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Prevalência de anquiloglossia e fatores que impactam na amamentação exclusiva em neonatos

RESUMO

Objetivo:

determinar a prevalência de anquiloglossia em recém-nascidos e verificar os fatores que interferem na amamentação exclusiva e geram dificuldades na amamentação.

Métodos:

trata-se de um estudo observacional longitudinal, realizado em maternidade pública do município de Teresina, PI, Brasil. A amostra foi composta por 397 pares (mães e bebês). Para o diagnóstico de anquiloglossia foi realizada a parte I do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua com Escores para Bebês. Após seis meses do nascimento, as mães foram entrevistadas e responderam questões sobre indicação e realização de frenotomia e tempo de aleitamento materno. Foram realizados análise descritiva dos dados, teste Qui-quadrado e Regressão de Poisson bivariada e multivariada (p<0,05).

Resultados:

a prevalência de anquiloglossia foi de 4,3% (n=17). A taxa de retorno para segundo momento da pesquisa foi de 70,8% (n=281). Das crianças examinadas, 14 foram indicadas para frenotomia lingual, mas apenas uma foi submetida ao procedimento. Crianças com anquiloglossia tiveram tempo de amamentação exclusiva igual ao de crianças com frênulo da língua normal (valor de p=0,876). Anquiloglossia não apresentou associação com dificuldade de amamentação (RP=1,0 IC95%0,8-1,1, valor de p=0,441) ou constituiu fator para não amamentação exclusiva por 6 meses (RP=1,1 IC95%0,9-1,2, valor de p=0,390).

Conclusões:

a prevalência da anquiloglossia na população estudada foi de 4,3% e o uso de mamadeira no primeiro mês de vida e dificuldades de amamentação foram considerados como fatores impeditivos para amamentação exclusiva.

Descritores:
Anquiloglossia; Recém-Nascido; Aleitamento Materno

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