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RESUMOS DE TESES

Análise crítica e estimativa de valores preditivos positivos das calcificações de aspecto mamográfico não benigno

Autora: Marilia Chaves Vieira de Campos.

Orientador: Nestor de Barros.

Tese de Doutorado. São Paulo: FMUSP, 2006.

Foram avaliadas algumas características das calcificações e sua associação com o câncer de mama. Foram estudados a densidade, a morfologia, a distribuição, a extensão e o número de calcificações em 507 mamografias, correlacionando-as ao achado anatomopatológico pós-biópsia.

Os valores preditivos positivos encontrados para cada tipo de calcificação foram utilizados para categorizá-las de acordo com o sistema BI-RADS em subcategorias 4A (2% a 11%), 4B (11,1% a 50%) e 4C (50,1% a 70,0%) e categoria 5 (acima de 70%).

Todas as características se mostraram importantes na diferenciação das calcificações em benignas e malignas, em menor grau a densidade e em maior grau a morfologia e a distribuição. A distribuição linear ou segmentar, e a morfologia pleomorfa ou linear apresentaram as mais altas taxas de malignidade.

Contribuição da ecocardiografia na avaliação da função diastólica global e regional do ventrículo esquerdo em pacientes portadoras de lúpus eritematoso sistêmico

Autora: Ana Claudia Soares Teixeira.

Orientador: Alfonso Julio Guedes Barbato.

Tese de Doutorado. São Paulo: FMUSP, 2006.

A ecocardiografia bidimensional é método de diagnóstico por imagem não invasivo que avalia, de modo eficaz, a função diastólica global e regional do ventrículo esquerdo. Este estudo tem por objetivo demonstrar as diversas técnicas ecocardiográficas para a aferição da função diastólica de um grupo de pacientes jovens, portadoras de lúpus eritematoso sistêmico.

A casuística foi composta por 50 mulheres com lúpus e 50 mulheres sadias, cuja média de idade foi de 28 anos entre os grupos. Todas as mulheres foram avaliadas por dois observadores independentes e seus resultados foram submetidos à análise estatística para determinação da concordância entre os observadores.

Não foram constatadas diferenças significativas da função diastólica global entre os grupos, exceto pelo método da velocidade de propagação do fluxo mitral (Vp), que evidenciou diminuição da velocidade de enchimento rápido nas pacientes com lúpus. Foi detectado maior comprometimento da função diastólica regional nas pacientes lúpicas, na protodiastóle, à altura do anel mitral, mais evidente na porção basal do septo interventricular.

Concluiu-se que a função diastólica do ventrículo esquerdo, presente neste grupo de pacientes portadoras de lúpus eritematoso sistêmico, pode ser evidenciado utilizando-se o Doppler tissular, na região do anel mitral e à velocidade de propagação do fluxo mitral (Vp).

Avaliação ultra-sonográfica dos distúrbios intracapsulares têmporo-mandibulares

Autor: Carlos Fernando de Mello Jr.

Orientador: Osmar de Cássio Saito.

Tese de Doutorado. São Paulo: FMUSP, 2006.

O diagnóstico dos distúrbios intracapsulares da articulação têmporo-mandibular (ATM) apresentou grande avanço com o advento da ressonância magnética, no entanto, o método apresenta algumas limitações para a realização do exame, como pacientes claustrofóbicos, com marca-passos cardíacos, além de seu alto custo financeiro. Estudos anteriores têm demonstrado que o exame ultra-sonográfico da ATM tem apresentado resultados promissores para a análise da articulação.

Com o intuito de avaliar, em nosso meio, a sensibilidade e a especificidade deste método para este tipo de avaliação, estudamos 38 pacientes (76 articulações), sendo 29 do sexo feminino e nove do sexo masculino, com idades variando entre 16 e 65 anos com queixas de distúrbios têmporo-mandibulares. Todos os pacientes realizaram exames de ultra-sonografia e ressonância magnética no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e no Hospital São Camilo, no período compreendido entre fevereiro de 2004 e março de 2005 (13 meses), e os resultados obtidos nos dois métodos foram comparados.

A ultra-sonografia apresentou sensibilidade de 83,3% para o diagnóstico do deslocamento do disco articular e de 92,5% para a localização tópica do disco com os pacientes de boca fechada, entre os métodos. O exame ultra-sonográfico não apresentou sensibilidade significativa para a detecção de alterações morfológicas dos côndilos mandibulares e dos discos articulares. Em 63,2% das articulações o disco não foi visualizado na ultra-sonografia com o paciente de boca aberta, achado relacionado ao seu deslocamento medial após abertura bucal.

Podemos concluir, no estudo, que o exame de ultra-sonografia apresenta alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico da localização do disco articular com o paciente em repouso, tanto para a análise de seu posicionamento anatômico como nos casos de deslocamentos, não apresentando resultados significativos para a análise dos discos com o paciente com a boca aberta. Embora o método ainda apresente limitações, a utilização do exame ultra-sonográfico pode vir a ser uma opção útil nos casos de pacientes com contra-indicações para a realização da ressonância magnética, além de a ultra-sonografia ser um exame financeiramente mais acessível que a ressonância magnética, fator importante para a limitação da realização dos exames de ressonância em nosso meio.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Nov 2006
  • Data do Fascículo
    Out 2006
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