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Mobilização precoce em tempos de COVID-19

INTRODUÇÃO

É fundamental pensarmos nos efeitos deletérios secundários à doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19) e suas consequências nos pacientes que desenvolvem, principalmente, as condições mais graves. Sobreviver à doença crítica aguda na unidade de terapia intensiva (UTI) pode não retratar qualidade de vida após a hospitalização.(11 Robinson CC, Rosa RG, Kochhann R, Schneider D, Sganzerla D, Dietrich C, et al. Qualidade de vida pós-unidades de terapia intensiva: protocolo de estudo de coorte multicêntrico para avaliação de desfechos em longo prazo em sobreviventes de internação em unidades de terapia intensiva brasileiras. Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(4):405-13.)

Um estudo com sobreviventes da síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) identificou que, após 24 meses da doença, a capacidade de exercício e o estado de saúde eram significativamente menores nesses pacientes em comparação a indivíduos saudáveis. Além disso, 29% não tinham retornado ao trabalho.(22 Ngai JC, Ko FW, Ng SS, To KW, Tong M, Hui DS. The long-term impact of severe acute respiratory syndrome on pulmonary function, exercise capacity and health status. Respirology. 2010;15(3):543-50.)

As interações entre complicações relacionadas à doença crítica, à comorbidades, aos tratamentos de suporte de vida, à aspectos organizacionais de cuidados intensivos e à adaptação no período pós-UTI podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome pós-cuidados intensivos.(11 Robinson CC, Rosa RG, Kochhann R, Schneider D, Sganzerla D, Dietrich C, et al. Qualidade de vida pós-unidades de terapia intensiva: protocolo de estudo de coorte multicêntrico para avaliação de desfechos em longo prazo em sobreviventes de internação em unidades de terapia intensiva brasileiras. Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(4):405-13.,33 Carson SS, Bach PB, Brzozowski L, Leff A. Outcomes after long-term acute care. An analysis of 133 mechanically ventilated patients. Am J Respir Crit Care Med. 1999;159(5 Pt 1):1568-73.) Essa síndrome caracteriza-se por alterações físicas, funcionais, cognitivas e psiquiátricas e pelo desenvolvimento de transtorno de estresse pós-traumático, o que pode gerar redução da qualidade de vida como consequência.(44 Needham DM, Wozniak AW, Hough CL, Morris PE, Dinglas VD, Jackson JC, Mendez-Tellez PA, Shanholtz C, Ely EW, Colantuoni E, Hopkins RO; National Institutes of Health NHLBI ARDS Network. Risk factors for physical impairment after acute lung injury in a national, multicenter study. Am J Respir Crit Care Med. 2014;189(10):1214-24.,55 Myhren H, Ekeberg O, Toien K, Karlsson S, Stokland O. Posttraumatic stress, anxiety and depression symptoms in patients during the first year post intensive care unit discharge. Crit Care. 2010;14(1):R14.)

Nesse contexto, sugere-se que as repercussões da COVID-19, resultantes do tratamento em UTI, podem cursar no desenvolvimento de fraqueza muscular adquirida na UTI (FMA-UTI), e suas consequências estenderem-se além do período de internação.

Fatores de risco para fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva na COVID-19

Muitos pacientes infectados pela COVID-19 evoluem com necessidade de internação em UTI devido à insuficiência respiratória aguda grave e ao desenvolvimento da SDRA, considerada um fator de risco para a FMA-UTI. Além disso, ocorre um processo inflamatório sistêmico, com liberação de citocinas pró-inflamatórias que contribuem para o mecanismo para perda de massa muscular.(66 Jose RJ, Manuel A. COVID-19 cytokine storm: the interplay between inflammation and coagulation. Lancet Respir Med. 2020;8(6):e46-e47.) Associados a esses fatores, o tempo de permanência em ventilação mecânica desses pacientes é elevado (média de 11,7 dias),(77 UTIs Brasileiras. Registro Nacional de Terapia Intensiva. Brazilian ICUs project [cited 2020 Oct 2]. Available from: http://www.utisbrasileiras.com.br/en/covid-19/benchmarking-covid-19/.
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) fator associado à FMA-UTI, assim como o tempo de permanência em UTI e hospitalar.(88 Yang X, Yu Y, Xu J, Shu H, Xia J, Liu H, et al. Clinical course and outcomes of critically ill patients with SARS-CoV-2 pneumonia in Wuhan, China: a single-centered, retrospective, observational study. Lancet Respir Med. 2020;8(5):475-81.) Cerca de 75% - 80% dos pacientes hospitalizados com COVID-19 têm estadias prolongadas no hospital, com cerca de 21 dias.(99 Wang L, He W, Yu X, Hu D, Bao M, Liu H, et al. Coronavirus disease 2019 in elderly patients: characteristics and prognostic factors based on 4-week follow-up. J Infect. 2020;80(6):639-45.)

