 1991.
  • FULBROOK, M. Historical theory London: Routledge, 2002.
  • JENKINS, K. Rethinking history London: Routledge and Kegan Paul,1991.
  • LEE, P. Progressão da compreensão dos alunos em história. In: BARCA, I. (Org.). Perspectivas em educação histórica. Braga: CEEP, Universidade do Minho, 2001. p. 13- 27.
  • LEE, P. Nós fabricamos carros e eles tinham que andar a pé: compreensão das pessoas do passado. In: BARCA, I. (Org.). Educação histórica e museus Braga: CIED, Universidade do Minho, 2003. p. 19-36.
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  • ______.Walking backwards into tomorrow: historical consciousness and understanding history, 2004b. Disponível em: <http://www.cshc.ubc.ca> Acesso em: 26 maio 2004.
  • ______.; ASHBY, R. Progression in historical understanding among students ages 7-14. In: STEARNS, P.; SEIXAS, P.; WINEBURG, S. (Eds.). Knowing, teaching and learning history New York: New York University Press, 2000. p. 199-222.
  • MAGALHÃES, O. Concepções de história e de ensino de história: um estudo no Alentejo. Lisboa: Colibri/CIDEHUS, 2002.
  • MARTIN, R. The past within us Princeton: Princeton University Press, 1989.
  • MCCULLAGH, C. BEHAN . The truth of history London: Routledge, 1998.
  • RORTY, R. Contingency, irony and solidarity Cambridge: Cambridge University Press, 1989.
  • SCHMIDT, M. A.; GARCIA, T. B. Teaching history based on documents from the family archives: a social experiment with Brazilian children. International Journal of Historical Learning, Teaching and Research, v. 5, n. 2, 2005. Disponível em: <www.centres.ex.ac.uk/historyresource/journalstart.htm> Acesso em: 26 dez. 2005.
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  • SHEMILT, D. Adolescent ideas about evidence and methodology in history. In: PORTALI, C. (Ed.). The history curriculum for teachers Londres: The Falmer Press, 1987. p. 39- 61.
  • WHITE, H. The historical text as literary artefact. In: FAY, B.; POMPER, P.; VANN, R. (Eds.). History and theory: contemporary readings. Malden, MA: Blackwell Pub, 1998. p. 15-33.
  • WINEBURG, S. Historical problem solving: a study of the cognitive processes used in the evaluation of documentary and pictorial evidence. Journal of Educational Psychology, v. 83, n. 1, p. 73-87, 1991.
  • *
    Projecto "
    HiCon - Consciência histórica, Teoria e Práticas", aprovado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e pelo POCTI, comparticipado pelo Fundo Comunitário Europeu FEDER.
    1 Refira-se o Projecto "
    How People Learn" o e os contributos dos estudos sobre aprendizagem da História, Ciências e Matemática (DONOVAN & BRANSFORD (2005).
    2 Numa perspectiva céptica, esta multiplicidade de discursos encarada de forma negativa, como crise do conhecimento histórico (veja-se o título de
    A história em migalhas, DOSSE, 1994). Numa visão objectiva, a diversidade é olhada como sinal de pujança e desafio pra posturas mais críticas (veja-se, por exemplo, a discussão epistemológica recente apresentada por FULBROOK, 2002).
    3 Esta discussão sobre a proposta inspirada em Foucault (1991) foi j apresentada em Barca (1998).
    4 A licenciatura em Ensino de História da Universidade do Minho termina no 5º ano, com um "estágio integrado".
    5 Os nomes dos alunos são fictícios.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      04 Set 2014
    • Data do Fascículo
      2006

    Histórico

    • Aceito
      17 Nov 2005
    • Recebido
      16 Fev 2005
    Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná Educar em Revista, Setor de Educação - Campus Rebouças - UFPR, Rua Rockefeller, nº 57, 2.º andar - Sala 202 , Rebouças - Curitiba - Paraná - Brasil, CEP 80230-130 - Curitiba - PR - Brazil
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