Acessibilidade / Reportar erro

Evidências de medidas de normalidade para a espessura do músculo masseter avaliadas com ultrassonografia: estudo de revisão

Resumos

O objetivo foi estudar medidas de normalidade para espessura do músculo masseter, bem como os métodos de mensuração da espessura por ultrassonografia. Foi realizada uma revisão a partir das bases de dados MEDLINE, LILACS, JCR e PubMed. Foram utilizadas publicações até junho de 2013. Foram incluídos trabalhos que envolveram indivíduos adultos jovens considerados hígidos quanto ao sistema estomatognático - sem a presença de sinais e sintomas de distúrbios na articulação temporomandibular. Foram encontrados 166 artigos. Pela leitura do titulo foram excluídos os artigos repetidos, restando 108 estudos. Após a leitura do titulo e a exclusão de artigos que não estavam relacionados ao assunto, foram obtidos 54 trabalhos. A leitura dos resumos permitiu a obtenção de 22 estudos. Na análise das medidas foram utilizados os testes t para amostras pareadas e independentes, verificado os intervalos de confiança e confeccionados gráficos forest plot para estudar a heterogeneidade dos trabalhos. Constatou-se que o músculo masseter em homens demonstra ser mais espesso quando comparado ao das mulheres, tanto no repouso quanto em contração. A comparação do estado de repouso entre os gêneros não revelou diferença significante. O mesmo ocorreu em contração. Também verificou-se a associação de outros métodos com a ultrassonografia. A amostra probabilística obtida revelou valores para o estado de contração e repouso. Houve diferença nas medidas entre os gêneros. Foi constatada significante heterogeneidade nos dados dos estudos. A mensuração da espessura do músculo masseter com a ultrassonografia apresenta-se nos diversos estudos como um método objetivo, preciso e com reprodutibilidade.

Músculo Masseter; Contração Muscular; Morfologia; Ultrassonografia; Sistema Estomatognático


The objective was to study measures of normality for the thickness of the masseter muscle, and the methods of measurement of thickness using ultrasound. Was conducted a review from databases MEDLINE, LILACS, JCR and PubMed. Publications were used until June 2013. Works that involved young-adults individuals, healthy as the stomatognathic system - without the presence of signs and symptoms of temporomandibular joint disorders were included. 166 articles has been found. By reading the titles, repeated articles were excluded, remaining 108 studies. After reading the title and the exclusion of articles that were not related to the theme, 54 papers were obtained. Reading the abstracts allowed the acquisition of 22 studies. In the analysis of the measures t tests were used for paired-sample and independent, verified the confidence intervals and prepared forest plot graphics to study the heterogeneity of the studies. It was observed that the masseter muscle in males demonstrates to be thicker when compared to the women's, both at rest and in contraction. A comparison of resting state between the genders revealed no significant difference. The same occurred in the contraction. Also was verified the association of other methods with ultrasonography. The probability sample obtained revealed values for the state of contraction and rest in both sexes. Measurements demonstrated differences between the genders. Significant heterogeneity was found in the study's data. The measurement of the thickness of the masseter muscle with ultrasonography is presented in different studies as an objective method, precise and reproducible.

Masseter Muscle; Muscle Contraction; Morphology; Ultrasonography; Stomatognathic System


Introdução

Um dos primordiais componentes da articulação temporomandibular é a mandíbula, que desenvolve vários movimentos11. Bonjardim LR, Gavião MBD, Pereira LJ, Castelo PM. Mandibular movements in children with and without signs and symptoms of temporomandibular disorders. Journal of Applied Oral Science. 2004;12:39-44., auxiliados pelos músculos da mastigação. Desses músculos, o masseter é um dos principais relacionados, sobretudo à mordida22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. , 33. Raadsheer MC, van Eijden TM, van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Contribution of jaw muscle size and craniofacial morphology to human bite force magnitude. Journal of dental research. 1999;78(1):31-42.. Por esse motivo tem sido objeto de estudo de pesquisadores44. Benington PC, Gardener JE, Hunt NP. Masseter muscle volume measured using ultrasonography and its relationship with facial morphology. Eur J Orthod. 1999;21(6):659-70.

5. Brunel G, El-Haddioui A, Bravetti P, Zouaoui A, Gaudy JF. General organization of the human intra-masseteric aponeuroses: changes with ageing. Surg Radiol Anat. 2003;25(3-4):270-83.

6. Castelo PM, Gavião MBD, Pereira LJ, Bonjardim LR. Avaliação ultra-sonográfica dos músculos mastigatórios e dimensões faciais em crianças com oclusão normale mordida cruzada posterior unilateral. Rev CEFAC. 2007;9:61-71.

7. Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5.

8. Pereira LJ, Gaviao MB, Bonjardim LR, Castelo PM, Andrade Ada S. Ultrasonography and electromyography of masticatory muscles in a group of adolescents with signs and symptoms of TMD. J Clin Pediatr Dent. 2006;30(4):314-9.
- 99. Prabhu NT, Munshi AK. Measurement of masseter and temporalis muscle thickness using ultrasonographic technique. J Clin Pediatr Dent. 1994;19(1):41-4.. É possível que os músculos da mastigação, sobretudo o masseter, influenciem na cinética e crescimento mandibular. Assim sendo, o estudo morfofuncional desse músculo pode subsidiar o profissional clínico na compreensão das funções miofuncionais orofaciais.

As características morfológicas dos músculos do sistema estomatognático parecem estar ligadas a função que o músculo exerce como demonstra estudo22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71.. E a caracterização morfofuncional do sistema estomatognático, mais precisamente do estado do músculo masseter, pode envolver múltiplas modalidades de análise, desde o estudo morfológico desse músculo (ultrassonografia) 33. Raadsheer MC, van Eijden TM, van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Contribution of jaw muscle size and craniofacial morphology to human bite force magnitude. Journal of dental research. 1999;78(1):31-42. , 55. Brunel G, El-Haddioui A, Bravetti P, Zouaoui A, Gaudy JF. General organization of the human intra-masseteric aponeuroses: changes with ageing. Surg Radiol Anat. 2003;25(3-4):270-83. , 77. Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5. , 1010. Castelo PM, Bonjardim LR, Pereira LJ, Gavião MBD. Facial dimensions, bite force and masticatory muscle thickness in preschool children with functional posterior crossbite. Brazilian Oral Research. 2008;22:48-54.

11. Close PJ, Stokes MJ, L'Estrange PR, Rowell J. Ultrasonography of masseter muscle size in normal young adults. Journal of oral rehabilitation. 1995;22(2):129-34.
- 1212. Sassi FC, Mangilli LD, Queiroz DP, Salomone R, Andrade CRF. Avaliação eletromiográfica e ultrassonográfica do músculo masseter em indivíduos com paralisia facial periférica unilateral. Arq. int. otorrinolaringol. 2011;15:478-85., passando pelo estudo histomorfológico1313. Tuxen A, Bakke M, Pinholt EM. Comparative data from young men and women on masseter muscle fibres, function and facial morphology. Archives of oral biology. 1999;44(6):509-18. até a força de mordida22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. , 33. Raadsheer MC, van Eijden TM, van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Contribution of jaw muscle size and craniofacial morphology to human bite force magnitude. Journal of dental research. 1999;78(1):31-42. e também a atividade elétrica22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. , 1212. Sassi FC, Mangilli LD, Queiroz DP, Salomone R, Andrade CRF. Avaliação eletromiográfica e ultrassonográfica do músculo masseter em indivíduos com paralisia facial periférica unilateral. Arq. int. otorrinolaringol. 2011;15:478-85.

