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Evidência da dualidade funcional de galectina-3 no crescimento de melanoma murino

RESUMOS DE TESES

Evidência da dualidade funcional de galectina-3 no crescimento de melanoma murino

Autora: Luciana Nogueira de Sousa Andrade.

Orientador: Roger Chammas.

Tese de Doutorado. São Paulo: FMUSP, 2007.

Tumores são definidos como microambientes compostos não só pelas células malignas, mas também por células endoteliais, fibroblastos e leucócitos, que promovem o crescimento tumoral e a angiogênese. Galectina-3, uma proteína que se liga a b-galactosídeos, é abundantemente expressa por monócitos/macrófagos, dentre outros leucócitos. Inúmeras evidências sugerem que galectina-3 atua como uma molécula reguladora da resposta inflamatória. Tendo em vista que o infiltrado inflamatório pode promover a progressão de tumores, o objetivo do presente trabalho foi avaliar se galectina-3, expressa tanto pela célula tumoral como pelas células estromais, modula o crescimento de melanoma.

Para tal, células de melanoma murino Tm1 foram transfectadas com o gene de galectina-3. Ambos os clones celulares (galectina-3 positivos e negativos) foram injetados na intrafáscia ou no subcutâneo de camundongos (fêmeas) C57BL/6 selvagens e/ou nocautes para o gene de galectina-3 para análise da implantabilidade e crescimento tumoral.

Com relação à implantabilidade, não foram observadas diferenças no estabelecimento de massa tumoral proliferativa em animais selvagens inoculados com células Tm1 transfectadas ou não com o gene de galectina-3 em animais selvagens. Em relação à taxa de crescimento dos tumores, nenhum animal nocaute inoculado com células Tm1 galectina-3 positivas apresentou tumores de dimensões mensuráveis até o 11º dia pós-inóculo. Independentemente do nível de expressão de galectina-3 pela célula tumoral, os tumores originados nos animais nocautes apresentavam menor massa, em gramas, comparados ao grupo selvagem, sugerindo que galectina-3 expressa pelas células estromais promove o crescimento tumoral. Ainda, os tumores originados nos animais nocautes e no grupo selvagem inoculado com células Tm1 galectina-3 positivas apresentavam menor extensão de área necrótica do que os animais selvagens inoculados com células Tm1 galectina-3 negativas. Interessantemente, os animais selvagens e nocautes inoculados com células Tm1 galectina-3 positivas apresentaram tumores com menor área vascular e menor número de estruturas vasculares funcionais quando comparados aos animais selvagens inoculados com células Tm1 galectina-3 negativas. A análise de expressão gênica nos tumores mostrou que os níveis relativos de RNAm de VEFG (fator de crescimento de endotélio vascular) foram menores nos animais inoculados com células Tm1 galectina-3 positivas em relação aos inoculados com células Tm1 galectina-3 negativas, indicando que galectina-3 expressa pelas células tumorais atua como uma molécula anti-angiogênica.

Finalizando, o presente trabalho sugere que galectina-3 pode atuar como uma molécula pró- ou antitumoral, dependendo do tipo celular que a expressa no microambiente tumoral.

Desenvolvimento de sistema de informações para registro hospitalar de câncer

Autor: Luiz Renato Bento.

Orientadora: Miriam Hatsue Honda Federico.

Dissertação de Mestrado. São Paulo: FMUSP, 2007.

Como reflexo do aumento da incidência de câncer no país, uma alta proporção de pacientes recebe alta hospitalar com diagnóstico de câncer no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Por essa razão, a necessidade de um sistema de informações para a coleta, armazenamento e análise dos dados relativos aos pacientes com câncer atendidos na instituição se tornou bastante crítica para o registro do câncer do HC-FMUSP.

Neste projeto de mestrado, realizamos uma avaliação das necessidades do grupo e detectamos a necessidade de criar um instrumento de informática que fosse complementar ao programa já em uso da Função Oncocentro de São Paulo, mas que também pudesse ser utilizado isoladamente. Isso foi feito tendo em conta uma reavaliação de todos os processos envolvidos com a coleta de dados relativos aos pacientes, desde a identificação deles até o resultado dos tratamentos envolvidos. A construção do instrumento abrangeu o ciclo de vida do sistema, desde o diagnóstico do ambiente, desenvolvimento dos projetos lógico e físico, programação e implantação. Esse sistema ainda está em teste, mas produtos como o boletim do RHC-FMUSP atesta que ele funciona a contento.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Set 2007
  • Data do Fascículo
    Ago 2007
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