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Perfil imuno-histoquímico e variáveis clinicopatológicas no câncer de mama

Resumos

OBJETIVO: Descrever as principais características em mulheres com câncer de mama, de acordo com o perfil imuno-histoquímico. MÉTODOS: A população foi composta a partir de coorte hospitalar formada por mulheres com diagnóstico de câncer de mama efetuado entre 2003 e 2005 (n = 601) e atendidas em centro de referência em assistência oncológica de Juiz de Fora-MG. Foram selecionadas apenas 397 mulheres que possuíam imunohistoquímica completa. Para definição dos grupos segundo perfil imuno-histoquímico, optou-se por classificação baseada na avaliação dos receptores de estrógeno e de progesterona, índice de proliferação celular Ki67 e superexpressão de HER2. De acordo com os diferentes fenótipos, foram definidos cinco subtipos: luminal A, luminal B-HER2 negativo, luminal B-HER2 positivo, triplo negativo e HER2 superexpresso. RESULTADOS: A maioria dos pacientes tinha pele branca (80,7%) e era pós-menopausada (64,9%), com idade média de 57,4 anos (±13,5). Ao diagnóstico, 57,5% delas tinha tumor de tamanho > 2,0 cm, e 41,7% exibiam comprometimento linfonodal. Os subtipos mais frequentes foram luminal B-HER2 negativo (41,8%) e triplo negativo (24,2%). No subtipo luminal A, 72,1% das pacientes eram pós-menopausadas, enquanto que os maiores percentuais na pré-menopausa foram observados nos subtipos luminal B-HER2 positivo e triplo negativo (45,2% e 44,2%, respectivamente). Verificou-se maior frequência de tumores > 2,0 cm e com linfonodos comprometidos nos subtipos triplo negativo e HER2 positivo. CONCLUSÃO: Esta pesquisa possibilitou avaliar a distribuição das principais características clinicopatológicas e relacionadas aos serviços de saúde em coorte de mulheres brasileiras com câncer de mama, segundo os subtipos tumorais imuno-histoquímicos.

Receptores de progesterona; receptor erbB-2; neoplasias da mama; imuno-histoquímica; receptores estrogênicos; antígeno Ki-67


OBJECTIVE: To describe the main characteristics of women with breast cancer, according to the immunohistochemical profile. METHODS: The population comprised a hospital cohort, consisting of women diagnosed with breast cancer between 2003 and 2005 (n = 601) and treated at a referral center for cancer care in Juiz de Fora, MG, Brazil. Only 397 women who had complete immunohistochemistry analysis were selected. To define the groups according to the immunohistochemical profile, the assessment of estrogen and progesterone receptors, Ki-67 cell proliferation index, and overexpression of human epidermal growth factor receptor 2 (HER2) was chosen. According to the different phenotypes, five subtypes were defined: luminal A, luminal B HER2 negative, luminal B HER2 positive, triple negative, and HER2 overexpression. RESULTS: Most patients were white (80.7%) and post-menopausal (64.9%), with a mean age of 57.4 years (± 13.5). At diagnosis, 57.5% had tumor size > 2.0 cm, and 41.7% had lymph node involvement. The most common subtypes were luminal B - HER2 negative (41.8%) and triple negative (24.2%). In the luminal A subtype, 72.1% of patients were post-menopausal, while the highest percentage of premenopausal women were observed in the luminal B - HER2 positive and triple negative subtypes (45.2% and 44.2%, respectively). A higher frequency of tumors > 2.0 cm and lymph node involvement was observed in triple negative and HER2 positive subtypes. CONCLUSION: This study allowed the distribution assessment of the main clinical and pathological characteristics and those related to health services in a cohort of Brazilian women with breast cancer, according to the immunohistochemical tumor subtypes.

Progesterone receptors; erbB2 receptor; breast neoplasias; immunohistochemistry; estrogen receptors; Ki-67 antigen


ARTIGO ORIGINAL

Perfil imuno-histoquímico e variáveis clinicopatológicas no câncer de mama

Jane Rocha Duarte CintraI; Maria Teresa Bustamante TeixeiraII; Roberta Wolp DinizIII; Homero Gonçalves JuniorIV; Thiago Marinho FlorentinoV; Guilherme Fialho De FreitasV; Luiz Raphael Mota OliveiraV; Mariana Teodoro Dos Reis NevesV; Talita PereiraVI; Maximiliano Ribeiro GuerraII

IDoutoranda e Mestre em Saúde Brasileira; Coordenadora do Programa de Residência Médica do Hospital 9 de Julho - Instituto Oncológico, Juiz de Fora, MG, Brasil

