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Reply to: Adequacy of enteral nutrition support in intensive care units does not affect the short- and long-term prognosis of mechanically ventilated patients: a pilot study

Ao Editor

Nosso estudo “A adequação do suporte nutricional enteral na unidade de terapia intensiva não afeta o prognóstico em curto e longo prazos dos pacientes mecanicamente ventilados: um estudo piloto”(11 Couto CF, Dariano A, Texeira C, Silva CH, Torbes AB, Friedman G. A adequação do suporte nutricional enteral na unidade de terapia intensiva não afeta o prognóstico em curto e longo prazos dos pacientes mecanicamente ventilados: um estudo piloto. Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):34-8.) foi dimensionado (tamanho amostral) como uma pesquisa para avaliar efeitos em curto prazo e, nesse sentido, não se trata de um estudo piloto. Contudo, não tínhamos informação disponível na literatura e muito menos no cenário brasileiro sobre qual seria o tamanho amostral para um estudo em longo prazo. Assim, ele foi considerado um estudo piloto, o que nos permitiu estimar a magnitude das perdas e dos óbitos e calcular a amostra.(22 Thabane L, Ma J, Chu R, Cheng J, Ismaila A, Rios LP, et al. A tutorial on pilot studies: the what, why and how. BMC Med Res Methodol. 2010;10:1.)

A ausência de dados em relação ao que realmente é ofertado é a limitação. Os pacientes foram separados em dois diferentes grupos (≥ 70% versus < 70%) de adequação calórica considerando apenas os registros do que foi prescrito, que constitui informação passível de recuperação em prontuários. No hospital em que foi realizado o estudo, infelizmente, não há registro do que realmente foi ofertado ou, melhor ainda, do que foi entregue. Essa é uma limitação comum nesse tipo de estudo. A progressão da dieta enteral é registrada em prontuário, mas, por vezes, a oferta é menor (por exemplo: pausa para uma tomografia).

A falta de avaliação da capacidade funcional do paciente no momento de sua internação na unidade de terapia intensiva (UTI) é uma grande limitação. Ainda assim, é razoável especular que os pacientes que se recuperam ao longo do tempo o façam pela adequação nutricional ou pela tolerância à progressão da dieta - esta última indicando que eles seriam menos graves já na UTI.

A inferência é especulativa. O tamanho amostral não permite conclusões definitivas, e o artigo deixa isso claro desde o título. O título (“um estudo piloto”) é uma clara mensagem de que a informação será eventualmente usada no planejamento de um estudo maior.

Nós agradecemos as considerações e tomamos todas como pertinentes. Esperamos ter esclarecido o principal.

To the Editor

In our study “Adequacy of enteral nutrition support in intensive care units does not affect the short- and long-term prognosis of mechanically ventilated patients: a pilot study”(11 Couto CF, Dariano A, Texeira C, Silva CH, Torbes AB, Friedman G. A adequação do suporte nutricional enteral na unidade de terapia intensiva não afeta o prognóstico em curto e longo prazos dos pacientes mecanicamente ventilados: um estudo piloto. Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):34-8.) the sample size was calculated to assess the short-term effects, and in this sense, it is not a pilot study. However, we had no information available in the literature, much less in the Brazilian settings about what the sample size would be for a long-term study. Thus, it was considered a pilot study, which allowed us to estimate the magnitude of losses and deaths and to calculate the sample.(22 Thabane L, Ma J, Chu R, Cheng J, Ismaila A, Rios LP, et al. A tutorial on pilot studies: the what, why and how. BMC Med Res Methodol. 2010;10:1.))

The absence of data about what was effectively offered is the limitation. The patients were separated into two different groups (≥ 70% versus < 70%) of calorie intake adequacy considering only the records of what was prescribed, which constitutes information that can be recovered in medical records. In the hospital where the study was conducted, unfortunately, there is no record of what was effectively offered or, better yet, what was delivered. This is a common limitation in this type of study. The progression of the enteral diet is registered in medical records, but sometimes the offer is less (for example pause for a tomography).

The lack of evaluation of the functional capacity at the intensive care unit (ICU) admission is an important limitation. Even so, it is reasonable to speculate that patients who recover over time do so by nutritional adequacy or by tolerance to diet progression - the latter indicating that they would be less severe already in the ICU.

The inference is speculative. The sample size does not allow definitive conclusions, and the article makes this clear from the title. The title (“a pilot study”) is a clear message that the information will eventually be used in planning a larger study.

We appreciate the considerations and take them all as pertinent. We hope we have clarified the main ones.

REFERÊNCIAS

  • 1
    Couto CF, Dariano A, Texeira C, Silva CH, Torbes AB, Friedman G. A adequação do suporte nutricional enteral na unidade de terapia intensiva não afeta o prognóstico em curto e longo prazos dos pacientes mecanicamente ventilados: um estudo piloto. Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(1):34-8.
  • 2
    Thabane L, Ma J, Chu R, Cheng J, Ismaila A, Rios LP, et al. A tutorial on pilot studies: the what, why and how. BMC Med Res Methodol. 2010;10:1.

Publication Dates

  • Publication in this collection
    13 Jan 2021
  • Date of issue
    Oct-Dec 2020
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