Avaliou-se a influência da restrição de água (0, 10, 20, 30 e 40%) no desempenho, no comportamento e desenvolvimento de orgãos (coração, perna, proventrículo e moela, fígado e intestinos) e na micrometria intestinal de frangos de corte. Utilizaram-se 480 machos, linhagem ROSS 308, do 1º ao 21º dia de idade, criados em gaiolas de 0,72 m². As aves receberam dieta basal à vontade e foram mantidas em temperatura de conforto térmico. O consumo de água foi estimado em um grupo de aves controle, dois dias mais velhas que as aves experimentais, porém com o mesmo peso inicial. As medidas de desempenho foram tomadas semanalmente e o consumo de água, diariamente. Aos 21 dias, 18 aves por nível de restrição (tratamento) foram sacrificadas para realização das medidas de micrometria intestinal (6 aves) e do peso de órgãos (12 aves). Diariamente, observou-se o comportamento das aves durante o período de fornecimento da água. O desempenho das aves, a altura das vilosidades duodenais e os pesos frescos dos órgãos reduziram de forma linear de acordo com o aumento da restrição de água. Aos 21 dias de idade, a cada 1% de restrição de água, houve perda de 8,5 g no ganho de peso. No entanto, a mortalidade não foi afetada por qualquer nível de restrição de água. Não foi encontrada diferença na profundidade de cripta, no número de vilos e no peso relativo dos orgãos (em relação ao peso corporal), exceto do coração, que aumentou com a restrição de água. Nas aves sob restrição de água, houve maior extrusão dos vilos. Os frangos submetidos à restrição de água alteraram seu comportamento, tornando-se agressivos e irritadiços. A restrição de água, independentemente de sua magnitude, deve ser evitada na criação de frangos de corte.
água; comportamento; frango de corte; morfologia e histologia duodenal; órgãos
