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Marcadores tumorais no câncer colorretal

Tumor markers in colorectal cancer

Resumo

Colorectal cancer is a clinical entity of a persistent relevance in clinical practice and its early diagnosis is a determinant factor to obtain better therapeutic results. Tumor markers are helpful means for a better approach to individuals with such neoplasm. In the present review, the authors analyze the phases in which surgical-clinical treatment markers must be used: diagnosis, determination of tumor stage, establishment of prognosis and detection of recurrence. Current and future markers and the consensus on their use are discussed. Causal factors for errors in diagnosis with markers and perspectives of use are also presented.

Tumor markers; Biological; Colorectal neoplasms; Colonic neoplasms; Rectal neoplasms; Carcinoembryonic antigen


Tumor markers; Biological; Colorectal neoplasms; Colonic neoplasms; Rectal neoplasms; Carcinoembryonic antigen

ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO

Marcadores tumorais no câncer colorretal

Tumor markers in colorectal cancer

Luís César Fernandes, ACBC-SPI; Delcio MatosII

ICirurgião-geral e Mestre pela Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo -Escola Paulista de Medicina (UNIFESP - EPM)

IIProfessor Adjunto Livre-docente da Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica da UNIFESP – EPM

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Dr. Luís César Fernandes Alameda Santos 211 Conj. 304 — Paraíso 01419-000 — São Paulo-SP E-mail: luiscfernandes@terra.com.br

ABSTRACT

Colorectal cancer is a clinical entity of a persistent relevance in clinical practice and its early diagnosis is a determinant factor to obtain better therapeutic results. Tumor markers are helpful means for a better approach to individuals with such neoplasm. In the present review, the authors analyze the phases in which surgical-clinical treatment markers must be used: diagnosis, determination of tumor stage, establishment of prognosis and detection of recurrence. Current and future markers and the consensus on their use are discussed. Causal factors for errors in diagnosis with markers and perspectives of use are also presented.

Key words: Tumor markers; Biological; Colorectal neoplasms; Colonic neoplasms; Rectal neoplasms; Carcinoembryonic antigen.

INTRODUÇÃO

As neoplasias colorretais constituem a terceira neoplasia em incidência em variadas populações1. Representam importante letalidade, configurando de 10% a 20% de todos os óbitos motivados por neoplasias; o índice de sobrevida geral sendo inferior a 40%2,3.

Apesar dos aperfeiçoamentos no diagnóstico e no tratamento do câncer colorretal, as taxas persistem quase inalteradas, com discreta redução nos índices de mortalidade1,4.

Nas tentativas de estabelecimento de diagnóstico precoce e melhor tratamento destacam-se os marcadores tumorais, produtos moleculares secretados por tecido neoplásico, detectáveis em células e fluidos orgânicos. São capazes de indicar presença, extensão, resposta ao tratamento e presença de recorrência da neoplasia5. Podem ser hormônios, ácidos nucléicos, poliaminas, antígenos, enzimas, proteínas e lipídios específicos da membrana celular.

Marcadores Plasmáticos e Teciduais

Houve certa alteração no conceito de marcador tumoral. Anteriormente, considerava-se como "marcador" qualquer substância capaz de ser detectada em soro periférico de determinado paciente possuidor de neoplasia. Atualmente, componentes teciduais, inclusive genéticos, são marcadores capazes de definir diferentes prognósticos e distintas condutas terapêuticas para cada caso.

Perceba-se que marcadores teciduais não têm a capacidade que os plasmáticos possuem de determinar diagnóstico ou de indicar recidiva do processo tumoral. Limitam-se a determinar estadiamento, prognóstico e possível resposta terapêutica para determinada lesão.

Marcadores no Câncer Colorretal

a) CEA

Descoberto na década de 1960, determinado em amostras de soro periférico, constitui o marcador mais utilizado na prática clínica nas neoplasias colorretais6,7. Pouco efetivo no diagnóstico do câncer colorretal, por sua baixa sensibilidade em lesões iniciais, tem utilidade no estabelecimento de índices prognósticos8,9 e destaque no seguimento dos pacientes após tratamento cirúrgico pretensamente curativo, promovendo por vezes detecção precoce de recidiva tumoral10-13.