Pacientes com COVID-19 admitidos na UTI podem apresentar falência de (múltiplos) órgãos, incluindo SDRA, lesão renal aguda, lesão cardíaca e disfunção hepática.(1010 Gupta A, Madhavan MV, Sehgal K, Nair N, Mahajan S, Sehrawat TS, et al. Extrapulmonary manifestations of COVID-19. Nat Med. 2020;26(7):1017-32.) Evidências têm demonstrado que a disfunção orgânica está altamente associada à disfunção muscular.(1111 Puthucheary ZA, Rawal J, McPhail M, Connolly B, Ratnayake G, Chan P, et al. Acute skeletal muscle wasting in critical illness. JAMA. 2013;310(15):1591-600.) Adicionalmente, alguns desses pacientes apresentam comorbidades associadas, como idade avançada, disfunção renal, hipertensão, diabetes, doença cardíaca, que podem contribuir para a incidência da FMA-UTI.(88 Yang X, Yu Y, Xu J, Shu H, Xia J, Liu H, et al. Clinical course and outcomes of critically ill patients with SARS-CoV-2 pneumonia in Wuhan, China: a single-centered, retrospective, observational study. Lancet Respir Med. 2020;8(5):475-81.,99 Wang L, He W, Yu X, Hu D, Bao M, Liu H, et al. Coronavirus disease 2019 in elderly patients: characteristics and prognostic factors based on 4-week follow-up. J Infect. 2020;80(6):639-45.) Todos esses fatores contribuem para o imobilismo, que, por sua vez, provoca efeitos deletérios no sistema cardiorrespiratório, nervoso central, musculoesquelético e no metabolismo.(1212 Nava S, Piaggi G, De Mattia E, Carlucci A. Muscle retraining in the ICU patients. Minerva Anestesiol. 2002;68(5):341-5.)Dessa forma, pacientes críticos com COVID-19 podem enfrentar um ciclo vicioso, na qual a gravidade da própria doença, a presença de comorbidades, o suporte ventilatório invasivo prolongado e a utilização de sedativos e bloqueadores neuromusculares podem contribuir para o desenvolvimento da FMA-UTI e disfunções funcionais a curto e longo prazo (Figura 1).

Figura 1
Ciclo vicioso do doente crítico que contribui para o desenvolvimento de fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva e disfunções funcionais a curto e longo prazo. VMI - ventilação mecânica invasiva; FMA-UTI - fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva.

Assim, esses fatores de risco devem ser utilizados como forma de avaliação e triagem desses pacientes, para iniciar, de forma precoce, o processo de reabilitação, por meio de protocolos de mobilização precoce (MP), com objetivo de evitar e/ou minimizar as complicações e o declínio funcional.

Mobilização precoce em pacientes com COVID-19

Considerando as condições clínicas causadas pelo imobilismo prolongado e a deteriorização muscoloesquelética, a estratégia de implementação de protocolos de MP sistematizados é de fundamental relevância para esses pacientes, visto o crescente número de evidências em relação ao seu benefício.(1313 Aquim EE, Bernardo WM, Buzzini RF, Azeredo NS, Cunha LS, Damasceno MC, et al. Brazilian Guidelines for Early Mobilization in Intensive Care Unit. Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(4):434-43.,1414 Kayambu G, Boots R, Paratz J. Physical therapy for the critically ill in the ICU: a systematic review and meta-analysis. Crit Care Med. 2013;41(6):1543-54.) A MP contribui para a redução dos efeitos deletérios da doença, especialmente sobre a função muscular e cardiopulmonar, mobilidade e funcionalidade. É uma prática segura e viável, que proporciona melhora da força muscular e recuperação funcional, com melhora na qualidade de vida.(1414 Kayambu G, Boots R, Paratz J. Physical therapy for the critically ill in the ICU: a systematic review and meta-analysis. Crit Care Med. 2013;41(6):1543-54.,1515 Connolly B, O'Neill B, Salisbury L, Blackwood B; Enhanced Recovery After Critical Illness Programme Group. Physical rehabilitation interventions for adult patients during critical illness: an overview of systematic reviews. Thorax. 2016;71(10):881-90.) Proporciona também melhores desfechos clínicos, como a redução do tempo de ventilação mecânica, do tempo de UTI e da internação hospitalar.(1414 Kayambu G, Boots R, Paratz J. Physical therapy for the critically ill in the ICU: a systematic review and meta-analysis. Crit Care Med. 2013;41(6):1543-54.,1515 Connolly B, O'Neill B, Salisbury L, Blackwood B; Enhanced Recovery After Critical Illness Programme Group. Physical rehabilitation interventions for adult patients during critical illness: an overview of systematic reviews. Thorax. 2016;71(10):881-90.) )Assim, contribui para a diminuição de custos hospitalares e pode ainda evitar a readmissão em UTI/hospital.(1616 Hunter A, Johnson L, Coustasse A. Reduction of intensive care unit length of stay: the case of early mobilization. Health Care Manag (Frederick). 2014;33(2):128-35.)