IIDoutores em Saúde Coletiva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Professores Adjuntos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil

IIIMestranda em Saúde Coletiva, Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em Saúde (NATES/UFJF); Oncologista do Hospital 9 de Julho - Instituto Oncológico, Juiz de Fora, MG, Brasil

IVMestre em Medicina (Ginecologia), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Professor Adjunto, UFJF, Juiz de Fora, MG, Brasi

VAcadêmicos do Curso de Medicina, UFJF, Juiz de Fora, MG, Brasil

VIAcadêmico do Curso de Medicina, Universidade Presidente Antonio Carlos (UNIPAC), Juiz de Fora, MG, Brasil

Correspondência Correspondência para: Jane Rocha Duarte Cintra Instituto Oncológico Hospital 9 de Julho Rua Santos Dumont, 56 Granbery Juiz de Fora - MG, Brasil CEP: 36010-510 janerdc@terra.com.br

RESUMO

OBJETIVO: Descrever as principais características em mulheres com câncer de mama, de acordo com o perfil imuno-histoquímico.

MÉTODOS: A população foi composta a partir de coorte hospitalar formada por mulheres com diagnóstico de câncer de mama efetuado entre 2003 e 2005 (n = 601) e atendidas em centro de referência em assistência oncológica de Juiz de Fora-MG. Foram selecionadas apenas 397 mulheres que possuíam imunohistoquímica completa. Para definição dos grupos segundo perfil imuno-histoquímico, optou-se por classificação baseada na avaliação dos receptores de estrógeno e de progesterona, índice de proliferação celular Ki67 e superexpressão de HER2. De acordo com os diferentes fenótipos, foram definidos cinco subtipos: luminal A, luminal B-HER2 negativo, luminal B-HER2 positivo, triplo negativo e HER2 superexpresso.

RESULTADOS: A maioria dos pacientes tinha pele branca (80,7%) e era pós-menopausada (64,9%), com idade média de 57,4 anos (±13,5). Ao diagnóstico, 57,5% delas tinha tumor de tamanho > 2,0 cm, e 41,7% exibiam comprometimento linfonodal. Os subtipos mais frequentes foram luminal B-HER2 negativo (41,8%) e triplo negativo (24,2%). No subtipo luminal A, 72,1% das pacientes eram pós-menopausadas, enquanto que os maiores percentuais na pré-menopausa foram observados nos subtipos luminal B-HER2 positivo e triplo negativo (45,2% e 44,2%, respectivamente). Verificou-se maior frequência de tumores > 2,0 cm e com linfonodos comprometidos nos subtipos triplo negativo e HER2 positivo.

CONCLUSÃO: Esta pesquisa possibilitou avaliar a distribuição das principais características clinicopatológicas e relacionadas aos serviços de saúde em coorte de mulheres brasileiras com câncer de mama, segundo os subtipos tumorais imuno-histoquímicos.

Unitermos: Receptores de progesterona; receptor erbB-2; neoplasias da mama; imuno-histoquímica; receptores estrogênicos; antígeno Ki-67.

INTRODUÇÃO

O câncer de mama é a neoplasia de maior incidência na população feminina mundial1-3. Em relação à mortalidade, essa neoplasia representou cerca de 13,7% do total de mortes por câncer no mundo no ano de 2008, com a exceção dos tumores de pele não melanomas2. Na população norte-americana, houve redução de 12,3% nas taxas de mortalidade por câncer de mama entre os anos de 1991 a 2006, o que foi atribuído principalmente à ampliação do rastreamento mamográfico4.

No Brasil foram estimados aproximadamente 49.240 novos casos de câncer de mama em 20105. Com base em dados dos registros de câncer de base populacional nacional, as incidências da doença são similares àquelas observadas em países desenvolvidos6,7. Trata-se da principal causa de óbito por câncer feminino no país8,9, que chegou a 11.735 casos em 20085. Segundo dados da Secretária de Vigilância em Saúde, a população feminina de maior risco de adoecimento encontra-se na faixa etária entre 50 e 69 anos. Entretanto, ainda existem importantes limitações para que todas essas mulheres tenham acesso às medidas preventivas secundárias relativas a esse câncer10.

