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Marcel Mauss Redux

Marcel Mauss Redux

CONSOLIM, Marcia; LÓPEZ, Noemí Pizarrozo; WEISS, Raquel. Relações reais e práticas entre a psicologia e a sociologia: Marcel MaussBenthien, Rafael Faraco. . Coleção Biblioteca Durkheimiana v. 5 São Paulo Edusp 2018 280

Desde 2016, encontra-se em curso a coleção Biblioteca Durkheimiana, publicada pela Editora da Universidade de São Paulo (Edusp) e coordenada pelo historiador Rafael Faraco Benthien (UFPR) e pela socióloga Raquel Weiss (UFRGS), respectivamente secretário e diretora do Centro Brasileiro de Estudos Durkheimianos (CBED). O objetivo da coleção é apresentar ao público brasileiro textos menos conhecidos, jamais traduzidos em português ou em novas traduções, de Émile Durkheim e dos intelectuais que, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, articulavam-se ao grupo da Escola Sociológica Francesa. Cada volume organiza-se substancialmente em quatro partes: apresentação; uma edição bilíngue e crítica do texto que lhe dá título; um dossiê crítico reunindo as contribuições de especialistas brasileiros e estrangeiros no tema em questão; um conjunto de anexos com documentos (cartas, resenhas, comentários, artigos etc.) contemporâneos do texto principal. Dessa maneira, a coleção recusa uma apreensão imediata da teoria canônica, pois, como bem observa Sergio Miceli na apresentação que abre cada volume, ela transforma tal teoria em objeto de investigação, incitando os leitores a uma postura correspondente. Até o momento, sucederam-se seis volumes organizados pelos coordenadores da coleção em parceria com editores convidados, tratando de textos de Durkheim, Henri Hubert, Antoine Meillet, Marcel Mauss e François Simiand. E, uma vez que, de acordo com o escopo abrangente do projeto sociológico durkheimiano, tais autores debruçaram-se sobre questões muito diversas – do papel político dos intelectuais ao fundamento social dos sentidos das palavras, da magia nas sociedades australianas à razão fiduciária da moeda e assim por diante –, a Biblioteca Durkheimiana delineia um universo temático amplo que concerne às ciências humanas em geral.

O livro resenhado, quinto volume da coleção, não se afasta dessas balizas. Organizado por Raquel Weiss, Marcia Consolim e Noemí Pizarroso López, tal volume apresenta em uma nova tradução a conferência “Relações reais e práticas entre a psicologia e a sociologia”, proferida por Mauss em 1924, durante uma sessão da Sociedade Francesa de Psicologia, e publicada nesse mesmo ano em seu periódico oficial, o Journal de Psychologie Normale et Pathologique . O sociólogo presidia essa sociedade desde o ano anterior, a convite de seu secretário, o psicólogo Ignace Meyerson; a plateia compunha-se de seus principais membros: Georges Dumas, Henri Piéron, Pierre Janet, Henri Wallon, Henri Delacroix, além do próprio Meyerson. Tal conferência já havia sido incluída em Sociologia e antropologia , a bem conhecida coletânea de textos de Mauss, editada por Georges Gurvitch e lançada em 1950; os leitores brasileiros muito provavelmente conhecem-na nesta versão. A despeito, porém, da ausência de ineditismo, a nova tradução, pautando-se na versão original, recupera parte da discussão que se seguira à conferência e que acabou suprimida na edição de Gurvitch. Esse cuidado filológico, o dossiê crítico e os anexos que completam o volume tornam possível não somente restituir o sentido original do texto, mas também situá-lo propriamente no debate envolvendo a sociologia e a psicologia na França entreguerras, assim como questionar os parâmetros das apropriações posteriores que foram feitas da obra e da figura intelectual de Mauss.

