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Um olhar sensível às tribos pós-modernas: cuidando da saúde dos adolescentes no cotidiano

Una mirada sensible a las tribus postmodernas: el cuidado de la salud de los adolescentes en la vida cotidiana

Resumos

Trata-se de uma reflexão teórica, fundamentada na Sociologia Compreensiva de Michel Maffesoli. Tem como objetivo refletir sobre o cuidado com a saúde dos adolescentes no cotidiano contemporâneo, considerando um olhar sensível para o fenômeno das tribos urbanas. As tribos são compreendidas como estruturação de grupos de pessoas que se reúnem afetivamente, construindo um vínculo de socialidade com um objetivo comum. Esta reflexão enfoca a importância de se considerar a maneira de viver dos adolescentes e visa ampliar os horizontes dos profissionais da saúde, em busca de estratégias de atuação, sintonizadas com a realidade e as necessidades de cuidados para promover a saúde, delineando, assim, maneiras de cuidar afetivas e, portanto, mais efetivas, contribuindo para repensar as políticas de atenção à saúde dos adolescentes na contemporaneidade.

Saúde do adolescente; Promoção da saúde; Enfermagem; Atividades cotidianas


Se trata de una reflexión teórica, basada en la Sociología Comprensiva de Michel Maffesoli. Tuvo como objetivo reflexionar sobre el cuidado de la salud de los adolescentes en la vida cotidiana contemporánea, teniendo en cuenta un aspecto sensible en el fenómeno de las tribus urbanas. Estas son entendidas como la estructuración de grupos de personas que se reúnen afectivamente para la construcción de un vínculo de sociabilidad hacia una meta común. Esta reflexión, centrándose en la importancia de considerar el modo de vida de los adolescentes tiene como objetivo ampliar los horizontes de los profesionales de la salud en la búsqueda de estrategias de acción en sintonía con la realidad y necesidades de atención para promover la salud, delineando así formas de cuidar, contribuyendo a repensar las políticas de atención de la salud de los adolescentes en la sociedad contemporánea.

Salud del adolescente; Promoción de la salud; Enfermería; Actividades cotidianas


This is a theoretical reflection, based on Michel Maffesoli's Comprehensive Sociology, which is concerned with the health care of adolescents in contemporary everyday life, and particularly with the phenomenon of urban tribes. These are understood as groups of people who have emotional ties, building a bond of sociality towards a common goal. This study focuses on the importance to take into account the lifestyle of adolescents and aims to raise awareness among health professionals about such issues, seeking for strategies tuned with reality and care needs in order to promote health, devising ways to improve caring, rethinking health policies for adolescents in contemporary society.

Adolescent health; Health promotion; Nursing; Activities of daily living


ARTIGO DE REFLEXÃO

Um olhar sensível às tribos pós-modernas: cuidando da saúde dos adolescentes no cotidiano

Una mirada sensible a las tribus postmodernas: el cuidado de la salud de los adolescentes en la vida cotidiana

Juliana Fernandes da NóbregaI; Rosane Gonçalves NitschkeII; Fernanda Pravato da SilvaIII; Cláudia Anita Gomes CarraroIV; Cristiane AlvesV

IEnfermeira. Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (PEn/UFSC). Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Enfermagem, Quotidiano, Imaginário e Saúde de Santa Catarina (NUPEQUIS-SC). Docente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) – Câmpus Florianópolis. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

IIEnfermeira. Doutora em Filosofia da Enfermagem( PEN-UFSC/SORBONNE) Docente do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (PEn-UFSC). Líder do NUPEQUIS-SC. Coordenadora do Projeto Ninho. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

IIIPsicóloga. Mestre em Educação pela Universidade do Vale do Itajaí. Membro do NUPEQUIS. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

IVEnfermeira. Professora Susbtituta do Departamento de Saúde Pública da UFSC. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSC. Membro do NUPEQUIS-SC. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

VEnfermeira. Especialista em Enfermagem do trabalho pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Enfermeira Assistencial do Hospital Regional Homero de Miranda Gomes. Membro do NUPEQUIS-SC. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Endereço do autor Endereço do autor Juliana Fernandes da Nóbrega Rua da Vitória Régia, 384, Santa Mônica 88025-330, Florianópolis, SC E-mail: julianavf@hotmail.com