13. Tuxen A, Bakke M, Pinholt EM. Comparative data from young men and women on masseter muscle fibres, function and facial morphology. Archives of oral biology. 1999;44(6):509-18.

14. Farella M, Bakke M, Michelotti A, Rapuano A, Martina R. Masseter thickness, endurance and exercise-induced pain in subjects with different vertical craniofacial morphology. Eur J Oral Sci. 2003;111(3):183-8.
- 1515. Li HT, Cui CJ, Lu SL, He KY. Study on the association of ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle in young females with different vertical craniofacial morphology. Shanghai Kou Qiang Yi Xue. 2008;17(5):529-34..

Para avaliação da estrutura de fibras e espessura muscular, a ultrassonografia configura-se como um método eficaz, com viabilidade e aplicabilidade documentados, de baixo custo e fácil acessibilidade33. Raadsheer MC, van Eijden TM, van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Contribution of jaw muscle size and craniofacial morphology to human bite force magnitude. Journal of dental research. 1999;78(1):31-42. , 1111. Close PJ, Stokes MJ, L'Estrange PR, Rowell J. Ultrasonography of masseter muscle size in normal young adults. Journal of oral rehabilitation. 1995;22(2):129-34.. Além disso, a análise ultrassonográfica permite descomplicada visualização da musculatura, daí a sua aplicabilidade na face, além de permitir avaliação dinâmica dos músculos na região99. Prabhu NT, Munshi AK. Measurement of masseter and temporalis muscle thickness using ultrasonographic technique. J Clin Pediatr Dent. 1994;19(1):41-4. , 1010. Castelo PM, Bonjardim LR, Pereira LJ, Gavião MBD. Facial dimensions, bite force and masticatory muscle thickness in preschool children with functional posterior crossbite. Brazilian Oral Research. 2008;22:48-54..

A morfometria do músculo masseter tem sido estudada por meio da espessura, volume, área transversal e comprimento44. Benington PC, Gardener JE, Hunt NP. Masseter muscle volume measured using ultrasonography and its relationship with facial morphology. Eur J Orthod. 1999;21(6):659-70.. Que se constituem em parâmetros objetivos e que permitem comparações.

Também nesse sentido, alguns autores tem descrito a metodologia para a mensuração ultrassonográfica da região orofacial e supraióidea1616. Emshoff R, Bertram S, Strobl H. Ultrasonographic cross-sectional characteristics of muscles of the head and neck. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod. 1999;87(1):93-106.. O que para a avaliação clínica complementar também pode trazer grandes benefícios por não ser um procedimento invasivo e apresentar valores quantitativos precisos.

Algumas variáveis quando alteradas podem levar ao comprometimento do aparelho mastigatório, e, por meios quantitativos, torna-se possível mensurar as alterações morfológicas que determinam o sistema estomatognático.

A utilização desses dados pode ser de grande valia para o estudo e tratamento das diferentes patologias do sistema estomatognático, como disfunções temporomandibulares e ainda doenças de depósito e distúrbios nutricionais1010. Castelo PM, Bonjardim LR, Pereira LJ, Gavião MBD. Facial dimensions, bite force and masticatory muscle thickness in preschool children with functional posterior crossbite. Brazilian Oral Research. 2008;22:48-54.. Por isso, as pesquisas neste âmbito são preconizadas favorecendo a criação de protocolos clínicos aprovados e pautados por medidas de referência.

As medidas de normalidade podem servir de referência em estudos com populações não hígidas com relação ao sistema estomatognático e mais especificamente ao músculo masseter, pela existência de evidências científicas dessas medidas. E métodos complementares de diagnóstico, particularmente a ultrassonografia, podem ser incorporados na rotina clínica em diversos setores, especialmente na Odontologia e Fonoaudiologia, e a partir daí tornar-se um auxílio a diferentes abordagens terapêuticas e ou de reabilitação.

Por isso, o presente estudo teve por objetivo encontrar evidências de valores para espessura do músculo masseter em indivíduos adultos jovens hígidos, avaliados por meio de ultrassonografia.

Métodos

O presente trabalho consiste em um estudo de revisão de literatura.

Para identificar os artigos publicados que contemplassem os parâmetros em questão, foi realizada uma revisão dos trabalhos publicados até 12 de junho de 2013 nas seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) via sistema Pubmed e Journal of Citation Reports (JCR). Foi estabelecido para inclusão de trabalhos as publicações efetuadas a partir de 1990.

Os termos considerados na busca foram: "Músculo Masseter", "ultrassonografia" e "morfologia" com seus correspondentes em inglês "masseter muscle", "ultrasonography" e "morphology". Os dois primeiros descritores utilizados são referenciados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). A busca realizada com os termos combinados em inglês. A palavra inglesa "AND" foi associada para unir os termos. Dessa forma, obtendo-se a sintaxe "Ultrasonography AND morphology AND masseter muscle".

Foram incluídos artigos originais nas línguas portuguesa, espanhola, chinesa e inglesa, estudos envolvendo indivíduos adultos jovens (idade ≥ 18 anos), saudáveis e que incluíssem avaliação do músculo masseter por ultrassonografia e que apresentaram resultados da espessura desse músculo. Também foram considerados como critérios de inclusão os trabalhos que envolveram em sua metodologia algum outro meio de avaliação combinado a ultrassonografia. E ainda, foram considerados os "controle" dos estudos do tipo "caso-controle". Considerou-se como critérios de exclusão os trabalhos que trouxessem estudos experimentais com animais, estudos com crianças, estudos com idosos (idade ≥ 60 anos) e artigos de revisão de literatura.

Após a exclusão de artigos por repetição entre as bases de dados ou com tema não correspondente ao assunto, ou ainda, segundo algum outro fator definido nos critérios de exclusão, foi obtido uma quantidade final de trabalhos e esses foram estudados na integra.

Foram excluídos trabalhos que não exibissem medidas de espessura do músculo masseter ou que não fizeram discriminação entre os gêneros nos resultados por considerar que essa variável poderia influenciar na espessura do músculo. Os artigos que apresentaram dados em centímetros tiveram os resultados transformados em milímetros. E para controlar possíveis vieses relacionados ao dimorfismo sexual, foram excluídos trabalhos que não apresentaram dados de espessura do músculo masseter considerando o gênero.

Os trabalhos foram detalhados de acordo com: Autor e ano de publicação; país de origem da pesquisa; breve descrição do método de análise da espessura do masseter por meio da ultrassonografia; amostragem e resultados encontrados.

Após o cruzamento dos termos, foi encontrado um total de 24 artigos na MEDLINE, 02 na LILACS, 50 na JCR e 90 na Pubmed, um somatório de 166 artigos nas bases de dados. Após a exclusão dos artigos repetidos restaram 108 trabalhos. E após a leitura dos títulos, também foram excluídos os artigos os quais o tema não se relacionava ao objetivo do presente estudo estando relacionados aos critérios de exclusão, o que resultou na seleção de 54 artigos.

