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Total and methyl mercury in different species of molluscs from two estuaries in Rio de Janeiro State

Mercúrio total e metilmercúrio foram avaliados em três espécies de moluscos (Perna perna - mexilhão, Crassostrea rhizophorae - ostra, Anomalocardia brasiliana - vôngole) provenientes de dois estuários no estado do Rio de Janeiro, impactados por matéria orgânica e metais pesados. O mexilhão foi a espécie que apresentou melhor capacidade para acumular o mercúrio dentre as espécies de molusco estudadas. Foi observada uma diferença significante nas concentrações de mercúrio entre os organismos de mexilhão, fêmeas e machos (81 ± 1 µg kg-1 e 70 ± 5 µg kg-1 em peso seco respectivamente), com comprimento de concha semelhante. Entretanto, não foi observada diferença significante na percentagem de metilmercúrio entre fêmeas (64%) e machos (63%) de mexilhão. Apesar de possuírem o hábito alimentar semelhante, o mexilhão apresentou concentrações de mercúrio total e metilmercúrio superiores (76 ± 7 µg kg-1 e 48 ± 5 µg kg-1 peso seco) às da ostra (19 ± 4 µg kg-1 e 6 ± 1 µg kg-1 peso seco). Este fato pode estar relacionado com diferenças na capacidade em selecionar o tamanho de partículas e os alimentos ingeridos; também, estar refletindo a maior habilidade do mexilhão em concentrar e excretar o metilmercúrio dos seus tecidos, bem como refletindo as condições ambientais.


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