RESUMO

Trata-se de uma reflexão teórica, fundamentada na Sociologia Compreensiva de Michel Maffesoli. Tem como objetivo refletir sobre o cuidado com a saúde dos adolescentes no cotidiano contemporâneo, considerando um olhar sensível para o fenômeno das tribos urbanas. As tribos são compreendidas como estruturação de grupos de pessoas que se reúnem afetivamente, construindo um vínculo de socialidade com um objetivo comum. Esta reflexão enfoca a importância de se considerar a maneira de viver dos adolescentes e visa ampliar os horizontes dos profissionais da saúde, em busca de estratégias de atuação, sintonizadas com a realidade e as necessidades de cuidados para promover a saúde, delineando, assim, maneiras de cuidar afetivas e, portanto, mais efetivas, contribuindo para repensar as políticas de atenção à saúde dos adolescentes na contemporaneidade.

Descritores: Saúde do adolescente. Promoção da saúde. Enfermagem. Atividades cotidianas.

RESUMEN

Se trata de una reflexión teórica, basada en la Sociología Comprensiva de Michel Maffesoli. Tuvo como objetivo reflexionar sobre el cuidado de la salud de los adolescentes en la vida cotidiana contemporánea, teniendo en cuenta un aspecto sensible en el fenómeno de las tribus urbanas. Estas son entendidas como la estructuración de grupos de personas que se reúnen afectivamente para la construcción de un vínculo de sociabilidad hacia una meta común. Esta reflexión, centrándose en la importancia de considerar el modo de vida de los adolescentes tiene como objetivo ampliar los horizontes de los profesionales de la salud en la búsqueda de estrategias de acción en sintonía con la realidad y necesidades de atención para promover la salud, delineando así formas de cuidar, contribuyendo a repensar las políticas de atención de la salud de los adolescentes en la sociedad contemporánea.

Descriptores: Salud del adolescente. Promoción de la salud. Enfermería. Actividades cotidianas.

ABSTRACT

This is a theoretical reflection, based on Michel Maffesoli's Comprehensive Sociology, which is concerned with the health care of adolescents in contemporary everyday life, and particularly with the phenomenon of urban tribes. These are understood as groups of people who have emotional ties, building a bond of sociality towards a common goal. This study focuses on the importance to take into account the lifestyle of adolescents and aims to raise awareness among health professionals about such issues, seeking for strategies tuned with reality and care needs in order to promote health, devising ways to improve caring, rethinking health policies for adolescents in contemporary society.

Descriptors: Adolescent health. Health promotion. Nursing. Activities of daily living.

CONTEXTUALIZANDO

O Estatuto da Criança e do Adolescente, criado em 1990, abriu espaço para diferentes campos de conhecimento, fortalecendo a criança e o adolescente. Passadas três décadas, observa-se que o atendimento aos adolescentes ainda requer estratégias para efetivação do cuidado à saúde. Objetiva-se aqui despertar uma reflexão sobre o cuidado à saúde dos adolescentes no cotidiano, considerando o fenômeno das tribos urbanas na pós-modernidade, trazendo um olhar sensível para as nuanças da contemporaneidade, respaldadas pela Sociologia Compreensiva de Michel Maffesoli.

É preciso compreender o cotidiano das pessoas para desenvolvermos maneiras de cuidar em saúde, efetivamente e afetivamente, sintonizadas na sua realidade. Entendendo-se o cotidiano, como "a maneira de viver dos seres humanos, expressa no seu dia-a-dia, através de suas interações, crenças, valores, imagens e símbolos, que constroem seu processo de viver, num movimento de ser saudável e adoecer, pontuando seu Ciclo Vital"(1).

A pós-modernidade e as tribos urbanas sinalizam que vivenciamos uma mutação social que apela para o retorno de características que a modernidade julgava ultrapassada, havendo uma sinergia entre o arcaico e o desenvolvimento tecnológico(2).

A pós-modernidade, tendo como natureza o entrelaçamento e as emoções, está profundamente marcada pelo afetual, ou seja: força dos afetos, valorização do presente, momentos de efervescências, solidariedade orgânica (que expressa um querer estar junto espontâneo), valoração do hedonismo(2).