O método de busca revelou 23 artigos, onde um estudo foi excluído por inacessibilidade estando indisponível em bibliotecas públicas federais e sistema COMUT (Programa de Comutação Bibliográfica) brasileiro. Por fim, restando um total de 22 trabalhos.

Um detalhamento da espessura do músculo masseter, por gênero e estado do muscular (contração e repouso), é apresentado na Tabela 1. A qual é a base para a análise estatística. Também obteve-se as médias e intervalos de confiança (IC) para o repouso e a contração (Tabela 2).

Tabela 1:
Exibe a espessura do músculo masseter em estudos nas situações de contração e repouso com resultados estratificados por gênero
Tabela 2:
Exibe o intervalo de confiança, desvio padrão e distribuição das amostras para a espessura do músculo masseter nas situações de contração e repouso com resultados segundo gênero

Buscou-se a comparação de trabalhos que exibiram resultados de medidas mensuradas a partir da região média do músculo. Os dados foram estudados e analisados quantitativamente com o software SPSS v.20 (IBM SPSS Statistics v.20 - Statistical Product and Service Solutions - Armonk, New York, USA). E expostos em médias, desvios padrão, intervalo de confiança. Na análise estatística também foram utilizados o test t e o teste de Kolmogorov-Smirnov e elaborados gráficos modelo florest plots no software Stata/IC(r) v.12.0 (College Station, Texas, USA).

Para elaboração do forest plot foram selecionados apenas os trabalhos que continham as medidas de espessura em contração e repouso, sendo excluídos aqueles que apresentavam apenas uma dessas medidas. Por isso, exclusivamente nesses gráficos, houve a necessidade da exclusão de três artigos para o sexo masculino e quatro artigos para o sexo feminino. Como medida de efeito foi usada à diferença absoluta entre as médias. Desse modo, possível mensurar heterogeneidade dos dados dos estudos. Optou-se pelo modelo de efeitos aleatórios.

Revisão de literatura

A partir de então, a leitura detalhada dos resumos e trabalhos teve base na seleção de 22 artigos22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. , 33. Raadsheer MC, van Eijden TM, van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Contribution of jaw muscle size and craniofacial morphology to human bite force magnitude. Journal of dental research. 1999;78(1):31-42. , 77. Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5. , 1414. Farella M, Bakke M, Michelotti A, Rapuano A, Martina R. Masseter thickness, endurance and exercise-induced pain in subjects with different vertical craniofacial morphology. Eur J Oral Sci. 2003;111(3):183-8. , 1515. Li HT, Cui CJ, Lu SL, He KY. Study on the association of ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle in young females with different vertical craniofacial morphology. Shanghai Kou Qiang Yi Xue. 2008;17(5):529-34. , 1717. Ariji Y, Sakuma S, Izumi M, Sasaki J, Kurita K, Ogi N, et al. Ultrasonographic features of the masseter muscle in female patients with temporomandibular disorder associated with myofascial pain. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod. 2004;98(3):337-41.

18. Bakke M, Stoltze K, Tuxen A. Variables related to masseter muscle function: a maximum R2 improvement analysis. Scand J Dent Res. 1993;101(3):159-65.

19. Bakke M, Thomsen CE, Vilmann A, Soneda K, Farella M, Moller E. Ultrasonographic assessment of the swelling of the human masseter muscle after static and dynamic activity. Archives of oral biology. 1996;41(2):133-40.

20. Che X, Luo S, Li Y. A study of ultrasound images under 3 different functional mandibular positions in young females. Hua Xi Kou Qiang Yi Xue Za Zhi. 2002;20(3):200-2.

21. Georgiakaki I, Tortopidis D, Garefis P, Kiliaridis S. Ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle of human females. Journal of oral rehabilitation. 2007;34(2):121-8.

22. Koca-Ceylan G, Taskaya-Yilmaz N, Guler AU, Incesu L, Aksoz T. The effect of unilateral partial edentulism to muscle thickness. Saudi Med J. 2003;24(12):1352-9.

23. Kubo K, Kawata T, Ogawa T, Watanabe M, Sasaki K. Outer shape changes of human masseter with contraction by ultrasound morphometry. Archives of oral biology. 2006;51(2):146-53.

24. Kubota M, Nakano H, Sanjo I, Satoh K, Sanjo T, Kamegai T, et al. Maxillofacial morphology and masseter muscle thickness in adults. Eur J Orthod. 1998;20(5):535-42.

25. Palinkas M, Nassar MS, Cecilio FA, Siessere S, Semprini M, Machado-de-Sousa JP, et al. Age and gender influence on maximal bite force and masticatory muscles thickness. Archives of oral biology. 2010;55(10):797-802.

26. Raadsheer MC, Kiliaridis S, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Masseter muscle thickness in growing individuals and its relation to facial morphology. Archives of oral biology. 1996;41(4):323-32.

27. Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Human jaw muscle strength and size in relation to limb muscle strength and size. Eur J Oral Sci. 2004;112(5):398-405.

28. Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Spronsen PH, Van Ginkel FC, Kiliaridis S, Prahl-Andersen B. A comparison of human masseter muscle thickness measured by ultrasonography and magnetic resonance imaging. Archives of oral biology. 1994;39(12):1079-84.

29. Rani S, Ravi MS. Masseter muscle thickness in different skeletal morphology: an ultrasonographic study. Indian J Dent Res. 2010;21(3):402-7.

30. Rohila AK, Sharma VP, Shrivastav PK, Nagar A, Singh GP. An ultrasonographic evaluation of masseter muscle thickness in different dentofacial patterns. Indian J Dent Res. 2012;23(6):726-31.

31. Satiroglu F, Arun T, Isik F. Comparative data on facial morphology and muscle thickness using ultrasonography. Eur J Orthod. 2005;27(6):562-7.

32. Trawitzki LV, Dantas RO, Mello-Filho FV, Elias-Junior J. Effect of treatment of dentofacial deformity on masseter muscle thickness. Archives of oral biology. 2006;51(12):1086-92.
- 3333. Zhao JZ, Dai Q, Lai QS. Masseter thickness measured by ultrasonography of 50 young healthy adults in relation to facial morphology. Zhongguo Yi Xue Ke Xue Yuan Xue Bao. 2001;23(1):60-2. que são apresentados na Figura 1.

Figura 1:
Descrição dos estudos selecionados de acordo com autor/ano, método, amostra e resultados das medidas obtidas do músculo masseter

O teste de Kolmogorov-Smirnov revelou uma distribuição normal das amostras para: gênero e estado muscular (Tabela 2). E a Tabela 3 demonstra que há diferença estatisticamente significante comparando as medidas de contração com as do repouso nos indivíduos do gênero masculino (p<0,05). O mesmo também ocorre com os indivíduos do gênero feminino.

Tabela 3:
Exibe as médias das amostras e a comparação com o test t de Student

Comparando-se as medidas de repouso entre os gêneros também houve diferença estatisticamente significante (p<0,05). O que também é válido para a comparação entre as medidas de contração.