Atualmente, vivenciamos a sobrecarga do sistema de saúde, com taxas de ocupação em UTI elevadas ou lotação máxima em alguns estados do nosso país, levando à sobrecarga de trabalho dos profissionais de saúde, visto que, muitas vezes, as UTIs não estão adequadamente dimensionadas quanto ao número necessário.(1717 Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR). COVID-19 Mobilização precoce na insuficiência respiratória aguda: IRpA. Comunicação oficial. [atualizado em 1° de abril de 2020]. São Paulo: ASSOBRAFIR; 2020. [elaborado por Bruno Prata Martinez, Flávio Maciel Dias de Andrade]. [citado 2020 Nov 11]. Disponível em: https://assobrafir.com.br/wp-content/uploads/2020/04/ASSOBRAFIR_COVID-19_Mobiliza%C3%A7%C3%A3o_2020.04.01-1.pdf) Sabe-se que, nesses locais, a prioridade pode estar sendo a atuação nos cuidados ventilatórios avançados. Entretanto, a reabilitação deve ser incorporada nos planos de resposta à pandemia já no início, e não somente após as consequências. Dessa forma, a equipe multidisciplinar têm um papel crucial na recuperação funcional e na reintegração desses indivíduos à sociedade.(1818 Simpson R, Robinson L. Rehabilitation after critical illness in people with COVID-19 infection. Am J Phys Med Rehabil. 2020;99(6):470-4.)

Com isso, sugere-se que intervenções de reabilitação precoce em pacientes com COVID-19 sejam iniciadas durante a internação hospitalar e tenham continuidade após a alta, em programas especializados de reabilitação, principalmente naqueles que evoluírem com disfunção muscular severa, fadiga e dispneia,(1313 Aquim EE, Bernardo WM, Buzzini RF, Azeredo NS, Cunha LS, Damasceno MC, et al. Brazilian Guidelines for Early Mobilization in Intensive Care Unit. Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(4):434-43.) visando à melhora da funcionalidade e da qualidade de vida, bem como prevenir a readmissão desses pacientes ao ambiente hospitalar.

Estratégias para implementação da mobilização precoce na COVID-19

Os fisioterapeutas possuem um papel no fornecimento de intervenções para mobilização, exercício e reabilitação, principalmente em pacientes com risco de desenvolver declínio funcional. Nesse contexto, estratégias e recomendações foram desenvolvidas para o planejamento e a preparação da força de trabalho.(1919 Thomas P, Baldwin C, Bissett B, Boden I, Gosselink R, Granger CL, et al. Physiotherapy management for COVID-19 in the acute hospital setting: clinical practice recommendations. J Physiother. 2020;66(2):73-82.

20 The Chartered Society of Physiotherapy. Rehabilitation and Covid-19. CSP policy statement. May 2020. [cited 2020 Nov 16]. Available from: https://www.csp.org.uk/system/files/publication_files/001739_Rehabilitation%20%26%20Covid-19%20-%20CSP%20Policy%20Statement_MOB1st_V4%20%281%29.pdf
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-2121 Spruit MA, Holland AE, Singh SJ, Troosters T. Report of an ad-hoc international task force to develop an expert-based opinion on early and short-term rehabilitative interventions (after the acute hospital setting) in COVID-19 survivors (version April 3, 2020). [cited 2020 Nov 16]. Available from: https://ers.app.box.com/s/npzkvigtl4w3pb0vbsth4y0fxe7ae9z9
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)

