Acessibilidade / Reportar erro

Tradução e Adaptação Transcultural da Versão Brasileira do Schutte Self-Report Emotional Intelligence Test

Translation and Transcultural Adaptation of the Brazilian Version of the Schutte Self-Report Emotional Intelligence Test

RESUMO

INTRODUÇÃO

Estudos recentes demonstram que a inteligência emocional (IE) pode melhorar a educação médica e a prática profissional. Não existem instrumentos de avaliação da IE validados para o português (Brasil).

OBJETIVO

Realizar tradução e adaptação transcultural do Schutte Self Report Emotional Intelligence Test (SSEIT) do inglês para o português.

MATERIAIS E MÉTODOS

A tradução e adaptação transcultural foi realizada em seis etapas: tradução, síntese, tradução reversa, revisão por comitê, pré-teste e confecção da versão final. As traduções do inglês para o português foram realizadas por um psicólogo e um professor de inglês brasileiros e fluentes em inglês. A retrotradução foi realizada por duas pessoas nativas de língua inglesa que não conheciam o questionário original. O Comitê de Revisão foi formado pelos autores do estudo. A versão final foi submetida ao teste de Cronbach alfa (Ca) para avaliação da consistência e confiabilidade interna. Foram considerados aceitáveis valores ≥ 0,70. O pré-teste foi realizado em estudantes de Medicina e médicos residentes, que, além de responderem ao questionário, reescreveram as perguntas em suas próprias palavras.

RESULTADOS

A versão traduzida do SSEIT para o português apresentou 100% de equivalência semântica e idiomática. A comparação das versões retrotraduzidas com o questionário original em inglês apresentou discrepâncias semânticas discretas em quatro questões, que tiveram seus textos ajustados. A versão pré-teste foi aplicada em 41 voluntários, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Sete questionários foram eliminados por preenchimento incompleto. A análise da transcrição mostrou pequenas discrepâncias nas mesmas questões da retrotradução, que foram novamente ajustadas. O OCa foi de 0,786 para o questionário completo e variou de 0,763 a 0,798 entre as questões.

CONCLUSÃO

O SSEIT foi traduzido e adaptado para o português com sucesso e apresentou consistência e validade internas aceitáveis de acordo com o teste de Cronbach alfa.

–Ensino; –Inteligência Emocional; –Estudos de Validação; –Tradução

ABSTRACT

BACKGROUND

Recent studies showed that emotional intelligence (EI) could improve medical education and professional practice. There were no instruments validated for Brazilian Portuguese to evaluate EI level.

OBJECTIVE

To translate and cross-culturally adapt the Schutte Self Report Emotional Intelligence Test (SSEIT) for Brazilian Portuguese.

METHODS

The translation and cross-cultural adaptation was performed in six steps: translation, synthesis, back translation, expert committee review, pretesting and elaboration of the final version. A Brazilian psychologist and an English Teacher, both fluent in English, performed the translations from English to Portuguese. Two native English speakers who were not familiar with the questionnaire performed the back translations. The authors composed the expert committee review. The internal consistency and reliability of the final version was tested by Cronbach’s alpha (Ca). Values of ≥ 0.70 were considered acceptable. The pretesting was done with medical students and resident doctors, who answered the test and rewrote the sentences in their own words.

RESULTS

The Portuguese SSEIT translated version had 100% semantic and idiomatic equivalence. The comparison between the back translated versions and the original showed slight semantic discrepancies in four questions, therefore the texts were adjusted. The pretesting version was applied to 41 volunteers, after signing an Informed Consent Form. Seven questionnaires were eliminated as they were not filled out properly. Analyses of the rewritten sentences showed slight discrepancies in the same four questions of the back translations, and were again adjusted. The Ca was 0.786 for the whole questionnaire and ranged from 0.763 to 0.798 between the questions.

CONCLUSION

The translation and cross-cultural adaptation of the SSEIT for Brazilian Portuguese was a success, and showed acceptable internal consistency and reliability according to Cronbach’s alpha test.