Na apresentação, as organizadoras compendiam e antecipam um conjunto de questões aprofundado nos textos que compõem o dossiê crítico. De modo geral, elas discorrem sobre dois assuntos correlatos. Em primeiro lugar, a posição ocupada por Mauss na Escola Sociológica Francesa e as vicissitudes pelas quais seu legado intelectual passou após o seu falecimento em 1950. Desde a publicação, no final dos anos 1960 e sob a coordenação de Victor Karady, da edição em três tomos dos textos de Mauss, os estudos referentes ao seu diálogo com a psicologia “tornaram-se parte de uma pauta maior: as relações entre as obras de Durkheim e as de Mauss, a fim de se averiguar a originalidade do sobrinho em relação ao tio” (p. 27). Retomando parte desse debate, e contrariando as leituras que defendem as intervenções de Mauss como uma tentativa de instaurar um território comum entre a sociologia e a psicologia, as autoras identificam na conferência uma indiscutível demarcação de fronteiras disciplinares no intuito de defender a soberania da explicação sociológica, suscitando reações contundentes de alguns membros da plateia. Como lembram acertadamente, “o que importa compreender”, entre as suas várias apropriações e retratos póstumos, “é de que maneira Mauss, um continuador de Durkheim que pretendia ser apenas ‘sociólogo’, defende e faz viver o projeto sociológico” (p. 17).

Em segundo lugar, elas retraçam o pano de fundo institucional e intelectual sobre o qual se deram as relações entre a psicologia e a sociologia na França da primeira metade do século XX. “Até os anos de 1920, esses dois novos domínios do conhecimento não estavam nem definidos, dado que projetos distintos disputavam sua definição legítima, nem bem delimitados, pois as fronteiras entre saberes não estavam estritamente estabelecidas” (p. 19), explicam. Se até o falecimento de Gabriel Tarde, em 1904, as relações entre os praticantes de ambas as ciências foram marcadas por tensões e animosidades, a partir da década de 1910 tal estado de coisas passou por inflexões importantes. Progressivamente, a recepção dos postulados da sociologia durkheimiana entre os psicólogos se ampliou. Segundo as autoras, são várias as explicações que respondem por tal aproximação e pela conformação de um espaço de diálogo mais poroso – ainda que feito de “proposições e acordos temporários” (p. 22). De um lado, uma coalizão de forças diante do surgimento de “novas teorias do inconsciente na França da década de 1920, em especial a psicanálise” (p. 22); de outro, uma estratégia de sobrevivência mobilizada pelos sociólogos devido à tibieza institucional de sua disciplina e à perda de inúmeros membros da Escola Sociológica Francesa durante a Primeira Guerra Mundial. Acima desses fatores, pairava a existência de uma “espessa rede de amizades e afinidades sociais, intelectuais e políticas” (p. 22) entre os praticantes de ambas as disciplinas, situando-os do mesmo lado do espaço intelectual mais amplo.

Munido de tais informações, o leitor enfrenta “Relações reais e práticas entre a psicologia e a sociologia” de maneira mais armada e compreensiva. Mauss inicia sua conferência anunciando que empreenderá “uma dessas espécies de revisões de conjunto, dessas comparações, desses balanços entre duas ciências, que, de tempos em tempos, têm sua utilidade” (p. 41). Ao longo de sua exposição, proferida em um tom ameno e cuidadoso, porém firme, ele empreende uma verdadeira partilha de atribuições e tarefas entre a sociologia e a psicologia, delimitando fronteiras disciplinares, reivindicando frentes de estudo específicas, distribuindo áreas temáticas legítimas e estimando as contribuições substantivas que ambas as disciplinas oferecem uma à outra. Seu ponto de partida é o pressuposto de uma diferença fundamental entre a psicologia e a sociologia: enquanto a “psicologia humana estuda apenas fatos de consciência observados no comportamento do indivíduo” (p. 47), a sociologia examina “não somente os fatos da consciência, mas ainda outros fatos, e numerosos, que não são de consciência” (p. 47). Nesses outros fatos – referentes aos fenômenos morfológicos, estatísticos e históricos – reside a autonomia da sociologia diante da psicologia; assim, o espaço comum entre ambas se delimita pela investigação das representações coletivas. Em contrapartida, tanto a sociologia como a psicologia humana são partes integrantes da antropologia, entendida por sua vez como um ramo da biologia, ou seja, como o conjunto das ciências que consideram o homem um ser vivo, consciente e sociável. Vê-se então que a atenção de Mauss, orientada pela convicção segundo a qual o progresso do conhecimento ocorre nas fronteiras entre as ciências, incide particularmente sobre os limites entre a psicologia e a sociologia. “E como não formulo a questão de método, a dos pontos de vista em que podemos e devemos nos opor”, afirma ele, “mas formulo a questão dos fatos comuns em cujo estudo devemos colaborar sob diversos pontos de vista, demarcar seus confins já significa dizer para onde se pode desejar que nossas pesquisas se dirijam” (p. 55).