Assim, é recomendado planejar o número de profissionais necessários para a implementação de uma assistência integral ao paciente na UTI e nas enfermarias. Devem ser priorizados profissionais que tenham experiência com cuidados em pacientes críticos em ambiente hospitalar, ou seja, é necessário que os fisioterapeutas possuam conhecimentos especializados, habilidades e capacidade de tomada de decisão.(1919 Thomas P, Baldwin C, Bissett B, Boden I, Gosselink R, Granger CL, et al. Physiotherapy management for COVID-19 in the acute hospital setting: clinical practice recommendations. J Physiother. 2020;66(2):73-82.

20 The Chartered Society of Physiotherapy. Rehabilitation and Covid-19. CSP policy statement. May 2020. [cited 2020 Nov 16]. Available from: https://www.csp.org.uk/system/files/publication_files/001739_Rehabilitation%20%26%20Covid-19%20-%20CSP%20Policy%20Statement_MOB1st_V4%20%281%29.pdf
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-2121 Spruit MA, Holland AE, Singh SJ, Troosters T. Report of an ad-hoc international task force to develop an expert-based opinion on early and short-term rehabilitative interventions (after the acute hospital setting) in COVID-19 survivors (version April 3, 2020). [cited 2020 Nov 16]. Available from: https://ers.app.box.com/s/npzkvigtl4w3pb0vbsth4y0fxe7ae9z9
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Fisioterapeutas com experiências prévias em UTI devem ser identificados, facilitando o retorno desses profissionais para o trabalho na UTI. Recomenda-se também que os profissionais que não possuem experiência em UTI sejam identificados, para apoiar o atendimento desses pacientes em outras áreas hospitalares.(1919 Thomas P, Baldwin C, Bissett B, Boden I, Gosselink R, Granger CL, et al. Physiotherapy management for COVID-19 in the acute hospital setting: clinical practice recommendations. J Physiother. 2020;66(2):73-82.

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-2121 Spruit MA, Holland AE, Singh SJ, Troosters T. Report of an ad-hoc international task force to develop an expert-based opinion on early and short-term rehabilitative interventions (after the acute hospital setting) in COVID-19 survivors (version April 3, 2020). [cited 2020 Nov 16]. Available from: https://ers.app.box.com/s/npzkvigtl4w3pb0vbsth4y0fxe7ae9z9
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Outro ponto importante é a implementação de treinamentos e de recursos de aprendizagem como o desenvolvimento e gerenciamento de cuidados críticos e o treinamento para a utilização de Equipamentos de Proteção Individual.(1919 Thomas P, Baldwin C, Bissett B, Boden I, Gosselink R, Granger CL, et al. Physiotherapy management for COVID-19 in the acute hospital setting: clinical practice recommendations. J Physiother. 2020;66(2):73-82.

20 The Chartered Society of Physiotherapy. Rehabilitation and Covid-19. CSP policy statement. May 2020. [cited 2020 Nov 16]. Available from: https://www.csp.org.uk/system/files/publication_files/001739_Rehabilitation%20%26%20Covid-19%20-%20CSP%20Policy%20Statement_MOB1st_V4%20%281%29.pdf
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)

Por fim, para minimizar os impactos da COVID-19 naqueles pacientes em tratamento domiciliar e pós-alta, os serviços de teleconsultas, teleconsultoria e telemonitoramento podem ser ferramentas importantes no tratamento.(2222 Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Resolução Nº 516, de 20 de março de 2020. Teleconsulta, Telemonitoramento e Teleconsultoria. Dispõe sobre a suspensão temporária do Artigo 15, inciso II e Artigo 39 da Resolução COFFITO nº 424/2013 e Artigo 15, inciso II e Artigo 39 da Resolução COFFITO nº 425/2013 e estabelece outras providências durante o enfrentamento da crise provocada pela Pandemia do COVID-19. [citado 2020 Jul 20]. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=15825
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) )Dessa forma, sugerimos que, em estudos futuros, posicionamentos similares sejam desenvolvidos no Brasil, para elucidar melhor as consequências na funcionalidade de indivíduos acometidos pela COVID-19.

REFERÊNCIAS

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Editado por

Editor responsável: Viviane Cordeiro Veiga

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Jan 2021
  • Data do Fascículo
    Oct-Dec 2020

Histórico

  • Recebido
    18 Maio 2020
  • Aceito
    20 Out 2020
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