Acessibilidade / Reportar erro

A NOVA ECONOMIA DAS RENDAS: DESIGUALDADE NOS EUA NO SÉCULO XXI

RESUMO

Nos Estados Unidos da América, as rendas hoje constituem uma fração significante e crescente da renda nacional. De fato, os EUA pós-industrial estão ficando mais parecidos com a Arábia Saudita na medida em que essas novas formas de rendas surgem de forma mais concentrada. Em vista disso, as políticas se veem agora obrigadas a focar mais na distribuição ao invés de na produção e na eficiência, como se fazia tradicionalmente. O crescente impacto do comércio e da tecnologia agora se combina à produção cada vez maior de "bens baseados em conhecimento" para aumentar de forma vertiginosa a desigualdade de renda. Neste artigo, argumenta-se que a principal causa da desigualdade reside na proliferação de novas formas de rendas em forte contraste com o foco de Piketty na acumulação de capital no contexto neoclássico. Uma vez que as rendas ultrapassam determinado limite (dado pela participação na renda nacional), não se pode mais permitir a manutenção do pressuposto neoclássico que negligencia isso. Logo, as implicações de política são cruciais - até mesmo revolucionárias - no que diz respeito a redistribuição, educação superior, incentivos e taxação de capital.

PALAVRAS-CHAVE:
economia das rendas nos EUA; distribuição de renda

Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Avenida Pasteur, 250 sala 114, Palácio Universitário, Instituto de Economia, 22290-240 Rio de Janeiro - RJ Brasil, Tel.: 55 21 3938-5242 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rec@ie.ufrj.br