A heterogeneidade tumoral do carcinoma da mama é um dos maiores desafios a ser enfrentado tendo em vista que tumores com os mesmos tipos histológicos, estádios e graus de diferenciação podem apresentar desfechos distintos em relação aos fatores prognósticos e às respostas aos tratamentos instituídos11,12. Percebe-se que, para melhor entendimento e caracterização dos tumores da mama, a classificação tradicional atualmente utilizada se mostra insuficiente12. Uma abordagem abrangente é necessária e inclui as características morfológicas, avaliação da agressividade tumoral, com especial referência para tipo histológico, presença de resposta inflamatória, número de mitoses, polimorfismo nuclear e comprometimento endotelial vascular e linfático13-15. Acredita-se que as divergências evidenciadas no comportamento biológico entre tumores microscopicamente similares possam ser justificadas pela complexidade do câncer de mama e pelo acúmulo de alterações moleculares15,16.

Os avanços observados nas técnicas de biologia molecular têm proporcionado melhor conhecimento sobre os mecanismos que regulam a diferenciação e a proliferação celulares17,18. Acúmulo de mutações, alterações genéticas e instabilidades cromossômicas que estimulam a proliferação e o dano celular prejudicam continuamente o sistema de regulação do crescimento e da apoptose, além de provocarem o surgimento do câncer. Esses fatores são frequentemente reconhecidos, e novos biomarcadores preditivos e prognósticos são testados em amostras de tumor, por meio do método imuno-histoquímico11,19.

A expressão dos receptores hormonais [receptores de estrógeno (RE) e receptores de progesterona (RP)] e a superexpressão ou amplificação do fator de crescimento humano epidérmico receptor-2 (HER2) foram identificadas como importantes fatores preditivos entre as pacientes com câncer de mama20,21. Atualmente esses marcadores são comumente usados para definição do tratamento e estabelecimento do prognóstico da doença, associados a variáveis clínicas e patológicas, tais como o envolvimento linfonodal, tamanho do tumor, tipo histológico, grau do tumor e margens cirúrgicas22,23.

Aproximadamente dois terços dos tumores da mama expressam ativação para RE e RP no núcleo tumoral e, portanto, são candidatos à terapia antiestrogênica24. Outros 20% apresentam amplificação para HER2 e podem se beneficiar de terapia alvo dirigida, com a droga trastuzumab, que é um anticorpo monoclonal que pode ser usado isolado ou associado à quimioterapia, reduzindo o risco de recaída em 50%, quando usado em indicação de adjuvância25-27.

Com o melhor entendimento da estrutura da sequência do DNA humano e com o desenvolvimento de métodos de alta tecnologia, como o cDNA microarrays, grandes mudanças nas pesquisas relacionadas ao câncer têm sido possíveis28. Vários estudos já estão utilizando essa técnica de sequenciamento de DNA para melhor compreensão da grande diversidade presente entre os tumores histologicamente semelhantes29.

A definição segundo o perfil imuno-histoquímico é baseada na avaliação dos RE e RP, superexpressão de HER2 e índice de proliferação celular Ki67 (anticorpo monoclonal que detecta um antígeno nuclear, expressando células que entram no ciclo celular e medindo a fração de crescimento celular)30-33. De acordo com os diferentes fenótipos obtidos, são definidos cinco subtipos atualmente: luminal A (RE+, RP+, HER2-), luminal B-HER2 negativo (RE+ e/ou RP+, HER2-), luminal B-HER2 positivo (RE+ e/ou RP+, HER2+), triplo negativo (RE-, RP-, HER2-) e HER2 superexpresso (RE-, RP-, HER2+)30. Os tumores luminais têm sido associados a prognósticos mais favoráveis, enquanto os subtipos triplo negativo e a superexpressão de HER2, a prognósticos mais reservados34,35. Os tumores triplo negativo apresentam maior risco de recorrência no período de três anos e maiores taxas de mortalidade em cinco anos, quando comparados aos outros subgrupos36,37.

Considerando as implicações atuais na abordagem terapêutica do câncer da mama, deve ser estimulada a realização de estudos que propiciem uma melhor compreensão acerca da seleção dos marcadores mais adequados a serem utilizados na prática clínica em nosso país, bem como um melhor entendimento quanto à distribuição da doença nas mulheres brasileiras. Este estudo tem como objetivo avaliar a distribuição das principais características em mulheres com câncer de mama segundo perfil de receptores hormonais (RE e RP), expressão de HER2 e índice de proliferação celular Ki67, por meio do método imuno-histoquímico.