Sua sensibilidade nas etapas de diagnóstico da lesão situa-se entre 20% e 40%14; no entanto, sua sensibilidade no seguimento pós-operatório dos pacientes, para detecção de recidivas locorregionais ou hepáticas, pode ultrapassar 90%15.

b) CA 242, CA 19-9, CA72-4

Tais marcadores são diagnosticados por anticorpos monoclonais específicos. Apesar de sua origem posterior ao CEA e conceito aperfeiçoado não proporcionaram melhores resultados. Sua sensibilidade no diagnóstico do câncer colorretal oscila em taxas de 30%16,17, inferiores às do antígeno carcinoembrionário que apresenta sensibilidade em torno de 40%18,19. Têm utilização em amostras séricas associados ao CEA; nesta condição atingem sensibilidade de aproximadamente 50% a 60%, com certo valor na determinação de índices prognósticos e detecção de recidivas tumorais19-23.

c) Citoqueratinas

São constituintes da arquitetura estrutural da membrana celular, estando aumentadas em soro periférico na vigência de processos neoplásicos e sendo passíveis de detecção por anticorpos monoclonais24. O TPA (tissue polypeptide antigen) constituiu a citoqueratina de identificação inicial, em 1978 25. Um reagente mais específico (TPS — tissue polypeptide-specific antigen) foi desenvolvido em 1992, identificando o epítopo M3 da molécula TPA; um reagente atual, TPM (ou TPA-M — tissue polypeptide monoclonal antigen), descrito em 1994, dirige-se a três epítopos distintos das células neoplásicas, obtendo especificidade ainda maior26,27.

Sua sensibilidade geral oscila entre 60% e 70% no diagnóstico do adenocarcinoma colorretal28-30. Tem razoável especificidade para processos neoplásicos; no entanto, positiva-se em tumores de outros sítios, tais como ovário, pulmão, próstata e mama26. Estudos sobre citoqueratinas como marcadores encontram-se em fase de desenvolvimento inicial.

d) p53

Na existência de defeitos genéticos celulares, o gene p53 pode promover o retardo da divisão celular para permitir o reparo dos genes ou pode induzir a ocorrência de apoptose (morte celular programada), na vigência de defeitos não passíveis de correção31. Alteração no gene p53 possibilita a divisão de células com imperfeições genéticas e o surgimento de neoplasias colorretais32.

O gene p53 origina, em condições normais, uma proteína p53 de duração efêmera tecidual. O gene p53 alterado produz uma proteína p53 alterada, de duração permanente33. Esta duração permanente possibilita a formação de anticorpos anti-p5334.

O gene p53 alterado pode ser identificado, portanto, por três MÉTODOS: reações de PCR, determinando diretamente a alteração genética; reação imuno-histoquímica, demonstrando na análise histológica a presença da proteína p53 alterada; e dosagem em amostras de sangue periférico, identificando anticorpos contra a proteína alterada p5335.

O marcador, apesar de promissor, apresenta deficiências conceituais e decorrentes de variantes biológicas imprevisíveis. Há neoplasias colorretais provocadas por alterações do gene p53; porém, há tumores motivados por outras anormalidades (gen c-Myc, k-ras p.ex.)5,36, que não seriam, portanto, detectados por análises de tal marcador. Além disso, a formação de anticorpos contra a proteína alterada p53 é inconstante; a dosagem de tais anticorpos em soro periférico em estudos atuais é variável e obteve sensibilidade inferior a 30%35,37,38. Pesquisas devem ser efetuadas para minorar as dificuldades originais do método.

e) VEGF

Ou "fator de crescimento vascular endotelial" (vascular endothelial growth factor). As neoplasias, em seu processo de crescimento, secretam substâncias estimulantes do crescimento vascular que, por sua vez, originam vasos sangüíneos responsáveis pela nutrição dos tecidos tumorais39. Tais substâncias são passíveis de detecção em soro periférico40,41. Não serão, no entanto, específicas para tumores de cólon e de reto, pelo fato de a produção do VEGF ocorrer em diversos processos neoplásicos; encontra-se, em investigação inicial, com sensibilidade na etapa de diagnóstico por volta de 50%40,42,43.

f) Outros marcadores

São diversas as pesquisas atuais em torno de substâncias que poderão constituir eficientes marcadores tumorais no câncer colorretal (telomerase44-50; CD4451; metaloproteinases52; c-erbB-253, E-caderina54, Bcl-255), dosados no soro periférico ou nos tecidos do paciente. Estudos clínicos não demonstraram até o momento marcador perfeitamente eficaz; no entanto, é possível que o marcador ideal se encontre entre as substâncias em estudo.