–Teaching; –Emotional Intelligence; –Validation Studies; –Translating

INTRODUÇÃO

A inteligência emocional (IE) é um dos temas mais debatidos e investigados atualmente em relação às capacidades e competências intelectuais e sociais de um indivíduo, seja em seu ambiente de trabalho, de estudo ou social. As primeiras referências científicas que introduziram o termo “inteligência emocional” datam de 1960 e eram textos que faziam menção a tratamentos psicoterápicos11. Mayer JD, Roberts RD, Barsade SG. Human abilities: emotional intelligence. Annu Rev Psychol 2008;59:507-36.. Já na década de 1980, com a introdução da ideia de múltiplas formas ou facetas da inteligência de forma geral, a investigação sobre as emoções e como elas se relacionavam com a cognição teve um aumento significativo, atingindo seu pico na década de 1990, com a popularização do tema e um grande crescimento no número de publicações que tentavam conceituar e explorar a importância dessa competência em diferentes situações11. Mayer JD, Roberts RD, Barsade SG. Human abilities: emotional intelligence. Annu Rev Psychol 2008;59:507-36..

A IE pode ser definida assim11. Mayer JD, Roberts RD, Barsade SG. Human abilities: emotional intelligence. Annu Rev Psychol 2008;59:507-36.:

A inteligência emocional envolve a capacidade de perceber com precisão, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.

Estudos em Medicina têm demonstrado a importância da IE na prática profissional, como no estabelecimento e manutenção de uma boa relação médico-paciente22. McLeod SA, Sonnenberg LK. The emotional intelligence of pediatric residents – a descriptive cross-sectional study. Can Med Educ J 2017;8:e44-e51.. Além disso, no que tange à importância da IE para a educação e formação médica, Johnson33. Johnson DR. Emotional intelligence as a crucial component to medical education. Int J Med Educ 2015;6:179-83. discutiu em sua revisão a importância, para o médico, da capacidade de avaliar as emoções do paciente para uma melhor coleta de história e um diagnóstico mais preciso. Nesse mesmo estudo33. Johnson DR. Emotional intelligence as a crucial component to medical education. Int J Med Educ 2015;6:179-83., o autor ressalta as estratégias para treinar, desenvolver, testar e avaliar as habilidades emocionais dos estudantes de Medicina, que devem necessariamente ser abordadas de forma longitudinal e integral ao longo do curso, não apenas para fixação, mas também para favorecer a incorporação desses conceitos e habilidades.

Outro estudo recente44. Joseph N. Emotional intelligence and stress in medical students performing surgical tasks. Indian J Public Health 2016;60:166., que avaliou a influência da IE no desempenho de estudantes de Medicina em atividades cirúrgicas, demonstrou que a capacidade de suportar e responder bem ao estresse laboral e ocupacional está ligada à IE do estudante ou do médico. Os autores sugeriram treinar o grupo de habilidades que englobam essa área cognitiva para que os alunos tenham melhores mecanismos de enfrentamento do estresse relacionado ao trabalho.

Ranasinghe et al.55. Ranasinghe P, Wathurapatha WS, Mathangasinghe Y, Ponnamperuma G. Emotional intelligence, perceived stress and academic performance of Sri Lankan medical undergraduates. BMC Med Educ 2017;17:41., por meio de revisão da literatura, confirmam que um nível mais elevado de IE em estudantes de Medicina está associado a desempenho acadêmico melhor em relação às habilidades clínicas e ao trabalho no decorrer da formação. Embora as emoções sejam conhecidas como fenômenos universais, fatores culturais podem influenciar fortemente os sentimentos que estão sendo experimentados, percebidos e transmitidos no decorrer da vida acadêmica55. Ranasinghe P, Wathurapatha WS, Mathangasinghe Y, Ponnamperuma G. Emotional intelligence, perceived stress and academic performance of Sri Lankan medical undergraduates. BMC Med Educ 2017;17:41..

