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Cães e preconceito na África do Sul: um diálogo entre literatura e etnografia* * O presente artigo desenvolve argumentos esboçados no encontro anual da Anpocs em 2014, em mesa sobre a experiência etnográfica, a literatura e as relações entre o conhecimento, a arte e seus efeitos políticos, da qual participaram Ana Lúcia Modesto, Regina Coeli Machado e Suely Kofes, a quem sou profundamente grata. O argumento também se beneficiou dos comentários colhidos no encontro do Grupo de Estudos de Teoria Antropológica (Gesta). Agradeço à Mariza Peirano, pela minuciosa leitura, e ao parecerista anônimo, pelas edificantes sugestões.

Dogs and prejudice in South Africa: literature and ethnography in conversation

Resumo:

Coadunando ficção literária e etnográfica, o presente artigo toma como inspiração o romance Disgrace de Coetzee, os chamados discursos de ódio atribuídos a Julius Malema e a experiência dos moradores de fazenda na região de Kwazulu-Natal para problematizar disputas entre “ideais de existência” que têm cães como mediadores. O objetivo aqui é atentar para o efeito epistemológico que o entendimento das trocas de insultos por meio dos animais pode ter sobre nossa compreensão do racismo na África do Sul e alhures, e sobre o papel da antropologia a esse respeito.

Palavras-chave:
África do Sul; humanos e animais; John Maxwell Coetzee; racismo

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