MÉTODOS

POPULAçãO DE ESTUDO

A população deste estudo foi composta a partir de um coorte de base hospitalar formada por todas as mulheres com diagnóstico de câncer de mama efetuado entre janeiro de 2003 e dezembro de 2005 (n = 601), atendidas em centro de referência em assistência oncológica da cidade de Juiz de Fora - MG. A análise do perfil imunohistoquímico possibilitou constatar que 89 casos apresentavam perfil incompleto (HER2 e/ou Ki67 ausentes) e 115 casos não exibiam tal informação nos prontuários, tendo sido selecionadas para este estudo, portanto, apenas as mulheres que possuíam painel imuno-histoquímico completo (n = 397).

COLETA DE DADOS E VARIÁVEIS DO ESTUDO

O recrutamento dos casos foi realizado a partir do registro de câncer de base hospitalar do citado centro de referência. Por meio de busca ativa nos arquivos médicos foi efetuada a coleta das informações das pacientes previamente identificadas, com a utilização de ficha padronizada.

A definição do perfil imuno-histoquímico dos tumores foi realizada a partir dos resultados de laudos emitidos por serviços de anatomia patológica de reconhecida qualidade técnica, baseando-se na avaliação dos RE e RP, superexpressão de HER2 e índice de proliferação celular Ki67. De acordo com os diferentes fenótipos obtidos, foram definidos cinco subtipos imuno-histoquímicos: luminal A (RE+, RP+, HER2-), luminal B-HER2 negativo (RE+ e/ou RP+, HER2-), luminal B-HER2 positivo (RE+ e/ou RP+, HER2+), triplo negativo ou basal (RE-, RP-, HER2-) e HER2 superexpresso (RE-, RP-, HER2+)30. Segundo o Consensus St. Gallen de 2011, o índice Ki67 é considerado como baixo ou negativo quando inferior a 14% e como positivo ou alto quando igual ou superior a esse valor29. Na população de estudo, entretanto, esse marcador foi pontuado como nulo (sem imunomarcação), baixo (10% ou menor imunopositividade) ou alto (> 10% de células imunorreativas), com base em critério adotado na época do diagnóstico dos casos38. Para este estudo, o índice de Ki67 foi considerado como baixo para os casos com valor < 10% de imunopositividade e alto para aqueles com valor > 10%.

Foram analisadas as seguintes variáveis: data do diagnóstico; idade ao diagnóstico (em anos), categorizada em: até 39, 40-49, 50-69 e maior ou igual a 70, e dicotomizada em menor ou igual a 50, e maior que 50 (ponto de corte validado como marcador para status menopausal)39; cor da pele (classificada em branca e não branca); variáveis relativas aos serviços de saúde: natureza do serviço de oncologia (público - conveniado com o SUS - ou privado), presença de plano privado de saúde, tipo de cirugia (com intenção curativa ou com finalidade apenas diagnóstica: biópsia excisional ou nodulectomia sem abordagem de linfonodos), terapia complementar (radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia); e características tumorais: tamanho tumoral (categorizado em: < 2,0 cm e > 2,0 cm), tipo histológico, comprometimento linfonodal, estadiamento de acordo com a Classificação TNM da União Internacional Contra o Câncer (UICC)40 e presença de metástases (sistêmicas ou locorregionais; ao diagnóstico e durante o curso da doença - esta última considerada por meio de informações obtidas no momento da coleta de dados, realizada no ano de 2010).

ANÁLISE DOS DADOS

O programa EPI INFO versão 3.5.3 (2011) foi utilizado para a entrada e análise dos dados. As diferenças na distribuição das variáveis do estudo foram avaliadas pelo teste qui-quadrado (χ2) e, quando necessário, pelo teste exato de Fisher (programa SPSS 8.0), considerando-se estatisticamente significativas aquelas com p-valor < 0,05. A realização do presente estudo foi autorizada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora - Parecer nº. 042/2008.

RESULTADOS

De acordo com o perfil imuno-histoquímico, a população de estudo foi distribuída nos subtipos luminal A: 17,1%; luminal B-HER2 negativo: 41,8%; luminal B-HER2 positivo: 10,8%; superexpressão de HER2: 6,0%; e triplo negativo: 24,2%. O tipo histológico predominante foi o ductal infiltrante (73,3%), seguido pelo lobular infiltrante (9,8%) e outras variantes histológicas (8,6%), sendo 7,0% dos casos representados por carcinoma in situ.

A distribuição das principais características clínicas segundo os subtipos de câncer de mama classificados pela imuno-histoquímica é apresentada na Tabela 1. A idade média ao diagnóstico foi de 57,4 anos (amplitude de 26 a 91 anos), com mediana de 58,0 anos (percentis 25%: 46,0 e 75%: 67,0), sendo que 73% das pacientes tinham entre 40 e 69 anos. Apenas 27 mulheres (6,9%) apresentavam idade inferior a 39 anos. Entre as pacientes com superexpressão de HER2 foram identificados dois picos de maior frequência de casos: entre 40 e 59 anos; e com 70 anos ou mais.