O restante da conferência é dedicado sobretudo à descrição desses fatos comuns, começando com os serviços recentes prestados pela psicologia à sociologia, que consistem substancialmente em quatro noções: a noção de vigor mental, a noção de psicose, a noção de símbolo e de atividade simbólica do espírito, a noção de instinto. Quanto às contribuições da sociologia à psicologia, elas ainda estão por serem feitas e se referem ao problema dos símbolos míticos e morais, que se situam além da consciência individual, e à questão do ritmo, presente por exemplo na dança. Segundo Mauss, trata-se de fatos muito complexos e que “proponho chamar de fenômenos de totalidade , nos quais participam não apenas o grupo, mas ainda, por seu intermédio, todas as personalidades, todos os indivíduos em sua integridade moral, social, mental e, sobretudo, corporal ou material” (p. 79, grifo do autor). No entanto, a pesquisa desses fenômenos depende de certos avanços que concernem especialmente ao estudo psicológico do chamado homem total, uma noção que, articulada com a concepção de fato social total, ocupará um lugar de destaque no ensaio sobre a dádiva, redigido também nesse período.

O dossiê crítico inclui quatro textos que, cotejando fontes diversas com a conferência, torna a leitura desta mais complexa. No primeiro deles, “Onde os professores se devoram uns aos outros – sociologia e psicologia segundo Marcel Mauss”, o historiador Thomas Hirsch revisita o debate entre a sociologia e a psicologia, “um dos principais estímulos à criatividade científica dos sociólogos franceses entre 1895 e 1945” (p. 103), de modo a compreender com maior rigor tanto a posição na qual se encontrava Mauss na Escola Sociológica Francesa, quanto o conteúdo substantivo de sua conferência. Com vistas a recuperar as percepções e reações contemporâneas sobre o texto, o autor defende que se suspenda “por um instante a grossa camada sedimentada de comentários consagrados ao sobrinho de Durkheim” (p. 104) e se retome “as condições estruturais dessa discussão” (p. 104). Segundo Hirsch, as ciências do homem na França repousavam, nesse momento, sobre um paradoxo: um acentuado desenvolvimento teórico, que resultou na emergência de uma profusão de modalidades de conhecimento (a emergência e a consolidação da Escola Sociológica Francesa, a psicologia, mas também os Annales e a etnologia), em contraste com as estritas possibilidades de se deslanchar uma inserção institucional (confinadas às carreiras de filosofia e de história). Daí, de um lado, uma acirrada disputa e concorrência entre áreas afins, a partir de constantes demarcações de terreno, frequentes tentativas de devoração mútua e insistentes revisões de tarefas; de outro, uma proximidade objetiva entre seus praticantes, que ocupavam posições equivalentes dentro do campo acadêmico e cultivavam entre si laços de amizade e afinidades intelectuais. É nesse contexto que tem lugar a conferência. Que o leitor não se engane pelo tom afável e pela ênfase nos fatos sociais totais, tampouco pelas leituras e apropriações póstumas de Mauss asseverando que ele “teria se distanciado da excessiva ambição de seus camaradas sociólogos para estabelecer as condições de uma discussão equilibrada e desapaixonada” (p. 104): o sociólogo francês jamais deixou de referendar a “superioridade do poder explicativo da sociologia” (p. 118), reduzindo a área de atuação da psicologia e estabelecendo correlações com a ciência biológica.