Um aspecto relevante em muitos dos estudos foi a preocupação com o erro de mensuração, e ponto comum entre eles é a aplicação de mínima pressão possível. Em todos os estudos foi apresentado o desvio padrão, e a fim de minimizar o erro foram realizadas medidas consecutivas1414. Farella M, Bakke M, Michelotti A, Rapuano A, Martina R. Masseter thickness, endurance and exercise-induced pain in subjects with different vertical craniofacial morphology. Eur J Oral Sci. 2003;111(3):183-8. , 1515. Li HT, Cui CJ, Lu SL, He KY. Study on the association of ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle in young females with different vertical craniofacial morphology. Shanghai Kou Qiang Yi Xue. 2008;17(5):529-34. , 1919. Bakke M, Thomsen CE, Vilmann A, Soneda K, Farella M, Moller E. Ultrasonographic assessment of the swelling of the human masseter muscle after static and dynamic activity. Archives of oral biology. 1996;41(2):133-40. , 2323. Kubo K, Kawata T, Ogawa T, Watanabe M, Sasaki K. Outer shape changes of human masseter with contraction by ultrasound morphometry. Archives of oral biology. 2006;51(2):146-53. , 2424. Kubota M, Nakano H, Sanjo I, Satoh K, Sanjo T, Kamegai T, et al. Maxillofacial morphology and masseter muscle thickness in adults. Eur J Orthod. 1998;20(5):535-42. , 2626. Raadsheer MC, Kiliaridis S, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Masseter muscle thickness in growing individuals and its relation to facial morphology. Archives of oral biology. 1996;41(4):323-32. , 3434. Emshoff R, Emshoff I, Rudisch A, Bertram S. Reliability and temporal variation of masseter muscle thickness measurements utilizing ultrasonography. Journal of oral rehabilitation. 2003;30(12):1168-72. , 3535. Naser-Ud-Din S, Sampson WJ, Dreyer CW, Thoirs K. Ultrasound measurements of the masseter muscle as predictors of cephalometric indices in orthodontics: a pilot study. Ultrasound Med Biol. 2010;36(9):1412-21..

O uso de várias medidas no mesmo ponto22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. , 77. Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5. , 1515. Li HT, Cui CJ, Lu SL, He KY. Study on the association of ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle in young females with different vertical craniofacial morphology. Shanghai Kou Qiang Yi Xue. 2008;17(5):529-34. , 1919. Bakke M, Thomsen CE, Vilmann A, Soneda K, Farella M, Moller E. Ultrasonographic assessment of the swelling of the human masseter muscle after static and dynamic activity. Archives of oral biology. 1996;41(2):133-40. , 2626. Raadsheer MC, Kiliaridis S, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Masseter muscle thickness in growing individuals and its relation to facial morphology. Archives of oral biology. 1996;41(4):323-32. , 3434. Emshoff R, Emshoff I, Rudisch A, Bertram S. Reliability and temporal variation of masseter muscle thickness measurements utilizing ultrasonography. Journal of oral rehabilitation. 2003;30(12):1168-72. , 3636. Bertram S, Brandlmaier I, Rudisch A, Bodner G, Emshoff R. Cross-sectional characteristics of the masseter muscle: an ultrasonographic study. International journal of oral and maxillofacial surgery. 2003;32(1):64-8. ou medidas em mais de um ponto22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. , 77. Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5. , 1414. Farella M, Bakke M, Michelotti A, Rapuano A, Martina R. Masseter thickness, endurance and exercise-induced pain in subjects with different vertical craniofacial morphology. Eur J Oral Sci. 2003;111(3):183-8. , 1919. Bakke M, Thomsen CE, Vilmann A, Soneda K, Farella M, Moller E. Ultrasonographic assessment of the swelling of the human masseter muscle after static and dynamic activity. Archives of oral biology. 1996;41(2):133-40. , 3636. Bertram S, Brandlmaier I, Rudisch A, Bodner G, Emshoff R. Cross-sectional characteristics of the masseter muscle: an ultrasonographic study. International journal of oral and maxillofacial surgery. 2003;32(1):64-8. mostra a preocupação com esse tipo de erro.

Observou-se que as medidas de ultrassonografia do masseter têm sido mensuradas tanto no repouso quanto na máxima contração55. Brunel G, El-Haddioui A, Bravetti P, Zouaoui A, Gaudy JF. General organization of the human intra-masseteric aponeuroses: changes with ageing. Surg Radiol Anat. 2003;25(3-4):270-83. , 77. Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5. , 1515. Li HT, Cui CJ, Lu SL, He KY. Study on the association of ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle in young females with different vertical craniofacial morphology. Shanghai Kou Qiang Yi Xue. 2008;17(5):529-34. , 2424. Kubota M, Nakano H, Sanjo I, Satoh K, Sanjo T, Kamegai T, et al. Maxillofacial morphology and masseter muscle thickness in adults. Eur J Orthod. 1998;20(5):535-42. , 2626. Raadsheer MC, Kiliaridis S, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Masseter muscle thickness in growing individuals and its relation to facial morphology. Archives of oral biology. 1996;41(4):323-32.. Porém, houve variação com relação ao local de mensuração, tendo como referência o ponto de maior espessura do masseter1919. Bakke M, Thomsen CE, Vilmann A, Soneda K, Farella M, Moller E. Ultrasonographic assessment of the swelling of the human masseter muscle after static and dynamic activity. Archives of oral biology. 1996;41(2):133-40..

Encontra-se também realização de várias medidas de diferentes pontos do músculo2424. Kubota M, Nakano H, Sanjo I, Satoh K, Sanjo T, Kamegai T, et al. Maxillofacial morphology and masseter muscle thickness in adults. Eur J Orthod. 1998;20(5):535-42. , 2626. Raadsheer MC, Kiliaridis S, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Masseter muscle thickness in growing individuals and its relation to facial morphology. Archives of oral biology. 1996;41(4):323-32. , 3131. Satiroglu F, Arun T, Isik F. Comparative data on facial morphology and muscle thickness using ultrasonography. Eur J Orthod. 2005;27(6):562-7., outros tendo distâncias padronizadas em relação ao arco zigomático e mandíbula. Porém, ainda não há consenso ou tendência a respeito de um local específico para mensuração. Também foi possível encontrar um período mínimo de descanso para o voluntário durante as contrações musculares a fim de evitar a fadiga1515. Li HT, Cui CJ, Lu SL, He KY. Study on the association of ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle in young females with different vertical craniofacial morphology. Shanghai Kou Qiang Yi Xue. 2008;17(5):529-34..

Sobre os resultados dos estudos, pode-se comentar também a hipótese de que a medida do músculo no repouso é menos fidedigna que contraído, pois o músculo em repouso sofreria mais influência da pressão da mão do observador, aumentando, portanto a possibilidade de erros. Este ponto ainda necessita de pesquisas que evidenciem a variação intra e inter observador, não avaliados nesses estudos.

Constatou-se uma grande variabilidade das medidas do músculo entre as idades e gênero, e também o nível anatômico da mensuração, desde 6,8 mm até 16,1 mm2424. Kubota M, Nakano H, Sanjo I, Satoh K, Sanjo T, Kamegai T, et al. Maxillofacial morphology and masseter muscle thickness in adults. Eur J Orthod. 1998;20(5):535-42.. O ponto de melhor confiabilidade é tido como o de maior espessura, e a maioria dos estudos, apesar das variações confirma a reprodutibilidade do método33. Raadsheer MC, van Eijden TM, van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Contribution of jaw muscle size and craniofacial morphology to human bite force magnitude. Journal of dental research. 1999;78(1):31-42. , 77. Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5. , 1414. Farella M, Bakke M, Michelotti A, Rapuano A, Martina R. Masseter thickness, endurance and exercise-induced pain in subjects with different vertical craniofacial morphology. Eur J Oral Sci. 2003;111(3):183-8. , 1919. Bakke M, Thomsen CE, Vilmann A, Soneda K, Farella M, Moller E. Ultrasonographic assessment of the swelling of the human masseter muscle after static and dynamic activity. Archives of oral biology. 1996;41(2):133-40. , 2424. Kubota M, Nakano H, Sanjo I, Satoh K, Sanjo T, Kamegai T, et al. Maxillofacial morphology and masseter muscle thickness in adults. Eur J Orthod. 1998;20(5):535-42.