Percebe-se tendência à análise de substâncias teciduais para determinação de conduta terapêutica mais adequada. No entanto, determinações teciduais apresentam as limitações de utilização referidas anteriormente.

Encontram-se disponíveis conjuntos para dosagem em soro periférico de CEA, CA 242, CA 19-9 e CA 72-4. Por imuno-histoquímica podem ser determinados no tecido: proteína p5356, angiogênese, c-erbB-2, E-caderina, DCC e Bcl-2, relevantes como marcadores tumorais. Estudos genéticos são possíveis para determinação de alterações, em casos de HNPCC (câncer colorretal hereditário não polipóide), por exemplo, mas de custo elevado e de disponibilidade reduzida atualmente.

Momentos de Utilização dos Marcadores Séricos

Os marcadores tumorais séricos devem ser determinados em diversos momentos no tratamento do câncer colorretal; dosagens isoladas não são de utilidade e podem levar a errôneas interpretações do quadro clínico.

Os marcadores podem ser analisados nas etapas de diagnóstico, estadiamento, determinação de prognóstico, avaliação de resposta ao tratamento e detecção de recidiva tumoral no período pós-operatório.

Os marcadores ainda não se demonstraram eficientes no rastreamento populacional de indivíduos portadores de neoplasias colorretais assintomáticos. A sensibilidade para diagnóstico dos marcadores atuais tem se revelado inferior a 50%, inviabilizando tais métodos para finalidades diagnósticas5.

O uso de marcadores na determinação inicial do estadiamento, no entanto, demonstra-se efetivo e tem sido pouco utilizado. Entende-se, de forma geral, que a produção de substâncias marcadoras é proporcional às dimensões da massa tumoral apresentada pelo paciente. Nos pacientes cujo estadiamento clínico e cirúrgico demonstre estágios intermediários de desenvolvimento neoplásico (Dukes B ou C e Estádios II ou III da Classificação TNM) nível elevado inicial de marcadores tumorais pode indicar a presença de micrometástases e determinar opção por tratamento adjuvante (quimio ou radioterapia)57,58.

Não há correlação do nível inicial dos marcadores tumorais em relação ao grau de diferenciação de neoplasias colorretais28. Tumores altamente indiferenciados por vezes não produzem determinados marcadores, pela sua própria indiferenciação celular.

No seguimento dos pacientes submetidos a tratamento pretensamente curativo a utilização dos marcadores se demonstra mais relevante12. Permite avaliar a eficiência do tratamento: níveis normais dos marcadores no pós-operatório mediato indicam provável radicalidade no tratamento, e persistência de níveis elevados significa caráter paliativo da terapêutica. Com elevada acurácia os marcadores são capazes de permitir a detecção precoce de recidivas tumorais assintomáticas e em estágio inicial nos casos submetidos a tratamento aparentemente curativo e radical10,11.

Normas Atuais de Utilização de Marcadores Séricos

A determinação em soro periférico do antígeno carcinoembrionário persiste como melhor método atual no que se refere à utilização de marcadores no câncer colorretal7,59. Entretanto, o CEA não deve ser empregado como método de rastreamento populacional para identificação de portadores assintomáticos de neoplasias de cólon e de reto59,60.

A elevação pós-operatória do antígeno carcinoembrionário, isoladamente, em pacientes submetidos a tratamento cirúrgico considerado radical, não autoriza a administração de métodos adjuvantes de tratamento; sinaliza a necessidade de emprego de métodos endoscópicos e radiológicos para identificação de possível recidiva em estágio inicial7,15,59.

Um aumento persistente de duas a três vezes o valor basal de CEA para o paciente significa elevada probabilidade de ocorrência de recidiva tumoral, exigindo exames adicionais e intensificação do seguimento60,61. A determinação do valor basal para o paciente no início do tratamento e verificações seriadas são fundamentais. Dosagens isoladas e análises baseadas no valor de referência de 5ng/ml não constituem critérios adequados para determinação de normalidade.