A maioria das mulheres apresentava cor da pele branca (80,7%), observando-se maior percentual de cor da pele não branca no subtipo triplo negativo (39,7%) e de cor da pele branca no subtipo luminal B-HER2 negativo (45,4%) (p = 0,02).

A idade dicotomizada para a caracterização do status menopausal mostrou que 64,9% das pacientes encontravam-se na pós-menopausa. Para o subtipo luminal A, constatou-se que 72,1% das pacientes eram pós-menopausadas, enquanto que para os subtipos luminal B-HER2 positivo e triplo negativo foram verificados os maiores percentuais de mulheres na pré-menopausa (45,2% e 44,2%, respectivamente; p = 0,07).

As características patológicas segundo os subtipos considerados são apresentadas na Tabela 2. Ao diagnóstico, 57,5% das pacientes possuíam tumores > 2,0 cm, e 41,7% apresentavam comprometimento linfonodal pela doença da mama. Os maiores percentuais de tumores > 2,0 cm foram observados entre os subtipos superexpressão de HER2, luminal B-HER positivo e triplo negativo (78,9%, 70,0% e 60,6%, respectivamente), enquanto entre o subtipo luminal A foi verificado tumor < 2,0 cm em 58,7% dos casos (p = 0,009). Destaca-se que os maiores percentuais de tumores > 5 cm foram verificados nos subtipos luminal B-HER2 positivo e triplo negativo (17,5% e 13,8%, respectivamente; p = 0,03 - dados não apresentados). Entre os subgrupos envolvidos com a maior frequência de comprometimento linfonodal sobressaíram-se: luminal B-HER2 positivo: 53,8%; triplo negativo: 48,9%; e superexpressão de HER2: 40,9%; enquanto o luminal A apresentou o menor percentual (12,3%) (p = 0,05). Verificou-se maior frequência de tumores > 2,0 cm e linfonodos comprometidos entre os subtipos triplo negativo, luminal B-HER2 positivo e HER2 amplificado.

Para o subtipo luminal A, 92% dos tumores exibiam estádios mais iniciais (in situ: 7,9%; I: 44,4%; II: 39,7%), enquanto que para os outros subgrupos evidenciaram-se maiores percentuais nos estádios II e III (luminal B-HER2 positivo: 72,1%; triplo negativo: 71,2%; superexpressão HER2: 63,6%; luminal B-HER2 negativo: 61,5%). Ao diagnóstico, foi identificada maior frequência de doença em estádio IV para o subtipo HER2 amplificado (9,1%). No tocante ao estado menopausal, observaram-se maiores percentuais de casos com estágios iniciais nas mulheres na pós-menopausa (in situ: 73,9%; I: 72,1%; II: 63,6%), enquanto as mulheres na pré-menopausa exibiram maiores percentuais de doença avançada (III: 48,8% e IV: 21,4%; p = 0,02 - dados não apresentados).

A doença metastática ao diagnóstico foi evidenciada em 15 mulheres (4,6%), algumas com mais de um sítio metastático envolvido, sendo os mais frequentes: ósseo (70,5%), hepático (23,5%); e pulmonar (17,6%). No curso da doença, 15,9% das pacientes (n = 63) desenvolveram disseminação sistêmica. Entre os subtipos mais envolvidos com o aumento da morbidade destacaram-se: HER2 amplificado (50,0%) e triplo negativo (48,0%), quando comparados aos subtipos luminal A (13,8%) e luminal B-HER2 positivo (19,2%), estes últimos relacionados à menor incidência de metástases a distância (p = 0,004 - dados não apresentados). Entre as 16 (7,3%) mulheres que apresentaram recorrência local e regional da doença, os subtipos HER2 positivo e triplo negativo também foram responsáveis pelos maiores percentuais (14,3% e 12,2%, respectivamente), sendo que, no subgrupo luminal A, foi identificada apenas uma paciente com recidiva local. Não foi observada diferença significativa na distribuição da presença de metástases (ao diagnóstico e no curso da doença) na população de estudo, segundo a natureza do serviço de saúde (público versus privado - dados não apresentados).