Neste contexto, a adolescência se apresenta como um importante momento de transição para formação de identidade, marcado por duvidas e autoconhecimento, que envolvem autocrítica na descoberta das necessidades sociais e de saúde(3).

Em tempos pós-modernos, não há mais lugar para o individualismo, e sim uma socialidade que invoca a criação de microgrupos afetuais, "tribos urbanas", caracterizadas pelo vínculo onde indivíduos se reúnem-afetivamente e se estruturam enquanto grupo por meio de leis instituintes que norteiam o coletivo, visando um objetivo comum. Dentro desta coletividade, o eu é fortalecido e caracterizado por papéis emotivos que cada um desempenha enquanto pertencente à tribo(4).

Pertencer à determinada tribo socializa o adolescente, reafirma suas escolhas e sustenta a transição entre a independência e autonomia. Inserir-se em uma tribo possibilita ao adolescente justificar suas atitudes e moldar sua percepção sobre formas de comportamento(3).

O fenômeno do tribalismo não é exclusivo dos adolescentes, entretanto, é neste universo que mais se propaga, satisfazendo a necessidade da descoberta de sensações e da afirmação do "ser jovem", mantendo uma imagem ousada, evolucionista, permeada pela sociedade do consumo(5).

A adolescência é marcada pelo arquétipo do herói, remetendo à busca da diferenciação, impulsionando o indivíduo a enfrentar novas situações de vida como em um ritual de iniciação, buscando auto-afirmação, autonomia e uma identidade diferenciada dos pais(6).

Embora pareça que esta jornada do herói seja uma busca solitária e individual, ela depende também da vivência com o coletivo, do sentimento de pertencer e se identificar com um grupo, uma tribo, que se relaciona por conta da semelhança entre suas personas(7).

O adolescente, tomado pelo arquétipo do herói, reúne autoconfiança para enfrentar grandes desafios. Porém, isto pode levar a comportamentos de risco, sendo necessário que os profissionais da saúde estejam sensíveis, considerando-os como fundamentais para o cuidado da saúde.

Dentre os comportamentos de risco que estão associados a esta faixa etária, destacam-se o uso de drogas lícitas e ilícitas, Doenças Sexualmente Transmissíveis e gravidez precoce, gerando impactos determinantes no processo de viver(8-9).

Em 2010, o Ministério da Saúde lança as "Diretrizes Nacionais para atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde"(10) apontando um olhar holístico. Contudo, as interações com os adolescentes demandam habilidades, necessitando ampliação do olhar, que tende a ser julgador, envolvendo a compreensão do cotidiano destas pessoas.

Na adolescência, a pessoa prepara-se para a fase adulta, experimentando o auge de sua saúde e vitalidade. A partir disto, nota-se a importância de medidas preventivas(11) que sublinhem a força que o viver e o conviver em tribo, possam lhe trazer, paralelamente, enquanto possibilidades de crescer como pessoa, como também de limitar este crescimento e amadurecimento, quando interagem com a violência, drogas, e "efeitos nocivos" da contemporaneidade, como a dependência das tecnologias, e outras situações decorrentes da vida acelerada(12), ou seja, o alto índice de acidentes e de obesidade entre os jovens, demonstradas a cada dia pelas estatísticas de morbimortalidade.

A metáfora das tribos pode colaborar como forma de compreensão, deixando de lado estereótipos e pré-concepções engessadas que não dão conta das necessidades atuais(5).

Assim, buscando compreender o processo saúde-doença dos adolescentes, e desenvolver efetivas intervenções em saúde, considerando dimensões que ultrapassam o âmbito biológico, é que justificamos a pertinência destas reflexões.

Noções do cotidiano

O cotidiano, no qual as tribos estão inseridas, é composto por um pluralismo de formas de pensar e agir, coletividades e individualismo, bem e mal, morrer e viver.

No imaginário coletivo, permeado de saberes e práticas grupais, os adolescentes expõem suas qualidades com veemência na esperança de se manterem visíveis, obtendo reconhecimento e aprovação no jogo da sociabilidade. Na contemporaneidade, a ênfase no futuro dá lugar à importância do aqui e agora, o "presenteísmo", em consonância com as efervescências atuais que designam que o ciclo que prega o bem como valor absoluto e a busca da perfeição, esta chegando ao fim.