A IE pode influenciar a educação médica, contribuindo para o aprendizado sobre o profissionalismo e habilidades de comunicação, permitindo formar médico que lide melhor com as adversidades e dificuldades que fazem parte da prática profissional66. Cherry MG, Fletcher I, O’Sullivan H, Dornan T. Emotional intelligence in medical education: a critical review. Med Educ 2014;48:468-78.. A pesquisa sobre IE e educação médica mostra-se relevante pela literatura e pode gerar resultados que tenham impacto na formação do futuro profissional e na qualidade da assistência médica prestada por ele.

Vários testes para avaliação da IE estão disponíveis em português para aplicação em empresas, pesquisas e grupos de trabalho. Porém, a maior parte deles não foi traduzida, adaptada ou validada adequadamente para o português, o que impede sua utilização em pesquisas. O objetivo deste trabalho é realizar a tradução e adaptação transcultural do questionário Schutte Self Report EI Test (SSEIT) para avaliação da IE do inglês para o português do Brasil.

MATERIAIS E MÉTODOS

Instrumento

A revisão da literatura realizada no PubMed com os termos emotional intelligence assessment e no site Consortium for Research on Emotion Intelligence in Organizations (http://www.eiconsortium.org/) permitiu identificar dez instrumentos de avaliação de IE validados em inglês. Optou-se por utilizar o questionário SSEIT por já possuir validação psicométrica, boa consistência interna, ser curto e autoaplicado77. Schutte NS, Malouff JM, Hall LE, et al. Development and validation of a measure of emotional intelligence. Personality and Individual Differences 1998;25:167-77.. Sua adaptação e utilização em português foram autorizadas pela autora.

O SSEIT é um questionário autoaplicado de 33 questões, divididas em quatro domínios: percepção de emoções (PE – 10), manejo das próprias emoções (MPE – 9), manejo das emoções de outros (MEO – 8) e utilização das emoções (UE – 6). As perguntas utilizam uma escala de Likert com cinco opções de resposta: (1) discordo totalmente, (2) discordo parcialmente, (3) nem discordo, nem concordo, (4) concordo parcialmente e (5) concordo totalmente. Para o cálculo do escore final, devem-se inverter os valores das respostas das questões 5, 28 e 33, e somar os valores das questões. Pode-se calcular também o escore individual para quatro domínios relacionados à inteligência emocional: percepção de emoção (perguntas 5, 9, 15, 18, 19, 22, 25, 29, 32, 33), gerenciamento de emoções próprias (itens 2, 3, 10, 12, 14, 21, 23, 28, 31), gerenciando das emoções dos outros (itens 1, 4, 11, 13, 16, 24, 26, 30) e utilização das emoções (itens 6, 7, 8, 17, 20, 27). O escore total varia de 33 a 165. As pontuações mais altas indicam nível de inteligência emocional mais elevado. O tempo de aplicação do questionário varia de cinco a dez minutos88. Schutte NS, Malouff JM, N B. The Assessing Emotions Scale. In: Stough C, Saklofske D, Parker J, eds. The Assessment of Emotional Intelligence. New York: Springer Publishing; 2009:119-35..

Tradução e adaptação transcultural

A tradução e adaptação transcultural é um processo qualitativo, no qual um questionário já validado psicometricamente em determinado idioma é traduzido e adaptado para outro idioma99. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976) 2000;25:3186-91.. O objetivo desse método é realizar uma tradução validada do artigo de modo a usar os estudos psicométricos feitos na língua original. A tradução e adaptação transcultural pode dispensar a realização de estudos psicométricos no novo idioma99. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976) 2000;25:3186-91.,1010. Sousa VD, Rojjanasrirat W. Translation, adaptation and validation of instruments or scales for use in cross-cultural health care research: a clear and user-friendly guideline. J Eval Clin Pract 2011;17:268-74.. O método apresenta seis etapas: (1) tradução, (2) síntese, (3) retrotradução, (4) revisão por comitê, (5) pré-teste e (6) confecção da versão final99. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976) 2000;25:3186-91.,1010. Sousa VD, Rojjanasrirat W. Translation, adaptation and validation of instruments or scales for use in cross-cultural health care research: a clear and user-friendly guideline. J Eval Clin Pract 2011;17:268-74..