A distribuição das características relacionadas à utilização dos serviços de saúde é apresentada na Tabela 3. O maior percentual dos casos utilizou assistência oncológica da rede privada de saúde (56,4%). Entre os subtipos HER2 superexpresso, luminal B-HER2 negativo e luminal A, a maioria das pacientes foi atendida pelo serviço privado de saúde (83,3%, 59,0% e 54,4%, respectivamente), enquanto entre os subtipos luminal B-HER2 positivo e triplo negativo constatou-se distribuição uniforme entre a assistência oncológica da rede de saúde pública (SUS) e privada (p = 0,03). Entre as mulheres atendidas pelo serviço público, 5,6% possuíam plano privado de saúde.

A maioria das mulheres foi submetida à cirurgia com intenção curativa (93,8%). Evidenciaram-se maiores percentuais de cirurgia curativa entre os casos com estádios I (99,0%), II (92,9%) e III (97,4%), e de cirurgia diagnóstica entre aqueles com estádio IV (53,8%) (p = 0,000), não sendo observada diferença significativa na distribuição dos casos quanto à indicação da cirurgia (curativa ou diagnóstica) segundo os subtipos imuno-histoquímicos estabelecidos. No que se refere ao tratamento sistêmico (quimioterapia e/ou hormonioterapia), 95,1% das pacientes receberam algum tipo de abordagem terapêutica, sendo que 60,6% receberam quimioterapia (n = 238) e 60,3%, terapia hormonal (n = 237). Constatou-se amplo uso de hormonioterapia entre as pacientes com os subtipos luminais (A: 88,2%; B-HER2 negativo: 84,8%; e B-HER2 positivo: 76,7%), sendo tal uso verificado em percentuais mínimos entre os subtipos HER2 amplificado e triplo negativo (0,4% e 1,7%, respectivamente) (p = 0,000). Entre os subtipos, verificaram-se maiores percentuais de uso de quimioterapia nos casos classificados como triplo negativo (78,7%) e HER2 amplificado (70,8%), enquanto entre o subtipo luminal A, apenas 36,8% dos casos fizeram uso de tal terapêutica (p = 0,000). Entre os casos do subgrupo luminal B-HER2 positivo, 34,9% das pacientes não fizeram uso de quimioterapia. A radioterapia foi utilizada em 80,9% das pacientes, principalmente entre aquelas que apresentavam os subtipos HER2 superexpresso (95,0%) e luminal B-HER2 positivo (90,0%), que se encontravam nos subgrupos envolvidos com doença mais avançada ao diagnóstico (tumores > 2,0 cm e linfonodos comprometidos), em comparação com aquelas que não utilizaram essa terapêutica (p = 0,01).

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Neste estudo foi identificada a distribuição dos subtipos imuno-histoquímicos em pacientes portadoras de câncer de mama atendidas na rede de saúde pública e privada de município de médio porte, polo de referência macrorregional em assistência oncológica da região sudeste do Brasil. De acordo com esse perfil, os subtipos imuno-histoquímicos com maiores frequências foram o luminal B-HER2 negativo (41,8%) e o triplo negativo (24,2%). Tal achado difere do observado em estudo realizado com 10.159 mulheres, a partir de dados de 12 registros de câncer de base hospitalar e populacional de vários países (América do Norte, Europa e Austrália), com período de referência dos casos de 1974 a 2005, que demonstrou o subtipo luminal A como o mais frequente, com percentual de cerca de 71,3%, seguido pelo subtipo triplo negativo (16%)41. Nesse último estudo não foi incluída a avaliação do índice de proliferação celular Ki67, tendo sido considerados para a classificação dos subtipos outros marcadores, tais como o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) e citoqueratinas 5 e/ou 6. No presente estudo, entretanto, foi considerada a classificação proposta pelo Consenso de St. Gallen (2011), a qual estratificou os tumores luminais em: A, B-HER2 negativo e B-HER2 positivo, levando em consideração o ponto de corte de 14% para o índice de proliferação celular Ki67. No entanto, o índice de Ki67 foi considerado, neste estudo, como baixo para os casos com valor < 10% de imunopositividade e alto para aqueles com valor > 10%, uma vez que, nessa população, esse marcador foi pontuado como nulo (sem imunomarcação), baixo (10% ou menor imunopositividade) ou alto (> 10% de células imunorreativas), com base no critério adotado na época do diagnóstico dos casos38. Tal fato pode justificar, portanto, o percentual elevado de tumores classificados como luminal B-HER2 negativo neste estudo.