25. Palinkas M, Nassar MS, Cecilio FA, Siessere S, Semprini M, Machado-de-Sousa JP, et al. Age and gender influence on maximal bite force and masticatory muscles thickness. Archives of oral biology. 2010;55(10):797-802.
- 2626. Raadsheer MC, Kiliaridis S, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Masseter muscle thickness in growing individuals and its relation to facial morphology. Archives of oral biology. 1996;41(4):323-32. , 3131. Satiroglu F, Arun T, Isik F. Comparative data on facial morphology and muscle thickness using ultrasonography. Eur J Orthod. 2005;27(6):562-7..

Os dados do forest plot (Figura 2) revelam que nos indivíduos do sexo masculino a comparação da contração com o repouso apresentou valor p do test Q de Cochran (p-valor = 0,00); medida metanalítica = 2.721; I 22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71.= 87,9% e variabilidade entre os estudos = 1.01. O p-valor do teste provou existir evidências estatísticas para a diferença absoluta entre medidas valor entre o músculo masseter em contração e em repouso (WMD - z= 8.21; p = 0.000).

Figura 2:
exibe um gráfico modelo forest plot que relaciona os dados dos estudos para a espessura do músculo masseter em contração e durante o repouso para o gênero masculino.

Para os indivíduos do sexo feminino, o forest plot (Figura 3) apresentou valor p do test Q de Cochran (p-valor = 0,00); medida metanalítica = 2.444; I 22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71.= 79,4% e variabilidade entre os estudos = 1.01. O p-valor do teste provou existir evidências estatísticas para a diferença absoluta entre medidas valor entre o músculo masseter em contração e em repouso (WMD - z= 10.24; p = 0.000).

Figura 3:
exibe um gráfico modelo forest plot que relaciona os dados dos estudos para a espessura do músculo masseter em contração e durante o repouso para o gênero feminino.

Uma sugestão a se destacar é que os novos estudos possam considerar também o tipo facial na avaliação clinica e análise dos dados, a fim de que seja possível a exposição de medidas cada vez mais precisas. Também é sugerido que em revisões futuras sejam consideradas, não apenas a espessura, mas também trabalhos que avaliaram as dimensões e a área do músculo masseter, gênero e faixa etária.

Uma quantidade considerável de trabalhos deixou de ser incluída na revisão por não apresentar os resultados considerando a variável gênero. Para revisões futuras é sugerida a consideração da variável morfologia facial.

Apesar de variações a nível milimétrico, observa-se que se trata de método viável, reprodutível, requerendo talvez um treinamento prévio a fim de orientação do executante. Sobretudo pelo fato de métodos como a ressonância magnética serem mais caros.

A quantificação da espessura do masseter em diferentes situações é o passo inicial como parâmetro para avaliação de assimetrias significantes e alterações nas fibras resultantes de patologias do sistema estomatognático.

Para análise detalhada do masseter a subdivisão do músculo em segmentos ou regiões, bem como o número de mensurações para estudo morfométrico, também parece ser útil para minimizar a heterogeneidade das medidas.

Discussão

Uma limitação na análise dos estudos foram as diferentes metodologias aplicadas para mensuração do músculo masseter como a consideração de diferentes pontos de referência para a mensuração. E também a exclusão de um trabalho por inacessibilidade. Os artigos encontrados apresentam variabilidade quanto ao número de indivíduos estudados e pequenas diferenças no método de mensuração.

Apesar de parte dos artigos não ter considerado a avaliação da espessura do músculo masseter de acordo com o tipo facial, buscou-se, nos artigos que apresentaram resultados segundo o perfil facial, selecionar as medidas de características craniofaciais consideradas "equilibrados". Nos trabalhos que fizeram comparação entre tipos faciais, mas não apresentaram um tipo facial com características "equilibradas" foi efetuada a média dos valores entre os grupos.

Apesar do objetivo focal do presente estudo ter sido a obtenção da espessura do músculo masseter em indivíduos sadios, também percebeu-se a associação de outras técnicas a ultrassonografia como antropometria orofacial por cefalometria ou outros métodos77. Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5. , 1919. Bakke M, Thomsen CE, Vilmann A, Soneda K, Farella M, Moller E. Ultrasonographic assessment of the swelling of the human masseter muscle after static and dynamic activity. Archives of oral biology. 1996;41(2):133-40. , 2525. Palinkas M, Nassar MS, Cecilio FA, Siessere S, Semprini M, Machado-de-Sousa JP, et al. Age and gender influence on maximal bite force and masticatory muscles thickness. Archives of oral biology. 2010;55(10):797-802. , 2626. Raadsheer MC, Kiliaridis S, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Masseter muscle thickness in growing individuals and its relation to facial morphology. Archives of oral biology. 1996;41(4):323-32. , 3131. Satiroglu F, Arun T, Isik F. Comparative data on facial morphology and muscle thickness using ultrasonography. Eur J Orthod. 2005;27(6):562-7., eletromiografia22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. , 1515. Li HT, Cui CJ, Lu SL, He KY. Study on the association of ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle in young females with different vertical craniofacial morphology. Shanghai Kou Qiang Yi Xue. 2008;17(5):529-34.,força de mordida22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. , 1919. Bakke M, Thomsen CE, Vilmann A, Soneda K, Farella M, Moller E. Ultrasonographic assessment of the swelling of the human masseter muscle after static and dynamic activity. Archives of oral biology. 1996;41(2):133-40. , frequência cardíaca2, pressão sanguínea22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. e ressonância magnética2323. Kubo K, Kawata T, Ogawa T, Watanabe M, Sasaki K. Outer shape changes of human masseter with contraction by ultrasound morphometry. Archives of oral biology. 2006;51(2):146-53. , 2828. Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Spronsen PH, Van Ginkel FC, Kiliaridis S, Prahl-Andersen B. A comparison of human masseter muscle thickness measured by ultrasonography and magnetic resonance imaging. Archives of oral biology. 1994;39(12):1079-84..

Ainda sobre o relacionamento da espessura com a eletromiografia, nos estudos captados pela metodologia de busca utilizada e que envolveram eletromiografia de superfície, não foram encontrados trabalhos que fizessem análise do sinal normalizado nem frequência mediana do espectro de potência ou velocidade de condução do sinal.

Um ponto interessante a destacar é o fato do primeiro estudo selecionado ser de 199177. Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5. , 2828. Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Spronsen PH, Van Ginkel FC, Kiliaridis S, Prahl-Andersen B. A comparison of human masseter muscle thickness measured by ultrasonography and magnetic resonance imaging. Archives of oral biology. 1994;39(12):1079-84., apesar de não haver restrições com relação a datas. Isso provavelmente está relacionado a pouca acurácia e disponibilidade dos aparelhos ultrassonográficos anteriormente a esse ano. Anteriormente a esse período, a acurácia era pequena, e praticamente não se utilizava ecografia para avaliação de estruturas delicadas de partes moles, como face e região cervical especialmente1010. Castelo PM, Bonjardim LR, Pereira LJ, Gavião MBD. Facial dimensions, bite force and masticatory muscle thickness in preschool children with functional posterior crossbite. Brazilian Oral Research. 2008;22:48-54..