Na primeira etapa (tradução), a versão original do questionário foi traduzida do inglês para o português (T1 e T2) de forma independente por dois profissionais brasileiros com fluência em inglês, um psicólogo e um professor de Letras. Na etapa de síntese, os autores sintetizaram T1 e T2 em uma versão única do questionário (T1/T2). Foram avaliadas e corrigidas as discrepâncias semânticas e idiomáticas entre T1 e T2 (Quadro 1). Em seguida, a versão T1/T2 foi retrotraduzida do português para o inglês por dois tradutores independentes, nativos de língua inglesa e fluentes em português, que não conheciam a versão original do questionário. Eles produziram duas versões independentes (RT1 e RT2). Na quarta etapa, os autores compararam as versões RT1 e RT2 com a versão original e a versão síntese (T1/T2) com o objetivo de identificar discrepâncias nas equivalências semântica, idiomática, experiencial e conceitual (Quadro 1). Foram realizados os ajustes necessários na versão T1/T2 com base nas discrepâncias observadas e obteve-se a versão pré-final para realização do pré-teste. O pré-teste (quinta etapa) foi planejado para ser realizado em 30 estudantes de Medicina e médicos residentes, conforme recomendado por Beaton et al.99. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976) 2000;25:3186-91. Além de responderem ao questionário, os participantes reescreveram as perguntas em suas palavras, para nova avaliação das equivalências semântica, idiomática, experiencial e conceitual.

QUADRO 1
Descrição de equivalência semântica, idiomática, experiencial e conceitual99. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976) 2000;25:3186-91.

Utilizou-se o teste de Cronbach alpha para avaliar a consistência e a validade internas do questionário traduzido. Valores ≥ 0,70 foram considerados aceitáveis. Para se avaliar a influência de cada questão sobre a consistência interna do questionário, o teste foi calculado excluindo cada uma das questões individualmente.

RESULTADOS

Tradução e adaptação transcultural

No processo de tradução do questionário original do inglês para o português, o Comitê considerou que houve equivalência semântica e idiomática em 100% das questões. Após a retrotradução, a comparação entre a versão original em inglês e as duas versões retrotraduzidas mostrou discrepâncias semânticas discretas nas questões 6, 25, 27 e 32 (Quadro 2). Na questão 33, embora não tenha havido discrepância semântica, o Comitê considerou necessário fazer um pequeno ajuste no texto da questão. A equivalência idiomática, experiencial e conceitual foi considerada 100% entre o questionário original e as versões retrotraduzidas.

QUADRO 2
Discrepâncias semânticas encontradas na retrotradução

Pré-teste

A versão pré-final do questionário foi aplicada em 41 voluntários, acadêmicos de Medicina e residentes após a assinatura do TCLE. Sete voluntários não preencheram o questionário corretamente e foram eliminados da análise. Dos 34 voluntários restantes, 17 (50,0%) eram estudantes de Medicina e 18 (59,2%) eram mulheres. A idade média deles foi de 26,4 (± 9,5) anos, variando de 19 a 36 anos.

Na análise qualitativa da transcrição das respostas dos voluntários, observou-se discrepância entre a pergunta e a transcrição em 8,8% das respostas na questão 6; 2,9% na questão 25; 5,9% na questão 27; e 11,8% na questão 32. Com base nesses resultados, o Comitê fez pequenos ajustes nessas questões. O Quadro 3 apresenta a versão final do questionário em português.