O subtipo triplo negativo, que na maioria dos estudos apresenta frequência entre 10% e 20%31,35,41,42, foi identificado em quase um quarto da população estudada (24,2%). Esse subtipo exibiu percentuais maiores em pacientes mais jovens, com menos de 50 anos (40%) e de cor da pele não branca (39,7%). Esses achados são semelhantes ao observado em outros estudos, que têm mostrado, persistentemente, o predomínio de tumores triplo negativo entre as pacientes mais jovens da raça negra, além de exibir doença mais avançada ao diagnóstico e com índices de proliferação celular mais elevado35,43. Em conjunto com o subtipo triplo negativo, os subgrupos HER2 amplificado e luminal B-HER2 positivo também exibiram, neste estudo, percentuais mais elevados de pacientes com cor da pele não branca e doença mais avançada inicialmente. Cabe destacar que os subtipos que expressam HER2 são fortemente influenciados pelo estado proliferativo do tumor, que tende a ser mais elevado nesses subgrupos44, o que pode justificar suas associações com tumores com comportamentos mais agressivos.

O tipo histológico predominante foi o ductal infiltrante (73,5%), dado semelhante ao de outros estudos realizados para avaliar sobrevida em mulheres com câncer de mama no país45-48. A idade média ao diagnóstico foi de 57,4 anos, dado similar ao observado em estudo conduzido por Blows et al.41, no qual foi verificada maior frequência da doença entre mulheres com 50 e 59 anos de idade para todos os subtipos, porém um pouco maior que a idade média encontrada em outros estudos brasileiros47,48, que foi, respectivamente, de 54,0 e 56,4 anos. Kwan et al.49 verificaram maior frequência de mulheres mais jovens no subtipo triplo negativo, achado similar ao encontrado neste estudo, no qual foi identificado percentual de 35,8% na faixa etária entre 40 e 49 anos.

A grande maioria das mulheres apresentava cor da pele branca (80,7%), com maior frequência entre todos os subtipos. A raça negra, em geral, está associada ao pior prognóstico da doença, quando comparada a outros grupos étnicos-raciais50. Verificamos maior percentual de cor da pele não branca no subtipo triplo negativo (39,7%), que se mostrou relacionado à doença mais avançada inicialmente, o que pode refletir, para essas mulheres, o diagnóstico tardio e o acesso dificultado aos serviços de saúde. Tal achado pode representar também uma maior gravidade desses tumores dado o seu fenótipo. Deve-se levar em conta, entretanto, a miscigenação existente em nossa população (se comparada com a população norteamericana, por exemplo), o que dificulta a caracterização precisa dessa variável e também a possibilidade de erro de classificação da cor da pele neste estudo, uma vez que a coleta dessa informação foi realizada a partir da percepção dos profissionais responsáveis pelo preenchimento da ficha de atendimento inicial.

Ressalte-se que nessa população que apresentava todos os marcadores selecionados para o estudo, 56,4% das mulheres foram atendidas pelo setor privado de saúde. Portanto, trata-se de uma população diferenciada no que se refere ao acesso ao serviço de saúde, em relação à população brasileira em geral. Para os subtipos HER2 superexpresso, luminal B-HER2 negativo e luminal A, a maioria das pacientes foi atendida pelo serviço privado de saúde (83,3%, 59,0% e 54,4%, respectivamente). Destaca-se também que, entre as pacientes que foram atendidas no serviço público de saúde, 5,6% possuíam plano privado de assistência em saúde. Foi verificada maior frequência de tumores < 2,0 cm (65,8%) e ausência de comprometimento linfonodal (62,8%) nas pacientes atendidas no serviço de saúde de natureza privada, enquanto os maiores percentuais de tumores > 2,0 cm e linfonodos positivos foram identificados na rede pública de saúde (66,3 % e 50,6%, respectivamente; p = 0,003 e p = 0,002). Em estudo de sobrevida realizado por Guerra51 em coorte hospitalar de mulheres com câncer de mama assistidas no mesmo município, foi observada maior frequência de pacientes que possuíam plano de assistência privada e que tinham sido atendidas por serviço de saúde de natureza pública (37,7%). No entanto, foi ressaltado, nesse último estudo, um maior risco de óbito por câncer de mama naquelas mulheres sem plano privado de saúde, o que foi relacionado ao diagnóstico mais tardio e à dificuldade de acesso ao tratamento específico, em conformidade com o observado na coorte do presente estudo quanto à natureza do serviço de saúde utilizado.