Destacam-se também dois grupos de autores: um com 04 publicações sobre o tema 33. Raadsheer MC, van Eijden TM, van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Contribution of jaw muscle size and craniofacial morphology to human bite force magnitude. Journal of dental research. 1999;78(1):31-42. , 2626. Raadsheer MC, Kiliaridis S, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Masseter muscle thickness in growing individuals and its relation to facial morphology. Archives of oral biology. 1996;41(4):323-32.

27. Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Human jaw muscle strength and size in relation to limb muscle strength and size. Eur J Oral Sci. 2004;112(5):398-405.
- 2828. Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Spronsen PH, Van Ginkel FC, Kiliaridis S, Prahl-Andersen B. A comparison of human masseter muscle thickness measured by ultrasonography and magnetic resonance imaging. Archives of oral biology. 1994;39(12):1079-84. e outro com 03 estudos22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. , 1818. Bakke M, Stoltze K, Tuxen A. Variables related to masseter muscle function: a maximum R2 improvement analysis. Scand J Dent Res. 1993;101(3):159-65. , 1919. Bakke M, Thomsen CE, Vilmann A, Soneda K, Farella M, Moller E. Ultrasonographic assessment of the swelling of the human masseter muscle after static and dynamic activity. Archives of oral biology. 1996;41(2):133-40.. Para o método de seleção os países que mais deram origem a publicações sobre o tema foram: Holanda com 04 estudos33. Raadsheer MC, van Eijden TM, van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Contribution of jaw muscle size and craniofacial morphology to human bite force magnitude. Journal of dental research. 1999;78(1):31-42. , 2626. Raadsheer MC, Kiliaridis S, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Masseter muscle thickness in growing individuals and its relation to facial morphology. Archives of oral biology. 1996;41(4):323-32.

27. Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Human jaw muscle strength and size in relation to limb muscle strength and size. Eur J Oral Sci. 2004;112(5):398-405.
- 2828. Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Spronsen PH, Van Ginkel FC, Kiliaridis S, Prahl-Andersen B. A comparison of human masseter muscle thickness measured by ultrasonography and magnetic resonance imaging. Archives of oral biology. 1994;39(12):1079-84., China com 031515. Li HT, Cui CJ, Lu SL, He KY. Study on the association of ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle in young females with different vertical craniofacial morphology. Shanghai Kou Qiang Yi Xue. 2008;17(5):529-34. , 2020. Che X, Luo S, Li Y. A study of ultrasound images under 3 different functional mandibular positions in young females. Hua Xi Kou Qiang Yi Xue Za Zhi. 2002;20(3):200-2. , 3232. Trawitzki LV, Dantas RO, Mello-Filho FV, Elias-Junior J. Effect of treatment of dentofacial deformity on masseter muscle thickness. Archives of oral biology. 2006;51(12):1086-92. , 3333. Zhao JZ, Dai Q, Lai QS. Masseter thickness measured by ultrasonography of 50 young healthy adults in relation to facial morphology. Zhongguo Yi Xue Ke Xue Yuan Xue Bao. 2001;23(1):60-2., Japão com 031717. Ariji Y, Sakuma S, Izumi M, Sasaki J, Kurita K, Ogi N, et al. Ultrasonographic features of the masseter muscle in female patients with temporomandibular disorder associated with myofascial pain. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod. 2004;98(3):337-41. , 2323. Kubo K, Kawata T, Ogawa T, Watanabe M, Sasaki K. Outer shape changes of human masseter with contraction by ultrasound morphometry. Archives of oral biology. 2006;51(2):146-53. , 2424. Kubota M, Nakano H, Sanjo I, Satoh K, Sanjo T, Kamegai T, et al. Maxillofacial morphology and masseter muscle thickness in adults. Eur J Orthod. 1998;20(5):535-42., Brasil com 022525. Palinkas M, Nassar MS, Cecilio FA, Siessere S, Semprini M, Machado-de-Sousa JP, et al. Age and gender influence on maximal bite force and masticatory muscles thickness. Archives of oral biology. 2010;55(10):797-802. , 3232. Trawitzki LV, Dantas RO, Mello-Filho FV, Elias-Junior J. Effect of treatment of dentofacial deformity on masseter muscle thickness. Archives of oral biology. 2006;51(12):1086-92., Índia com 022929. Rani S, Ravi MS. Masseter muscle thickness in different skeletal morphology: an ultrasonographic study. Indian J Dent Res. 2010;21(3):402-7. , 3030. Rohila AK, Sharma VP, Shrivastav PK, Nagar A, Singh GP. An ultrasonographic evaluation of masseter muscle thickness in different dentofacial patterns. Indian J Dent Res. 2012;23(6):726-31. e Turquia, também com 02 trabalhos2222. Koca-Ceylan G, Taskaya-Yilmaz N, Guler AU, Incesu L, Aksoz T. The effect of unilateral partial edentulism to muscle thickness. Saudi Med J. 2003;24(12):1352-9. , 3131. Satiroglu F, Arun T, Isik F. Comparative data on facial morphology and muscle thickness using ultrasonography. Eur J Orthod. 2005;27(6):562-7. .

Além da mensuração da espessura do músculo masseter também tem sido verificada a morfometria do músculo temporal2222. Koca-Ceylan G, Taskaya-Yilmaz N, Guler AU, Incesu L, Aksoz T. The effect of unilateral partial edentulism to muscle thickness. Saudi Med J. 2003;24(12):1352-9. , 2727. Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Human jaw muscle strength and size in relation to limb muscle strength and size. Eur J Oral Sci. 2004;112(5):398-405. e digástrico2727. Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Human jaw muscle strength and size in relation to limb muscle strength and size. Eur J Oral Sci. 2004;112(5):398-405. nos mesmos trabalhos. Alguns estudos mostram a relação entre o tipo facial, se alongada ou encurtada, com a espessura da musculatura mastigatória33. Raadsheer MC, van Eijden TM, van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Contribution of jaw muscle size and craniofacial morphology to human bite force magnitude. Journal of dental research. 1999;78(1):31-42. , 1414. Farella M, Bakke M, Michelotti A, Rapuano A, Martina R. Masseter thickness, endurance and exercise-induced pain in subjects with different vertical craniofacial morphology. Eur J Oral Sci. 2003;111(3):183-8. , 3131. Satiroglu F, Arun T, Isik F. Comparative data on facial morphology and muscle thickness using ultrasonography. Eur J Orthod. 2005;27(6):562-7.. No entanto, a comparação entre os resultados dos diferentes estudos sobre a tipologia facial e a espessura do músculo masseter ainda é complicada, pelo fato dos estudos terem utilizado metodologias diferentes para estudar as amostras. São necessários estudos com metodologias mais uniformes para que possam ser efetuadas comparações.