Há uma necessidade de inserção nas tribos como forma de "respiradouro", retirando a lógica do trabalho como primordial, como instrumento privilegiado da ação sobre si mesmo e sobre o mundo; no entanto, as próprias tribos exigem esta atividade para sustentação do consumismo exacerbado, apontando para mais um paradoxo deste conviver pós-moderno.

Por ser historicamente inseparável, do viver e sobreviver humano, o consumo é influenciado pela mídia, que sugere, como requisito para inserção em algumas tribos, a aquisição de bens de consumo, o culto ao corpo, sendo, muitas vezes, fator desencadeante do comportamento de risco e de adoecimento.

Portanto, experimentar novas sensações e a busca incessante de situações permeadas por emoções, aventuras, "adrenalina", faz parte do ser adolescente. É aqui que o profissional da saúde se coloca como elemento essencial na promoção, proteção e recuperação à saúde integrando a dinâmica do tribalismo, reforçando a necessidade de mudar o foco, deixando a lógica do "dever ser", abordagem amplamente difundida no meio acadêmico e aplicada na prática profissional em seu cotidiano, migrando para a lógica do "ser preciso", visto que o"você deve"perde a força assim que os costumes vacilam(5).

Repensando a atenção à saúde do adolescente

A Política Nacional de Atenção à Saúde Integral de Adolescentes e Jovens(10) traz o enfoque de proteção integral, sendo-lhes assegurado, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a garantia do acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Reconhecendo a vulnerabilidade dos jovens, destaca as repercussões sobre o processo saúde-doença advindas das determinações socioeconômicas e políticas.

As diretrizes desta Política buscam sensibilizar gestores para visão holística e sistêmica da pessoa. Assim, apontam a importância de estratégias para a modificação da vulnerabilidade, redirecionando-as para um desenvolvimento saudável, sendo importante considerar a diversidade dos contextos de vida para a compreensão das juventudes brasileiras.

O documento pontua que a sociedade e a família exigem maiores responsabilidades destes jovens com sua própria vida, citando que os elementos que compõem seu cotidiano, como os veículos de comunicação de massa, a indústria do entretenimento, as instituições comunitárias e religiosas, exercem influência sobre o modo como eles pensam e se comportam. Além disso, as suas necessidades para o desenvolvimento, representadas pelo acesso à educação formal, aos serviços de saúde, às atividades recreativas, ao desenvolvimento vocacional e às oportunidades de trabalho também são destacadas.

A violência física e mental, as perturbações sociais, aliadas à curiosidade de quem está descobrindo o mundo, são fatores que colaboram para adoção de comportamentos de risco, como a tecnosocialidade, ou seja, este vinculo entre as pessoas desenvolvido a partir das tecnologias. Vê-se que redes sociais dominam o viver e o conviver contemporâneos, expondo os adolescentes a riscos no cotidiano, como a dependência, o assédio, a obesidade(13).

A abordagem humanizada, aprofundando as discussões dos padrões de conduta e de valores, as iniquidades sociais e seus fatores constitutivos, envolve importantes aspectos que influenciam nos papéis sociais, repercutindo no crescimento e no desenvolvimento saudáveis dos adolescentes.

Em nossa sociedade a saúde dos adolescentes tem se apresentado como um grande desafio para os profissionais da saúde que, por meio de atuação multiprofissional e interdisciplinar, buscam implementar uma política que preconiza uma mudança significativa na forma de prestar e organizar os serviços de saúde.

Direcionando o olhar para a crescente obesidade na juventude, ressalta-se a fragilidade de trabalhos que auxiliem estratégias de intervenção sintonizadas às necessidades dos jovens(14). É preciso perguntar: temos envolvido no cuidado à saúde dos adolescentes, sua maneira de viver, seu jeito de ser e sentir, suas efervescências, o culto ao corpo, o consumismo, as tecnosocialidades, o "presenteísmo"?

Buscando oferecer ações resolutivas e de melhor qualidade aos adolescentes, é imperativo respeitar suas características, estando sintonizados em seu cotidiano, ou seja, em sua maneira de viver e conviver, que é plenamente pontuada por uma ética da estética, ou seja, um sentir junto, pautado pelo afeto.

