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Efeito da adição da estimulação de alta voltagem ao tratamento convencional do entorse de tornozelo numa etapa aguda

CONTEXTUALIZAÇÃO: A eficácia da estimulação elétrica de alta voltagem (EEAV) em humanos, como uma forma de tratamento para controlar o edema e a dor pós-traumáticos, ainda não foi estabelecida. OBJETIVO: Analisar o efeito da adição da EEAV ao tratamento convencional do pós-entorse de tornozelo em humanos. MÉTODOS: Ensaio clínico controlado e aleatorizado, duplo cego com três grupos de intervenção: grupo controle (GC) com tratamento convencional; tratamento convencional EEAV(-) e polaridade negativa EEAV (-); tratamento convencional e EEAV polaridade positiva EEAV(+). Vinte e oito portadores de entorse lateral do tornozelo (2 a 96 horas pós-trauma) foram avaliados. O tratamento convencional consistiu em crioterapia (20 minutos) e exercício terapêutico. Adicionalmente, os grupos EEAV(-) e EEAV(+) receberam 30 minutos de estimulação elétrica (nível submotor, 120pps). As variáveis de dor, edema, amplitude de movimento (ADM) e marcha foram avaliadas antes da primeira sessão de tratamento e após a última sessão de tratamento. RESULTADOS: Na avaliação final, não houve diferenças significativas entre os três grupos. Porém, os indivíduos do grupo EEAV(-) demonstraram valores superiores em todos os parâmetros de avaliação. A análise dos dados mostrou que o EEAV(-) apresentou maior redução do volume e do perímetro, maior recuperação da ADM e da cadência da marcha. Esse grupo também alcançou o término de tratamento mais rápido (1,7 semanas [1,2-2,2]), comparado com o EEAV(+) e o GC (2,2 semanas [1,8-2,6]). CONCLUSÕES: Não houve diferença entre os grupos estudados, mas os resultados sugerem que a EEAV(-) pode contribuir para acelerar a recuperação do entorse de tornozelo em sua fase inicial.

estimulação elétrica; entorse; inflamação


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