Pode-se levantar também a hipótese de que a dieta pode influenciar na morfologia do músculo masseter. Onde regiões com dieta mais gordurosa ou composta por carnes, tendam a exigir mais do músculo masseter durante a força de mordida e durante a mastigação, em consequência disso, ocorre um maior desenvolvimento da espessura desse músculo. Já países com dieta mais leves ou menos gordurosa tendam a proporcionam a situação oposta no músculo masseter.

Um estudo Turco encontrou uma espessura de 12,7mm (+-1,6) durante o repouso em mulheres (n=23) e em contração 13,76mm (+-1,2), e em homens (n=24) durante o repouso 14,9mm (+-1,5) e em contração 15,9mm (+-1,89) 3131. Satiroglu F, Arun T, Isik F. Comparative data on facial morphology and muscle thickness using ultrasonography. Eur J Orthod. 2005;27(6):562-7.. Já um estudo Sueco encontrou uma espessura de 8,7mm (+-1,6) durante o repouso em mulheres (n=20) e em contração 13,0mm (+-1,8). E em homens (n=20) durante o repouso 9,7mm (+-1,5) e em contração 15,1mm (+-1,9) 77. Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5.. São necessários mais estudos para buscar mais evidencias sobre essa hipótese.

Dessa forma, é possível que exista uma relação entre a espessura do músculo masseter, a força de mordida, a atividade elétrica por meio da amplitude do sinal eletromiográfico, a morfologia facial, fatores oclusais22. Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71. e também a mastigação. Uma vez que a hipótese da relevância da dieta do indivíduo é alicerçada na relação anatômica da forma e função muscular.

Apesar do enfoque do estudo está voltado para a medida da espessura do músculo masseter, também pode-se destacar que na literatura também são encontradas as medidas de volume do músculo1111. Close PJ, Stokes MJ, L'Estrange PR, Rowell J. Ultrasonography of masseter muscle size in normal young adults. Journal of oral rehabilitation. 1995;22(2):129-34.. No entanto, são necessários estudos voltados para esse parâmetro a fim da obtenção de medidas de normalidade.

A principal dificuldade do presente estudo, destacada na interpretação dos resultados está associada a generalizações para o estudo está relacionada à heterogeneidade dos trabalhos.

A retirada de alguns estudos que poderiam ser responsáveis pela variação entre as medidas não ocasionou mudanças significantes no resultado final. Por isso, optou-se por apresentar o forest plot sem a exclusão desses estudos, uma vez que a presença não iria interferir de modo significante. Para ambos os gêneros pode-se atribuir que a heterogeneidade entre os estudos esteve relacionada ao método dos estudos e as variáveis da amostra, sobretudo, as características craniofaciais. Alguns estudos não controlaram esta variável ou controlaram por métodos diferentes. Essas questões são vistas como principal limitação do presente estudo limitando-o para comparações mais precisas. Dessa forma, a influência do tipo facial dá ênfase à necessidade da consideração dessa variável em estudos futuros. Contudo, foram encontradas evidências para a diferença do masseter no estado de contração em comparação ao repouso.

Comentários Finais

Ao fim dessa revisão percebe-se a ampla possibilidade dos modos de aquisição da ultrassonografia, bem como sua relação, com outras técnicas. No entanto, também foi observada a ausência de padronização para obtenção das medidas da musculatura orofacial. A mensuração da espessura do músculo masseter com a ultrassonografia apresenta-se nos diversos estudos encontrados como um método relevante por ser não invasivo, objetivo, preciso e com reprodutibilidade.

Foram encontrados valores, para o gênero feminino e masculino, que podem ser considerados a faixa de normalidade para a espessura do músculo masseter em indivíduos adultos, bem como, informações sobre a relação estatística do músculo em repouso e contração. Essas informações podem ser consideras como um subsídio para a rotina da prática clínica. No entanto, são necessários cuidados ao aplicar inferências e generalizações dada a influência da variável tipo craniofacial. O que justifica a necessidade de novos estudos que considerem a análise dessa variável.

O estudo permitiu constatar diferença estatisticamente significante do músculo comparando-se os estados de repouso e contração, tanto para os indivíduos do gênero masculino quanto para os indivíduos do gênero feminino, durante o repouso e contração. Também existiu diferença estatisticamente significante comparando-se o estado de repouso entre os gêneros. O mesmo ocorreu para o estado de contração entre os gêneros.

Quanto ao método de avaliação, foram evidenciadas diferentes condutas para mensurar o músculo masseter o que talvez possam justificar a heterogeneidade das medidas musculares de espessura. Porém, com base nos estudos encontrados sobre o tema é possível destacar para definição da metodologia: (1) Não há consenso ou justificativa que defina a postura do voluntário (se sentado ou deitado). Esse protocolo pode depender do objetivo do estudo ou relação com outros exames; (2) Deve-se tomar cuidado com a pressão da mão do avaliador sob o transdutor, pois esta pode interferir no valor das medidas; (3) Deve-se efetuar uma localização inicial do músculo masseter com a palpação, contração, observação da definição e reprodutibilidade da imagem; (4) É importante efetuar a aferição de pelo menos 3 vezes a medida do músculo e considerar um valor mediano ou médio. (5) considerar o valor das medidas em milímetros. A pesar de alguns estudos apresentarem medidas em centímetros, a maior parte dos estudos foram efetuados em milímetros e esta é uma unidade de medida que consegue agregar maior precisão.

O estudo também vem a comentar a hipótese da influência da dieta na morfometria e morfofuncionalidade do músculo masseter, mas essa influência da dieta não vem sendo considerada pelos estudos indicando que esse campo precisa ser estudado para o preenchimento dessa lacuna no conhecimento morfológico e funcional do sistema estomatognático. Também é apresentada uma faixa de medida de normalidade segundo gênero e estado muscular (contração e repouso), e ainda, a metodologia do que há de trabalhos publicados em ultrassonografia na mensuração da espessura do músculo masseter com indivíduos adultos jovens.

No entanto, se faz registrar também que em futuras revisões os dados também sejam exibidos e estudados em novos testes de hipóteses tomando em consideração também a heterogeneidade dos estudos, a fim de conceder maior valor aos resultados e metodologia de análise. Desta forma, acredita-se que as medidas de referência terão maior fidedignidade e respaldo.