Observam-se, para os países em desenvolvimento, taxas de incidência de câncer em geral, considerando todas as localizações, menores (cerca de metade) do que aquelas observadas em países desenvolvidos. Entretanto, as taxas de mortalidade tendem a ser semelhantes nesses países3, o que pode ser resultado de um maior risco de óbito nos países em desenvolvimento, provavelmente em decorrência de uma combinação de fatores de risco existentes nesses últimos países, como diagnóstico realizado em fase tardia e acesso limitado aos métodos diagnósticos e ao tratamento padronizado3,10. Muito embora o nível socioeconômico da população de estudo possa ser considerado como elevado em relação à população brasileira em geral, ainda predominaram tumores > 2,0 cm e axilas positivas, reforçando a necessidade de políticas públicas de saúde direcionadas à consolidação do programa nacional de rastreamento do câncer de mama, especialmente para o grupo de mulheres considerado como de maior risco, bem como a garantia de tratamento oportuno para os casos diagnosticados.

Cabe ressaltar que o percentual elevado do subtipo luminal B-HER2 negativo verificado nesta coorte pode estar relacionado à provável inclusão de percentual desconhecido de tumores que deveriam ser classificados como luminais A, segundo classificação anterior a do Consenso de St. Gallen (2011). Sendo assim, a utilização da classificação proposta pelo referido Consenso, neste estudo, pode ter favorecido a combinação, na categoria luminal B-HER2 negativo, dos subtipos luminal B e luminal A, sendo este último subtipo frequentemente associado a um prognóstico mais favorável. Tal possibilidade deve ser levada em consideração na interpretação das diferenças observadas em relação ao subtipo luminal B-HER2 negativo.

Na interpretação dos dados relativos à distribuição da presença de metástases na população de estudo, entretanto, deve ser levada em consideração a possibilidade de subestimativa da metástase ao diagnóstico, uma vez que não foi possível acessar os exames de estadiamento para todos os casos. Nesse sentido, vale enfatizar também que não foi observada diferença significativa na distribuição da presença de metástases (ao diagnóstico e no curso da doença) na população de estudo, segundo a natureza do serviço de saúde (público versus privado).

Finalmente, deve-se considerar que, neste estudo, os dados imuno-histoquímicos foram obtidos por laudos constantes dos arquivos médicos, não tendo sido realizadas revisões de exames, o que pode prejudicar a confiabilidade das informações. Entretanto, vale notar que todos os serviços de anatomia patológica responsáveis pela avaliação do painel imuno-histoquímico na população de estudo exibiam reconhecida qualidade técnica, encontravam-se credenciados e prestavam atendimento concomitantemente às redes pública e privada. Tais constatações reforçam a qualidade destes dados e minimizam um possível erro diferencial relacionado à natureza dos serviços de saúde.

A realização desta pesquisa possibilitou a caracterização dos subgrupos imuno-histoquímicos em pacientes portadoras de câncer de mama atendidas em polo de referência em assistência oncológica da região sudeste do Brasil, por meio da utilização de classificação imunohistoquímica recentemente atualizada30. Permitiu, ainda, a avaliação da distribuição desses subgrupos em relação às principais características clinicopatológicas e aquelas relacionadas ao uso dos serviços de saúde. Nesse sentido, vale lembrar que a associação entre o diagnóstico histológico e a técnica imuno-histoquímica pode ajudar na determinação do perfil fenotípico do carcinoma de mama, com vistas a orientar o tratamento e, consequentemente, alcançar uma melhor resposta terapêutica.

Percebe-se, portanto, a necessidade de maior utilização das informações disponíveis nos serviços de saúde responsáveis pelo atendimento ao paciente com câncer no Brasil, com a finalidade de produção de conhecimento que possa auxiliar o melhor enfrentamento desse agravo à saúde dentro da nossa realidade.

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Artigo recebido: 25/08/2011

Aceito para publicação: 19/12/2011

Conflito de interesse: Não há.

Trabalho realizado no Instituto Oncológico - Hospital 9 de Julho, Juiz de Fora, MG; em parceria com a Faculdade de Medicina - UFJF; Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em Saúde (NATES) - UFJF; Campus Universitário; e com a Faculdade de Medicina, Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC); Campus Granjas Bethânia, Juiz de Fora, MG, Brasil

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  • Correspondência para:

    Jane Rocha Duarte Cintra
    Instituto Oncológico Hospital 9 de Julho
    Rua Santos Dumont, 56 Granbery
    Juiz de Fora - MG, Brasil CEP: 36010-510
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      04 Maio 2012
    • Data do Fascículo
      Abr 2012

    Histórico

    • Recebido
      25 Ago 2011
    • Aceito
      19 Dez 2011
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