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Conhecimento de alunos de odontologia e cirurgiões-dentistas em relação à profilaxia antibiótica em pacientes de risco para endocardite infecciosa

RESUMO

A Endocardite Infecciosa (EI) é definida como um processo infeccioso que envolve a superfície do endocárdio e que pode ser causada por fungos, bactérias ou vírus. Devido aos altos índices de mortalidade e morbidade associados a esta doença, as ações voltadas para a sua prevenção são de grande importância.

Objetivo:

O objetivo do presente trabalho foi avaliar o conhecimento de acadêmicos de odontologia matriculados no segundo, terceiro e quarto anos do curso na Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA) e de profissionais de odontologia atuantes no município de Santa Teresa-ES em relação à prevenção de Endocardite Infecciosa, com o intuito de identificar os pontos falhos e promover uma maior divulgação acerca do assunto.

Métodos:

Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, foram incluídos alunos do curso de odontologia da ESFA que já haviam cursado a disciplina de farmacologia aplicada à odontologia, totalizando 35 alunos do segundo ano, 29 do terceiro ano e 36 do quarto ano. Também foram incluídos 30 cirurgiões-dentistas devidamente inscritos no CRO-ES e que atuam no município de Santa Teresa-ES. Todos os grupos responderam a um questionário formado por seis perguntas objetivas e quatro discursivas que avaliaram o nível de conhecimento quanto ao conceito da EI, grupos de pacientes considerados de alto risco para a doença, procedimentos odontológicos causadores de bacteremia, regimes posológicos recomendados para pacientes de risco e cuidados adicionais no atendimento destes pacientes. Os questionários foram corrigidos de acordo com as diretrizes publicadas em 2007 pela American Heart Association (AHA) para prevenção da doença.

Resultados:

Em virtude da análise dos resultados, pôde-se observar um baixo índice de acertos tanto por parte dos alunos quanto dos profissionais. As perguntas com os menores índices de acerto estavam relacionadas à identificação dos pacientes com condições cardíacas de alto risco e dos procedimentos odontológicos causadores de bacteremia, não havendo diferenças significativas entre os quatro grupos analisados (p>0,05). Ao comparar a quantidade total de acertos, alunos cursando o terceiro ano do curso de odontologia apresentaram um número significativamente menor em comparação com os demais grupos (p<0,001), que não diferiram entre si.

Conclusão:

Estes resultados exigem a implementação de medidas informativas para melhoria da qualidade do serviço odontológico prestado à população.

Termos de indexação
Antibioticoprofilaxia; Odontólogos; Endocardite; Estudantes de Odontologia

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