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A normatização da pobreza: crianças abandonadas e crianças infratoras

The poverty normativety: abandoned and transgressor children

O artigo pretende contribuir para o resgate de uma das presenças silenciosas na história do país - a criança. Não se trata de qualquer criança, mas da criança pobre, exposta à brutalidade, à violência das relações sociais em decorrência da forma assumida pela expansão capitalista. As últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX caracterizam-se pelo desenvolvimento da economia brasileira e a expansão urbano-industrial, por mudanças nas relações de trabalho (constituição do mercado livre de força de trabalho) e na forma de governo (passagem do regime imperial para o regime republicano). As redefinições básicas nas relações sociais são acompanhadas de tentativas realizadas pelas frações dominantes paulistas no sentido de alcançar maior controle do social através da ampliação das agências especializadas do Estado. Na complexa rede de instituições e saberes, visando a moralização e o ajustamento dos trabalhadores, ao lado das escolas, os asilos e reformatórios destinados às crianças pobres, desamparadas ou infratoras constituem importante recurso pedagógico. O texto trata das iniciativas oficiais em São Paulo, promovidas por governos do Império e pelas primeiras administrações republicanas: o Instituto de Educandos Artífices e o Instituto Disciplinar, para meninos, e o Seminário da Glória, para meninas.


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