  • 1
    Bonjardim LR, Gavião MBD, Pereira LJ, Castelo PM. Mandibular movements in children with and without signs and symptoms of temporomandibular disorders. Journal of Applied Oral Science. 2004;12:39-44.
  • 2
    Bakke M, Tuxen A, Vilmann P, Jensen BR, Vilmann A, Toft M. Ultrasound image of human masseter muscle related to bite force, electromyography, facial morphology, and occlusal factors. Scand J Dent Res. 1992;100(3):164-71.
  • 3
    Raadsheer MC, van Eijden TM, van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Contribution of jaw muscle size and craniofacial morphology to human bite force magnitude. Journal of dental research. 1999;78(1):31-42.
  • 4
    Benington PC, Gardener JE, Hunt NP. Masseter muscle volume measured using ultrasonography and its relationship with facial morphology. Eur J Orthod. 1999;21(6):659-70.
  • 5
    Brunel G, El-Haddioui A, Bravetti P, Zouaoui A, Gaudy JF. General organization of the human intra-masseteric aponeuroses: changes with ageing. Surg Radiol Anat. 2003;25(3-4):270-83.
  • 6
    Castelo PM, Gavião MBD, Pereira LJ, Bonjardim LR. Avaliação ultra-sonográfica dos músculos mastigatórios e dimensões faciais em crianças com oclusão normale mordida cruzada posterior unilateral. Rev CEFAC. 2007;9:61-71.
  • 7
    Kiliaridis S, Kalebo P. Masseter muscle thickness measured by ultrasonography and its relation to facial morphology. Journal of dental research. 1991;70(9):1262-5.
  • 8
    Pereira LJ, Gaviao MB, Bonjardim LR, Castelo PM, Andrade Ada S. Ultrasonography and electromyography of masticatory muscles in a group of adolescents with signs and symptoms of TMD. J Clin Pediatr Dent. 2006;30(4):314-9.
  • 9
    Prabhu NT, Munshi AK. Measurement of masseter and temporalis muscle thickness using ultrasonographic technique. J Clin Pediatr Dent. 1994;19(1):41-4.
  • 10
    Castelo PM, Bonjardim LR, Pereira LJ, Gavião MBD. Facial dimensions, bite force and masticatory muscle thickness in preschool children with functional posterior crossbite. Brazilian Oral Research. 2008;22:48-54.
  • 11
    Close PJ, Stokes MJ, L'Estrange PR, Rowell J. Ultrasonography of masseter muscle size in normal young adults. Journal of oral rehabilitation. 1995;22(2):129-34.
  • 12
    Sassi FC, Mangilli LD, Queiroz DP, Salomone R, Andrade CRF. Avaliação eletromiográfica e ultrassonográfica do músculo masseter em indivíduos com paralisia facial periférica unilateral. Arq. int. otorrinolaringol. 2011;15:478-85.
  • 13
    Tuxen A, Bakke M, Pinholt EM. Comparative data from young men and women on masseter muscle fibres, function and facial morphology. Archives of oral biology. 1999;44(6):509-18.
  • 14
    Farella M, Bakke M, Michelotti A, Rapuano A, Martina R. Masseter thickness, endurance and exercise-induced pain in subjects with different vertical craniofacial morphology. Eur J Oral Sci. 2003;111(3):183-8.
  • 15
    Li HT, Cui CJ, Lu SL, He KY. Study on the association of ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle in young females with different vertical craniofacial morphology. Shanghai Kou Qiang Yi Xue. 2008;17(5):529-34.
  • 16
    Emshoff R, Bertram S, Strobl H. Ultrasonographic cross-sectional characteristics of muscles of the head and neck. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod. 1999;87(1):93-106.
  • 17
    Ariji Y, Sakuma S, Izumi M, Sasaki J, Kurita K, Ogi N, et al. Ultrasonographic features of the masseter muscle in female patients with temporomandibular disorder associated with myofascial pain. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod. 2004;98(3):337-41.
  • 18
    Bakke M, Stoltze K, Tuxen A. Variables related to masseter muscle function: a maximum R2 improvement analysis. Scand J Dent Res. 1993;101(3):159-65.
  • 19
    Bakke M, Thomsen CE, Vilmann A, Soneda K, Farella M, Moller E. Ultrasonographic assessment of the swelling of the human masseter muscle after static and dynamic activity. Archives of oral biology. 1996;41(2):133-40.
  • 20
    Che X, Luo S, Li Y. A study of ultrasound images under 3 different functional mandibular positions in young females. Hua Xi Kou Qiang Yi Xue Za Zhi. 2002;20(3):200-2.
  • 21
    Georgiakaki I, Tortopidis D, Garefis P, Kiliaridis S. Ultrasonographic thickness and electromyographic activity of masseter muscle of human females. Journal of oral rehabilitation. 2007;34(2):121-8.
  • 22
    Koca-Ceylan G, Taskaya-Yilmaz N, Guler AU, Incesu L, Aksoz T. The effect of unilateral partial edentulism to muscle thickness. Saudi Med J. 2003;24(12):1352-9.
  • 23
    Kubo K, Kawata T, Ogawa T, Watanabe M, Sasaki K. Outer shape changes of human masseter with contraction by ultrasound morphometry. Archives of oral biology. 2006;51(2):146-53.
  • 24
    Kubota M, Nakano H, Sanjo I, Satoh K, Sanjo T, Kamegai T, et al. Maxillofacial morphology and masseter muscle thickness in adults. Eur J Orthod. 1998;20(5):535-42.
  • 25
    Palinkas M, Nassar MS, Cecilio FA, Siessere S, Semprini M, Machado-de-Sousa JP, et al. Age and gender influence on maximal bite force and masticatory muscles thickness. Archives of oral biology. 2010;55(10):797-802.
  • 26
    Raadsheer MC, Kiliaridis S, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Masseter muscle thickness in growing individuals and its relation to facial morphology. Archives of oral biology. 1996;41(4):323-32.
  • 27
    Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Ginkel FC, Prahl-Andersen B. Human jaw muscle strength and size in relation to limb muscle strength and size. Eur J Oral Sci. 2004;112(5):398-405.
  • 28
    Raadsheer MC, Van Eijden TM, Van Spronsen PH, Van Ginkel FC, Kiliaridis S, Prahl-Andersen B. A comparison of human masseter muscle thickness measured by ultrasonography and magnetic resonance imaging. Archives of oral biology. 1994;39(12):1079-84.
  • 29
    Rani S, Ravi MS. Masseter muscle thickness in different skeletal morphology: an ultrasonographic study. Indian J Dent Res. 2010;21(3):402-7.
  • 30
    Rohila AK, Sharma VP, Shrivastav PK, Nagar A, Singh GP. An ultrasonographic evaluation of masseter muscle thickness in different dentofacial patterns. Indian J Dent Res. 2012;23(6):726-31.
  • 31
    Satiroglu F, Arun T, Isik F. Comparative data on facial morphology and muscle thickness using ultrasonography. Eur J Orthod. 2005;27(6):562-7.
  • 32
    Trawitzki LV, Dantas RO, Mello-Filho FV, Elias-Junior J. Effect of treatment of dentofacial deformity on masseter muscle thickness. Archives of oral biology. 2006;51(12):1086-92.
  • 33
    Zhao JZ, Dai Q, Lai QS. Masseter thickness measured by ultrasonography of 50 young healthy adults in relation to facial morphology. Zhongguo Yi Xue Ke Xue Yuan Xue Bao. 2001;23(1):60-2.
  • 34
    Emshoff R, Emshoff I, Rudisch A, Bertram S. Reliability and temporal variation of masseter muscle thickness measurements utilizing ultrasonography. Journal of oral rehabilitation. 2003;30(12):1168-72.
  • 35
    Naser-Ud-Din S, Sampson WJ, Dreyer CW, Thoirs K. Ultrasound measurements of the masseter muscle as predictors of cephalometric indices in orthodontics: a pilot study. Ultrasound Med Biol. 2010;36(9):1412-21.
  • 36
    Bertram S, Brandlmaier I, Rudisch A, Bodner G, Emshoff R. Cross-sectional characteristics of the masseter muscle: an ultrasonographic study. International journal of oral and maxillofacial surgery. 2003;32(1):64-8.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Fev 2015

Histórico

  • Recebido
    15 Jan 2014
  • Aceito
    17 Mar 2014
ABRAMO Associação Brasileira de Motricidade Orofacial Rua Uruguaiana, 516, Cep 13026-001 Campinas SP Brasil, Tel.: +55 19 3254-0342 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revistacefac@cefac.br