Em seguida, em “Psicólogos e sociólogos nos anos de 1920: debates e controvérsias”, a historiadora da psicologia Annick Ohayon resgata, de maneira cuidadosa, o contexto mais amplo em que se realizou a conferência de Mauss, como também o “clima intelectual desse período” e os “principais artífices desses encontros” (p. 121), enfatizando os avanços e recuos das diferentes ramificações da psicologia francesa ao longo da última década do século XIX até os anos 1920. Nesse percurso, ela indica a progressiva inserção institucional e a fundação de veículos impressos de difusão das ideias de seus principais representantes, culminando no exame do Traité de psychologie , de 1923, publicação coletiva, organizada por Georges Dumas em dois tomos, preenchidos com a participação de 35 colaboradores, entre os quais filósofos, psicólogos, fisiologistas, neurologistas, sociólogos e antropólogos. De suas páginas, “sobressai a imagem de uma disciplina fragmentada” (p. 128), transigente à influência durkheimiana – sensível na contribuição de André Lalande, Charles Blondel, Wallon, Delacroix e do próprio Dumas – e ao imperialismo da sociologia. Em tais circunstâncias, não surpreende que, em sua conferência, Mauss tenha proclamado que, entre a dimensão fisiológica e social, interpõe-se uma camada muito fina da consciência individual; tampouco que, em seu “generoso balanço dos serviços prestados pela psicologia à sociologia” (p. 132), ele enfatize o que foi utilizado para a realização dos seus próprios trabalhos antropológicos, aquilo “que nessas pesquisas o interessou” (p. 132). Embora tenha sido, entre todos os durkheimianos, “aquele que nutriu o diálogo mais constante com os psicólogos” (p. 136), suas considerações não deixaram de expor lacunas bibliográficas, afirmações pouco adequadas e referências tortuosas e esquivas.

Em sua contribuição ao volume, intitulada “Georges Dumas e Marcel Mauss: diálogo sobre a expressão das emoções e dos sentimentos”, a socióloga Marcia Consolim examina as razões que estimularam o diálogo entre a sociologia e a psicologia nos anos 1920, um período caracterizado pela especialização científica e pela concorrência entre ambas as disciplinas, então estabelecidas recentemente na universidade. Para tanto, ela se debruça particularmente sobre os termos da proposta de colaboração entre Mauss e Dumas. “Trata-se principalmente de analisar as fronteiras acordadas por ambos para essa colaboração”, anuncia a autora, “que focalizava um objeto específico – a expressão das emoções (Dumas) ou a expressão dos sentimentos (Mauss) –, pensado a partir de pontos de vista distintos e, por isso, complementares” (p. 141). No entanto, em vez de considerar somente os fatores conjunturais e estratégicos referentes a essa aproximação, ela escolhe destacar o que denomina afinidades eletivas entre os dois grupos intelectuais. Tais afinidades manifestam-se em dois registros: primeiro, nas relações interdisciplinares, nas quais tanto a sociologia como a psicologia situavam-se em uma posição dominada por referência à filosofia e às ciências naturais; em seguida, nas trajetórias institucionais de sociólogos e psicólogos, que “provinham do mesmo meio escolar parisiense e compartilhavam um conjunto de práticas e de valores muito extenso” (p. 163). A partir dessas afinidades é que se torna possível compreender plenamente não apenas a colaboração entre Mauss e Dumas, mas também as críticas que lhe foram dirigidas. Assim fazendo, Consolim é capaz de formular uma proposição mais geral desse debate, pautada na articulação entre dois critérios: de um lado, a concepção disciplinar (filosófica ou científica); de outro, a trajetória institucional (professor universitário ou pesquisador).

