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A RBP é a revista médica de maior Fator de Impacto na América Latina

EDITORIAL

A RBP é a revista médica de maior Fator de Impacto na América Latina

O sucesso de uma revista científica pode ser medido por diferentes indicadores, sendo o número de citações recebidas uma das medidas mais consagradas na comunidade acadêmica. Após a indexação em 2005,1 a Revista Brasileira de Psiquiatria (RBP) teve seu primeiro fator de impacto oficial divulgado pelo Institute of Scientific Information – ISI Web of Knowledge em junho 2008: a revista atingiu um índice de 1,225 no ano de 2007.

Com um fator de impacto de 1,225, a RBP coloca-se em primeiro lugar entre as revistas científicas latino-americanas da área da Saúde, empatada com as Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. Além disso, na comparação com todas as publicações nacionais, independentemente da área do conhecimento, a RBP ocupa o segundo lugar entre as revistas brasileiras, atrás apenas do Journal of the Brazilian Chemical Society, que atingiu um fator de impacto de 1,539. No cenário de revistas latino-americanas envolvendo todas as áreas do conhecimento, a RBP está na terceira posição, depois da Revista Mexicana de Astronomía y Astrofísica, que tem um fator de impacto de 1,344. Assim, a RBP consolida-se como um dos principais veículos de divulgação da ciência no Brasil e na América Latina.

Um progressivo crescimento na visibilidade dos artigos publicados na RBP vinha sendo observado nos últimos anos. O Fator de Impacto de 2007 reflete o número de citações a artigos publicados em 2005 e 2006 no ano 2007, dividido pelo número de artigos publicados pela RBP em 2005 e 2006. Portanto, o índice alcançado em 2007 evidencia a melhora contínua na qualidade tanto da produção científica nacional2 como dos artigos publicados pela revista nos anos de 2005 e 2006. Esse resultado pode ser entendido como uma confluência de fatores positivos em vários níveis. Num plano geral, reflete os resultados de uma maior valorização da pesquisa no País e de uma política de desenvolvimento e fortalecimento dos Programas de Pós-Graduação, berço direto e indireto de grande parte da produção científica nacional.3 Segundo, de uma política sintônica das sucessivas direções da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), caracterizada pelo investimento na qualificação e independência científica da RBP. Terceiro, e não menos importante, da confiança depositada por autores e grupos de pesquisa que submeteram artigos de qualidade para serem publicados na RBP, bem como da seriedade do trabalho realizado por pareceristas que utilizaram o devido rigor metodológico para aprová-los.

Dando seguimento às transformações no grupo de Editores, estamos nos despedindo neste número de Marcos T. Mercadante, que realizou um sólido trabalho na área da psiquiatria da infância e adolescência e foi mais um dos responsáveis pelas conquistas recentes da RBP como editor associado. No entanto, contaremos com dois jovens destaques da psiquiatria nacional para completar o corpo de editores associados: Leonardo Fontenelle, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Guilherme Polanzyck, psiquiatra da infância e adolescência (temporariamente em Londres). Estamos certos que com os novos Editores Associados daremos continuidade à política editorial estabelecida e teremos energia renovada para enfrentar os novos desafios.

Com este fator de impacto, o corpo editorial da RBP cumpre seu objetivo firmado com a ABP e seus associados, ou seja, tornar a nossa revista um dos principais veículos da produção científica do país.4 No entanto, é necessário lembrar que o fator de impacto é apenas um dos índices de avaliação de uma revista. A avaliação da qualidade de uma revista deve incluir a composição de vários fatores.4 Outros índices podem envolver, por exemplo, dados relativos sobre a porcentagem de aceitação de artigos e tempo desde a sua submissão até a aceitação/publicação. O índice de aceitação da RBP, que está em 40% dos artigos encaminhados, deve diminuir, visto que já estamos recebendo um número muito maior de submissões. Assim, precisaremos cuidar ainda mais da qualidade das avaliações por pares, garantindo a necessária isenção. Além disso, vamos precisar da confiança dos autores e da sua compreensão frente a esta nova realidade. Em 2005, o tempo médio desde a submissão até a aprovação de um artigo era de 130 dias. Pretendemos diminuir este tempo médio para 100 dias em 2008. Portanto, será necessário um investimento alto para garantir agilidade e ainda maior qualidade dos processos editoriais.

Para consolidar o nosso crescimento, teremos que continuar recebendo os artigos de alto nível produzidos no Brasil e na América Latina, mas também intensificar o processo de captação de artigos relevantes de outros continentes. Além disso, é fundamental que o pesquisador nacional procure ler e citar os artigos de qualidade produzidos no país.5

Concluindo, a meta segue sendo produzir uma revista cada vez mais respeitável, com visibilidade internacional e que proporcione o que exista de melhor na educação médica continuada para nossos associados, buscando sempre elevar ainda mais o nível de excelência da psiquiatria nacional.

Rodrigo A Bressan, Jair J Mari, Marcos Mercadante, Marcelo Q Hoexter

Department of Psychiatry, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo (SP), Brazil

Beny Lafer, Euripides C Miguel, Juliana B Diniz

Department of Psychiatry, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo (SP), Brazil

Marcelo P Fleck, Luis A Rohde

Department of Psychiatry, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre (RS), Brazil

Hermano Tavares

Outpatient Clinic of Pathological Gambling and Other Impulse Disorders (AMJO), Institute of Psychiatry, Hospital das Clínicas, School of Medicine, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo (SP), Brazil

Christian Kieling

Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre (RS), Brazil

Financiamento e conflito de interesses

  • 1. Bressan RA, Rohde LA, Mercadante MT, Mari JJ, Miguel EC. We have reached the ISI! Rev Bras Psiquiatr 2005;27(3):170-1.
  • 2. Bressan RA, Gerolin J, Mari JJ. The modest but growing Brazilian presence in psychiatric, psychobiological and mental health research: assessment of the 1998-2002 period. Braz J Med Biol Res 2005;38(5):649-59.
  • 3. Gonçalves RR, Kieling C, Bressan RA, Mari JJ, Rohde LA. The evaluation of scientific productivity in Brazil an assessment of the mental health field. Scientometrics In press, 2008.
  • 4. Miguel EC, Mari JJ. The right time for a new leadership in Revista Brasileira de Psiquiatria. Rev Bras Psiquiatr 2008;30(1):1-6.
  • 5. Kapczinski F. Who reads (but does not quote) Brazilian science. Rev Bras Psiquiatr 2007;29(2):198.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    25 Set 2008
  • Data do Fascículo
    Set 2008
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