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Monet: o pai do impressionismo

NOSSA CAPA

Monet: o pai do Impressionismo

Em vez de dar continuidade ao comércio da família (uma mercearia) como seu pai sonhava, Claude Monet transformou-se no precursor de um movimento artístico inovador, cujo nome, Impressionismo, começou a ser usado após uma crítica negativa a seu quadro Impressão, Sol Levante, exibido no ano de 1872 em conjunto com obras de alguns amigos como Renoir, Degas e Cézanne

Oscar-Claude Monet nasceu em Paris, em 1840, mas cresceu na cidade portuária de Havre, onde teve seu primeiro contato com a pintura quando conheceu Eugène Boudin, que o estimulou a trabalhar ao ar livre, prática que seria fundamental no desenvolvimento de sua técnica e seu estilo. Monet voltou a viver em Paris aos 19 anos, com o objetivo único de estudar pintura. Apesar do desejo da família de vê-lo na tradicional Escola de Belas Artes, escolheu ingressar no Atelier Suisse, cujo modelo educacional mais livre combinava melhor com sua personalidade. Embora apreciasse o desenho, Monet não concordava com a prática acadêmica das escolas tradicionais. É nesse ambiente que conheceria Pissaro, por meio de quem conheceu Manet, Coubert e outros artistas vanguardistas. Em 1861, Monet é convocado para defender a França na guerra e viaja para a Argélia. Com a ajuda da tia, retorna a Paris um ano depois, dando continuidade a seus projetos ao ar livre. Era costume encontrar com amigos, também artistas, no estúdio de algum deles e sair para bosques e campos próximos, onde passavam o dia pintando paisagens e aproveitando ao máximo as mudanças de luminosidade proporcionadas pelo desenrolar do dia. Monet conheceu a jovem Camille Doncieux, que trabalhava para ele como modelo e acabou se tornando sua esposa. Juntos tiveram dois filhos, mas somente se casaram após três anos juntos. Os primeiros tempos do jovem casal foram de sérios problemas financeiros. Como Monet relutava em mudar seu estilo de pintar, encontrava grandes dificuldades para comercializar seus quadros. Apenas depois de deflagrada a Guerra Franco-Prussiana (1870), quando fugiu para Londres, é que a vida do pintor começou a melhorar. Na Inglaterra conheceu o marchand Paul Durand-Ruel, que passou a apoiar os impressionistas e a adquirir obras do grupo. De volta à França em 1871, Monet morou em Argenteuil e depois se instalou em Vétheuil, dando início ao período mais fértil de sua vida. Torna-se muito amigo do casal milionário Alice e Ernest Hoschedé, que se tornam grandes fãs de seu trabalho. Pelas tramas do destino, Monet e Alice acabaram se casando após ambos ficarem viúvos. Em 1883, Monet mudou-se definitivamente para Giverny junto da nova esposa e dos sete filhos (dois dele e cinco dela). Aos poucos Monet transformou a propriedade em seu pequeno paraíso, local onde construiu um lago que receberia seus famosos nenúfares, ninfeias e a ponte nipônica. Realizaria ali variadas séries de pinturas maravilhosas. A morte da segunda esposa e do filho Jean, a Primeira Grande Guerra e a luta contra a cegueira abalaram bastante o pintor na velhice. Contudo, Monet viveu e pintou até os 86 anos e está enterrado no jardim de sua casa em Giverny.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Ago 2010
  • Data do Fascículo
    Jun 2010
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