“Henri Delacroix, Ignace Meyerson e Marcel Mauss. Uma rede desconhecida”, assinado pela historiadora da psicologia Noemí Pizarroso López, completa o dossiê crítico. A autora propõe um exame da relação de amizade que Mauss manteve com os dois psicólogos; além de ter sido ignorada até o momento, tal relação mostra-se importante para a compreensão da conferência de Mauss e do diálogo entre a psicologia e a sociologia. A amizade com Delacroix, catedrático de psicologia da Sorbonne, remonta à chegada de Mauss a Paris, em 1894; a relação com Meyerson data de alguns poucos anos antes da conferência de 1924. Debruçando-se especialmente sobre a correspondência trocada entre eles, parte dela inédita, mas também sobre a bibliografia produzida a partir desse diálogo, a autora oferece duas contribuições valiosas: primeiro, ela reconstrói a trajetória de Mauss, do final do século XIX à Primeira Guerra, segundo a perspectiva de sua relação com Delacroix, mostrando como o diálogo com os psicólogos precedeu em muito a conferência; em seguida, ela argumenta que a conversa de Mauss com Meyerson, ao contrário do que a intervenção deste no debate que se seguiu à conferência pode dar a entender, consistiu menos em uma disputa epistemológica do que uma discussão sobre as várias psicologias possíveis.

Nos anexos, finalmente, as organizadoras reúnem os seguintes documentos: duas resenhas curtas sobre a conferência de Mauss, uma redigida por Meyerson, outra pelo político (e futuro colaboracionista) Marcel Déat; excertos de artigos de autoria de Mauss e de Blondel; o debate subsequente a uma conferência de Jean Piaget de 1931; a correspondência pessoal que Mauss trocou com Dumas, Delacroix e Meyerson; a alocução de Mauss ao assumir a presidência da Sociedade Francesa de Psicologia e uma breve nota do mesmo a respeito do psicólogo Théodule Ribot. Desse conjunto, destaca-se a intervenção de Meyerson, que, após sintetizar os principais argumentos de “Relações reais e práticas entre a psicologia e a sociologia”, enumera os pontos que o afastam das declarações do sociólogo francês e subverte, sem rodeios, a divisão estipulada por ele: “A sociologia é apenas um ramo da psicologia e o sr. Mauss é tão somente um psicólogo” (p. 211).

A classificação de Mauss como psicólogo junta-se aos vários epítetos que lhe foram atribuídos ao longo do tempo, alguns deles assinalados pelo antropólogo James Clifford: leal durkheimiano, precursor do estruturalismo, antropólogo, historiador, estudioso da religião, iconoclasta, defensor de uma visão socialista e humanista, brilhante teórico de gabinete, agudo observador empírico e assim por diante. “As diferentes versões de Mauss não são irreconciliáveis, mas elas não se integram completamente. As pessoas que o leem e que dele se recordam sempre parecem encontrar algo de si próprias [...]”, observa Clifford (1988CLIFFORD, James. (1988), The predicament of culture. Twentieth-century ethnography, literature, and art . Cambridge, MA/London, Harvard University Press., p. 125, tradução nossa). Isso não quer dizer que tais epítetos sejam equivocados ou enganosos; todavia, antes de endossá-los ou rejeitá-los, os leitores devem buscar se familiarizar com o Mauss que precedeu todas as suas apropriações futuras, o que não é possível sem esse esforço de trazê-lo de volta em sua própria espessura histórica. O livro em questão, reunindo rigor filológico, análise crítica e um rico corpus documental, oferece uma oportunidade valiosa para tanto: diante dele, os leitores são convidados, mas igualmente desafiados, à elaboração de um exame mais complexo da relação entre a teoria produzida pelas ciências humanas e a história multifacetada desse conjunto de disciplinas.

BIBLIOGRAFIA

  • CLIFFORD, James. (1988), The predicament of culture. Twentieth-century ethnography, literature, and art . Cambridge, MA/London, Harvard University Press.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    3 Fev 2020
  • Data do Fascículo
    2020
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