O seguimento dos pacientes deve se estender durante sete anos a partir do tratamento inicial; em pacientes identificados à colonoscopia como formadores de pólipos o seguimento deve se prolongar além desse limite5,60,61.

Novos marcadores ainda precisam ser comprovados como eficazes em estudos clínicos para recomendação de emprego rotineiro em pacientes59,60.

Seguimento dos Pacientes e Marcadores

O seguimento dos pacientes no período pós-operatório em tratamentos pretensamente curativos não é consensual.

É possível acompanhamento somente clínico dos pacientes62. Constitui opção a dosagem seriada de marcadores, com exames adicionais frente à elevação dos valores basais7,10,11. É possível submissão dos pacientes periodicamente a dosagens séricas, exames de imagem e procedimentos endoscópicos com o intuito de pronta detecção de recidiva tumoral61. Há controvérsias a respeito63-65.

Em nossa experiência16 não tem sido observado resultado eficaz no seguimento intensivo do paciente. Os marcadores tumorais séricos elevam-se três a seis meses antes da elucidação do sítio de recorrência. No entanto, quando os métodos de imagem ou endoscópicos demonstram a lesão está geralmente se mostra irressecável. Obtém-se sucesso quando se encontram tumores metacrônicos, então ressecados com radicalidade pelo estágio inicial em que se encontram. Para que as recidivas neoplásicas sejam abordadas curativamente é preciso que os marcadores e que os métodos de imagem correspondentes sejam aperfeiçoados para identificação da recorrência em estágio inicial de desenvolvimento e com reduzida extensão.

Marcador Sérico Ideal

O marcador sérico ideal deve ser específico, elevando-se somente em neoplasias colorretais; sensível, aumentando na presença de tumores em estágios iniciais. Todas as células tumorais devem produzi-lo, permitindo correlação com estadiamento e determinação de índices prognósticos; todos os tumores devem produzi-lo, impedindo a ocorrência de falsos resultados negativos.

Deve estar disponível à classe médica, ter custo acessível e ser exeqüível. O marcador ideal inexiste atualmente, sendo o CEA a substância que mais se aproxima das características enumeradas, apesar de suas deficiências inerentes7,15.

Perspectivas Atuais e Futuras

Os marcadores tumorais séricos atuais para o câncer colorretal apresentam acurácia superior somente em casos de doença avançada5. Heterogeneidade em sua produção por células tumorais, dentro da própria massa tumoral e entre indivíduos, permite erros de diagnóstico e de avaliação.

A sobrevida em cinco anos ultrapassa 80% nos pacientes portadores de neoplasias Estádio I (TNM), não atingindo 20% nos que apresentam doença avançada (Estádio IV)66. A detecção de tumores em estágios iniciais é fundamental para a obtenção de bons resultados de tratamento. Inclusive na busca de recidivas tumorais o diagnóstico precoce é extremamente relevante10,11.

Marcadores teciduais precisos possibilitariam correlação com suscetibilidade da neoplasia a terapêuticas adjuvantes, fato ainda não estabelecido.

Na realidade, inexiste o marcador tumoral sérico ou tecidual ideal. A identificação de marcadores tumorais eficientes possibilitará o estabelecimento de aperfeiçoado patamar no tratamento dos pacientes portadores de neoplasias malignas colorretais. Enquanto a descoberta e o uso de novos marcadores encontram-se em desenvolvimento, o entendimento e a racional utilização dos marcadores disponíveis atualmente, pela classe médica, possibilitarão o alcance de resultados superiores na terapêutica dos tumores de cólon e de reto.

Recebido em 05/09/2000.

Aceito para publicação em 02/10/2001.

Trabalho realizado na Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM).

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  • Endereço para correspondência:

    Dr. Luís César Fernandes
    Alameda Santos 211 Conj. 304 — Paraíso
    01419-000 — São Paulo-SP
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      28 Out 2008
    • Data do Fascículo
      Abr 2002

    Histórico

    • Aceito
      02 Out 2001
    • Recebido
      05 Set 2000
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