QUADRO 3
Versão final do questionário em português

O teste de Cronbach alfa para o questionário completo foi aceitável (0,786). Realizou-se também o teste de Cronbach, retirando-se cada uma das questões, e o resultado se manteve acima de 0,70 (variando de 0,763 a 0,798) em todas as análises (Tabela 1).

TABELA 1
Análise da consistência e confiabilidade interna do questionário traduzido

O escore médio total foi de 126,6 pontos, o que representa 76,7% do total possível (Tabela 2). O domínio com maior escore foi o manejo das próprias emoções (37,2 pontos – 82,7%) e o menor foi percepção das emoções (34,4 pontos – 68,8%).

TABELA 2
Resultado dos escores por domínio

Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os domínios e no escore total quando se comparou sexo e nível de formação (graduandos versus residentes).

Aspectos éticos

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em humanos – Unifenas (CAAE 6507.1617.0.0000.5143). Todos os participantes assinaram o TCLE antes de sua inclusão.

CONCLUSÃO

O objetivo principal do estudo – fazer a tradução e a adaptação transcultural do questionário SSEIT para o português (Brasil) – foi alcançado com êxito. Durante o processo de tradução e adaptação transcultural, as poucas discrepâncias semânticas e idiomáticas foram corrigidas com sucesso. O teste de Cronbach alpha mostrou consistência e confiabilidade interna aceitáveis, indicando que a versão em português do SSEIT pode ser utilizada em projetos de pesquisa que envolvam a análise da inteligência emocional em diferentes áreas do conhecimento.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a Profa. Nicola Schutte por permitir a tradução e utilização do questionário e a colaboração do Prof. Virgílio Pereira de Almeida e da psicóloga Estefânia Harsányi pela gentileza de realizar a tradução do questionário do inglês para o português.

REFERÊNCIAS

  • 1
    Mayer JD, Roberts RD, Barsade SG. Human abilities: emotional intelligence. Annu Rev Psychol 2008;59:507-36.
  • 2
    McLeod SA, Sonnenberg LK. The emotional intelligence of pediatric residents – a descriptive cross-sectional study. Can Med Educ J 2017;8:e44-e51.
  • 3
    Johnson DR. Emotional intelligence as a crucial component to medical education. Int J Med Educ 2015;6:179-83.
  • 4
    Joseph N. Emotional intelligence and stress in medical students performing surgical tasks. Indian J Public Health 2016;60:166.
  • 5
    Ranasinghe P, Wathurapatha WS, Mathangasinghe Y, Ponnamperuma G. Emotional intelligence, perceived stress and academic performance of Sri Lankan medical undergraduates. BMC Med Educ 2017;17:41.
  • 6
    Cherry MG, Fletcher I, O’Sullivan H, Dornan T. Emotional intelligence in medical education: a critical review. Med Educ 2014;48:468-78.
  • 7
    Schutte NS, Malouff JM, Hall LE, et al. Development and validation of a measure of emotional intelligence. Personality and Individual Differences 1998;25:167-77.
  • 8
    Schutte NS, Malouff JM, N B. The Assessing Emotions Scale. In: Stough C, Saklofske D, Parker J, eds. The Assessment of Emotional Intelligence. New York: Springer Publishing; 2009:119-35.
  • 9
    Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976) 2000;25:3186-91.
  • 10
    Sousa VD, Rojjanasrirat W. Translation, adaptation and validation of instruments or scales for use in cross-cultural health care research: a clear and user-friendly guideline. J Eval Clin Pract 2011;17:268-74.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 2018

Histórico

  • Recebido
    8 Maio 2018
  • Aceito
    29 Maio 2018
Associação Brasileira de Educação Médica SCN - QD 02 - BL D - Torre A - Salas 1021 e 1023 | Asa Norte, Brasília | DF | CEP: 70712-903, Tel: (61) 3024-9978 / 3024-8013, Fax: +55 21 2260-6662 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: rbem.abem@gmail.com