Neste sentido, pensar sobre a metáfora da tribo pode facilitar a atuação dos profissionais para promover o ser saudável, evitando e amenizando o comportamento de risco através de vínculo afetivo e horizontal estabelecidos entre as tribos contemporâneas que são cuidadas e as tribos que cuidam, ou seja, os profissionais de saúde.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As políticas em construção, apesar dos avanços, defendendo que o cuidado da saúde aos adolescentes precisa ser holístico, ainda tem seu discurso predominantemente permeado por aspectos da modernidade, distanciando-se do contexto das tribos contemporâneas, que transpiram a pós-modernidade.

Para avançar no cuidado à saúde de adolescentes é essencial envolver seu cotidiano, levando em consideração suas interações, crenças, valores, enfim sua cultura e imaginário, colocando em relevo as nuanças da contemporaneidade. Assim, enfatiza-se que, na construção de estratégias e políticas públicas para os adolescentes, é preciso pensar a pós-modernidade, com um olhar sensível, focando as tribos urbanas presentes nos diversos cenários de assistência à saúde.

Nossas políticas ainda estão focadas na dimensão individual, na lógica do "dever ser" e não na lógica do "ser preciso", ou seja, aquela que brota do cotidiano, da maneira de ser, viver e conviver, sendo que isto pode dificultar a aproximação da equipe de saúde com os adolescentes. Neste caso, enfocar os adolescentes, considerando as características das diferentes tribos urbanas, pode colaborar no sentido de observar os códigos próprios que delineiam suas maneiras de viver, pois são estas que nos indicam maneiras de cuidar, sintonizadas na sua realidade, na sua real existência, sendo, assim, afetivas e, portanto, efetivas!

Recebido em: 07.08.2012

Aprovado em: 13.08.2013

  • 1 Nitschke RG. Pensando o nosso cotidiano contemporâneo e a promoção de famílias saudáveis. Cienc Cuid Saúde. 2007;6(1):24-26.
  • 2 Maffesoli M. Saturação. São Paulo: Iluminuras; 2010.
  • 3 Freitas KR, Dias SMZ Percepções de adolescentes sobre sua sexualidade. Texto & Contexto Enferm. 2010;19(2):351-7
  • 4 Maffesoli M. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massas. 4Ş ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária; 2006.
  • 5 Maffesoli M. Elogio da razão sensível. Rio de Janeiro: Vozes; 1998.
  • 6 Cardosa IF. A sociedade pós-moderna e o fenômeno das tribos urbanas. Lato & Sensu. 2003;4(1):3-5.
  • 7 Grinberg LP. Jung: O homem criativo.São Paulo: FDT; 1997.
  • 8 Beatriz BB, Maria FMZ. A adolescente grávida na percepção de medicos e enfermeiros na atenção básica. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2012;16(1):64- 72
  • 9 Teresa HS, Maria SSV. Tenho medo do quê? Rev Paul Pediatr. 2012;30(1):72-8.
  • 10 Ministério da Saúde (BR). Diretrizes Nacionais para atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2010.
  • 11 Cléa ASG, Artênio JIG, Suzely ASM, Patrícia EG. A saúde na percepção do adolescente. Physis (Rio J). 2009;19(1):227-238.
  • 12 Honoré C. Devagar. Rio de Janeiro: Record; 2005.
  • 13 Souza AIJ, Silva LC, Nitschke RG. Atuação na saúde do adolescente com enfoque na família. In: Borges ALV. Fujimori E, organizadores. Enfermagem e a saúde do adolescente na atenção básica. Barueri: Manole; 2009. p.168-188.
  • 14 Luna IT, Moreira RAN, Silva KL, Caetano JA, Pinheiro PNC, Rebouças CBA. Obesidade juvenil com enfoque na promoção da saúde: revisão integrativa. Rev Gaúcha Enferm. 2011;32(2):394-401.
  • Endereço do autor
    Juliana Fernandes da Nóbrega
    Rua da Vitória Régia, 384, Santa Mônica
    88025-330, Florianópolis, SC
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      02 Dez 2013
    • Data do Fascículo
      Set 2013

    Histórico

    • Recebido
      07 Ago 2012
    • Aceito
      13 Ago 2013
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